Quando foi a última vez que você se cansou de orar e quis desistir?
Talvez você tenha orado por um filho pródigo que parece mais distante de Deus do que nunca. Ou por um cônjuge cujo coração parece ficar mais duro e frio. Talvez você esteja em uma temporada de desemprego, infertilidade ou solidão, e nada parece mudar. Suas orações sobem (você pensa), mas parecem pairar acima de sua cabeça, depois desaparecem como a névoa da manhã.
Se você está lutando com a fadiga da oração e contra o desânimo, permita-me compartilhar dez razões poderosas para continuar orando, mesmo quando você quiser desistir.
1. A oração sempre realiza a vontade de Deus
Às vezes me pergunto se minhas orações realizam alguma coisa. Quando não consigo ver resultados, seja imediatamente ou depois de um tempo, fico desanimada. O apóstolo Tiago instruiu os membros de sua igreja “confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.” (Tiago 5:16)
Quando estou orando, nem sempre sinto grande poder, mas existe―nas Escrituras. As orações de uma pessoa justa não têm apenas poder, elas têm grande poder.
Observe as qualidades de uma mulher que ora ativamente: ela confessa seus pecados e vem a Deus com um coração puro. Ela busca a justiça e segue a vontade revelada de seu Pai celestial. Tiago 5:16 me lembra que quando eu examinar meu coração e minha vida, confessar qualquer pecado conhecido e seguir diligentemente a Deus, minhas orações terão grande poder, quer eu veja resultados ou não.
2. Deus promete nos recompensar
“Mas quando você orar,” Jesus instruiu Seus discípulos, “vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará.”
(Mateus 6:6)
Deus não projetou a oração simplesmente como uma disciplina mental ou espiritual. A oração é como compartilhamos nossos pensamentos, perguntas, emoções e necessidades com Ele. Se Ele nos convida a orar, é razoável e lógico que esperemos que Ele responda da maneira que Ele sabe que é melhor. Hebreus 11:6 descreve isso como a essência da fé: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.”
3. Não oramos sozinhas
A oração de longa duração é mais eficaz quando não oramos sozinhas. Sem o encorajamento de outros que oram, podemos facilmente nos cansar e desanimar. Para combater isso, me reuni mensalmente com um grupo de mães para orar por nossos filhos adultos. Sabemos que estaremos orando por essas crianças até que o Senhor nos leve para nosso lar celestial, e estamos comprometidas em ser fiéis a esse chamado.
Orei por sete anos para que meu filho pródigo chegasse a fé. Outras mães ainda estão orando por filhos alcoólatras, filhas rebeldes e crianças confusas. Orar juntas nos ajuda a perseverar. Mesmo que você não tenha uma parceira ou grupo de oração, nunca estamos realmente sozinhas quando oramos. Romanos 8:26 nos lembra do parceiro de oração que nunca sai do nosso lado. “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.”
4. Jesus ora conosco
É encorajador saber que o Espírito Santo acrescenta Seus santos gemidos às nossas orações, mas vamos considerar estas palavras do próprio Jesus: …”isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”. (Mateus 18:19–20).
Como mudaria sua abordagem à oração se Jesus se ajoelhasse ao seu lado enquanto você ora e acrescentasse Seu amém aos seus pedidos? Como você se sentiria se olhasse para cima após o amém final da reunião de oração semanal de sua igreja e visse Jesus lá? Não precisamos imaginar isso. Sempre que oramos, Jesus está presente conosco, elevando nossos pedidos ao Pai.
5. A oração tem impacto sobre nossas cidades, nosso país, e o mundo
Como você se sente sobre o caminho que o país está tomando? Você fica de coração partido com as decisões que os líderes eleitos tomaram? Seu estômago se revira de medo e raiva quando você olha para a frente e imagina que tipo de mundo nossos filhos ou netos herdarão? Embora seja difícil imaginar, a vida no primeiro século era ainda pior.
O apóstolo Paulo, sob inspiração do Espírito Santo, ensinou os cristãos como poderiam causar o maior impacto em sua sociedade. “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. (1 Timóteo 2:1-4).
6. Orações de agradecimento nos ajudam a perseverar
Quando nos cansamos de orar, podemos aplicar Colossenses 4:2 aos nossos corações vacilantes: “Dediquem-se à oração, estejam alertas e sejam agradecidos.” O apóstolo Paulo sabia que a igreja em Colossos iria lutar, então ele os desafiou a continuar “firmemente em oração”. E acrescentou dois componentes: vigilância e gratidão. Quando começamos nosso tempo de oração com louvor e ação de graças, Deus abre nossos olhos para ver tudo que Ele já fez ao nosso redor.
Desenvolver “olhos gratos” que deliberadamente procuram evidências do amor e cuidado de Deus ajuda nos proteger da amnésia espiritual. Quando reconhecemos o que vemos, nossos corações se enchem de gratidão. Isso afasta resmungos e desânimo. Como podemos nos perguntar se Deus ouve nossas orações quando temos evidências visíveis de Sua obra ao nosso redor?
