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Avivamento – Quem precisa? Ep. 3 – Será que o encontraremos?

Publicadas: mar 14, 2022

Raquel Anderson: Buscar mais de Deus é um investimento em tempo. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth com uma pergunta com a qual todos nós temos que lidar.

Nancy: Vai valer a pena? Se eu pagar esse preço para buscar ao Senhor, eu vou realmente encontrá-lo? Alguma coisa irá mudar? Eu realmente irei experimentar a alegria de um avivamento pessoal se o buscar? Minha busca será recompensada?

Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth.

As ouvintes de Aviva Nossos Corações ao redor do mundo têm adquirido uma cópia de Buscando a Deus, o livro que Nancy escreveu com Tim Grissom. Pequenos grupos foram formados em igrejas para estudar esse material. Nancy preparou uma série de podcasts chamada Buscando a Deus, baseada nesse livro.

Tudo isso representa um grande investimento na esperança de avivamento pessoal. Isso realmente vale a pena? Bem, hoje, Nancy irá enfrentar essa pergunta. Aqui esta Nancy na voz de Renata Santos

Nancy: Pouco mais de 150 anos atrás, em 24 de janeiro de 1848, um homem chamado James Marshall encontrou ouro enquanto estava trabalhando para John Sutter em seu rancho, no norte da Califórnia – que veio a ser chamada Moinho de Sutter. A notícia se espalhou rapidamente na Califórnia e em todo o país, e, ao longo dos próximos dois anos, milhares de pessoas migraram para a Califórnia para fazer fortuna.

Durante aquele período de tempo, li que a população de São Francisco explodiu de aproximadamente 800 habitantes para mais de 50.000 em dois anos. As pessoas passavam até nove meses fazendo a viagem difícil para a Califórnia. Elas iam a pé. Elas iam de trem. Algumas atravessaram o oceano. São Francisco – foi assim que ela se tornou um grande porto pela primeira vez.

Conforme elas vinham, poucas pessoas fizeram uma rápida fortuna, mas se você já leu sobre essa “Corrida do Ouro”, você se lembra de que a maioria não fez. Na verdade, depois de fazerem a jornada difícil, uma vez que eles chegaram à Califórnia, enfrentaram incríveis dificuldades e praticamente nenhuma garantia de sucesso. As taxas de mortalidade eram altas. Eu li que um em cada cinco mineiros que vieram para a Califórnia em 1849 morreu dentro de seis meses.

Enquanto eu lia isso, eu pensava, “Esse é um retrato do que significa buscar alguma coisa com todo o seu coração, buscar intensamente alguma coisa,” mas isso também ilustra que você pode buscar alguma coisa com intensidade e acabar amargamente desapontado, acabar não encontrando aquilo pelo que buscou.

Bem, eu fiz um pequeno estudo Bíblico sobre isso. Eu gostaria que nós tivéssemos tempo para caminhar por todos esses versículos. Mas é apenas um estudo sobre o que a Escritura tem a dizer sobre o que acontece quando nós buscamos ao Senhor. Deixe-me começar prometendo que a sua busca será recompensada.

Isso não é como a Corrida do Ouro de 1849. Buscar ao Senhor – Deus promete que você será recompensada. Ele diz que se você o buscar, você irá encontrá-lo, Deuteronômio capítulo 4, “Então dali buscarás ao Senhor teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.” (verso 29).

Essa é a promessa inicial. Se você O buscar, você irá encontrá-Lo. Você irá experimentar Deus de uma maneira totalmente nova em sua vida à medida que você O buscar com todo o seu coração.

Então, diversas vezes na Escritura, Salmo 105, por exemplo – a Escritura diz, “Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração daqueles que buscam ao Senhor” (verso 3). Buscar ao Senhor nos dá a recompensa, o resultado, de alegria, de satisfação.

Salmo 22, “Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam” (verso 26). Você quer mais alegria, mais satisfação, maior liberdade na adoração em sua vida? Busque ao Senhor.

