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A volta de um Filho Pródigo – Ep3: Orando por um filho rebelde

Publicadas: jun 05, 2024

Raquel Anderson: O filho de Ângela Yuan estava sendo expulso da faculdade de odontologia. A resposta dela foi surpreendente.

Ângela Yuan: Não é importante para Christopher se tornar um dentista. O que é mais importante é Christopher se tornar um seguidor de Cristo.

Raquel: Este é o podcast Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.

O programa de hoje inclui alguns temas adultos, então você pode querer manter suas crianças pequenas longe deste áudio. Aqui está Nancy.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Eu amo, amo, amo ouvir histórias da incrível graça de Deus, Seu amor redentor e o fato de que Ele pode pegar a situação mais desastrada, sem esperança e trágica e fazer algo belo com ela. 

Estamos ouvindo isso hoje de um convidado em nosso estúdio, Christopher Yuan. Ele é um professor, palestrante e autor. Deus o está usando de maneiras significativas no ministério hoje, e falaremos mais sobre isso à medida que chegarmos ao final desta série.

Na verdade, conheci sua mãe, Ângela Yuan, há anos em uma conferência do Aviva Nossos Corações, mas agora temos a chance de nos reconectar, enquanto vocês contam a história de dois pródigos, mãe e filho — e do marido, que também está conosco hoje. 

Ele não está no microfone, mas também é uma grande parte dessa história e de como Deus é tão poderoso e capaz de atrair corações.

Ângela, quando começamos essa história há alguns dias na transmissão, você nos disse que era ateísta, teve uma criação familiar difícil, estava procurando amor nos lugares errados. E Deus estava no processo – à medida que você tem nos contado sua história – de atraí-la para Si.

Parte do que trouxe sua jornada de fé ao ápice foi quando seu filho, Christopher, voltou da faculdade de odontologia e disse: “Sou gay e estou escolhendo esse estilo de vida em vez da minha família.” 

O que parecia ser um momento terrível, horrível e doloroso para você como mãe acabou sendo o início da sua história de salvação, pois você não tinha para onde recorrer, exceto ao Senhor.

Estamos falando sobre essa história esta semana. Obrigada por estarem dispostos a contá-la, obrigada por deixar a graça de Deus brilhar através de vocês e reviver algumas dessas partes dolorosas de sua jornada para que outros possam encontrar vida. 

Obrigada por se juntarem a nós no Aviva Nossos Corações.

Christopher Yuan: Obrigado por nos receber de volta.

Ângela: Sim, obrigada, Nancy.

Nancy: Há mais na história do que conseguiremos contar na transmissão desta semana, por isso quero falar aos nossos ouvintes sobre um livro que vocês co-escreveram chamado “A volta de um filho pródigo“. 

Quando você pensa nessa frase, “De uma terra distante” (que é o título em inglês), sua mente provavelmente vai para a história do filho pródigo em Lucas 15, a parábola que Jesus contou sobre o irmão mais novo que saiu de casa e desperdiçou a herança de sua família em uma vida extravagante e, talvez, imoral, não sabemos ao certo. 

No final, ele caiu em si, chegou ao fim de si mesmo e voltou para o pai. Jesus contou essa história para nos dizer que há um Pai nos céus que deseja redimir nossas vidas bagunçadas e nos tirar dessa terra distante.

Bom, chega de falar, Nancy! Quero ouvir mais sobre sua história, como sei que nossas ouvintes também querem. 

Quando terminamos nosso último programa, Ângela, você estava no processo de chegar a um despertar espiritual — enquanto estava em um trem, a caminho de se despedir de Christopher, pronta para tirar sua própria vida.

Em vez disso, Deus lhe deu uma nova vida em Cristo, ao descobrir o Seu amor. Você pensava que ia se despedir de Christopher, mas, na verdade, foi dizer a ele que o amava. 

Foi surpreendente que você pudesse dizer essas três palavras.

