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A mulher contracultural – Uma nova perspectiva sobre Provérbios 31 – ep. 8: Trabalhando com alegria

Publicadas: fev 12, 2024

Raquel: Se você é mãe, provavelmente parece que o seu trabalho nunca termina. Sempre há mais uma louça para lavar, mais uma boca para alimentar, mais um brinquedo para guardar. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth sobre como tornar o trabalho mais fácil.

Nancy Leigh DeMoss: Qualquer coisa que façamos por amor a Deus e amor ao próximo – a carga se torna leve. Você não acha que isso é verdade? Que quando fazemos com um coração disposto, adquire uma perspectiva diferente.

Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.

Qual é o trabalho mais assustador diante de você hoje? Há uma maneira de tornar o trabalho mais prazeroso. É reconhecer que você está trabalhando para a glória de Deus. Ontem, Nancy começou a descrever algumas maneiras de trabalhar que são exclusivamente femininas. Continuaremos hoje em uma a série chamada A Mulher Contracultural.

Nancy: Deixe-me ler uma carta que recebi de uma amiga não muito tempo atrás. Ela disse:

“Nancy, quando li sua carta descrevendo sua agenda, pensei comigo mesma: ‘Ah, Fran, Nancy tem a vida mais incrível – tão emocionante, todas essas viagens. E o que estou fazendo neste verão?’

Bem, enquanto eu estava sentada à mesa da cozinha, pensei: ‘Vamos escrever o que fiz este mês e o que ainda vou fazer’. Que exercício valioso para entender o quão ocupadas as Mães estão – com M maiúsculo – com tarefas. E essas tarefas, aparentemente ordinárias, demonstram nosso amor por nossos filhos.

Tarefas como costurar centenas de pequenas etiquetas com os nomes dos filhos em cada meia, cueca, toalha, camiseta e outros itens que você sabe que nunca verá novamente depois que eles forem para o acampamento – o grande devorador de itens de casa. Endereçar e selar dez pequenos envelopes para dez pequenas cartas, uma para cada dia, que serão enviadas para os avós, mamãe e papai, primos variados espalhados ao redor do país – e depois ficar ansiosamente esperando pelo carteiro e finalmente abrir uma no dia em que as crianças voltam do acampamento.

Bem, meu mês continua com muita diversão neste verão de mais de 40 graus nas competições de natação. (Beau, seu filho adolescente, nada). Todas as terças-feiras há um ritual para famílias movidas à energia solar como a nossa, irem às competições de natação que duram das 18h às 21h30. 

Claro, a ironia das competições de natação ocorre quando você percebe que está na piscina para o aquecimento às 16h30; a competição começa às seis. Seu filho pode nadar três eventos e até dois revezamentos, totalizando talvez três minutos durante toda a noite. Então você passa quatro ou cinco horas no calor escaldante por dois minutos e 26 segundos, espalhados ao longo da noite.

Mas que alegria, que deleite completo, quando Beau termina forte, sai da piscina e, embora esteja encharcado, olha diretamente para a mãe [com M maiúsculo], sorri e corre para receber um grande abraço – tudo vale a pena.

No Dia dos Pais, – que é em junho, nos Estados Unidos – recebemos os avós com um delicioso sorvete caseiro e comemos bolo. Eu li trechos dos diários de George Washington, intitulado ‘Pai de Nossa Pátria’, e trechos das Escrituras sobre filhos, pais e avós. Então, cada pessoa à mesa compartilhou algo que seu papai lhe deu, uma bênção espiritual ou outra. Que momento precioso.”

Minha amiga continua falando sobre como sua mãe compartilhou algo sobre seu pai, seu pai compartilhou algo sobre o pai dele. E depois sua pequena filhinha, Mary Scott, compartilhou como seu papai lhe deu muitas coisas que custam dinheiro, mas o maior presente foi o presente gratuito de Jesus. “Oh Nancy”, Fran diz, “que mês rico eu tive”.

