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A volta de um Filho Pródigo – Ep2: Amando um Pródigo

Publicadas: jun 04, 2024

Raquel Anderson: Christopher Yuan havia rejeitado o desejo de sua família para que ele não seguisse um estilo de vida homossexual. Ele ficou surpreso quando sua mãe apareceu à sua porta.

Christopher Yuan: Quando minha mãe apareceu na faculdade de odontologia em Louisville, foi como, “Que raios você está fazendo de volta na minha vida?” Não era o que eu queria, não era o que eu esperava, mas ela veio e disse: “Eu te amo.”

Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos.

O programa de hoje não é gráfico, mas se você tiver crianças pequenas em casa, saiba que lidaremos com temas adultos. Aqui está Nancy.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Bem, se você não conseguiu acompanhar Aviva Nossos Corações ontem, deixe-me incentivá-la a ir para nosso site, www.avivanossoscoracoes.com , e voltar para ouvir o áudio ou ler a transcrição do programa de ontem, porque começamos uma história que vamos continuar hoje, mas quero que você tenha o contexto.

Estamos conversando esta semana com Christopher Yuan. Ele é autor e palestrante. Você ouvirá muito mais sobre isso nos próximos dias. 

Estamos também conversando com sua mãe, Ângela Yuan, ambos aqui conosco no estúdio hoje. 

Christopher e Ângela, bem-vindos de volta ao Aviva Nossos Corações.

Christopher: Obrigado, Nancy.

Ângela Yuan: Obrigada, Nancy.

Nancy: Muito obrigada por estarem dispostos a compartilhar sua história. Vocês estão fazendo isso com plateias em todo os Estados Unidos e internacionalmente em alguns casos. 

Vocês escreveram sua história em um livro e sei que muitas de nossas ouvintes vão querer ter uma cópia.

O livro chama-se “A volta de um filho pródigo“, que faz referência a Lucas, capítulo 15, onde o filho pródigo foi, em sua rebeldia, para uma terra distante onde ele desperdiçou completamente sua vida. 

E, neste caso, não havia apenas um filho pródigo, havia também uma mãe pródiga. Mas, assim como o pai do pródigo no Novo Testamento, que ansiava pelo retorno de seu filho e o recebeu de braços abertos em celebração quando ele voltou, temos um Pai celestial que nos busca, que espera que os pródigos voltem para casa e que, como estamos ouvindo em sua história, orquestrou circunstâncias, providencialmente, para nos trazer de volta a Ele.

Christopher: Sim.

Nancy: Então, esta história é uma bela imagem do amor perseverante de Deus. Alguns o chamaram de o “Cão de caça do Céu”. Eu amo essa expressão. Vem do poema escrito por Frances Thompson. 

(Aqui está o link do poema traduzido se quiserem ler o contexto https://poesiadivina.org/2018/09/10/o-cao-do-ceu-the-hound-of-heaven-por-francis-thomson-1859-1907-traducao-ao-portugues-de-r-paiva/

E Deus certamente foi o “cão de caça do céu” em suas vidas.

O subtítulo de seu livro conta um pouco mais sobre sua história: “A trajetória de uma mãe e seu filho em busca de esperança.

Eu sei que temos muitas ouvintes que estão em algum lugar dessa jornada, que estão talvez quebrantadas, buscando esperança, ou têm um filho ou filha ou neto ou cônjuge ou um querido amigo que está nessa terra distante. 

Acho que vocês vão encontrar muito encorajamento e esperança nesta história.

Começamos a história ontem, quando vocês estavam em uma mesa de jantar em família. Christopher havia voltado da faculdade de odontologia em Louisville, Kentucky, na época. Vocês estavam em Chicago, e ele disse aquelas três palavras difíceis de ouvir: “Eu sou gay”. Isso virou o seu mundo de cabeça para baixo, Ângela.

Você compartilhou um pouco sobre como seu casamento já estava por um fio. Você não conhecia o Senhor. Seu marido não conhecia o Senhor. Seus filhos não conheciam o Senhor. 

Vinte e oito anos de casamento, vocês estavam buscando um divórcio. Mas seus problemas de solidão, vazio e desespero realmente começaram quando você era ainda mais jovem porque você não sabia o que era ter uma família que funcionava como deveria quando estava crescendo em Taiwan.

Ângela: Sim, Nancy. Quando cresci, meu pai era marinheiro. Então ele estava fora do país na maior parte do tempo. Eu provavelmente via meu pai duas vezes por ano. E, infelizmente, minha mãe, ela era uma mulher de carreira, na área da política.