Então a Escritura diz, em Amós capítulo 5, “Porque assim diz o Senhor à casa de Israel: Buscai-me, e vivei … Buscai ao Senhor, e vivei, para que ele não irrompa na casa de José como um fogo, e a consuma, e não haja em Betel quem o apague.” (versos 4-6).

Você quer evitar o julgamento final de Deus? Busque ao Senhor, pois, buscando ao Senhor, existe vida. Existe vida eterna, mas também existe qualidade de vida a ser experimentada aqui, que você não pode conhecer se não buscar ao Senhor.

Nós procuramos vida em tantos lugares e em tantas fontes e pessoas e coisas. Deus diz, “Busque a mim e encontre vida. Busque a mim e viva.”

No Salmo 34 lemos – você está familiarizada com esse versículo. “Os leõezinhos passam necessidade e sofrem fome, mas àqueles que buscam ao Senhor bem nenhum faltará.” (verso 10). Quando você busca ao Senhor, você tem tudo o que precisa. Se você tem a Ele, você tem o suficiente.

Lamentações 3 nos diz que, “Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.” (verso 25). Você irá experimentar a bondade de Deus.

Meu novo versículo favorito da Bíblia veio a mim quando eu estava estudando essa série. Na versão ESV, o Salmo 69:32 está escrito dessa forma: “Vocês que buscam a Deus, que seus corações sejam avivados.” Você não acha que esse é um ótimo versículo tema para o Aviva Nossos Corações? “Vocês que buscam a Deus, que seus corações sejam avivados.”

Sabe, meu desejo por avivamento foi aceso pela primeira vez quando eu era uma jovem menina, quando eu comecei a ler alguns relatos de como Deus agiu em avivamentos passados na história, e eu vi como aqueles que buscaram ao Senhor experimentaram avivamento. Eu quero fazer algo hoje que raramente faço no Aviva Nossos Corações, mas quero ler para vocês uma história razoavelmente longa que acabei de descobrir essa semana de uma situação na qual Deus agiu no início dos anos 1950 onde era, na época, o Congo Belga.

Deixe-me ler para vocês e vejam se não é verdade que aqueles que buscam o Senhor terão seus corações avivados. Isso foi escrito por uma testemunha ocular daquele avivamento, um missionário no Congo Belga – esteve por muitos anos por lá quando o avivamento aconteceu em 1953. Estas são suas palavras:

Quando Deus vem em poder de avivamento, é diferente do que qualquer coisa que você possa imaginar. Não é uma campanha ou uma missão, nem é algo instigado. Avivamento acontece quando Deus desce.

Eu era o missionário líder no meu grupo e nós tínhamos 130 igrejas na nossa área. Eram igrejas ocupadas com diversas atividades. Nós tínhamos várias reuniões, um trabalho médico, e centenas de crianças nas escolas missionárias.

As pessoas estavam esfriando. Elas não vinham às reuniões de oração e estudo bíblico como costumavam fazer. Nós estávamos bem parecidos com Lázaro – fora da sepultura, mas com mãos e pés enrolados em uma toalha. Um missionário descreve bem: “Nós tínhamos uma boa vitrine”.

Alguém pediu aos missionários que passassem um dia inteiro de cada mês em oração, e muitos aceitaram esse desafio. Como resultado, um número de nós se tornou ciente de que nós não estávamos ardendo por Deus. Missionários perceberam que existiam problemas nos seus relacionamentos e se reconciliaram uns com os outros. Nós nos reconciliamos com os evangelistas nacionais e pastores que se uniram a nós em oração, mas isso não foi o avivamento.

O avivamento começou na estação missionária de Lubutu, a mais de 400 milhas de onde eu trabalhava. Por algum tempo, participantes do estudo bíblico de sábado à noite e das reuniões de oração em Lubutu estiveram estudando o livro de Atos, especialmente o agir de Deus na igreja primitiva, mas os missionários estavam preocupados que não havia liberdade na oração, e a reunião estava difícil de acontecer.

Então um pastor desabou e chorou. Isso era algo muito incomum de acontecer. Ele explicou que tinha uma dureza de coração, e conforme ele compartilhava, a convicção se espalhou até que houvesse soluços, lamentos e gemidos por toda a reunião.