Ele realmente não estava pronto para ouvir. Ele estava se afundando cada vez mais nas drogas e no estilo de vida homossexual. Mas você estava no processo de encontrar a fé. 

Quando chegou a Louisville, seu marido não sabia onde você estava – você meio que estava fugindo quando começou essa viagem.

Mas você acabou ficando em Louisville e realmente começou a se aprofundar nas Escrituras e nos caminhos de Deus, e você desenvolveu um interesse repentino em ler a Bíblia. Isso foi uma vida totalmente nova para você, não foi?

Ângela: Exatamente, Nancy. Eu mencionei a você que não era cristã, nem acreditava em qualquer religião. Mas depois que desci do trem, fui ver uma mulher. 

Ela era aposentada, uma esposa de um pastor. Ela começou a me discipular. Depois, ela me levou a uma livraria cristã. Foi a primeira vez que entrei em uma. Eu nunca soube que existia um lugar chamado livraria cristã. Eu comprei uma Bíblia.

Nancy: Você nunca tinha tido uma Bíblia antes.

Ângela: Nunca tive uma antes e nunca tinha lido a Bíblia antes. Então, quando comecei a ler a Bíblia, pensei que Deus estava contando minha história. 

Eu sei que é a história de Deus, mas tudo ali parecia, “Uau, isso sou eu, e Deus está falando sobre mim. Sinto que Deus está falando comigo.”

Também mencionei que não gostava de ler livros. Nem me lembro de ter lido um livro de capa a capa. Mas comecei a ler a Bíblia assim que acordava de manhã e não a largava até quase às onze ou meia-noite, no final do dia, exceto quando ia almoçar ou jantar.

Nancy: Você tinha toda essa fome nova por Deus e Sua Palavra.

Ângela: Isso foi um milagre para mim, e eu não conseguia acreditar. Normalmente, eu dormiria depois de uma ou duas horas lendo um livro. Mas quanto mais eu lia a Bíblia, mais eu queria ler.

Então, fui à livraria cristã novamente para pegar mais livros cristãos. Eu lia livro cristão após livro cristão. Eu tinha uma caixa inteira de livros cristãos. 

Eu lia a Bíblia e depois livros cristãos. Eu imergi completamente na Bíblia durante essas seis semanas.

Nancy: Deus estava lhe dando uma vida completamente nova. A mãe pródiga havia voltado para casa. Você estava experimentando o amor de Deus de uma maneira totalmente nova, mas ainda havia muitas questões que não mudaram da noite para o dia. 

Seu casamento estava desmoronando, e seu filho também estava desmoronando. Você tinha um filho pródigo mais velho e agora um filho pródigo mais jovem.

Christopher, você não se abalou com todas as coisas cristãs com as quais sua mãe estava se envolvendo. Isso não estava te tocando naquele momento. Em que direção sua vida estava indo?

Christopher: Bem, eu continuava fazendo as minhas coisas. Eu realmente aproveitava, naquela época, a minha nova liberdade, meus amigos na comunidade gay. Enquanto estava na faculdade de odontologia, eu saía e festejava nos fins de semana e ia para as baladas.

Infelizmente, acabei me envolvendo com drogas e estava em relacionamentos instáveis. Eu estava experimentando com drogas, mas não tinha muito dinheiro como estudante. Então, tive a ideia de que talvez eu pudesse vender um pouco de droga para pagar meu próprio vício.

Foi assim que começou. Infelizmente, cresceu até o ponto em que eu estava vendendo muitas drogas e ganhando bastante dinheiro, onde eu podia viajar muito nos fins de semana. Isso simplesmente tirou o meu foco da escola, e eu faltava às aulas nas sextas ou segundas porque tirava fins de semana prolongados.

Isso continuou por vários anos, até que finalmente o pessoal da faculdade se encheu. Eles não sabiam que eu estava traficando drogas. Vários alunos sabiam, porque eu tinha vendido drogas para alguns alunos e até para um professor, mas finalmente a administração se encheu, e me expulsaram da faculdade de odontologia.

