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Abigail – Como viver com pessoas difíceis na sua vida; Dia 6: A morte traz vida

Publicadas: jul 15, 2024

Raquel Anderson: Muitas esposas descobrem que Deus usou desafios no casamento para torná-las mais parecidas com Jesus. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Não estou dizendo que você deva pedir: “Senhor, me dê um casamento difícil para que eu possa ser como Jesus”. Não é essa a ideia. O fato é que há coisas difíceis em sua vida – talvez seja seu casamento, talvez seja alguma outra situação. Seja o que for, você pode confiar que Deus quer usá-la para fazer de você uma mulher que usa de discernimento e sabedoria em todas as suas ações. 

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.

Na semana passada, analisamos a história de Abigail. Ela era casada com Nabal, um homem cruel e perverso. Nabal ofendeu Davi, que na época liderava um grupo de guerreiros no deserto. Vimos como Abigail usou sua influência para ser uma pacificadora nesta situação instável.

A série se chama “Abigail: Como viver com pessoas difíceis na sua vida“. Se você perdeu algum dos episódios anteriores, pode visitar www.avivanossoscoracoes.com  para ouvi-los, e você pode ler a história em 1 Samuel 25. 

Algumas mulheres têm ouvido os ensinamentos de Nancy conosco, e hoje estão fazendo algumas perguntas práticas. Aqui está Emman Lou:

Emman Lou: Durante toda a minha vida, sempre que estive perto de uma pessoa irritada, isso meio que apagava meu espírito, fazendo com que eu recuasse, ficasse calada até ser provocada, e daí eu perdia o controle. 

Penso em Abigail. Numa situação tensa e de confronto ela agiu com humildade, direcionando a atenção de Davi para Deus e o futuro que Deus tinha para ele. Eu ainda não tive muita oportunidade de aplicar isso, mas tem me ajudado a me preparar para agir de uma forma semelhante.

Nancy: Acho que às vezes caímos em um de dois extremos. Sentamos, ouvimos e absorvemos tudo quando alguém se expressa com raiva. Pessoas sendo instáveis, agindo com insensatez, deixando de ser piedosas em seu comportamento e nós não querendo dizer a coisa errada, não querendo ficar com raiva, querendo ser controladas pelo Espírito, então ficamos caladas.

Mas algo fica fervendo e remoendo dentro de nós, e não lidamos bem com tudo isso. E eis que acontece a explosão final – a gota d’água. De repente perdemos o controle. Isso indica que algo estava acontecendo dentro de nós, algo com o qual não estávamos lidando.

É isso que eu amo em Abigail. Ela falou na hora certa, para a pessoa certa e no tom de voz certo. Às vezes, se você disser a coisa certa quando Deus quiser que você diga, isso a protegerá de explodir e dizer coisas das quais você se arrependerá depois, coisas que desejaria não ter dito, que jamais deveria ter dito. Você terá que voltar e pedir perdão pela explosão.

Mas existe uma proteção para isso se você disser: “Deus, o que tu queres que eu diga nesta situação? A quem devo dizer?”, permitindo que seu espírito esteja sob controle – sob o controle do Espírito de Deus. 

A pessoa que está explodindo ou perdendo o controle não precisa controlar você. Como ela disse, é uma oportunidade para você ver uma necessidade na vida dessa pessoa ou para ser impelida a fazer o que Deus quer que você faça em determinada situação.

Quem te controla não é a pessoa com raiva. Quem te controla é o Espírito de Deus dentro de você dizendo: “Ok, agora é a sua hora de agir. Isto é o que você deve dizer. Aqui é para onde você deve ir. Isto é o que você deve fazer nesta situação.” Se você fizer isso de maneira controlada pelo Espírito, muitas vezes pode aplacar uma situação de raiva.