Minha amiga Fran está descobrindo o valor, o significado e a maravilha de ser uma mulher que trabalha voluntariamente com as mãos. E que imagem de Provérbios 31: a mulher que tem um coração de virtude e excelência, força e caráter espirituais e piedosos; e como esse caráter é vivido, trabalhado no contexto de sua casa. Temos estudado o décimo terceiro versículo de Provérbios capítulo 31 e realmente expandido aqui sobre um tema que permeia todo esse trecho.

O versículo 13 diz: “Ela busca lã e linho e trabalha de boa vontade com as mãos.” Falamos sobre como essa mulher trabalha arduamente. Ela é diligente. Ela é trabalhadora, e você verá esse tema ao longo do capítulo. Não há nada de preguiça nela. E como ela trabalha no lar – seu trabalho gira em torno de sua casa, especialmente nos anos de criação e educação dos filhos, mas mesmo além disso, ela cuida de seu lar para sua família.

Então, quero focar em outra palavra neste versículo. “e com prazer trabalha com as mãos”. Outra versão diz: “Com mãos ávidas ela trabalha”. É literalmente com o prazer de suas mãos, e isso sugere – agora, segure-se aqui, porque você pode não acreditar nisso – que ela realmente gosta do seu trabalho. Ela faz isso com prazer. Ela coloca suas mãos alegremente para trabalhar.

Não que necessariamente as tarefas sejam prazerosas por si só. Se você é mãe ou esposa e mãe por algum tempo, a menos que você realmente ame cozinhar, é possível que haja momentos em que a preparação de duas ou três refeições por dia e a limpeza após as refeições se tornem um trabalho muito árduo.

Mas aqui está uma mulher que tem um coração alegre e disposto, o que traz alegria e significado ao trabalho de suas mãos. Ela coloca suas mãos com alegria para trabalhar. Isso demonstra sua atitude em relação ao trabalho. Ela não é apenas uma trabalhadora, uma trabalhadora árdua, uma trabalhadora em casa; mas ela é uma trabalhadora disposta, uma trabalhadora de coração alegre. Ela está feliz com o seu trabalho. Ela tem alegria em seu trabalho.

Lemos em Eclesiastes capítulo nove: “O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força.” (Eclesiastes 9:10). Para esta mulher, o seu trabalho não é um fardo. Não são tarefas, embora ela certamente pudesse encará-las dessa forma. 

Mas ela escolheu ter uma atitude diferente em relação ao trabalho porque ela vê os resultados finais. Ela vê o propósito. Ela vê o significado. Ela vê a motivação por trás desse trabalho. É o amor. É o amor pelos outros. É o amor por Deus. É o seu amor por Deus que a torna disposta a trabalhar com as mãos para fornecer comida, roupas e limpeza ao redor da casa. É motivada pelo amor.

Essa atitude certamente não torna o trabalho mais fácil, mas qualquer coisa que fazemos por amor a Deus e por amor ao próximo, a carga se torna leve. Você já percebeu isso? Quando você faz o seu trabalho com um coração disposto, você tem uma perspectiva diferente? Ela não vive para si mesma; ela vive para os outros e encontra sua maior alegria em servir os outros amorosamente.

Não estou tentando romantizar algo que sabemos é um trabalho difícil, repetitivo e manual. E não estou dizendo que se você não estiver cantando louvores ao esfregar o chão da cozinha, você não é uma mulher piedosa. 

Todas nós temos obrigações e fazemos algumas tarefas simplesmente porque elas precisam ser feitas. Mas há algo que eu quero ter em meu trabalho, que quero que você tenha em seu trabalho, que é uma disposição de coração enquanto trabalhamos – um coração alegre em relação ao nosso trabalho.

