por Dan Jarvis
Leitura de hoje: Salmo 23:4
“Mesmo quando eu andar
por um vale de trevas e morte,
não temerei perigo algum, pois tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado me protegem.” — Salmo 23:4 NVI
SEU DESAFIO: ore para que o seu pródigo tenha consciência da presença de Deus.
Seria clichê imaginar que alguém tenha que chegar ao fundo do poço antes de ver a luz?
É claro que, enquanto nossos corações se despedaçam por nossos pródigos e suas escolhas, ainda assim desejamos o melhor. Esperamos que as consequências naturais não sejam muito severas; esperamos que o dano causado não seja permanente. Na metáfora do Salmo 23, esperamos que o “vale de trevas e morte” não os leve à morte propriamente dita.
Ao contemplarmos essa metáfora, há duas imagens que podemos construir. Ambas são relevantes, mas o salmista só tinha uma em mente.
A primeira imagem é a de uma ovelha errante tropeçando no tal vale por suas próprias escolhas ruins. Ela se desviou do rebanho, encontrou-se em uma situação trágica e perigosa, e agora precisa de um resgate ao estilo de Lucas 15. As noventa e nove estão seguras no pasto verdejante, e um pastor corajoso parte para resgatar a que está perdida.
Certamente é assim que oramos pelos pródigos.
Mas o Salmo 23 nos convida a imaginar outro cenário, aquele em que o Pastor guia seu amado rebanho através do vale escuro, de propósito. Por quê? Porque o próximo pasto verdejante está à frente. Porque há uma fonte de água e descanso logo após a próxima curva.
Porque o Pastor sabe para onde está indo, mesmo quando a ovelha não sabe.
A vara e o cajado do pastor, usados para direcionar e até mesmo disciplinar levemente as ovelhas, as mantêm no caminho certo. Sentir o toque e o puxão dessas ferramentas dá confiança a uma ovelha preocupada, confirmando que ela ainda está sob o cuidado vigilante dele. Enquanto Ele está perto o suficiente para tocá-la daquela forma, não há motivo para temer.
Orações de fé podem reconhecer que os desafios que nossos pródigos estão enfrentando podem ser permitidos pelo seu Pastor amoroso. Uma ovelha pode não se sentir grata pela vara e pelo cajado; ela pode não gostar dos caminhos escuros do vale, mas também pode não perceber os perigos que espreitam se resolver seguir o seu próprio caminho.
Os pródigos podem clamar por alívio do desconforto que na verdade é a melhor forma de resgatá-los. Em vez de nos juntarmos a esses apelos ao orar contra a adversidade, oremos, em vez disso, para que eles sintam a presença próxima do Pastor.
A presença dele transforma até o pior desconforto em conforto, para o pródigo que finalmente vê, e para aquele que está em casa observando e esperando.
Ore assim
Amado Jesus, Tu és o Bom Pastor em quem escolho confiar. Meu pródigo pode estar atravessando vales escuros. Eu sei que Tu estás lá com ele. Mas neste momento, quero Te pedir para que permitas que ele sinta a Tua presença de forma palpável. Senhor, mostra a ele que Tu estás perto. Amém.
Tornando pessoal
Quando foi que você experimentou a “vara e o cajado” do Pastor guiando sua vida?
Seria possível que algumas das consequências que seu pródigo está enfrentando possam ser evidências do mesmo tipo de orientação divina?