Agora, veja bem a história de Abigail. Acho que uma das coisas tão interessantes sobre ela é que não é irrealista. Ela não traz essa ideia de que se você for uma mulher piedosa como Abigail, todas as pessoas tolas em sua vida voltarão e se arrependerão. Nabal não voltou e se arrependeu. Ele recusou a graça e a misericórdia de Deus que estavam disponíveis para ele.

Pelo menos Abigail pôde dormir à noite sabendo: “Não fui eu quem o provocou. Eu não tomei as rédeas. Não fui eu quem fez com que a vida dele aqui em casa fosse miserável. Ele fez suas próprias escolhas. Ele fez seu acordo com Deus, e Deus lidou com ele.” Ela estava livre para continuar vivendo sua vida, ciente de que não havia se enroscado com seu marido numa dança de raiva e ressentimento, com gritaria para todo lado.

Acredito que tantos casamentos e relacionamentos enfrentam problemas porque respondemos como Nabais aos Nabais. Às vezes, quando alguém age como um Nabal, dizemos: “Ah, é? Eu também sei fazer isso!”. Acabamos dizendo coisas que justificamos por termos sido provocadas, mas estamos erradas. Estamos completamente erradas!

Primeiro, porque não ficamos em paz. Acabamos nos enroscando porque agimos como Nabal e Deus tem que lidar conosco. E se houvesse alguma esperança de Deus nos usar para mudar o coração daquela pessoa, já era. Veja, Abigail foi instrumental em mudar o coração de Davi. Nesse caso, porque ele tinha um coração temente a Deus, a sabedoria e a abordagem dela foram eficazes. 

Você perde uma oportunidade que Deus pode ter para você ser uma influência ou um instrumento de arrependimento na vida de outra pessoa quando corre para pegar a espada e responder exatamente como Nabal.

Mulher 1: Você acha possível que às vezes nossa personalidade seja muito tranquila e as pessoas se aproveitem de nós? É possível?

Nancy: Eu não acho que isso seja verdade para mim, mas talvez seja verdade para você. (risos)

Mulher 1: Bem, eu não sei. Me lembro de uma vez em que estávamos em viagem e meu marido disse: “Querida, você pode levar o carro na oficina e mandar arrumar o que for necessário para nossa viagem de volta?” 

O rapaz da oficina me disse que precisávamos disso, disso, daquilo e daquilo outro. Então eu disse: “Tá bom!” Quando meu marido percebeu, ele foi lá e disse: “Ei, não precisamos de tudo isso. Você se aproveitou da boa vontade da minha esposa”.

E eu deixei o mecânico se aproveitar da minha boa vontade. Pensei cá com meus botões, Humm … por que será que eu fiz isso? Na manhã seguinte, lemos que a língua é a pior arma e que é bom não falar quando você gostaria de falar. Mas às vezes eu acho que sou muito complacente.

Nancy: Bem, deixe eu te dizer uma coisa. Você nunca vai errar no caminho da humildade. Talvez seja pela minha configuração, mas minha perspectiva é que a maioria de nós é mais rápida do que lenta no falar. Caso contrário, por que as Escrituras falariam muito sobre falar demais, dizer muitas palavras, ser rápida para falar, rápida para ficar com raiva?

Eu sei que existem situações diferentes, e existem algumas mulheres em contextos de abuso que pensam que ser submissa ou ser piedosa significa que elas não devem fazer nada. Não é isso que estamos dizendo. O problema é que não conseguimos distinguir. Não distinguimos entre o que realmente importa e o que deveria ser deixado pra lá.

Te digo mais. Acho que existem situações em relacionamentos que aceleram a tensão, especialmente quando criamos caso por coisas pequenas . É disso que Provérbios fala. Respostas com raiva geram contendas e brigas. 

Se você tem o costume de responder com raiva, rapidamente ou defensivamente, às pequenas situações da vida que você poderia deixar passar, então não se admire se você acabar tendo algumas discussões acaloradas que talvez pudessem ter sido evitadas.