Africanos estavam prostrados sobre seus rostos, chorando e orando. Os missionários tentaram acalmar a todos [Bem coisa de missionário, né?], mas eles não conseguiram e a reunião foi até as duas horas da manhã.

O avivamento começou em Lubutu em janeiro de 1953. Em maio, ele já tinha se espalhado para a estação do meu irmão, a 160 milhas de distância, e, em julho, já havia me alcançado em Wamba, a aproximadamente 260 milhas de distância. E assim continuou seguindo em frente. O avivamento se espalhou como fogo por milhares de milhas, e outras missões foram tocadas por ele.

Minha igreja tinha enviado um evangelista a Lubutu ao fim do seu treinamento, e ele estava lá quando o avivamento chegou. Em seu primeiro domingo conosco, ele pregou sobre Êxodo 19, versos 10 a 11. “E o Senhor disse a Moisés: ‘Vá ao povo e consagre-o hoje e amanhã. Eles deverão lavar as suas vestes e estar prontos no terceiro dia, porque nesse dia o Senhor descerá sobre o monte Sinai, à vista de todo o povo’.” 

Foi uma mensagem maravilhosa, mas nada aconteceu, então cantamos o último hino e impetrei a bênção, e convidei aqueles que precisavam de conselho a permanecer em seus assentos. À medida que a congregação ia saindo, um jovem professor se sentou à frente, soluçando e tremendo incontrolavelmente. 

Enquanto isso, uma jovem cadeirante começou a gritar “O que vou fazer? O que vou fazer? Eu estou indo para o inferno!”

As pessoas vieram correndo de volta à igreja. Eu estava aconselhando aqueles que estavam chorando por ajuda, quando um africano correu para dentro com a urgente mensagem de que a minha esposa precisava de mim na nossa casa. Eu me apressei para casa e encontrei o local cheio de pessoas.

O líder, um bom cristão, estava deitado no chão, se remexendo em agonia e chorando cada vez mais, “O que farei? O que farei?”. Depois de um tempo, ele confessou seus pecados e declarou com alegria, “Meu coração está limpo! Eu reivindico o perdão por meio da morte e do sangue de Jesus Cristo, meu Senhor.”

Em um instante, todos os presentes estavam pedindo perdão com alegria radiante, e todos nós retornamos à igreja para outra reunião. O dia seguinte foi um dia para se acertar uns com os outros. De repente, Deus desceu, e foi uma visita do céu. 

Deus agiu de maneiras poderosas. Eu escrevi uma carta a um evangelista a 200 milhas de distância, com o intuito de contar a ele o que estava acontecendo em Wamba, mas assim que ele leu a carta, ele foi cheio do poder de Deus. Ele compartilhou a carta com sua igreja, e o Espírito veio sobre eles também.

Inicialmente, era apenas um avivamento entre o povo de Deus. Poucos descrentes foram salvos no primeiro, segundo ou terceiro mês. Deus estava limpando a Igreja primeiro. Nossos corações estavam sendo sondados.

Algumas pessoas tinham escondido pecados por anos, tendo chegado à conclusão que aqueles pecados não importavam muito. Deus estava lidando com indivíduos dolorosamente.

Um garotinho foi convencido de ter roubado uma lâmina de barbear antes de sua conversão, e ele foi ao dono descrente da loja para fazer a restituição. “Jesus entrou no meu coração”, ele disse, enquanto passava o valor da lâmina, “e eu estou em um novo caminho agora.”

Por outro lado, um grande e robusto evangelista foi encontrado torcendo as mãos, com lágrimas caindo no chão. Esse homem era uma estrela brilhante na missão. Ele havia estabelecido igrejas e levado muitos a Cristo, mas ele tinha um grande pecado para confessar, e ele não encontraria paz enquanto não fosse à frente da igreja e confessasse tudo.

As palavras dele foram como um choque elétrico, e as pessoas se curvaram no chão em arrependimento. Nesse momento, a cidade inteira estava falando sobre Deus. Às vezes, a convicção de pecados podia ser uma coisa terrível, e aqueles que resistiram foram os que mais sofreram. 

