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Educando filhos após o Mês do Orgulho: agarra-se a essas cinco verdades

Por Erin Davis

Ser pais cristãos em 2022 é desejar uma vida que vá além do arco-íris. Como mãe de quatro meninos (crianças até adolescentes), estou ciente dos desafios que você enfrenta. Somos a primeira geração de pais modernos a criar filhos em um mundo onde todos os tipos de preferências e posições sexuais são celebrados. O pêndulo balançou tanto que há momentos em que parece que a norma histórica de um homem e uma mulher, comprometidos com a fidelidade ao longo da vida, é o único cenário que não é aplaudido de pé. Isso pode ser confuso para crianças e pais.

Você não precisa de mim para discutir o problema. Você já viu isso toda vez que ligou a televisão, toda vez que outra empresa adicionou o arco-íris à sua marca, e toda vez que pisou em uma biblioteca pública ou restaurante favorito com seus filhos apenas para encontrar a bandeira do arco-íris hasteada. Em algum lugar ao longo do caminho, junho se tornou o “Mês do Orgulho”, uma tendência que provavelmente não será revertida tão cedo. Provavelmente você já passou algum tempo lutando para saber como falar com seus filhos sobre a revolução moral e sexual que está em andamento.

Não sou uma especialista, apenas uma mãe que ama Jesus, afirma a Palavra de Deus, e deseja ajudar meus filhos a entender o mundo quebrado em que estão crescendo. Como o tema “Mês do Orgulho” tem sido abordado aqui em casa (e falamos muito sobre isso) ofereço alguns princípios úteis.

 

1. A oração é a nossa principal tarefa

A Bíblia deixa uma coisa clara: Deus responde às orações das mães. Considere Ana, cuja oração por uma criança foi tão desesperada e apaixonada que as pessoas pensaram que ela estava bêbada (1 Samuel 1:14). Deus ouviu sua súplica e abriu seu ventre estéril (1 Samuel 1:19-20). Considere a mãe Cananéia que orou: “Senhor, me ajude!” enquanto ela enfrentava a possessão demoníaca de sua filha. Em resposta, Jesus livrou sua filha do tormento (Mateus 15:21-28). Considere Loíde e Eunice, uma avó e mãe cujas orações fiéis e discipulado de Timóteo o transformaram em um devoto seguidor de Jesus e plantador de igrejas (2 Timóteo 1:5).

Mães, deixe o “Mês do Orgulho” nos encorajar a orar. Diante das mensagens abertas e berrantes que estão por aí, orações silenciosas oferecidas em favor de nossos filhos podem parecer como arremessar bolas de algodão em um tsunami, mas a Palavra de Deus promete o contrário.

A oração muda tudo. Quando mães justas oram (ao lado de papais, pastores e avós), Deus ouve. Na prática, tenho deixado meu celular lá embaixo nas últimas semanas enquanto sento com meus filhos no quarto na hora de dormir. Eles não se beneficiam de minhas pesquisas nas mídias sociais, mas sim das orações apaixonadas de fé oferecidas a seu favor. Não jogue as mãos para cima. Caia de joelhos.

 

2. A era de protegê-los já passou

Eu coloco protetor solar nos meus filhos para evitar que eles se queimem. Eu mantenho itens quentes e afiados armazenados no alto para evitar que meu filho menor os pegue. E, com dependência diária do Espírito Santo, mantenho ideias e ideologias que contradizem a Palavra de Deus escondidas até que meus filhos tenham idade suficiente para pesá-los com sabedoria. Faz parte do nosso trabalho como pais proteger nossos filhos daquilo que os prejudicaria.

Pela mesma razão que meu marido coloca rodinhas nas bicicletas de nossos meninos quando estão aprendendo a andar, não os expomos a todos os pontos de vista que correm por aí e esperamos que naveguem por suas complexidades sem um resultado desastroso. Portanto, é compreensível que, como pais, desejamos proteger nossos filhos (principalmente os menores) de debates centrados em sexualidade, homossexualidade, fluidez de gênero, etc. Infelizmente, no caso da agenda LGBTQIA+, pode bem ser que a oportunidade de blindar completamente nossos filhos tenha passado. Embora Jesus continue vitorioso, a sociedade em geral parece ter abraçado a ideia de que a homossexualidade (com seus muitos outros tentáculos) deve ser celebrada.

Como pais cristãos, somos comissionados a ser pais com discernimento, não importa como os ventos culturais soprem. Mas me parece que, se nossa única estratégia é proteger nossos filhos, perdemos a oportunidade de enfrentar essa questão de frente. Então, da próxima vez que seu filho/sua filha perguntar por que o vizinho quer se vestir como uma menina, ou ficar confuso com uma mulher chamando outra mulher de “esposa” na TV, resista à vontade de deixar as perguntas de lado, mudar de canal e seguir em frente . Agora é a hora de engajar! Eu entendo perfeitamente se isso te deixa atônita, mas lembre-se, você não está sozinha.

Como pais cristãos, temos uma caixa de ferramentas robusta:

  • A Palavra de Deus ao seu alcance. É uma espada afiada e eficaz (Hebreus 4:12).
  • O Espírito Santo habitando dentro de você. Ele é o seu Ajudador enquanto você vive como discípula e procura fazer mais discípulos (João 14:26).
  • A Igreja, a Noiva de Cristo, ao seu redor. Estamos nisso juntas (1 Tessalonicenses 5:11).

Não somos impotentes para este momento porque temos Jesus.

“Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.” (2 Pedro 1:3)

 

3. Não é assunto para uma vez só

As famílias cristãs são separadas. Não queremos apenas que nossos filhos cresçam para serem membros produtivos da sociedade. Temos uma esperança maior, de que eles se tornarão seguidores devotos de Jesus, comprometidos em ver o estabelecimento de Seu Reino. Portanto, nossos lares devem ser incubadoras para o discipulado.

O que vemos nas Escrituras é que o discipulado não é uma atividade relegada a certas datas no calendário – é um modo de vida. Jesus ensinou sobre o reino enquanto viveu a vida de carpinteiro. Nem todos os Seus momentos eram como a experiência do Sermão da Montanha, mas cada momento era uma oportunidade de falar sobre o caráter de Deus e Sua vontade para Seus filhos.

Vemos esse mesmo princípio modelado em Deuteronômio 6, uma passagem fundamental para pais cristãos.

“Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor.
Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração.
Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa.Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões.” (versos 4–9)

E se o “Mês do Orgulho” fosse uma oportunidade de falar sobre o melhor de Deus à medida que avançamos? Você vê uma bandeira de arco-íris exibida no posto de gasolina? Fale sobre o fato de que este mundo não é nosso lar (Hebreus 13:14). A página inicial dos canais de mídia que você costuma ver está repleta de programas que celebram a homossexualidade? Faça um jejum da TV por um tempo. Fale sobre o porquê em família e faça planos para passar o tempo de maneiras que todos gostem. (Nossa família está tendo alguns jogos épicos de wiffleball este mês!) Sua garçonete ou garçom exibe orgulho gay em seu uniforme? Reserve um tempo para orar por eles em família, pedindo que experimentem o amor de Jesus e se rendam ao Seu plano para suas vidas.

Essa mudança é importante. Em vez de viver no modo defensivo, reagindo à cultura ao nosso redor, passemos para o modo ofensivo, ansiosos para ensinar aos nossos filhos a verdade de Deus e aproveitar as muitas oportunidades que temos para viver aquilo que falamos.

 

4. Repita após mim: Deus é amor

Na vanguarda da batalha espiritual que se alastra por corações e mentes está uma realidade muito prática: quando se trata de mensagens sobre inclusão LGBTQIA+, simplesmente fomos ultrapassados. O “Mês do Orgulho” tornou-se uma marca, repleta com mensagens estratégicas. Uma dessas mensagens é que “amor é amor”. Como é difícil argumentar com o amor, essa ideia ganhou uma força inabalável. Mas, porém, todavia … simplesmente não é verdade. Amor não é amor: Deus é amor. Essa é uma mensagem que nossos filhos precisam ouvir repetidamente.

“Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.” (1 John 4:16)

Podemos direcionar esta conversa para o fato de que Deus nos deu grades de proteção para nossas vidas porque Ele nos ama tão profundamente. Deus não odeia gays. Ele os ama. Deus não odeia pessoas trans. Ele os ama. Deus não odeia pessoas confusas, ou pessoas raivosas, ou pessoas abertas e afirmativas. Ele os ama. Ele nos ama. Ele ama nossos filhos. Ele os chamou para amar os outros. Na tentativa de comunicar a lei de Deus, não deixemos de lado o Seu amor. Por causa de Jesus é possível viver com convicção e compaixão. A verdade que quero que penetre até a medula dos ossos de meus filhos é que Deus ama as pessoas – todas as pessoas.

 

5. Escolha a humildade

Eu amo como Nancy DeMoss Wolgemuth (minha amiga e mentora) escolheu abordar este mês. Ela está usando suas mídias sociais para chamar os cristãos para celebrar o #humilitymonth (mês da humildade) com tweets como este.

“Mas, quando o seu coração se tornou arrogante e endurecido por causa do orgulho, ele foi deposto de seu trono real e despojado da sua glória.” ―Daniel 5:20

“Filho de Deus, vamos fazer deste mês o mês da humildade.”

Vamos ter cuidado com a forma como estruturamos essa conversa com nossos filhos. A imagem mais fácil de pintar é aquela em preto e branco, nós contra eles, mas descobri que as conversas que mais impactam meus filhos são aquelas em que não finjo ter todas as respostas. Quero ter cuidado para não comunicar que meu objetivo é estar “certa” ou causar vergonha, mas garantir que meus filhos saibam que o caminho de Deus é o melhor.

As mensagens que nossos filhos ouvem mais alto são as que vivemos. À medida que defendemos Cristo em uma cultura que é cada vez mais hostil a Ele, e à medida que criamos nossos filhos para fazer o mesmo, nossa missão não é uma agenda. É amar a Jesus com tudo o que temos. O Mês do Orgulho virá e irá (e virá novamente), mas tenha coragem, pais cristãos. Por causa de Jesus é possível viver com convicção e compaixão. Este mês, e todos os meses, temos a oportunidade de construir nossas famílias sobre a rocha sólida da Verdade de Deus.

Vamos investir nisso.

O que não falta é confusão quando se trata da visão do mundo sobre gênero e sexualidade hoje … e muitas de nós dentro da Igreja também procuramos clareza. É por isso que Revive Our Hearts está hospedando Gender & Sexuality: Clarity in an Age of Confusion como uma cúpula pré-conferência antes de True Woman ’22. Você ouvirá os convidados Mary Kassian, Dr. Juli Slattery, Dr. Rosaria Butterfield (via vídeo), Laura Perry Smalts e muito mais durante este evento único, ao vivo em Indianápolis na quinta-feira, 22 de setembro. Saiba mais em TrueWoman22.com/ pré-conferência. Lembramos que as sessões da pré-conferência não terão a tradução simultânea em português.