Um escritor que li sobre Provérbios 31 disse: “Apenas o amor pode tornar tal serviço diligente, doce e agradável. Onde falta o amor, esse trabalho será o pior fardo.” Havia um monge do século XVII chamado Irmão Lawrence. Sua tarefa no convento era trabalhar na cozinha e ele aprendeu a executá-la com um coração alegre, por amor a Deus. Sua sabedoria em conversas e em cartas, mais tarde se tornaria a base do livro, “A Prática da Presença de Deus“, o grande clássico, que acho tão encorajador para nós mulheres em relação ao nosso trabalho e tarefas diárias.

Ele disse: “Para mim o tempo de trabalho não difere do tempo de oração.” E lembre-se qual era o trabalho dele: trabalhar na cozinha – equipe da cozinha, limpeza da cozinha – esse era o trabalho dele. Ele disse: “Para mim meu trabalho não difere do tempo de oração, e isso no barulho e na bagunça da minha cozinha, enquanto várias pessoas ao mesmo tempo pedem por coisas diferentes.”

Isso soa como a sua vida? Qualquer uma de vocês que é mãe, e dona de casa sabe muito bem – várias pessoas pedindo coisas diferentes ao mesmo tempo! Ele disse: “No meio de todo esse barulho e bagunça, eu busco a Deus com a mesma tranquilidade como se estivesse de joelhos em oração.”

Não é maravilhoso?! Entenda, ele não começou assim, vou te dizer isso. Ao ler seu livro “A Prática da Presença de Deus“, vemos que isso foi um processo para ele. Mas aquele trabalho mais simples e manual se torna algo sagrado. Se torna santificado, consagrado, quando eu o ofereço a Deus como uma oferta.

E você pode pensar como mãe, no meio da limpeza, da organização, da arrumação, do cozimento, da limpeza, das compras, de todas as coisas que você faz para ajudar a criar um lar para sua família; que você pode buscar a Deus em seu espírito com tanta tranquilidade como se estivesse de joelhos com a sua Bíblia aberta em oração, porque você faz o seu trabalho como para o Senhor, com o coração disposto.

O versículo que me vem à mente é quando Paulo disse em 2 Coríntios capítulo 12: “Assim, de boa vontade, por amor de vocês, gastarei tudo o que tenho e também me desgastarei pessoalmente,” (2 Coríntios 12:15). Estamos agora falando do apóstolo Paulo, que tinha um trabalho glamoroso. Sempre pensamos que o trabalho de outra pessoa é mais glamoroso do que o nosso, não é mesmo? 

Paulo disse: “Não importa o que isso me custar, eu farei de boa vontade porque o propósito da minha vida é ser gasto por vocês. Esse é o propósito da minha vida: glorificar a Deus sendo gasto por vocês.” E vocês que são esposas e mães, é assim que vocês glorificam a Deus, sendo desgastadas e usadas por outros.

Sabemos que as tarefas precisam ser feitas. A questão é: você vai executá-las de boa vontade ou com ressentimento? Jesus disse quando falou sobre fazer a obra do Pai: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu,” (Salmo 40:8, VARC). E percebi, ao reler recentemente esse versículo, que mais cedo ou mais tarde eu geralmente me submeto a fazer a vontade de Deus, mas muitas vezes não me deleito em fazê-la.

Se quero ser como Jesus, então preciso orar: “Oh Senhor, dê-me um coração que se deleita em servir, que se deleita em trabalhar, que se deleita em ser gasto pelo bem dos outros. Se esta é a Sua vontade para a minha vida, se estas são tarefas dadas pelo Senhor, então me ajude a fazê-las com alegria. 

Ajude-me a trabalhar de boa vontade com as minhas mãos.”