Novamente, estou andando na corda bamba aqui porque sei que temos algumas ouvintes que dirão: “Sabia que você ia dizer isso, que eu sou a responsável por meu marido me espancar.” 

Eu não estou dizendo! Só estou dizendo para você ter certeza de que em todos os seus relacionamentos você está respondendo de uma maneira que está sob o controle do Espírito Santo, sendo dirigida pelo Espírito.

É isso que eu amo em Abigail. Ela sabia quando falar e quando não falar. A única maneira de saber isso não é confiando no seu próprio entendimento, mas estar continuamente clamando ao Senhor para direcionar sua vida. 

Não agindo com base em suas emoções. Isso é o que Davi fez. Isso é o que Nabal fez. Mas seguindo numa confiança interior, na luz e no testemunho dentro de você que vem da Palavra de Deus e do Espírito de Deus dirigindo seus passos e mostrando o que, como e quando fazer.

É assim que uma mulher como Abigail, cujo casamento era extremamente negativo, sufocante e hostil, pôde ser descrita como uma mulher bonita, uma mulher de discernimento. É uma coisa incrível para mim porque muitas vezes vemos mulheres que estiveram em situações onde foram maltratadas, foram tratadas com dureza, e às vezes essas mulheres se encolhem, e vivem abatidas, deprimidas e desencorajadas.

Humanamente falando, isso é muito compreensível, mas como mulher de Deus, isso não precisa ser verdade para você. Se você tomar medidas, receber aconselhamento piedoso com um pastor e pessoas piedosas … eu sei que continuo voltando a isso, mas eu não posso dizer qual é a coisa certa a fazer em sua situação sem te conhecer. 

Eu não estou vivendo com você. Mas há aqueles que deveriam estar inseridos em sua vida como guias espirituais. É para isso que pastores e conselheiros bíblicos servem. Eles devem nos guiar, nos dirigir espiritualmente. 

Eles devem conhecê-la o suficiente e estar suficientemente envolvidos em sua vida para poder ajudá-la e dizer: “Olha, agora é a hora. Agora é o momento em que você precisa sair daquela casa. Você precisa sair dessa situação para sua proteção e para a proteção de seus filhos.”

Mas nesse meio tempo, certifique-se de que sua resposta não está se tornando como a de Nabal, senão Deus terá que lidar com você também, assim como com o seu Nabal.

Mulher 2: Eu gostaria de falar sobre uma Abigail na minha vida – minha mãe. Cerca de seis meses atrás, perdi meu pai, seu marido. Desde então existe um Nabal em sua vida, mas ela tem reagido como Abigail. 

Tenho observado e testemunhado suas atitudes em um momento muito frágil e delicado de sua vida. Quando seria muito fácil para ela responder de uma maneira ímpia, ela tem escolhido permitir que Deus a guie em como responder a essa pessoa.

A única maneira pela qual ela é capaz de fazer isso é por permanecer firme na Palavra diariamente, deixando o Espírito Santo a dirigir, ajudando-a a falar quando precisa falar e a ficar em silêncio quando precisa ficar em silêncio. 

Minha mãe é uma pessoa com muita personalidade e muita energia, então ficar em silêncio é um desafio para ela às vezes. É muito bom ver Deus a ajudando a ter autocontrole, Seu Espírito vivendo nela.

 

Nancy: Parece que sua mãe está adotando uma visão a longo prazo, a grande visão, a imagem completa. Em vez de dizer: “Tenho que lidar com esta situação aqui e agora”, ela está dizendo: “Minha vida está submissa ao Senhor, meu Deus, e vou permitir que Ele cumpra Seus propósitos em minha vida, na vida dessa pessoa, nas vidas daqueles que estão assistindo. Eu não vou assumir o lugar de Deus. Eu sei que a longo prazo, se eu fizer o que é certo, Deus recompensará a retidão.”