Ela era uma mulher influente em Taipei, Taiwan. Então ela estava sempre fora de casa. Fui criada por babás. Eu sempre morria de vontade de ter meus pais em casa. Lembro-me de chorar no meio da noite, “Quero minha mamãe. Quero meu papai.”

Essa solidão continuou em meu casamento, essa necessidade de alguém. Eu precisava de alguém para me fazer feliz. 

Primeiro, pensei que meu marido me faria feliz. Depois descobri que meu marido era mais leal aos pais dele, meus sogros. Senti que não era importante. Eu era apenas uma estranha para ele depois que nos casamos.

E então eu pensei, Ok, eu tenho meus dois filhos. Eu me agarrava aos meus dois filhos. Acho que tentar criar essa família feliz, esse desejo de pertencer a uma família feliz, ajudou. 

Mas, olhando para trás, eu vejo que me tornei controladora. “Eu quero que você me agrade. Eu quero que você faça isso. Eu quero que você diga isso.”

Pensando bem, eu não tinha o Senhor, então sinto que todo o meu foco estava no meu marido e nos meus filhos.

Nancy: E, Christopher, você sentia, como adolescente, como um jovem, a sensação de estar na barra da saia da sua mãe? Isso fazia parte da trama da sua vida?

Christopher: Bem, definitivamente percebia a tensão entre meus pais. Quer dizer, crescendo, acho que não passava um único dia sem alguma discussão, alguma briga. 

Acho que, infelizmente, ambos os meus pais não tinham bons modelos de como serem pais e de como serem um marido e uma esposa amorosos, de serem aquela união de uma só carne que vemos tão bem nas Escrituras.

Então eles entraram no casamento com expectativas. E o casamento não aconteceu da forma que esperavam. Havia muita tensão. Eles discutiam por coisas bobas – pasta de dente ou coisas assim.

Como criança, não via o lar como um lugar seguro. Via o lar como um lugar de tensão. Acho que, como adultos, precisamos sempre estar conscientes de nossos filhos. 

“Nosso lar é um lugar de refúgio para as crianças, um lugar de descanso, um lugar onde recebem conforto?”

Somos todos imperfeitos. Não estou falando de ter um lugar perfeito, mas mesmo no meio de nossas diferenças, sermos capazes de promover esse lugar de amor no meio das diferenças, porque acho que isso é verdadeiro amor. Então, às vezes, eu sentia essa tensão.

Neste livro, eu sou o pródigo, mas conforme crescíamos, eu era o bom filho. Meu irmão era um pouco mais rebelde.

Nancy: Dançando conforme a sua própria música.

Christopher: Sim. No ensino médio, ele era o popular que saía e estava sempre com os amigos e tal. Eu sempre fui considerado o bom filho, que ficava em casa. Mas sentia essa tensão. 

Então, mesmo que as pessoas pudessem dizer: “Ah, você estava na barra da saia de sua mãe”, eu sentia que essa era a minha maneira de chamar a atenção, de ser bom e receber os elogios dos meus pais, especialmente da minha mãe.

Nancy: Nossos ouvintes precisam voltar e ouvir o programa de ontem se não tiveram a chance de ouvi-lo, mas depois da exposição à pornografia na infância e começar a lutar com a atração pelo mesmo sexo, você acabou na faculdade de odontologia e se assumiu para seus amigos. 

Então, você volta para casa e diz aos seus pais: “Eu sou gay”. Neste ponto, Ângela, seu mundo desmorona porque agora você não tem mais nada pelo que viver, da sua perspectiva.

Tenhamos em mente, quero que nossos ouvintes entendam que o grande problema aqui era que não havia Cristo nessa história, na sua perspectiva. Ele estava envolvido, mas você ainda não sabia disso.

Quando paramos ontem, você foi a um ministro, mesmo não tendo antecedentes cristãos, você se considerava ateísta. 

Então ele te deu um pequeno panfleto, e armada com esse panfleto e sua bolsa – foi só isso que você levou?

Ângela: Isso mesmo.

Nancy: Você foi para a estação de trem, comprou uma passagem só de ida para Louisville porque você iria se despedir do seu filho antes de tirar sua própria vida.

Ângela: Sim. Isso mesmo.

Nancy: E você nem disse ao seu marido que estava indo embora?

Ângela: Não. Eu não achava que ele se importasse, portanto não havia sentido em contar a ele. Então, eu fui para Louisville. No trem, eu estava lendo aquele pequeno panfleto. 

