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Adornadas Ep. 3: O que é a sã doutrina?

Publicadas: abr 03, 2023

Raquel Anderson: O que a maioria das pessoas pensa quando encontra a palavra “doutrina”? Segue aqui algumas respostas:

Acho que as pessoas pensam em regra denominacional.”

Normalmente, elas pensam que vamos dizer algo que vai ofender sua maneira de enxergar a vida.”

Ainda esta semana, alguém compartilhou comigo a diferença entre princípios e doutrina, e a razão pela qual as pessoas não gostam de ouvir a doutrina é porque ela divide.”

Acho que elas pensam em algo árido, chato, desinteressante, sem emoção, não aplicável, não prático.”

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, Autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.

Hoje, Nancy nos ajudará a definir uma palavra interessante – essa palavra é “doutrina”. Esse é o terceiro episódio da nossa série atual, “O Belo Projeto de Deus para as Mulheres”. Inspirado no novo livro de Nancy chamado: Mulheres atraentes adornadas por Cristo: Vivendo a beleza do evangelho juntas. Esse livro é baseado em Tito 2:1-5. Vamos ouví-la.

Nancy: Quando eu digo a palavra doutrina, o que vem à sua mente? Quando a maioria das pessoas ouve a palavra doutrina, o que você acha que vem à mente delas? Quanto a doutrina importa para você? Você sabe qual é a sua doutrina? Quanto você se importa?

Você sabe que doutrina seus filhos estão aprendendo no grupo de jovens? Você sabe qual doutrina seus filhos estão aprendendo na escola? Talvez você esteja pensando: Ah, meus filhos frequentam a escola pública, eles não aprendem nenhuma doutrina. Ah, sim, eles aprendem! Todos os dias, em todas as aulas, qualquer que seja o tipo de escola que frequentam, seus filhos estão aprendendo alguma doutrina.

Você já parou para avaliar a doutrina de seus programas de TV favoritos? Qual é a doutrina dos livros que você lê? Das revistas que você assina? 

A palavra doutrina significa simplesmente “ensino”. A Wikipedia diz que a doutrina é “um código de crenças”. É aquilo em que você acredita. É o seu sistema de crença.

Todas as pessoas têm uma doutrina. Os ateus têm uma doutrina e a estão promovendo agressivamente em nossa cultura. A Oprah tem uma doutrina e ela ensina a sua doutrina a milhões de mulheres todos os dias. Eu vi uma reportagem sobre um programa da Oprah que foi ao ar no ano passado, intitulado “237 razões para fazer sexo”. Os convidados daquele programa em particular defendiam uma série de comportamentos sexuais abomináveis, incluindo casos de uma noite e o uso de pornografia para casais, para melhorar seu casamento.

Eu li uma entrevista no site da Oprah relacionada a esse programa – uma entrevista com um casal que estava na verdade promovendo o conceito de “casamentos abertos”. Caso você não esteja familiarizada com isso, significa que você tem um marido e um namorado, mas vocês dois sabem disso, e todos se sentem confortáveis com isso. É algo que dá uma “renovada” em seu casamento.

Você pode dizer: “Bom, essa não é uma boa doutrina.” A questão é que a doutrina é crucial. É crucial para todos.

Como vemos no livro de Tito, o apóstolo Paulo está preocupado com o tipo de doutrina que acreditamos e que tipo de doutrina ensinamos. No capítulo 2 do livro de Tito, no versículo 1, Paulo escreve a Tito – seu filho na fé, aquele jovem pastor – e diz o seguinte: “Você, porém, fale o que está de acordo com a sã doutrina”.

Passamos os últimos dois episódios dando a vocês um pano de fundo e uma visão geral do livro de Tito, e agora chegamos ao capítulo 2, que é uma das passagens-chave para as mulheres em toda a Palavra de Deus. E começamos no versículo 1, que diz: “Você, porém, fale o que está de acordo com a sã doutrina”.