Eu sou muito grata pelas amizades que me ajudam quando preciso. Pouco tempo atrás eu estava numa ligação com várias pessoas. Houve uma situação em que me senti injustiçada. Durante essa conversa haviam duas pessoas envolvidas nessa situação comigo, e acabei relembrando outros detalhes daquela história.

Fiquei tão grata por essas duas pessoas, que estavam bem familiarizadas com tudo, estarem naquela ligação. Elas entenderam o que aconteceu. Tenho certeza de que concordavam que isso não deveria ter acontecido. 

Elas me diziam: “Nancy, você precisa fazer o que é certo. Você não pode ir por esse caminho. Não pode trazer à tona essas velhas questões. Não é construtivo. Não é necessário. Deixe para lá. Deixe para lá.”

Veja, não estamos falando de alguém que infringiu a lei ou causou danos físicos. Então, quero deixar bem claro isso. Mas quando suas próprias emoções estão envolvidas, você se sente violada. Você sente esse instinto de fazer o que for preciso para garantir que essas pessoas reconheçam que estão erradas. 

O fato é que você pode vencer a batalha, mas perder a guerra e a paz em sua própria alma.

Sou tão grata porque, quando quis desabafar, Deus me amou o suficiente para colocar pessoas ao meu redor que estavam familiarizadas com a situação, mas que disseram: “Você não pode ir por esse caminho. Não vá.” Foi isso que precisei para me conter. 

Preciso dizer que eu poderia ter sido uma Abigail sozinha, mas sabemos que precisamos uns dos outros para ajudar em casos assim, ajudando-nos a enxergar a verdade e encorajando-nos a responder de maneira piedosa.

Mulher 3: Tenho uma pergunta. Sobre Abigail dizer: “Foi minha culpa” no versículo 24 e depois, no 28, “Por favor, perdoe a transgressão da sua serva.” Ela estava dizendo: “Eu não sabia que meu marido tinha feito isso. Foi minha culpa. Me desculpe.” Não entendo por que ela assumiu a culpa.

Nancy: É uma boa pergunta. Não sei se tenho certeza da resposta, mas acho que está claro no contexto que ela está reconhecendo a responsabilidade de Nabal. Ela deixa claro que ele agiu de maneira insensata e não está encobrindo o que ele fez. Acho que ela está apenas fazendo o que pode para amenizar a situação, para dizer a Davi que ela e seu marido não compartilham dos mesmos sentimentos. Parece que ela está pedindo perdão sem assumir diretamente a responsabilidade pelos erros de Nabal. Não acho que ela esteja dizendo: “Sou responsável pelo que Nabal fez de errado.”

Acho isso importante porque, como esposa, você não é responsável pelo que seu marido faz de errado, nem seu chefe, seu pastor, ou qualquer autoridade em sua vida. Você só é responsável pela sua resposta

Mas acredito que, quando você se vê numa situação como essa, você pode ir às pessoas envolvidas e dizer: “Você poderia estender misericórdia? Nos perdoar? Me perdoar? Essa ofensa não foi intencional. A desfeita não foi intencional.”

Neste sentido, você está sendo uma pacificadora, está construindo uma ponte. Acho que esse é o coração por trás do que ela está dizendo. “Estou tentando construir uma ponte!” Ao invés de defender o que seu marido fez ou dizer a Davi: “Meu filho, se você for atrás dele se cuide, Nabal é forte. Ele vai acabar com você.” Ela simplesmente não fez nada para alimentar o fogo. Ela está tentando apaziguar a situação.

Mulher 4: Acho que no trecho que você mencionou sobre oferecer-se para assumir a culpa, para mim parece uma qualidade semelhante a Cristo, quando ela se ofereceu para substituir-se pelo marido ou assumir a responsabilidade da família como Cristo fez por nós. Também quando ela se ofereceu a lavar os pés dos servos, me fez pensar imediatamente em Jesus se curvando para lavar os pés e ser um servo. Vi em Abigail qualidades semelhantes a Cristo.