Olhando para trás, vejo como Deus é incrível. Ele não me deu um livro porque eu não gostava de ler. Se Ele tivesse me dado um livro, eu provavelmente não o teria lido. Ele me deu o suficiente – umas vinte páginas – o suficiente para eu entender o que estava acontecendo.

Lembro-me de estar segurando aquele panfleto no trem e comecei a lê-lo. Foi naquele panfleto que entendi o amor incondicional pela primeira vez. 

Eu pensava que amava meus filhos, amava meu marido, mas não era nada disso. Eu entendi o que é o amor de Deus. É incondicional, não importa…

Nancy: Então, o panfleto estava falando sobre o amor de Deus por nós.

Ângela: Sim. Mesmo que o panfleto estivesse falando sobre a homossexualidade, mostrava como Deus ama mesmo o homossexual e até a mim, como pecadora.

Antes, eu não percebia que era pecadora, mas no trem eu pensei, Eu sou uma pecadora? Mesmo que eu seja uma pecadora, Deus ainda pode me amar

Isso simplesmente explodiu minha mente. Já tinha ouvido alguém dizer que amamos o pecador, mas odiamos o pecado. 

Ouvi isso, porém nunca entendi. Mas naquele dia, de alguma forma, acho que o Espírito Santo abriu minha mente. Entendi o que realmente significava. 

Você pode amar o pecador, apesar de você mesma ser uma pecadora.

Nancy: Então, quando você começou essa viagem de trem, você não podia imaginar como poderia amar Christopher quando ele estava imerso nessa vida de homossexualidade?

Ângela: É isso. Antes, eu simplesmente não achava que poderia amá-lo, porque ele disse que era gay. Mas durante aquela viagem de trem, eu pensei, “Eu deveria amar meu filho, mesmo que ele diga que é gay.”

Nancy: E parte dessa jornada foi entender que Deus também a amava. Isso também foi uma compreensão nova, certo?

Ângela: Sim. Isso foi uma coisa, descobrir que Deus pode me amar mesmo que eu seja uma pecadora. A segunda coisa que aconteceu naquela viagem, é que foi a primeira vez que eu realmente “vi” a natureza. 

Foi tão bonito! Aquela viagem de trem foi durante a primavera; era maio. Veja, antes eu não percebia a natureza. Foi simplesmente incrível. 

Eu nunca havia percebido a beleza da natureza! Mas durante aquela viagem de trem, eu olhei pela janela. Eu não vi nada, apenas o verde – as plantações que estavam começando a surgir – até mesmo o sol brilhando no verde. Eu fiquei só olhando pela janela mesmo.

Naquela época, eu não tinha uma Bíblia. Mas agora percebo que é por isso que diz na Bíblia que desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis (veja Rom. 1:20). 

Isso descrevia exatamente como eu me senti naquele dia. Ao olhar para tudo aquilo eu pensei que deveria haver um Deus! Foi o que passou pela minha mente.

Nancy: Veja só, você começou essa viagem de trem, pretendendo tirar sua própria vida, e de certa forma, ao encontrar Cristo, você estava recebendo uma vida completamente nova.

Ângela: Exatamente. Foi quando experimentei Deus.

Nancy: Pela primeira vez.

Ângela: Pela primeira vez. E de alguma forma até senti uma vozinha me dizendo: “Você pertence a Mim”. Algumas pessoas provavelmente não acreditariam que foi assim que eu me senti. Evidentemente, eu queria pertencer a alguém.

Nancy: A vida toda.

Ângela: A vida toda eu ansiava pertencer aos meus pais, mas eles não estavam lá. Eu sempre me senti tão sozinha. 

E então, quando me casei, pensei que meu marido me amaria, e eu poderia pertencer a ele. Mas então percebi: “Não, ele ama a outros mais do que me ama.” Eram os pais dele. 

Mas na verdade, pensando bem, era meu egoísmo. Eu não deveria ter alguém para me amar exclusivamente. Isso era apenas meu egoísmo. Eu queria que meus pais prestassem atenção apenas em mim. Eu queria que meu marido prestasse atenção apenas em mim.

Daí eu disse a mim mesma: “Ok, meu marido não me ama, então vou para meus filhos.” Senti que meus filhos deveriam pertencer a mim, ou que eu deveria pertencer a eles.  Mas então aconteceu deles se rebelarem. E isso me levou a uma total falta de esperança.

E então finalmente percebi: “Uau, Deus me disse que eu pertenço a Ele.” Isso foi uma nova concepção para mim.