Veja, a tendência pode ser pular esse versículo e ir direto para os versículos 3-5, que nos dão uma lista de qualidades que se supõe serem verdadeiras para as mulheres de Deus. Esse é um “material prático” e é por ele que devemos começar. Mas o versículo 1— Você, porém, fale o que está de acordo com a sã doutrina”— é uma base crucial para se estabelecer as características práticas e qualidades descritas sobre as mulheres nos versículos 3–5. Não podemos pular o versículo 1.

Vimos nos dois primeiros episódios dessa série no livro de Tito que a cultura em que Tito vivia – a cultura em que Paulo vivia – era uma cultura pagã e ímpia. A cultura na ilha de Creta, onde Tito supervisionava as igrejas, era uma cultura pagã e ímpia. No versículo 12 do capítulo 1, Paulo cita um dos antigos filósofos cretenses, que disse a respeito de seu próprio povo: “Cretenses, sempre mentirosos, feras malignas, glutões preguiçosos”.

E Paulo diz que esse testemunho é verdadeiro. Aquele filósofo estava certo; ele não estava exagerando. Aquela era uma cultura perversa. Paulo prossegue dizendo que essas pessoas são detestáveis. Elas são desobedientes. Elas são desqualificadas para qualquer boa obra (veja o versículo 16). Essa é uma cultura pagã.

Paulo também está preocupado com o fato de que dentro dessa cultura há esse ataque de falsos ensinos. Existem muitas coisas sendo ensinadas sobre religião que não são verdade; não são precisas. Paulo diz no capítulo 1, versículos 10 e 11: “Pois há muitos insubordinados, que não passam de faladores e enganadores, especialmente os do grupo da circuncisão. Eles estão arruinando famílias inteiras, ensinando coisas que não devem e tudo por ganância.” 

Esses são dois grandes problemas. A cultura é decaída. É depravada. Ela não busca a Deus, e as coisas que as pessoas estão ensinando – os livros mais vendidos e os programas de televisão e apresentadores de talk-show mais populares, para colocar em termos contemporâneos – estão ensinando coisas que não são verdade. Então, Paulo se volta para Tito e diz: “Nesta cultura, na qual tudo isso está acontecendo, eis o que você deve fazer”.

Então chegamos ao capítulo 2, versículo 1: “Você, porém”—nesta cultura, na qual tudo isso está ocorrendo—“ fale o que está de acordo com a sã doutrina”. Essa é a solução de Paulo, voltar-se para os líderes espirituais e dizer: “Fale o que está de acordo com a sã doutrina”.

Como já dissemos, muitas pessoas hoje pensam na doutrina como algo árido ou morto, irrelevante ou desinteressante. Isso pode acontecer porque não fomos ensinadas o que está de acordo com a sã doutrina, ou seja, as implicações práticas de nossa doutrina, o que flui da sã doutrina.

Veremos ao longo deste estudo que a sã doutrina é radicalmente transformadora. Se vivermos de acordo com ela, tudo mudará a nosso respeito. Em última análise, à medida que ela nos muda, ela transforma a cultura ao nosso redor.  Paulo diz muito ao começar a ensinar o que está de acordo com a sã doutrina.

Veja, este termo “sã doutrina” importava muito para Paulo. Ele o usa nove vezes nas três epístolas pastorais – 1 e 2 Timóteo e Tito. Ele o usa cinco vezes no livro de Tito.

O que é a sã doutrina? Bem, a fé Cristã, como vocês sabem, é baseada nas boas novas – no evangelho da salvação através de Jesus Cristo. A doutrina cristã, a sã doutrina, é o corpo completo da verdade que explica e define essa fé. Ela explica:

  • quem nós somos
  • o que significa ser cristão
  • o que é o evangelho
  • quem é Jesus
  • por que Ele veio
  • por que Ele morreu

Isso é tudo que incorpora a sã doutrina.