Há uma oração no final do Salmo 90 que já fiz muitas vezes. Vamos oferecer esta oração ao Senhor:

“Ó Deus, oramos para que a Tua obra apareça aos Teus servos e a Tua glória aos seus filhos. E que a beleza do Senhor nosso Deus esteja sobre nós e estabeleça, direcione e determine a obra de nossas mãos para nós. Sim, estabelece a obra de nossas mãos.” (Salmo 90:16–17, paráfrase)

Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth estará de volta com a segunda metade do programa de hoje daqui a pouco. Ela falará mais especificamente sobre o que significa trabalhar com as nossas mãos. Durante a série de ensinos de Nancy chamada A Mulher Contracultural, que novas visões você obteve de Provérbios 31? Compartilhe como o Senhor tem falado ao seu coração em relação a tudo isso que temos aprendido. Deixe os seus comentários no Youtube ou nos envie um email compartilhando o que você tem aprendido através dessa série, envie seu email para contato@avivanossocoracoes.com

 Talvez você conheça alguém que se beneficiaria muito do ensino de hoje. Você pode compartilhar os episódios passados diretamente do nosso site ou canal do Youtube, Aviva Nossos Corações. Caso você ainda não saiba, você também pode receber nossos podcasts diariamente no seu WhatsApp. Você pode acessar o link dos nossos grupos aqui na transcrição no nosso site ou no Youtube.

Outro recurso super especial para você se aprofundar no tópico da feminilidade bíblica é o livro de estudos das queridas Nancy e Mary Kassian, “Mulher verdadeira – Design Divino e Design Interior”. Experimente de forma profunda e transformadora o precioso design que Deus criou para sua feminilidade bíblica. Peça um pacote com dez exemplares e monte um grupo de estudo com suas amigas e irmãs da igreja. Visite nosso site para fazer o pedido e obter ainda mais ideias sobre como se tornar uma líder de estudos: www.avivanossoscorações.com.

Voltemos ao ensino de Nancy sobre o importante trabalho da mulher.

Nancy: É interessante para mim que há seis referências às mãos em Provérbios capítulo 31: versículo 13, versículo 16, versículo 19, versículo 20 e versículo 31. 

E temos especificamente aqui nos versículos 13 e 19 uma mulher que está obtendo as matérias-primas de lã e linho e está trabalhando com as mãos para transformar essas matérias-primas em fio, e depois fazer tecido, e então desse tecido fazer roupas.

Ao vermos todas essas referências às mãos dela (o trabalho de suas mãos, o fruto de suas mãos, os lucros de suas mãos, dependendo da tradução que você está usando), então eu me pergunto, qual é o significado disso? E começo a pensar sobre outras referências bíblicas às mãos, e isso talvez seja uma pequena dica para você em seu próprio estudo da Palavra de Deus.

Biblicamente, há um significado especial em trabalhar com as mãos, começando com o fato de que Deus trabalha com as Suas mãos. O Salmo capítulo 8 nos diz: “os céus são obra de Seus dedos.” (Salmo 8:3), e quando esse trecho é citado novamente em Hebreus 1, diz: “Os céus são obras das Tuas mãos.” (Hebreus 1:10) O Salmo 8 nos diz: “Tu fizeste o homem,” Deus fez o homem, “Tu o fizeste dominar sobre as obras das tuas mãos;” (Salmo 8:6)

Esta terra é a obra das mãos de Deus. O Salmo 111 nos diz que “as obras das Suas mãos são verdade e justiça.” (Salmo 111:7). E então, sabemos que Jesus trabalhou com as mãos. 

Crescendo como filho de um carpinteiro, Ele certamente trabalhou como carpinteiro com as Suas mãos. Ele também usou as mãos como um meio de abençoar os outros. Mateus capítulo 19: “Ele impôs as mãos sobre as crianças.” (Mateus 19:15). Lucas 24, após a Sua ressurreição Jesus estava se preparando para voltar ao Céu, as Escrituras dizem: “Ele levantou as mãos e os abençoou.” (Lucas 24:50) Ele abençoou os Seus discípulos.

Os apóstolos trabalhavam com as mãos. Em 1 Coríntios 4, o apóstolo Paulo disse: “trabalhamos arduamente com nossas próprias mãos.” (1 Coríntios 4:12) Atos capítulo 20 nos diz, novamente Paulo está falando com os anciãos em Éfeso. Ele disse: “Vocês mesmos sabem que estas mãos proveram para as minhas necessidades e para aqueles que estavam comigo.” (Atos 20:34).

