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Lavanda or erva malcheirosa? Sua resposta à perseguição importa

Por Jean Wilund

 

A maioria das pessoas planta ervas para cozinhar. Eu as planto para cheirar. Planto lavanda próximo a porta da minha casa para que eu possa esfregar minhas mãos sobre ela quando por ali passo e levar o perfume comigo ao longo do dia. Eu amo a fragrância que é transferida para a ponta dos meus dedos. Você não gostaria que a semelhança com Cristo fosse transferida para nós tão facilmente?

E se pudéssemos esfregar as mãos nas páginas do Evangelho de João e levar o brilho do Seu amor, Sua misericórdia e Sua humildade conosco ao longo do dia? Em vez disso, Deus usa um processo de moldagem – às vezes um processo de prensagem – para produzir um buquê perfumado com a semelhança de Cristo em nós.

Quando prensadas pela ameaça de perseguição, às vezes respondemos como a lavanda e enchemos o ar com o aroma agradável de Cristo. Outras vezes, nossas respostas cheiram a erva malcheirosa, respondemos com desfeita por desfeita ou mal por mal. Mas Cristo nos chama para enfrentar nossos inimigos como Ele fez – para sermos como a lavanda, não como a erva malcheirosa. Porém, primeiro temos que aprender a reconhecer a diferença entre uma e a outra.

 

Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça.” (1 Pedro 2:23)

 

As marcas de um aroma perfumado

1. A lavanda salta de alegria quando perseguida—a erva malcheirosa se desespera

“Bem-aventurados serão vocês, quando os odiarem, expulsarem e insultarem, e eliminarem o nome de vocês, como sendo mau, por causa do Filho do homem.
Regozijem-se nesse dia e saltem de alegria, porque grande é a recompensa de vocês no céu. Pois assim os antepassados deles trataram os profetas.” (Lucas 6:22-23, ênfase acrescentada)

A Sexta-feira Santa marca o dia em que os homens cometeram o maior ato de maldade na terra – eles torturaram, zombaram e crucificaram nosso Senhor. Chamamos esse dia de bom, apesar do mal, porque o sacrifício de Cristo comprou as almas de Seus filhos, Sua Amada Noiva, a Igreja.

Os inimigos de Cristo pularam de alegria na “Sexta-feira Santa”, mas não Seus discípulos. Eles se esconderam em desespero. Eles não entendiam o que Cristo havia realizado. Mas depois da ressurreição, começaram a saltar.

Não se esqueça do que Cristo fez. Salte de alegria no Senhor quando a perseguição aumentar. Guarde sua fé com o mesmo desespero que os discípulos sentiram na Sexta-Feira Santa. Alegrai-vos! Jesus é a ressurreição e a vida mesmo quando a morte nos cerca.

 

2. A lavanda ora por seus inimigos—a erva malcheirosa os odeia

Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem.” (Mateus 5:43-44)

As primeiras palavras de Cristo na cruz não foram para sua mãe ou discípulos amados, mas para aqueles que O crucificaram. Ele não invocou fogo da justiça divina sobre eles. Ele orou: “Pai, perdoe-os.”

Deus respondeu à Sua oração com a salvação. Dois homens confiaram em Jesus na cruz – o criminoso crucificado com Cristo e o centurião romano que clamou pela fé: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus!” (Lucas 23:42-43; Marcos 15:39)

Durante a Segunda Guerra Mundial, o pastor alemão Dietrich Bonhoeffer escreveu: “Este é o comando supremo: por meio da oração, vamos até nossos perseguidores, ficamos ao lado deles e imploramos a Deus por eles.” Bonhoeffer falou contra o terrível regime nazista e orou apaixonadamente por sua salvação do campo de concentração onde acabaram por executá-lo.

Só o amor pode derrotar o ódio. E só o evangelho pode transformar um coração cheio de ódio que está morto em seus pecados e vivificá-lo a fim de que viva e ame. É uma obra do Espírito Santo, não do homem. Então ore! Ore pela salvação de seus inimigos.