A palavra , no original em grego, a língua em que o Novo Testamento foi escrito, é hugiaino. Se você pesquisar a palavra hugiaino, você verá que ela está intimamente relacionada à palavra higiene em português. Significa ser saudável. Estar são significa ser saudável. A sã doutrina é o que cura as pessoas espiritualmente doentes. É isso que significa saudável. É ela que traz saúde.

Provavelmente todas nós conhecemos pessoas que, e talvez você seja uma delas, realmente gostam de saúde física e boa forma. Essas pessoas são extremamente cuidadosas com o que comem. 

Tenho uma amiga que lava as sacolas de supermercado, por exemplo as sacolas ou as embalagens de suas batatas. Qualquer coisa que possa se aproximar de seu alimento e contaminá-la. Ela é muito meticulosa ao fazer isso. Talvez eu devesse ser mais cuidadosa nesse sentido. 

Algumas de vocês são muito, muito cuidadosas com o que comem, porque sabem que a pessoa é aquilo que come. Portanto, aquilo que você coloca em seu organismo é importante para você. Você se preocupa com isso – e todas nós provavelmente deveríamos ser um pouco mais cuidadosas com isso – mas algumas pessoas realmente colocam um esforço a mais nessa área. Elas leem rótulos, fazem compras em lojas de alimentos naturais, pagam mais por alimentos orgânicos – e fazem muitas outras coisas que eu nem saberia explicar!

Existem pessoas que realmente gostam de saúde física, mas me surpreende que algumas dessas mesmas pessoas possam ser totalmente despreocupadas com o tipo de doutrina que ingerem – com aquilo que elas deixam entrar em suas mentes, o que deixam entrar em seus corações. Então, elas são super, super, super, super cuidadosas com os alimentos físicos que colocam em seus corpos e com relação a não tocar em germes ou serem contaminadas, mas elas desconsideram totalmente a doutrina que estão adotando em suas vidas.

Uma doutrina sã e saudável é uma doutrina pura. É higiênica. É segura. Está livre de erros. Não está contaminada. Uma doutrina sã e saudável produzirá cristãos espiritualmente saudáveis, e cristãos espiritualmente saudáveis produzirão igrejas saudáveis.

Então, se as igrejas não são saudáveis, é porque os cristãos não são saudáveis. E se os cristãos não são saudáveis, é porque eles não estão aceitando a sã doutrina – ou eles não estão aceitando o que está de acordo com a sã doutrina, o que significa que eles não estão conhecendo as implicações da sã doutrina. Isso é verdadeiro com relação à doutrina sã e saudável. Ela produz cristãos saudáveis e igrejas saudáveis.

E quanto à doutrina doentia – doutrina doentia e anti-higiênica? Essa é uma doutrina que é falsa; não é pura. Veja, ela pode não ser totalmente falsa. A questão é que, se for totalmente falsa, a maioria das pessoas irá rejeitá-la. O que é realmente perigoso é a doutrina que é uma mistura de verdade e erro — Ela pode conter a verdade e apenas um pouco de erro misturado a ela.

Eu só queria perguntar a vocês, quanto arsênico você se sente confortável em beber ou ingerir? Só um pouquinho não teria problema? Não. Apenas um pouco pode ser muito, muito mortal. Porém, pode ser que vocês não reconheçam os vestígios de uma toxina ou veneno em sua comida. 

Às vezes, também é muito difícil reconhecer vestígios de doutrinas doentias, mas só um pouquinho de doutrina doentia transforma toda a doutrina em doentia e prejudicial. Uma doutrina doentia produz cristãos espiritualmente enfermos, doentes ou fracos, e cristãos espiritualmente enfermos ou fracos produzem igrejas espiritualmente doentes.

Infelizmente, temos pouca tolerância na igreja hoje – isso não é verdade para todas as igrejas, mas eu diria que é verdade para muitas, muitas igrejas e muitas, muitas pessoas que se dizem cristãs – temos pouca tolerância com a sã doutrina. Temos uma mentalidade de consumidor. Queremos nos divertir. Queremos estar confortáveis. Não queremos ter que pensar.