Nancy: Eu sei que há alguém ouvindo sua história hoje que está se sentindo muito desesperada, como se não pertencesse a ninguém e não estivesse sentindo o amor que anseia de familiares, pais, filhos, marido. 

Talvez Deus esteja usando o que você está dizendo hoje para lembrá-las, ou para lhes dizer pela primeira vez, que Deus as ama, e que elas podem pertencer a Ele. 

Você pode ter um relacionamento com Ele.

Acredito que na vida, todas essas decepções e anseios não atendidos deveriam nos apontar para Cristo, que é o único que pode realmente preencher os anseios mais profundos do nosso coração. 

E assim, realmente, quando você olha para trás, essas decepções e anseios foram uma bênção porque, em última análise, eles a direcionaram para buscar ao Senhor de uma maneira que você talvez não tivesse feito. 

Se as coisas nesta terra, se todos esses relacionamentos pudessem nos satisfazer perfeitamente, provavelmente não clamaríamos ao Senhor ou nos tornaríamos desesperadas por Ele.

Ângela: Sim. Exatamente.

Nancy: Então, você estava em um processo de despertar espiritualmente ao viajar nesse trem.

Ângela: Sim.

Nancy: Ok, quando você partiu no trem, você iria ver Christopher e lhe dizer “Adeus”. Você iria encerrar sua vida.

Ângela: Sim.

Nancy: Quando você chegou a Louisville, você estava no processo de nascer de novo, de ter uma nova vida. Christopher, você se lembra quando sua mãe foi te ver em Louisville? O que aconteceu?

Christopher: Eu não estava esperando nada disso. Ela meio que apareceu na faculdade de odontologia. E eu pensei, Que raios você está fazendo aqui? Porque na minha mente eu estou pensando, Finalmente, cortei minha família de minha vida. Não preciso da minha família. Eu tenho a minha própria.

Nancy: Isso foi apenas dias após aquela conversa à mesa de jantar?

Christopher: Foi apenas alguns dias depois, e, de certa forma, enquanto eu estava voltando para Louisville, eu senti liberdade. 

Eu senti que poderia começar essa nova vida com a bagagem dos meus pais desaparecendo aos poucos. Então, quando minha mãe apareceu na faculdade de odontologia em Louisville, foi como, “O que você está fazendo de volta na minha vida? Eu queria você fora dela.”

Mas em minha mente, foi minha mãe quem se excluiu porque não podia me aceitar, e eu estava justificando minha atitude. E assim não era o que eu queria, não era o que eu esperava. Mas ela veio e disse: “Eu te amo.”

Nancy: O que realmente não era o que você estava esperando.

Christopher: Era o extremo oposto do que eu queria, porque isso não se encaixava na narrativa que todos os meus amigos estavam me contando. 

Mas eu pensei, Ok, e daí? Eu vou continuar fazendo … isso não vai mudar a maneira como vou agir ou viver.

Bem, minha mãe acabou não querendo voltar para Chicago por causa do relacionamento péssimo com meu pai. Ela acabou ficando em Louisville, e eu continuei vivendo a minha vida. 

Minha mãe ficou lá por seis semanas e foi discipulada por outra senhora. Eu sabia que algo estava acontecendo, mas pensei, 

Bem, talvez minha mãe esteja fazendo alguma coisa louca agora; deixe-a fazer o que quiser, mas eu vou continuar vivendo do jeito que estou vivendo.

Nancy: E, enquanto isso, você está no processo de… Deus está despertando algo em você, atraindo você para junto dEle.

Ângela: Sim.

Nancy: E você encontra uma mulher que a leva à Palavra?

Ângela: Sim.

Nancy: Como você acabou conseguindo sua primeira Bíblia?

Ângela: Deixe-me voltar um pouco. É simplesmente incrível como Deus me preparou para perceber, primeiro que Ele existe; e em seguida, até me preparou para dizer o que eu não estava preparada para dizer, “Eu te amo, Christopher.” 

Antes de entrar no trem, eu só ia dizer, “Adeus, esta é a última vez que nos vemos.”

Nancy: E Deus mudou esse roteiro.

Ângela: Completamente. Olhando para trás, depois que percebi aquele amor incondicional de Deus, quando vi Christopher, eu realmente senti esse amor. “Eu te amo.”

Nancy: É o amor de Deus.

Ângela: É o amor de Deus. “Mesmo que você me tenha dito que é gay, e mesmo que você escolha o que eu não acho que é o certo fazer, eu ainda te amo.” Mas eu não tinha esse sentimento antes de entrar naquele trem.