7. A oração nos ajuda a triunfar sobre nossos inimigos
Quem aparenta ser um inimigo em sua vida agora? Um chefe ou colega de trabalho difícil? Uma criança beligerante? Um cônjuge irritado? Talvez você tenha verdadeiros inimigos – alguém que está tentando desacreditar seu ministério, destruir sua igreja ou arruinar sua família. Uma das tarefas de oração mais difíceis é a ordem de orar por nossos inimigos, mas Jesus disse: “”Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam,abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam.” (Lucas 6:27-28). Como podemos amar aqueles que parecem empenhados em nossa destruição? O ministro do século XVII, William Law, disse: “Não há nada que nos faça amar tanto um homem quanto orar por ele”.
O grande homem de oração, J. Sidlow Baxter, abriu a porta da arma secreta do cristão para impactar aqueles que resistem a eles. Citação atribuída a ele: “Os homens podem desprezar nossos apelos, rejeitar nossa mensagem, opor-se aos nossos argumentos, desprezar nossa pessoa, mas eles são impotentes contra nossas orações”.
8. A oração traz paz aos nossos corações
Se você for como eu, muitas vezes se sente completamente sobrecarregada pelas exigências da vida. Nós nos perguntamos se nosso casamento durará, nossos filhos vão amar a Deus e nossos ministérios vão dar frutos. Tememos o câncer, a inflação, a agitação social e as forças espirituais da maldade. Alguns dias, os “e se” tomam conta, e mal conseguimos sair da cama para enfrentar um novo (assustador) dia.
Não andem ansiosos por coisa alguma” Paulo instruiu os cristãos filipenses, “mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:6-7) Se eu tivesse o presidente dos Estados Unidos, o secretário do Exército e o médico-chefe do hospital Johns Hopkins como contatos ativos no meu celular, eu poderia me sentir bastante segura. Os cristãos têm algo melhor – Deus. Quando levamos nossos pedidos a Ele com fé agradecida, podemos confiar que Ele cumprirá Sua perfeita vontade em e através de nossas vidas. Com uma promessa como esta, podemos descansar em paz.
9. A oração acolhe a vontade de Deus em nossas vidas
Um dos frutos mais doces da oração é uma compreensão mais profunda da vontade de Deus. À medida que falamos com Deus em oração e O ouvimos falar conosco por meio de nossas Bíblias, nos tornamos mais semelhantes a Ele. Seus pensamentos se tornam nossos pensamentos. Sua vontade se torna nossa vontade. Amamos o que Ele ama e odiamos o que Ele odeia. O guerreiro de oração, E. M. Bounds, descreve assim: “A oração torna um homem piedoso e coloca dentro dele a mente de Cristo, a mente da humildade, da auto entrega, do serviço, de piedade e oração. Se realmente orarmos, nos tornaremos mais parecidos com Deus, ou então deixaremos de orar.”
Saberemos o que Ele quer que oremos a medida que nos aproximamos de Deus em oração e leitura da Bíblia. Começamos a pedir as coisas que Deus mais deseja nos dar. Nossas orações se tornam menos “É isso que eu quero” e mais “Deus, eu quero o que Tu queres para mim”. Podemos dizer com confiança: “Acredito que Tu sabes o que preciso, quais experiências devo passar para aumentar minha fé e refinar meu caráter e como devo viver minha vida. Se não queres que eu tenha, eu não quero. Se quiseres, eu o acolho com fé e confiança.” Quando oramos dessa maneira, 1 João 5:14-15 diz: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos.”
10. Jesus nos ordena a nunca parar de orar
Jesus sabia que ficaríamos cansadas. “No mundo”, ele disse, “vocês terão aflições” (João 16:33). Ele sabia que nossos meigos corações quebrariam sob os efeitos do pecado neste mundo. Ele sabia que nossas almas se encolheriam toda vez que o mal triunfasse e as pessoas boas sofressem. Ele sabia que ansiaríamos pelo céu, onde há paz e não haverá mais doença, morte ou dor. Ele sabia que o tempo entre promessa e cumprimento, fé e visão seria longo. E difícil. É de partir o coração.
Talvez seja por isso que Ele compartilhou a parábola da viúva persistente em Lucas 18, “que devem orar sempre e não desanimar” (verso 1 ). Acho que Ele escolheu uma viúva como exemplo porque as viúvas estavam entre as mais vulneráveis de todas. Sem marido para cuidar delas, eram inteiramente dependentes da benevolência dos outros. Elas não tinham direitos, influência ou recursos.
No entanto, Jesus compartilhou seu exemplo de oração persistente para nos lembrar que, como o juiz injusto a viu e atendeu seu pedido, quanto mais nosso bondoso e benevolente Pai ouvirá e responderá nossas orações?
Continue orando!
Não sei quais circunstâncias desafiadoras fizeram você se cansar em suas orações, mas tenha coragem. Por essas dez razões poderosas e mais cem, podemos orar com confiança, sabendo que nosso grande e gracioso Deus está realizando Sua boa e perfeita vontade por meio de nossas orações. Continue orando, irmã. Deus está ouvindo.