Somos constitucionalmente preguiçosos e não queremos ser vistos como tendo uma mente curta ou fechada, e não queremos afastar as pessoas que têm crenças diferentes das nossas. Então, aceitamos toda essa mentalidade moderna de viver e deixar viver: “Ok, você tem a sua forma de pensar, mas eles têm a forma de pensar deles. Não fique muito chateada com as pessoas que não concordam com você”. Hoje, não temos uma alta tolerância com a sã doutrina na igreja.

Vejo minha amiga Kim Wagner sentada aqui na sala, e Kim compartilhou comigo outro dia, uma história que ilustra isso perfeitamente. Kim teve uma experiência em que viu esse conceito de que as pessoas não toleram a sã doutrina, ela me contou o seguinte:

Recentemente, estive no consultório médico com meu pai. Eu fiquei na sala de espera enquanto ele estava com o médico. Eu estava lendo um livro. Não me lembro o título exato do livro que estava lendo, mas um senhor na sala ficou interessado no que eu estava lendo, então comecei a compartilhar com ele um pouco sobre o tema do livro. 

Ele percebeu que eu era cristã e disse: ‘Ah, também sou cristão’, e começamos a falar sobre nossas igrejas. Ele compartilhou comigo sobre a sua igreja e disse: ‘Agora, na minha igreja, não acreditamos em doutrina. Só falamos sobre Jesus’.”

Nancy: Veja, não é um exemplo de como tantas pessoas pensam hoje? “Não estamos interessados em doutrina; estamos apenas interessados em Jesus”. Deixe-me dizer o seguinte: você não pode falar sobre o verdadeiro Jesus sem falar sobre doutrina. 

Existe uma verdadeira doutrina sobre Jesus e uma falsa doutrina sobre Jesus. Você pode não conhecer todos os grandes e extravagantes termos teológicos, mas você tem uma doutrina quando está falando sobre Jesus. É importante que essa doutrina seja sólida, que esteja enraizada nas Escrituras.

Acho que essa intolerância com a sã doutrina na igreja hoje é resultado de algo que ouvimos na geração anterior. É esse conceito de que “a doutrina divide e o amor une” no qual as pessoas acreditam e que portanto, não devemos ter todas essas diferentes doutrinas que dividem. Devemos nos amar.

Existe alguma verdade nesse conceito. Existem algumas coisas sobre as quais a Bíblia não é absoluta ou clara e que somos livres para ver de maneira diferente como cristãos. Não devemos permitir que essas coisas dividam nossa comunhão e nossos relacionamentos uns com os outros. Devemos amar uns aos outros, apesar dessas diferenças, nos pontos em que a Bíblia não é clara ou não aborda essas questões. Porém, esse conceito – a doutrina divide e o amor une – também é muito errado.

A doutrina deve se basear na verdade. Ela tem que ser sã. Paulo diz no final do capítulo 3 de Tito: “Saudações àqueles que nos amam na fé” (versículo 15). Isso é o que nos une: um amor comum por Cristo como Ele é retratado, visto e ensinado nas Escrituras. A sã doutrina, a doutrina bíblica, é o que, em última análise, nos une e nos dá a capacidade de realmente amar uns aos outros como devemos.

Essa falta de ânimo para a sã doutrina é algo que acho muito desanimador hoje. Na verdade – e não quero ser crítica aqui; meu coração não é crítico – parte meu coração ver quantos ministérios de mulheres, quantas igrejas e quantas conferências de mulheres hoje estão divulgando o que chamo de “doutrina light”.

Eles não querem excluir ninguém. Eles querem atrair pessoas perdidas. Eles querem atrair pessoas espiritualmente imaturas e não querem rejeitá-las. Eles querem atraí-las. Portanto, seu pensamento é o seguinte: “Vamos apenas dar pequenas doses da doutrina. Não forneça nada que, realmente, as faça pensar. Pode não ser uma doutrina falsa, mas você não quer dar a elas uma doutrina séria. Você não quer sobrecarregá-las. Você não quer excluí-las”.