Nancy: Você simplesmente não poderia expressar esse tipo de amor para ele antes.

Ângela: Eu não podia.

Nancy: Até receber o amor de Deus por você.

Ângela: Exatamente, Nancy. Foi aquela viagem de trem. Ainda me lembro vividamente de como mudei totalmente por dentro. Eu podia me expressar! 

Antes, eu não conseguia dizer “Eu te amo.” Mas quando disse “eu te amo”, verdadeiramente saiu daquilo que recebi de Deus.

Nancy: Sobrenatural.

Ângela: Sobrenatural, amor incondicional. “Eu não me importo com suas escolhas, mesmo que eu não concorde, mas eu ainda te amo.” Não havia como eu fazer isso antes.

Nancy: Isso é um ponto tão importante porque sei que temos ouvintes que estão lutando com como se relacionar com um filho pródigo em qualquer tipo de estilo de vida, ou marido pródigo ou pais pródigos ou uma amiga querida que se desviou por um caminho errado e conversei com algumas delas ao longo dos anos. 

É realmente impossível expressar amor incondicional se não o tivermos recebido primeiro de Deus. Se não nos vemos como pecadoras que Deus amou por causa de Sua misericórdia e Sua graça, então não temos amor para poder dar aos outros.

Eu sei que há ouvintes agora que estão lutando com a questão: “Como posso amar esse filho ou filha ou outra pessoa que está vivendo esse tipo de estilo de vida – seja lá o que for?” 

E acho que o que você está destacando aqui, Ângela, é que primeiro você precisa se ver como uma pecadora que não merece o amor de Deus, mas que Deus ama por Sua graça e Sua misericórdia. 

E então, ao receber isso, você pode ser um canal para estender esse amor a uma pessoa que está fazendo coisas muito pouco amáveis.

Ângela: Sim. Deus me mostrou especificamente onde eu era uma pecadora. 

Você vê, na viagem de trem, eu comecei com o pensamento de que, “É, talvez eu seja uma pecadora”

Mas, surpreendentemente, depois de descer do trem, esse foi outro destaque da minha caminhada espiritual. Eu percebi que realmente era uma pecadora. 

Surpreendentemente, quando descobri que era uma pecadora, fiquei feliz. Eu estava tão feliz. Eu era uma pecadora, eu não precisava mais fingir.

Toda a minha vida, eu fingi que era uma boa pessoa. Eu era uma mãe perfeita. Eu era uma esposa perfeita. Era injusto como meu marido me tratava, como meus filhos me tratavam porque eu era tão boa, até descobrir que eu era uma pecadora. 

Aquela experiência foi simplesmente incrível. Eu nem sei como descrever aquele momento.

Nancy: Há algo muito libertador em não ter que fingir que somos perfeitas quando não somos.

Ângela: Sim.

Nancy: E chegar a nos ver como Deus realmente nos vê, sermos honestas diante Dele sobre a escuridão de nossos próprios corações, e então perceber que há graça para os pecadores.

E é interessante, aqui você estava se preparando para lidar com um filho que acabara de dizer: “Eu sou gay”, mas Deus estava focando no seu coração, não no pecado dele, mas em seu próprio pecado, que, em comparação com o dele, não parecia tão ruim.

Mas Deus estava trazendo convicção de que você era quem precisava de um Salvador, o que realmente foi o ponto de partida para Deus poder usá-la, no final, como um instrumento de cura na vida de Christopher.

Ângela: Sim.

Nancy: E, mais uma vez, ficamos por aqui! Nosso tempo acabou, mas vamos continuar esta história. 

Você pode ver centelhas de graça, centelhas de Deus. Na ocasião, Christopher, você ainda estava na terra distante. Sua mãe estava no processo de volta, mas ainda havia muito a se desdobrar aqui, então espero que nossas ouvintes se juntem a nós para o próximo programa de Aviva Nossos Corações.

Você pode não ter um filho gay. Você pode não estar lidando com uma situação exatamente como a deles. Talvez você esteja, mas sua situação pode ser muito diferente. 

Eu prometo a você que seu coração será tocado como o meu foi há alguns dias ao ler o livro de Christopher e Ângela pela primeira vez – vendo o poder do amor e da graça de Deus na maneira como Ele está escrevendo nossa história para glorificar a Si mesmo.

E certifique-se de se juntar a nós para o próximo Aviva Nossos Corações, à medida que continuamos a ouvir como esta história de graça incrível se desenrola na vida de Ângela e na vida de seu filho Christopher.

Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.