Quando você pensa em jejum, que palavras vêm à sua mente?
Privação?
Fome?
Dores de cabeça e tremores?
Tortura?
Miséria?
Talvez você nunca tenha ouvido o termo jejum. Talvez você já tenha ouvido esse termo em um contexto secular, tipo, estou jejuando nas mídias sociais.
Jejuar no sentido espiritual geralmente significa optar por deixar de comer por um tempo para se concentrar em um propósito, objetivo ou necessidade espiritual para nós mesmos ou para os outros.
Eu não gosto muito da ideia de jejum porque eu amo comida. Além disso, eu tenho um metabolismo alto que me obriga a comer frequentemente. (Eu sempre tenho bolachas e M&Ms na minha bolsa para quando a fome bater). Minha necessidade de lanches regulares é tão profunda que minha filha me chama carinhosamente de “A Criança”.
Também não gosto da sensação de fraqueza e tontura que geralmente acompanha um jejum. Ou a dor de cabeça. Ou o mau-humor em geral.
Você sabe do que eu estou falando, não é?
No entanto, por mais que eu goste de comida e do conforto de uma barriga cheia, há algo que eu amo mais. Algo que eu preciso mais – o poder de Deus.
Nos entregando nos braços de Cristo
O teólogo Andrew Murray disse: “Jejuar é deixar de lado tudo o que é visível e temporal. . . O jejum ajuda a expressar, aprofundar e confirmar a decisão de que estamos prontos para sacrificar qualquer coisa, até nós mesmas, para alcançar o que buscamos para o reino de Deus.”
Quando jejuo e oro, digo a Deus: “Quero o seu poder nesta área da minha vida mais do que desejo comida”.
Jesus afirmou que haveria um tempo para jejuar, dizendo: “Mas virão dias quando o noivo lhes será tirado; e nesse tempo jejuarão.” Marcos 2:20
Durante a vida de Cristo na terra, quando Seus discípulos precisaram de Sua ajuda ou sabedoria, eles simplesmente foram até Ele e pediram. Hoje não podemos ficar fisicamente em sua presença ou ajoelharmos a Seus pés para apresentar nossas petições. E embora possamos ousadamente nos aproximarmos do trono da graça com confiança (Hb 4:16), às vezes lutamos para ver Seu rosto e ouvir Sua voz.
O jejum limpa o vidro, nos ajuda a deixar de lado as distrações e nos ajuda a nos entregarmos nos braços de Cristo. Experimentar a fraqueza física nos ajuda a perceber quão espiritualmente fracos realmente somos. É somente quando percebemos nosso desamparo que podemos abrir espaço para Deus trabalhar em nossos corações muitas vezes orgulhosos e autossuficientes.
Hudson Taylor, missionário na China, descreveu o jejum desta forma: “Em Shansi encontrei cristãos chineses que estavam acostumados a passar tempo em jejum e oração. Eles entenderam que esse jejum, que muitos não gostam, requer fé em Deus pois faz a pessoa se sentir fraca e pobre, é realmente um meio de graça divinamente designado. Talvez o maior obstáculo ao nosso trabalho seja nossa própria força imaginada; e ao jejuar aprendemos que criaturas pobres e fracas somos – dependentes de uma refeição de carne para a pouca força em que estamos tão propensos a nos apoiar.”
Por que jejuar?
As Escrituras revelam várias razões para jejuar. Os três mais comuns são: buscar o poder e o favor de Deus (Mt 6:16-18, Mt 17:21 NKJV), pedir perdão e cura (Dan. 9:3) e obter sabedoria e direção (Atos 14:23).
Encontro-me jejuando e orando mais pela obra sobrenatural de Deus na vida de meus filhos. Mais do que quase tudo, desejo que minhas filhas, genros e netos amem e honrem a Deus todos os dias de suas vidas. Eu quero isso o suficiente para jejuar por isso. Buscar a Deus em oração todos os dias. E ser um exemplo de paz e alegria que eles vão querer conhecer e amar meu Salvador.
O que você quer mais do que tudo?
Se esse desejo se alinha com a vontade de Deus, você já pensou em jejuar e orar por isso?
Lembre-se, não jejuamos para manipular Deus a fazer algo que Ele não está disposto a fazer. Em vez disso, o jejum nos permite deixar de lado as distrações para buscar a vontade e o poder de Deus em uma determinada situação. Ao abrir mão de comida, mídia ou, como um amigo fez, de seu refrigerante diário, abrimos mão de algo que é importante, e às vezes até vital, na esperança de ganhar algo ainda maior.
Quando jejuamos, dizemos: “Não a minha vontade, mas a tua, Senhor”.
Se algo está pesando em seu coração, eu a encorajo a tentar esta disciplina espiritual que é o jejum. Se você é como eu, pode não gostar. Mas você pode vir a amá-lo.
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