Isso é exatamente o que o apóstolo Paulo disse que aconteceria em nossa geração. Abra sua Bíblia em 2 Timóteo, capítulo 4, e leia os versículos 3 e 4. Paulo diz:

Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos 2 Timóteo 4:3,4

Estamos enfrentando as consequências hoje, em nossa geração – mesmo dentro da igreja – de gerações de doutrinas doentias ou doutrinas light – “Cuidado com a doutrina; mantenha a doutrina com rédeas curtas; Eu não quero a doutrina”. É isso que as pessoas pensam.

Alguém me enviou um artigo recentemente, um artigo comovente sobre toda uma série de falhas morais de pessoas com altas posições em diferentes mega igrejas e ministérios. Ao ler isso, foi interessante para mim que, naquele artigo em particular, todas as igrejas e denominações que foram representadas, são grupos que são conhecidos por ensinar consistentemente doutrinas que não são sólidas ou muito pouca doutrina. Eu pensei: Isso é interessante?

Veja, isso não significa que se você ensina a sã doutrina, você está livre de falha moral e pecado; isso acontece com algumas pessoas. Porém, foi interessante ver que, neste artigo em particular, todos os grupos dos quais essas pessoas saíram, eram grupos que não ensinam a doutrina, ou têm muito pouca doutrina bíblica, ou possuem uma doutrina doentia – eles estão ensinando coisas que não são bíblicas.

O que fazer se você vive nesta cultura que se afastou da sã doutrina, na qual as pessoas não suportam um ensino são, na qual estão se afastando da verdade e vagando pelo mito? Você simplesmente levanta as mãos em desespero? Você se enfurece contra essas pessoas? Às vezes, admito, fico tentada a fazer as duas coisas – ou apenas recuar e desistir ou às vezes apenas dizer: “Vou resolver isso e acabar com aquelas pessoas”.

Bem, Paulo diz em 2 Timóteo 4, versículos 1–2: “Faça o seguinte”. Ele está falando para um pastor e diz:

“Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente: Pregue a palavra.”

As pessoas não querem ouvir isso. O que você faz? Pregue a Palavra. As pessoas não estão interessadas; elas não suportam a sã doutrina; elas não têm estômago para isso; elas não têm apetite para isso. O que você faz? Pregue a palavra.

Paulo continua: “Esteja preparado a tempo e fora de tempo”— pregue a Palavra a tempo ou fora de tempo; quer esteja na moda ou fora de moda —“ repreenda, corrija, exorte com toda a paciência”—o que é preciso hoje—“e doutrina”.

Esse é o antídoto de Deus para toda esta era em que as pessoas não têm apetite ou estômago para a sã doutrina. Ensine a Palavra. Continue ensinando a Palavra.

Enquanto eu penso sobre os problemas que as mulheres em nossas igrejas estão enfrentando hoje, os problemas de divórcio, casamento, filhos rebeldes, relacionamentos rompidos, distúrbios sexuais, vícios, amargura, distúrbios alimentares – todos esses problemas – a tentação às vezes é apenas ensinar mensagens sobre “o que fazer”, que tratam de algumas dessas questões práticas.

Porém, a Palavra de Deus me desafia que o que realmente ajudará as pessoas no âmago de suas vidas, é ensinar a sã doutrina: quem é Deus, quem é Cristo, o que é o evangelho, que diferença faz e como devemos vivê-lo. Essa doutrina sã e saudável torna-se a base para uma vida sã e saudável.

Paulo diz aos presbíteros e pastores nas igrejas: “Essa é a sua primeira responsabilidade”. Essa é a principal responsabilidade e chamado de seu pastorado e dos presbíteros em sua igreja: fornecer direção espiritual e proteção para os membros desse rebanho. Paulo diz, voltando a Tito, que eles devem apegar-se à palavra confiável para que possam dar instruções na sã doutrina e também repreender aqueles que a contradizem (1:9). Esse é o chamado dos pastores do rebanho – mantenha a sã doutrina e corrija aqueles que se desviam dela.