Um evangelista entrou em coma por três dias. Outra mulher ficou louca sob convicção até que ela confessou seu pecado. Para alguns, esse foi o preço por esconder pecados e resistir a Deus.

Todos os cristãos vieram às reuniões, as quais podiam durar por um longo período de tempo. Não era incomum que um estudo bíblico começasse às 06:30 da manhã e continuasse até à noite. As pessoas conversavam por sussurros, porque elas sentiam que Deus estava perto. 

Um missionário escreveu para sua família, “Parece que nós estamos envolvidos pela presença de Deus. Eu estive em reuniões onde Deus era tão real, que mal nos atrevíamos a sentar em uma cadeira”.

Eu me lembrei de Jó 42:5, “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram”. Nós tínhamos saturado as pessoas com a Palavra de Deus por um longo tempo, e quando o avivamento veio, o valor disso foi claramente visto. Pessoas que deixaram a escola anos antes de poderem trabalhar em um jardim, a milhas de distância de uma igreja cristã, mas, ainda assim, Deus veio sobre elas e trouxe versículos bíblicos às suas mentes.

A reforma que resultou desse avivamento foi maravilhosa. Muitos haviam roubado do Estado, e os cristãos e convertidos queriam fazer a restituição. Tantas coisas estavam sendo restituídas ao Escritório Belga que um oficial envergonhado me escreveu, “Senhor Davies, eu não tenho tempo para lidar com tudo isso. Diga a eles para irem à sua missão e encherem um caminhão, e você descarrega tudo lá.”

Deus é luz, e as pessoas não poderiam viver em comunhão com Ele se elas continuassem na escuridão do pecado. As pessoas oravam como nunca antes. Orações simultâneas eram coisas comuns no avivamento, mas nunca parecia acontecer fora de lugar ou desordenadamente.

As pessoas também tinham uma paixão por evangelismo. Até os pagãos queriam que os cristãos viessem às suas vilas fazer um culto. Pessoas foram salvas, centenas e milhares, conforme a igreja se movia.

E isso durou? Eu mantive um diário por 18 meses, e ao final desse tempo, o poder de Deus ainda estava lá. 30 anos depois, os líderes das igrejas são aqueles que foram abençoados pelo avivamento.

Este foi o testemunho daquele missionário. 

Eu pretendo falar por alguns meses sobre o processo de buscar a Deus, o processo de avivamento. Oséias capítulo 10, verso 12 é um verso que será familiar para muitas de vocês, mas ele fala sobre o processo de avivamento.

Oséias 10:12 diz, “Semeiem a retidão para si, colham o fruto da lealdade, e façam sulcos no seu solo não arado; pois é hora de buscar ao Senhor, até que ele venha e faça chover justiça sobre vocês.”

Você pode se perguntar, “Por quanto tempo nós devemos buscar? Essa semana, a próxima semana, doze semanas? Isso parece muito tempo na forma de pensar de hoje em dia.” É hora de buscar o Senhor, até que ele venha e faça chover justiça sobre nós.

Aproveitando essa analogia da agricultura aqui – eu vou admitir para vocês que eu não sei nada sobre agricultura, já que sou uma garota da cidade, e então eu chamei um amigo fazendeiro recentemente, um homem que cresceu em uma fazenda de trigo no Kansas, e conversei um pouco com ele sobre o que algumas dessas analogias significam, o que algumas dessas ilustrações significam e sobre todo o processo de agricultura. Eu aprendi algumas coisas que você pensaria que são bem óbvias, mas que são úteis para mim, ilustrações úteis enquanto penso em todo esse processo de avivamento.

Obviamente, leva tempo para se ter uma colheita. Há todo um procedimento. Você não pode simplesmente jogar a semente no solo e esperar acordar na manhã seguinte e ter uma colheita. Existe um processo envolvido. Você não pode pular uma etapa e esperar ter o resultado final que está buscando. E qual é a primeira parte do processo?