Não é interessante que o grande apóstolo Paulo, que escreveu, eu acredito, 13 livros no Novo Testamento, não se recusava a trabalhar com as mãos? Veja, trabalhar com as mãos é a cura, o antídoto, para a preguiça, o roubo e a inutilidade. 

E é por isso que lemos em Provérbios capítulo 21 que as pessoas preguiçosas não querem trabalhar com as mãos. “O desejo do preguiçoso o mata,” diz Provérbios, “O preguiçoso morre de tanto desejar e de nunca pôr as mãos no trabalho.” (Provérbios 21:25)

Você vê a diferença? Pessoas preguiçosas sempre querem receber. Eles querem estar ao lado dos que recebem. Elas não querem trabalhar para dar. E, no final das contas, se elas não conseguem o que querem, pode ser que recorram ao roubo por preguiça. 

Mas pessoas que são trabalhadoras, estão dispostas a trabalhar com as mãos para que tenham algo para dar aos outros. Esse é o coração desta mulher virtuosa.

Então lemos em 1 Tessalonicenses capítulo 4: “E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; Para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.” (1 Tessalonicenses 4:11–12).

Isso é coisa séria, porque Paulo não está apenas dizendo que isso é algo que você deveria considerar fazer, ser trabalhador com as mãos em todas as tarefas que você tem que exigem isso. 

Ele continua dizendo em 2 Tessalonicenses capítulo 3 que havia alguns naquela igreja que eram ociosos – eles não queriam trabalhar com as mãos. E Paulo disse: “Olhem o nosso exemplo! Nós não comemos o pão de ninguém de graça, mas trabalhamos com esforço e labuta, noite e dia, para que não fôssemos um peso para nenhum de vocês, para nos tornarmos um exemplo de como vocês devem nos seguir.” (2 Tessalonicenses 3:7–8, paráfrase).

“Não se cansem de fazer o bem.” (Gálatas 6:9, paráfrase). Essa é uma boa palavra para as mães, não é? Ele continua dizendo: “Se alguém desobedecer ao que dizemos nesta carta, marquem-no e não se associem com ele, para que se sinta envergonhado;” (2 Tessalonicenses 3:14). 

Entenda, isso não é apenas algo para modelar em sua casa, mas é algo importante para ensinar aos seus filhos. Seus filhos precisam aprender como trabalhar e como ter uma ética de trabalho, mas também, de maneira prática, como trabalhar.

É possível que algumas de vocês descobriram que, quando se tornaram esposas e mães, não tinham as habilidades práticas necessárias para saber como suprir as necessidades de sua família em termos de comida, roupas, compras, administração e organização de sua casa e limpeza. 

Algumas dessas habilidades vocês tiveram que aprender. E deixe-me dizer, se você ainda não sabe como fazer essas coisas, se não tem as habilidades, encontre uma mulher que tenha essas habilidades e pergunte se ela pode te ensinar.

Talvez você diga: “Eu tenho vergonha de dizer a uma outra mulher que não sei como organizar minha casa, ou não sei como limpar minha casa, ou não sei como cozinhar”. Melhor se envergonhar e procurar alguém que a oriente e a ajude a aprender essas habilidades do que passar a vida não cumprindo, incapaz de cumprir, parte do chamado de Deus para sua vida.

Por isso a importância das mães que ensinam essas habilidades às suas filhas para que não cheguem à uma certa idade e tenham que admitir que não sabem como cumprir as tarefas básicas de como manter um lar.

Bem, há tantas maneiras pelas quais uma mulher no contexto de sua casa pode usar suas mãos. Eu fiz uma lista delas, e vocês pensarão em outras: costurar e remendar roupas, cortinas, lençóis. Limpeza – lavar pratos, lavar roupas, lavar crianças, limpar vasos sanitários, limpar pisos, limpar coisas que derramaram no chão. 