Nancy: E você estava próximo ao fim…

Christopher: Faltava cerca de quatro meses para eu receber meu doutorado.

Nancy: Você até já havia encomendado seu capelo e beca para a formatura, certo?

Christopher: Eu encomendei meu capelo e beca, os convites já haviam sido enviados. Eu tinha concluído a parte um e a parte dois dos exames nacionais de odontologia. Eu estava a caminho para me tornar um dentista e ser bem-sucedido, mas acabei sendo expulso da faculdade de odontologia.

Nancy: Eles te ligaram ou você recebeu um comunicado… como você soube?

Christopher: Eu já estava tendo problemas com a escola. A situação não aconteceu do dia para a noite. Eu estava sendo vigiado. 

Já tinha sido suspenso uma vez por causa das minhas notas e por não levar os estudos a sério. Então, não foi uma surpresa completa, mas foi uma surpresa no sentido de que eu não achava que eles realmente me expulsariam. Eu pensava que eles me deixariam passar.

Eu contei aos meus pais, e meus pais voaram de Chicago para Louisville, Kentucky. Meu pai também é dentista e conhecia muito bem o diretor. Na minha mente, eu achava que meus pais iriam lutar para me manter na escola, talvez usar algumas influências, talvez dizer que iríamos processar a escola. 

Eu só tinha mais quatro meses. Então, se eles fizessem algo, como faltavam apenas quatro meses, eu ainda me formaria. Mas não foi isso que aconteceu.

Nancy: Então, Ângela, você se lembra do que aconteceu? Deixe-me retroceder. Enquanto isso, você estava de volta a Chicago e começou a orar intensamente por Christopher. Na verdade, você tinha um lugar especial em sua casa que tinha transformado em um espaço de oração. Conte-nos sobre isso.

Ângela: Quando cheguei em casa, era uma casa nova. Tínhamos acabado de terminar a construção. Temos um pequeno chuveiro no quarto principal. 

De alguma forma, entrei lá e pensei: “Uau, este é um bom lugar para orar.” Era um chuveiro que não estávamos usando, e o empreiteiro construiu um banquinho para eu sentar para lavar os pés. Então eu converti o banquinho em uma mesa. Coloquei minha Bíblia e alguma iluminação lá, e assim criei meu espaço de oração.

Nancy: Seria tão bom se nossas ouvintes pudessem ver aquele espaço de oração. Christopher, você viu. Descreva como é.

Christopher: É todo revestido de azulejos, e minha mãe escrevia suas orações. Na verdade, você não consegue ver muito do azulejo porque está coberto de post-its com suas orações. 

Ela tem a Bíblia lá, canetas e marcadores de texto e o comentário bíblico dela. Minha mãe fica lá por horas todas as manhãs.

Ela vai para lá assim que acorda de manhã. Ela entra no banheiro e vai direto para o espaço de oração. 

Minha mãe tem o hábito de se ajoelhar para estudar. Ela se ajoelha e estuda por horas, abre a Bíblia, lê e depois ora e depois lê mais um pouco, e depois ora – escreve mais uma oração.

Nancy: E é claro que, durante todo esse tempo, um grande item em sua lista de orações, talvez o número um, era orar por seu filho, Christopher. 

E ele nem sabia e realmente não se importava com o que ela estava fazendo. 

Deus tinha trabalhado tanto em seu coração, Ângela, que naquele momento, quando você foi com seu marido para aquela reunião com o diretor para tentar, o que Christopher pensava ser dar um jeito para que ele voltasse à escola, você havia chegado a um ponto em que não iria permitir que ele continuasse vivendo um estilo de vida pecaminoso. Você disse algo ao diretor que Christopher jamais esperava.