As etapas não estão listadas em ordem nesse versículo. A primeira parte do processo é quebrar seu solo não arado – o processo de aração, e meu amigo Mark estava me dizendo quão importante esse processo é para os fazendeiros. De fato, ele disse que essa é a parte mais demorada do processo.

Você não vê o fruto, você não vê a recompensa enquanto você está arando, mas você deve fazê-lo. Você não pode pular essa etapa. O que é o processo de aração? É o processo de preparar o solo para receber a semente, uma ilustração da preparação dos nossos corações, e eu vou te dizer antecipadamente que as primeiras semanas desta série serão a aração.

Aração – preparar o solo dos nossos corações. Nossos corações se tornam tão endurecidos apenas por viver nesse mundo como nós vivemos, buscando tudo que buscamos ao invés do Senhor, de modo que nós precisamos de tempo, e leva tempo para preparar nossos corações, o solo dos nossos corações, para buscar ao Senhor.

Mark me contou algo que eu não sabia. Existem dois estágios de preparação do solo para a semente antes que ela seja semeada. Mark era um fazendeiro de trigo, então eles aravam o solo no final do verão e plantavam no outono. Onde eu moro, nós plantamos milho e soja, então eles aram na primavera.

Independentemente de quando eles fazem isso, a primeira parte do processo é a aração, e isso é quando eles reviram o solo. Eles trazem um trator com esse grande arado ligado a ele, e o arado desce até o solo. Essa é a parte mais profunda do trabalho. O arado tem que ir de oito a dez polegadas abaixo do solo.

Se o solo tiver sido compactado, é um trabalho difícil, e demanda um instrumento forte e resistente. Mark diz que você pode sentir o trator puxando o arado enquanto ele vai profundo o suficiente abaixo do solo para revirar o solo. Todo aquele solo duro no topo é revirado, e o solo bom e novo que está embaixo da superfície é trazido para cima.

Mark disse, “Eu sempre amei a época de aração, porque parece que você tem um novo começo a cada ano – novo solo.” Você não gostaria de ter um solo novo em seu coração, um coração que é receptivo e sensível ao Senhor? Isso requer aração do solo, e Mark disse que é muito importante que o arado penetre profundo o suficiente dentro da terra. Se ele somente roçar a superfície, você não vai ter o melhor solo.

Nós tendemos a querer que Deus nos avive, mas que Ele faça isso rápido. Que acabe com isso. Acabe logo com a parte difícil. Nós não queremos que Deus penetre profundamente em nossos corações. O que Ele pode desenterrar de lá? Já pensou?

O que pode vir à superfície? Isso pode ser assustador, e você pode imaginar que se o solo de oito a dez polegadas de profundidade tivesse sentimentos, ele poderia dizer, “Ei! Isso dói! Por que você não me deixa em paz? Eu estava confortável aqui embaixo. As coisas estavam indo bem até que esse arado chegou e transformou tudo de cabeça para baixo na minha vida.”

Haverá momentos no processo de avivamento em que você irá pensar, “Por que eu fui entrar nisso? Por que nós simplesmente não deixamos tudo como está? Por que nós temos que cavar tudo isso? Por que esse processo de aração? Isso dói!”

Você quer uma colheita de justiça? Você quer experimentar a alegria de um avivamento pessoal? Você tem que deixar o arado fazer o trabalho dele.

Mas essa é apenas a primeira parte de quebrar o solo não arado. A segunda parte é o processo de dilaceramento, e aí é quando eles voltam com outro instrumento que passa pelo novo solo arado e quebram todos os torrões de terra. É a parte de refinamento do processo e de quebra das boas partículas para que o solo esteja bem preparado para a semente entrar. É isso que faz com que o solo fique macio, e, de novo, esse processo pode ser doloroso.

Você tem aqueles torrões que precisam ser quebrados, e existem torrões nas nossas vidas. Existem lugares duros. Existem lugares difíceis. 

Existem lugares pedregosos que precisam ser quebrados, e eu vou dizer a você que dói quando o Espírito de Deus começa a fazer o trabalho de aração nas nossas vidas. Nós nos sentimos expostas. Nós não temos certeza de que queremos passar por isso, mas se você resistir ao processo de aração, você nunca chegará à colheita de justiça.