E sempre há muito o que fazer com as mãos, recolher os brinquedos e roupas do chão, cozinhar, assar, preparar alimentos, fazer compras, artesanato usado para embelezar sua casa: pintura, jardinagem, plantio, capinar, cuidar do jardim.

Trabalhar com as mãos: arranjar flores, fazer trabalhos manuais como bordados, tricô, etc., escrever notas de encorajamento – essa é uma maneira de usar suas mãos para ministrar graça aos outros. E, a propósito, comece em casa com essas notas de encorajamento. 

Algumas de vocês são ótimas em bilhetes de agradecimento e encorajamento, mas você escreve bilhetes de encorajamento para seu marido e seus filhos?

Use suas mãos! Contabilidade, isso pode fazer parte de suas tarefas em sua casa. É algo que você pode fazer com suas mãos para ajudar a ministrar graça à sua família. Cuidar de crianças doentes, fazer tranças no cabelo, cortar o cabelo, todo tipo de arrumação no cabelo, levar as crianças para a escola, para aulas de piano, para esportes. 

Essa mulher busca lã e linho – ela procura as matérias-primas de que precisa e depois trabalha de bom grado com suas mãos.

Deixe-me pedir agora que você pare e olhe para suas mãos. Apenas olhe para elas. Se você é uma mulher de Provérbios 31, ou está se tornando uma, como estamos comprometidas em nos tornar juntas, suas mãos podem não ser as mãos de uma modelo. Você pode não ter unhas perfeitamente cuidadas. 

Mas deixe-me fazer esta pergunta: são mãos de serviço? São mãos que você está usando para abençoar e ministrar de maneira prática às necessidades dos outros?

Se forem, então, embora talvez não sejam mãos bonitas, são mãos como as do Mestre. Veja, as mãos de Cristo foram pregadas em uma cruz. Ele suportou, por amor, do coração de um servo, pelo bem do Evangelho, pelo bem do plano de Redenção.

Posso te afirmar que, quando você serve sua família com suas mãos, quando trabalha com suas mãos, quando limpa e cozinha, qualquer coisa que faça com suas mãos em sua casa, está fazendo isso pelo bem do Evangelho. Você está fazendo isso para que seus filhos possam saber como Jesus é, para que possam ser atraídos por Ele, para que queiram conhecê-Lo.

Há uma maravilhosa palavra de encorajamento em 2 Crônicas capítulo 15. O profeta foi ter com o rei Asa. Asa era um homem que tinha um coração para Deus e estava buscando estabelecer reformas nas nações que precisavam desesperadamente de reformas, mas era um trabalho árduo.

Teria sido fácil para Asa ficar cansado do trabalho e desistir. Deus enviou um profeta para dizer a ele o que quero dizer a você hoje. Ele disse: “[Mas você, rei Asa,] esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra tem uma recompensa!” (2 Crônicas 15:7).

Deixe-me dizer isso novamente. Deixe-me dizê-lo a você. “Mas você, mulher, seja forte, e não deixe que suas mãos desfaleçam, porque o seu trabalho,” se for feito como para o Senhor, “será recompensado!”

Será.

Raquel: A Bíblia é tão prática. Nancy DeMoss Wolgemuth tem falado como Provérbios 31 tem a ver com a pilha de trabalho que você está enfrentando esta semana. O episódio de hoje faz parte da série chamada A Mulher Contracultural. Um estudo aprofundado de Provérbios 31 onde aprendemos sobre a feminilidade bíblica.

Você sabe, o trabalho de uma mulher não se resume apenas a marcar tarefas em uma lista de afazeres. As pessoas estão observando, e enquanto você está trabalhando, pode mostrar a elas a imagem de Cristo. Ouça mais sobre isso no nosso próximo episódio, aqui no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.