Ângela: Sim, tenho que dizer que, quando eu estava orando e estudando a Palavra, percebi que Deus estava trabalhando em meus filhos. Não era apenas “Eu tenho que fazer algo.” E eu também vi a imagem de que eu deveria ficar longe e deixar Deus agir.

Nancy: …não interferir…

Ângela: …não interferir no que Deus ia fazer na vida do meu filho. Eu pensei, “Isso é obra de Deus. Eu tenho que confiar em Deus porque tenho orado. Talvez esta seja a maneira Dele chamar a atenção de Christopher, ser expulso.” 

Na minha mente, eu achava que nada era mais importante do que meu filho Christopher conhecer a Deus.

Nancy: E foi isso que você disse ao diretor, não foi?

Ângela: Sim, eu disse ao diretor: “Não é importante para Christopher se tornar dentista. O mais importante é Christopher se tornar um seguidor de Cristo.” 

E Christopher estava lá, ouvindo isso tudo.

Nancy: O que você achou, Christopher, quando ouviu sua mãe dizer isso? Você pensou que ela ia defender você!

Christopher: Eu fiquei furioso! Isso não era de forma alguma o que eu esperava. 

Eu esperava o tempo todo que meus pais diriam à escola: “Não podem expulsar meu filho”, e eu continuaria e me formaria. 

Mas é incrível, ao olhar nas Escrituras, como Deus usa adversidade, como Deus usa circunstâncias difíceis para nos trazer a Ele, mas eu não vi isso naquela hora.

Nancy: Então sua mãe diz ao diretor: “Faça o que você acha certo fazer”, foi basicamente isso que você disse, Ângela?

Ângela: Sim, nós dissemos: “Seja lá o que vocês forem fazer, estão certos, e estaremos do seu lado.”

Nancy: Então você estava apoiando o diretor, e eles mantiveram a decisão deles.

Christopher: Eles não mudaram. Eles estavam esperando uma briga. Ao entrar no escritório do diretor, havia tensão. 

Eles esperavam que meus pais lutassem e dissessem: “Por que estão fazendo isso? Vocês não têm o direito de expulsar meu filho.” 

Mas eles não esperavam que meus pais dissessem: “Vamos apoiar qualquer decisão que vocês tomarem, e confiamos que tomarão a decisão certa.”

Nancy: Sabe, o que é muito interessante, estou pensando novamente na história do filho pródigo, e naquele pai. Não há indicação de que ele tenha ido atrás de seu filho naquela terra distante. 

Certamente ele quisesse ir, e provavelmente poderia ter tido alguma influência, mas ele esperou que seu filho chegasse ao fim de si mesmo.

Acho que o que você acabou de descrever é uma imagem disso. Com que frequência pais bem-intencionados resgatam seus filhos da cruz, das próprias circunstâncias que Deus quer usar para levar essas crianças ao fim de si mesmas?

Eu sei que nem sempre é a mesma resposta em cada situação, e é por isso que os pais precisam ser tão prudentes e discernentes. 

Mas, neste caso, você se afastou. Você disse: “Não vamos interferir no que Deus está fazendo.”

Imagine se você tivesse interferido, ele teria terminado a faculdade de odontologia, se tornado dentista, mas não seria um seguidor de Cristo.

Christopher: Meu coração provavelmente teria se tornado ainda mais duro. O amor às vezes precisa ser um amor duro. 

As Escrituras são bastante claras sobre isso, que Deus corrige aqueles a quem Ele ama. E se Ele não está nos corrigindo… 

Muitas vezes precisamos desses momentos cruciais para sermos refinados.

Nancy: Então você estava furioso no momento, mas ao olhar para trás agora você percebe quanto Deus te amava e quanto seus pais te amavam, por estarem dispostos a deixar você ser expulso da faculdade de odontologia.

Christopher: Sim… mas meus pais estavam esperando que aquilo fosse o fundo do poço.

Ângela: Sim, eu estava esperando que aquilo fosse o fundo do poço. Pelo amor de Deus!