Minha igreja local acabou de passar por um processo de dois anos procurando um pastor titular. Meu pastor aposentou-se recentemente após trinta e nove anos. Ele sabia que se aposentaria, então enquanto ele ainda estava lá, a igreja passou por um longo processo de busca e o novo pastor sênior acabou de chegar. Houve apenas um intervalo de seis semanas entre os dois.

As pessoas da igreja estão muito satisfeitas com o que acreditam ter sido a recompensa de Deus por sua dedicação em todo o processo. Mas no início desse processo, o comitê de busca e a congregação conversaram muito sobre: “O que estamos procurando em um pastor?” Eles sabiam as qualificações espirituais e que tipo de pessoa ele deveria ser, mas o que ele deveria fazer? O que ele deveria ser capaz de fazer?

Deixe-me dizer a você, que a Palavra de Deus não diz que eles precisam ser grandes oradores. Eles não precisam ser – no que diz respeito à Palavra de Deus – divertidos. Eles não precisam ser administradores fabulosos ou líderes natos. Veja, algumas dessas qualidades podem ajudar, e não há nada de errado em ter esses dons. Porém, eles não precisam ter um grande carisma. Biblicamente, eles não precisam ter a capacidade de construir uma grande igreja.

Eles precisam ser capazes de fazer duas coisas: Dar instrução na sã doutrina e repreender aqueles que a contradizem – “exortar e repreender com toda autoridade”, como Paulo diz em Tito capítulo 2, versículo 15. Esse é o chamado dos pastores e presbíteros que lideram nossas igrejas. Eles devem ser capazes de dar instruções na sã doutrina e corrigir aqueles que se afastam dela.

Muitos de nossos pastores hoje estão sendo criticados porque eles não são dotados em todas as outras coisas que seriam legais se os pastores fizessem. Mas estou dizendo, essas outras coisas não são essenciais. O que é essencial – e é isso é que está me envolvendo enquanto mergulho no livro de Tito; este é o chamado aos homens de Deus hoje que lideram nossas igrejas – é dar instruções na sã doutrina e corrigir aqueles que se desviam dela.

Se tivermos uma doutrina sã, saudável e higiênica, teremos cristãos sãos e saudáveis, e teremos igrejas sãs e saudáveis. Isso é o que fará a diferença em nossa cultura.

Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth voltará para a oração.

Ela tem nos mostrado a beleza e a importância da doutrina. Não é um conceito obsoleto, mas é revigorante e vivificante quando realmente o entendemos. Em nossa série atual, “O belo projeto de Deus para as mulheres”, vimos conceitos importantes de Tito 2. Toda mulher precisa entender esta passagem.

O livro de Nancy ajudará você a conhecer Tito 2 de uma forma mais profunda e vibrante. Ele se chama Mulheres atraentes adornadas por Cristo: Vivendo a beleza do evangelho juntas. Você ganhará muito com este estudo, estudando versículo por versículo de Tito 2. 

Existe uma maneira segura de evitar a falsa doutrina. No próximo episodio Nancy vai nos contar qual é essa maneira, e agora, ela vai nos conduzir em oração.

Nancy: Ó Pai, eu oro para que o Senhor nos perdoe por não termos estômago e apetite hoje para doutrinas sérias e sãs. Obrigada pelo dom de ensino sólido e saudável em Sua Palavra, que é tão prático. Oro para que o Senhor nos ajude a amá-lo, a amá-lo mais porque temos nos alicerçado na sã doutrina e a saber como vivê-la e glorificá-lo dessa forma. Eu oro em nome de Jesus, amém.

Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth quer ajudá-la a viver a beleza do evangelho e é parte do Ministério Life Action.

Clique aqui para o original em inglês.