Como mãe de quatro filhos, muitas vezes estou negociando termos de compromisso entre eles:
Se sua irmã for no banco da frente na ida, é a sua vez na volta.
Se ele usar o copo verde hoje, você poderá usá-lo amanhã.
Se você escolher o que vamos assistir desta vez, ela poderá escolher na próxima.
É como uma dança contínua onde nenhum dos parceiros consegue descobrir os passos, eles constantemente pisam nos pés um do outro, gritam e berram, e não têm a menor ideia do que fazer até que o instrutor de dança venha e os lembre:
Se você mover para a direita, ela moverá para a esquerda.
Se você for primeiro, ele irá em segundo.
Comprometer-se às vezes é descrito como uma dança onde se dá e recebe, mas há certas ocasiões em que a Bíblia diz que nunca devemos nos comprometer. Você tem ideia de quais seriam?
(Dica: se você estiver pensando em pecado, Satanás e as Escrituras, você está no caminho certo.)
Jamais se comprometa com o pecado
Qualquer acordo com o pecado é como pular voluntariamente numa canoa sem remos. No início, você pode pensar que está bem. Talvez o riacho seja suave, o sol quente. Mas, eventualmente, o riacho a levará a águas mais turbulentas e, como você não tem remos, essas águas a levarão a águas mais profundas e agitadas. Os ventos do mundanismo soprarão e você será pega pela corrente, agitada por ondas torrenciais de idolatria o tempo todo sem saber como chegou lá.
O pecado não joga limpo. Achamos que podemos viver ao lado do pecado (ou mesmo convidá-lo a entrar) e não ser afetadas, mas a correnteza é fortíssima. Se nos comprometermos um pouco, o pecado acabará nos levando para baixo.
No momento em que nos tornamos fazedoras de alianças com o mal, nos tornamos violadoras de alianças com a santidade. É impossível permanecer em um relacionamento de aliança com ambos.
Tiago 4.4 diz, “Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus.”
É impossível ser amiga de Deus e do mundo quando os dois permanecem em oposição um ao outro.
Como é a amizade com o mundo? É andar lado a lado com o mundo em vez de Deus. É fazer concessões com as Escrituras para aliviar as tensões com os incrédulos. É conformidade com um comportamento pecaminoso. É obediência indiferente. É reivindicar o cristianismo, mas não viver como Jesus.
Jamais se comprometa com Satanás
A vida cristã não é um piquenique; é uma guerra. Somos soldados que precisam desesperadamente da armadura de Deus para que possamos enfrentar os planos tentadores do diabo. Nosso maior inimigo não está nos encarando, mas habilmente nos atraindo com comprometimentos espirituais, tentando-nos a ceder às nossas convicções . . . só um pouco.
O diabo não está procurando fazer amigos; seu objetivo é capturar prisioneiros de guerra. Destruição é o nome do seu jogo e, infelizmente, parece que ele está ganhando terreno até mesmo na igreja.
O diabo pode nos persuadir a pensar que a homossexualidade não é um pecado? Ele pode nos fazer pensar que somos racistas por aderir às definições de Deus do certo e errado? Ele pode nos distrair com incentivos mundanos e problemas de relevância superficial? Ele pode roubar nossa alegria e nos manter focadas em nós mesmas? Infelizmente, em muitos casos, a resposta é sim.
Os argumentos do diabo muitas vezes parecem bons. Sua casca externa muitas vezes parece a verdade, mas seu interior é como uma bomba-relógio, preparada para detonar dentro de qualquer um que engolir as mentiras de Satanás. Então, o que Deus quer que façamos? Fugir da tentação e apegar-se a Cristo. Somente Jesus tem o poder de derrotar as forças espirituais do mal.
Perderemos se buscarmos resistir à tentação por conta própria. Sem Jesus, não podemos fazer nada para contra-atacar. Compromissos com Satanás são impossíveis. Se dermos a ele uma polegada, ele vai tomar um quilômetro, é exatamente isso que ele está procurando – uma pequena rachadura em nossas convicções. Uma pequena acomodação que pode ser a porta de entrada para suprimir nossa retidão e destruir nossa fé.
Jamais comprometa as Escrituras
Um sumidouro que cresce rapidamente para o Cristianismo é nossa disposição de transigir quando se trata das Escrituras por não aderir a elas, por não conhecê-las, ou por não crer nelas. Mas a Bíblia não é opcional para a fé cristã. Não podemos votar se gostamos ou não do que está escrito. Como seguidoras de Cristo, temos a tarefa de defender cada capítulo.
É impossível ter um relacionamento genuíno com Deus sem aderir à Palavra de Deus. Fé não é o ato de acreditar que Deus fará o que eu quero; fé é o ato de acreditar que Deus fará o que Ele disse. Sem conhecimento da Palavra de Deus, posso ter esperança, mas não posso ter fé.
A razão pela qual transigimos com as Escrituras é porque pensamos que conhecemos uma maneira mais fácil, uma maneira melhor ou mais satisfatória. Mas comprometer a Palavra de Deus não levará à satisfação; levará sim à tristeza. No momento em que nos afastamos das Escrituras, nos afastamos de Deus, pois Jesus Cristo é a Palavra manifestada em carne (João 1.14).
É por isso que sou grata por ministérios como Aviva Nosso Corações, cujos líderes não estão dispostos a comprometer a Palavra de Deus, independentemente das pressões culturais. Sempre que mudamos, suprimimos ou fazemos mau uso das Escrituras, criamos um falso deus e abrimos a porta para a idolatria generalizada.
O tempo altera muitas coisas, mas não pode mudar a relevância, precisão ou legitimidade da Palavra de Deus. “A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra do nosso Deus permanece para sempre.” (Isaías 40.8).
Cristo é o nosso exemplo
Certamente há ocasiões em que comprometer-se é uma ferramenta eficaz, como quando meus filhos estão brigando pelo banco da frente ou quando meu marido e eu discordamos sobre onde colocar o mini celeiro. Mas nunca há uma razão válida para o comprometimento espiritual. Em outras áreas da vida, fazemos concessões por um motivo principal: para manter a paz. Mas não há paz com o pecado ou Satanás, apenas turbulência. A paz reside em Deus.
Jesus nunca se comprometeu com o pecado e disse ao diabo que fosse embora (Mateus 4.10). Ele não negociou com o inimigo; Ele venceu o inimigo a fim de que pudéssemos ser livres para fazer o mesmo.
Portanto, não hesite em colocar o pé no chão quando se trata de certo e errado, verdade e mentiras, pecado e justiça. Não é nosso trabalho amenizar os limites bíblicos, pedir desculpas por eles ou manipulá-los para que as pessoas gostem mais deles. Nosso trabalho é apegar-nos firmemente à Palavra da vida (Filipenses 2.16), resiliente, constante e confiante no Deus gracioso a quem servimos, sem querer comprometer nosso relacionamento com Jesus Cristo.