Christopher: E eles estavam esperando que as coisas se revertessem como resultado disso.

Nancy: E, aparentemente, elas não se reverteram.

Christopher: Elas não se reverteram. As coisas pioraram, e pioraram muito. Então, em vez de eu acordar e perceber que precisava mudar, eu simplesmente peguei minhas coisas e me mudei mais para longe de Chicago. 

Eu me mudei de Louisville, Kentucky, para Atlanta, Geórgia. Eu já tinha alguns amigos lá; eu tinha pessoas com quem estava vendendo drogas, frequentando muitas baladas lá.

Meu negócio com drogas simplesmente explodiu. Eu não era apenas um traficante de drogas, mas um fornecedor. Eu estava fornecendo drogas para traficantes em mais de uma dúzia de estados. Eu era muito ativo na comunidade gay, muito popular.

Eu sentia que era maior que a vida. Infelizmente, eu estava vivendo uma vida muito promíscua também – cada vez mais longe de Deus.

Nancy: Quase se tornando seu próprio deus.

Christopher: Eu estava me tornando meu próprio deus. 

Eu amo onde diz em Romanos 1 que “Eu estava acreditando na mentira, que eu estava adorando a criatura, a mim mesmo, em vez do Criador”.

Então, durante todo esse tempo, ao longo de alguns anos, as coisas só pioraram.

Meus pais esperavam que as coisas melhorassem, e eles estavam orando e orando, e as coisas simplesmente não melhoraram.

Nancy: Eles não estavam apenas orando mas, Ângela, você estava enviando bilhetes para Christopher. Conte-nos sobre isso.

Ângela: Sim, eu ia para a livraria cristã – essa já era minha loja favorita na época. 

Eu comprava dezenas de cartões cristãos e enviava bilhetes para Christopher algumas vezes por semana, embora, eu tenha que admitir, que eu pensava que Christopher talvez não lesse. 

Eu pensava, tudo bem, pelo menos quero mostrar a ele que estou pensando nele e realmente quero que ele conheça Jesus Cristo.

Christopher: Ela assinava cada cartão com “Te amo para sempre.”

Nancy: Mas eles não estavam tendo nenhum impacto em você naquele momento. O que você fazia com os cartões?

Christopher: Eu os jogava no lixo. Olhando para trás, estavam plantando sementes, mas naquela época não era o que eu queria.

Nancy: E quando eles tentavam ligar?

Christopher: Eu não atendia. Minha mãe deixava mensagens longas no correio de voz, e eu as deletava.

Ângela: Às vezes eu até tocava músicas cristãs no telefone. Eu não tinha muito a dizer. Ele não queria conversar comigo, então eu apenas tocava músicas cristãs.

Nancy: O relacionamento estava quebrado ao máximo. Ângela, você conta uma história sobre uma véspera de Natal, em que comprou uma passagem para ele voltar para casa.

Ângela: Naquela época, eu enviei passagens para ele e pensei, Ele vai voltar para casa. Fui ao aeroporto buscá-lo, e não havia Christopher. Pensei que talvez ele tivesse dormido demais e perdido o voo.

Porque a passagem custou algumas centenas de dólares, eu não achava que ele a desperdiçaria. Então, em algumas horas, fui buscá-lo novamente… nenhum Christopher. Percebi que ele não voltaria para casa no Natal, nem no Ano Novo.

Nancy: Mas você não desistiu de bater na porta do céu.

Ângela: Não.

Nancy: Você continuou orando.

Ângela: Sim, por sete anos.

Nancy: Por sete anos? Sem nenhuma evidência de que Deus estava ouvindo ou respondendo essas orações. O que te fez continuar orando?

Ângela: Por sete anos! Acho que foi apenas a Palavra de Deus. 

Toda vez que lia a Palavra de Deus eu via que Ele nunca desiste de nós. Eu também tinha a imagem da viúva persistente, batendo na porta de Deus. 