Esse processo requer paciência – arar, depois plantar, depois esperar, depois cultivar, tirar as ervas daninhas, todo o processo de esperar até a colheita. Existe toda uma estação, mais de um ano envolvido. Você tem que esperar, e, algumas vezes, parece que nada está acontecendo. Haverá momentos em que você estará buscando o Senhor e dirá, “eu tentei, mas não funciona.”

Espere. O processo de aração será longo, e, às vezes, ele será difícil. Eu apenas estou te avisando, não para que você fique com medo, mas para que você possa antecipar – é normal. Isso é normal. É uma boa parte do processo. É uma parte necessária do processo.

Deixe-me te perguntar se você gostaria de confiar em Deus com a sua vida nas próximas semanas. Diga, “Senhor, eu confio que o Senhor sabe o que está fazendo, que o teu Espírito sabe quão profundo deve ir e como refinar os torrões que precisam ser trazidos para a superfície,” e diga, “Senhor, eu deixarei o Senhor fazer o que quer que o Senhor saiba ser necessário em minha vida.”

Eu quero te dizer que, se você for paciente, se você esperar no Senhor, se você deixá-Lo fazer o trabalho – e, a propósito, você não pode fazer isso sozinha. É Deus quem tem que fazer isso. O fazendeiro pode fazer tudo certo, mas, em última análise, ele é dependente de Deus para enviar a chuva e o sol para trazer a colheita. É sobrenatural, mas enquanto você espera no Senhor, enquanto você o deixa arar os lugares não arados do seu coração, você tem a promessa de que haverá a colheita de justiça.

Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth esteve descrevendo o processo de avivamento. Ele pode ser difícil e extremamente recompensador. Ela estará de volta para orar.

Nancy está em uma série chamada Buscando a Deus. Ela é sobre buscar alegria e avivamento pessoal. O assunto que nós estamos estudando atualmente é chamado ‘Avivamento: Quem precisa disso?’. Depois disso, nós iremos olhar sobre o tema humildade, seguido de honestidade.

Cada assunto corresponde a um capítulo do livro que Nancy escreveu com Tim Grisson chamado Buscando a Deus. Esse livro irá te conduzir através de assuntos como humildade e honestidade. Ele irá te apresentar algumas questões difíceis, talvez desenterrar alguns problemas que você deixou não resolvidos por um longo tempo.

Assim como o processo de avivamento, passar por esse livro pode ser difícil e extremamente recompensador. Você descobrirá que o tempo que você investiu em Buscando a Deus será bem investido. Você pode encontrar onde comprar esse estudo indo ao nosso site www.avivanossoscoracoes.com e clicando em ‘Buscando a Deus’ na aba ‘recursos’ e, depois, em ‘livros’.

A palavra avivar fala sobre alguém voltando à vida, então quando falamos sobre a necessidade de avivamento, estamos na verdade falando sobre a igreja precisando ser avivada, e não a cultura. Ouça mais sobre isso no próximo episódio. Agora, vamos orar. Aqui está a Nancy.

Nancy: Obrigada, Senhor, porque podemos confiar em ti, e porque o teu Espírito sabe exatamente o que é preciso em cada um dos nossos corações. Oh Senhor, eu oro para que o Senhor prepare o solo dos nossos corações pelas próximas semanas, para buscar ao Senhor. Faz nossos corações sensíveis e atentos ao Senhor. Que nós não venhamos a nos retrair ou resistir ao teu arado. Que nós possamos deixá-lo ir o quão profundo ele necessitar ir.

Traga para a superfície as partes cobertas dos nossos corações. Mostre-nos o que o Senhor vê. Nos refine, e plante a semente da tua Palavra, e, Senhor, traga em nossas vidas, em nossas casas, em nossas igrejas, e nessa nação, Senhor, e ao redor do mundo, a grande colheita e o fruto de um amor infalível e de justiça. Nós oramos em nome de Jesus, amém.

Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth faz parte do ministério Life Action Ministries.

Clique aqui para ouvir esse áudio em inglês.