 

3. A lavanda faz bem aos seus inimigos—a erva malcheirosa faz mal

Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam.” (Lucas 6:27)
Não podemos esperar que aqueles que odeiam a Deus se abstenham de perseguir os outros, aceitem o amor cristão e façam o bem. Os cristãos, entretanto, podem e devem. Como disse o falecido pastor Alexander MacLaren, “[os cristãos] não devem ser meras superfícies reverberantes, devolvendo ecos de vozes iradas. Tomemos a iniciativa e, se os homens fizerem cara feia, vamos enfrentá-los com o coração aberto e sorrisos.” Vamos fazer o bem a eles.

Trate seus inimigos como você gostaria de ser tratada – de uma forma que seja do interesse deles. Às vezes, isso envolve atender às suas necessidades, abençoando-os com uma bondade inesperada ou oferecendo a outra face. Outras vezes, é necessário tomar as medidas adequadas contra eles.

Se o pecado de alguém prejudica os outros e/ou a si mesmo – roubo, agressão, assassinato – a coisa mais amorosa que podemos fazer por eles é fazer com que parem. Se Deus lhe dá poderes para parar o mal, você vai resgatar uma vítima (possivelmente até você mesma) do mal e evitar que o perpetrador mergulhe ainda mais no mal. Eles não vão agradecer agora, mas certamente a mãe deles agradecerá.

Seja como for, Deus nos chama para perdoar.

 

4. A lavanda perdoa seus inimigos—a erva malcheirosa se apega a falta de perdão

Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo.” (Efésios 4:32)

O pastor John MacArthur nos incentiva a perdoar o imperdoável com uma bela – e lógica – verdade.

Ele disse, “Você nunca é mais parecido com Deus do que quando perdoa seus inimigos, porque toda a salvação é baseada no fato de que Deus perdoou Seus inimigos. Não podemos manifestar que somos genuinamente filhos de Deus, a menos que amemos como Deus ama; e Deus amava os inimigos porque essas eram as únicas pessoas que existiam. Ele não tem amigos no mundo decaído.

Por meio da fé, Deus perdoou a Seus filhos uma montanha de pecados. A altura do nosso pecado excede a dos Alpes, Montanhas Rochosas ou Apalaches. Alguns dias me pergunto se meu pecado pode eclipsar o Monte Everest! Independentemente do tamanho e da maneira dos pecados cometidos contra nós, nossos entes queridos ou Deus, Cristo nos chama e nos capacita a perdoar como Ele nos perdoou. (Efésios 4:32)”

Deus está comprometido com a nossa transformação

Decidiremos suportar a perseguição com uma fragrância agradável que irradia a alegria no Senhor? Ou iremos contra a obra transformadora de Deus com o odor de desespero e amargura? A escolha é simples, mas fazer isso requer o mesmo poder de ressurreição que ressuscitou Cristo dos mortos. Felizmente, como cristãos, Deus nos encheu e nos selou com esse poder quando Ele nos deu Seu Espírito.

Mesmo assim, tornar-se semelhante a Cristo não é fácil, especialmente durante perseguições. Mas Deus está comprometido com a nossa transformação. Ele não vai desistir de Seus filhos. Quanto mais cedo abraçarmos Sua moldagem, modelagem e, sim, até mesmo Sua obra que nos prensa, mais cedo nos transformaremos na imagem agradável de Seu Filho.

O mal odor do nosso pecado desaparecerá e nos deixará com o aroma de Cristo em um mundo que cheira a raiva, amargura e violência. Alguns nos odiarão porque pertencemos a Ele (João 15:18-25). Muitos se afastarão ou se voltarão contra nós, repelidos por nosso testemunho. Mas se nosso amor for genuíno, podemos confiar os resultados  e os nossos inimigos a Deus.

A perseguição é difícil, mas Cristo é fiel. Não temas. Se você é uma filha de Deus, sua vida está escondida com segurança em Cristo (Colossenses 3:3). Através do Seu poder, você não só será capaz de suportar as contusões, mas, como resultado, você espalhará a fragrância do conhecimento Dele em todos os lugares.

Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento;
porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo.
Para estes somos cheiro de morte; para aqueles fragrância de vida. Mas, quem está capacitado para tanto?
(2 Coríntios 2: 14-16)

 

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