Talvez eu não era a primeira da fila, então queria me levantar cedo de manhã e bater na porta dele, orando, chorando, jejuando…

Christopher: Minha mãe jejuou toda segunda-feira por sete anos.

Nancy: Teve até um jejum prolongado em certo ponto.

Christopher: Uma vez ela começou a jejuar e sentiu que, “Vou jejuar até Deus me mandar parar”, e ela jejuou por trinta e nove dias.

Nancy: E, pelo que parece, você era insensível a tudo isso, e não estava surtindo efeito.

Christopher: Completamente insensível. As coisas pioraram na minha vida.

Nancy: Pior do que seus pais imaginassem ou soubessem.

Christopher: Sim.

Nancy: Mas Deus te deu a fé e a graça, Ângela, para continuar batendo na porta do céu, e você até orava para que Deus a ajudasse a não desistir, certo?

Ângela: Sim. Eu só acreditava nas promessas de Deus e confiava que Ele faria tudo o que diz. Além disso, tenho que dizer que tinha irmãs cristãs em meu estudo bíblico, e elas me ajudavam orando e estudando a Palavra de Deus juntas, jamais desistindo.

Às vezes, eu me sentia como, “Ah, não sei quando…” Minha irmã dizia: “Apenas ore e não desista.” Então, muitas vezes eu me lembrava dessas palavras. Isso realmente me ajudou a continuar.

Christopher: Acho que minha mãe muitas vezes tentava se aproximar. Não ouvir nada por anos é provavelmente a pior experiência que qualquer pai poderia ter. É realmente fácil ser consumido e se deter nisso. 

Mas acho que durante esse período minha mãe tomava conscientemente uma decisão toda manhã de ir para aquele oratório no banheiro, abrir a Bíblia e orar. Essa era a maneira dela de tirar o foco de mim, das tempestades e da tragédia, e colocar o foco de volta no rosto de Jesus.

Mesmo hoje, no espelho do banheiro, minha mãe tem aquele hino “Volte os olhos para Cristo” escrito, porque era a primeira coisa de manhã. Ela queria recolocar o foco dela nos trilhos e colocá-lo de volta em Jesus.

Nancy: Ouvi você dizer recentemente que escolheu não focar na falta de esperança, mas focar nas promessas de Deus.

Vamos continuar esta história. Deus estava trabalhando na vida de Christopher, mesmo que ele não percebesse naquele momento. 

Todas nós queremos ouvir sobre isso, mas acho que hoje foi um ministério para algumas mães e avós que estão cansadas de orar, cansadas de clamar, cansadas de não ver respostas. 

Acho que sua história, Ângela, diz a elas: “Agarrem-se ao Senhor. Esperem no Senhor. Tenham coragem. Não desistam. Continuem orando!”

Minha vida é o resultado, humanamente falando, de uma bisavó que orava – minha yaya grega – que eu nunca conheci, mas que se apegou ao Senhor e orou pela salvação do meu pai.

Eu acho que ela não viveu para vê-lo se converter. Mas vejo o poder desses anos dela orando de joelhos, durante a noite, como o testemunho tem sido relatado. 

Eu sei que há algumas mães por aí que precisam ser encorajadas. Continue, continue, continue buscando o Senhor.

O livro que vocês co-escreveram conta essa história com mais detalhes do que podemos apresentar no Aviva Nossos Corações esta semana. Chama-se, em inglês, “De uma terra distante”. 

Eu sei que este livro tem sido de grande encorajamento para muitos se apegarem às promessas de Deus, mesmo quando alguém está no meio de circunstâncias desesperançosas.

Certifique-se de nos acompanhar no próximo episódio do Aviva Nossos Corações porque Deus é o “Cão de Caça do Céu”. 

Ele estava perseguindo Christopher através das orações de sua mãe. É difícil escapar delas, impossível, como ficou provado.

Queremos que você ouça o resto da história quando voltarmos ao Aviva Nossos Corações.

Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.