Nancy: Muito bom! Ao estudar personagens bíblicos, você deve estar procurando evidências de semelhança com Cristo. Porque qualquer coisa boa, qualquer coisa sábia que fizermos é uma expressão de Cristo vivendo Sua vida em nós e através de nós.

Acredito que a humildade, a disposição de assumir o lugar do ofensor, a disposição de ser uma substituta e de sofrer o que o ofensor merece – são exemplos de semelhança a Cristo. É isso que nos atrai a uma mulher como Abigail. Somos atraídas a ela porque somos atraídas pelas qualidades de Cristo que vemos nela.

Diane: Acho que uma das coisas que tocou meu coração é que, enquanto Nabal não mudou, Deus mudou o coração de Abigail porque ela o colocou diante do trono. Penso na minha vida, e talvez seja porque esteja chegando à meia-idade, mas continuo pensando que o Nabal na minha vida não mudou muito nos últimos trinta anos. Mas Deus mudou a mim através dele.

Então posso me alegrar e saber que Deus usa todas as coisas para o bem e que Deus habita no meio dos louvores do Seu povo. Essa é uma das minhas maiores linhas de defesa na oração. Agora tenho um amor pelo meu Nabal que não tinha há trinta anos. Costumava orar por justiça, e agora oro por misericórdia – para que seu coração se volte para o Senhor.

Nancy: Podemos deixar claro que seu Nabal não é seu marido?

Diane: Não é meu marido.

Nancy: Caso você conheça a Diane, saiba que seu marido não é um Nabal. Diane, você tocou num ponto importante aí. Precisamos ter em mente que Deus pode usar as ofensas e erros dos outros como parte do processo de santificação em nossas próprias vidas.

Considere isso: É simplesmente incrível para mim que, quando somos apresentadas a Nabal e Abigail, no início do capítulo 25, versículo 3, diz: “A mulher [Abigail] era inteligente e bonita, mas o homem [Nabal] era rude e mau.” Existe um grande descompasso ali. Parecem não se encaixar.

Você pode pensar: É incrível que ela tenha sobrevivido, seja lá quantos anos foram de casamento com esse homem de espírito ruim e temperamento irritado! 

Mas e se, apesar do homem com quem estava casada todos esses anos ser rude e mau, e se ela fosse bonita e perspicaz justamente por causa de seu casamento com aquele homem, buscando conhecer a Deus e se tornar uma mulher de Deus naquela situação?

Não quero ler além daquilo que está escrito no texto. Não sabemos ao certo, mas sei o seguinte, conheci algumas mulheres que convivem com Nabais, que têm um Nabal em suas vidas. E como resultado buscam mais ao Senhor e tornaram-se mulheres de oração, buscam fazer a vontade de Deus dentro desse contexto. Essas mulheres se tornaram bonitas, mulheres piedosas em quem você e eu podemos nos espelhar.

Você pode se perguntar: Isso teria acontecido se não houvesse um Nabal em suas vidas? Eu não sei, mas sei que não podemos nos tornar como Cristo sem sofrimento. Deus aperfeiçoou a Cristo por meio das coisas que Ele sofreu. Dizemos que queremos ser como Cristo. Queremos a glória e o resultado final sem passar pelo processo. O processo é a cruz. Seu Nabal é a sua cruz.

É isso que significa pegar sua cruz, seguir a Cristo, ir à cruz, renunciar aos seus direitos, renunciar às maneiras como você foi prejudicada, deixar para lá. 

Novamente, não estou dizendo que certas ofensas não devem ser tratadas. Elas devem ser tratadas. Não há nada que justifique seu marido ou outro homem ser capaz de violentar você ou seus filhos. Isso é contra a lei. É contra a lei de Deus, e deve ser tratado.

Mas mesmo no processo de lidar com ofensas tão graves, Deus pode torná-la mais semelhante a Jesus. Isso não quer dizer que você deseje isso. Você não deseja. 

Também não quer dizer que se você não estiver casada com um Nabal, não possa se tornar uma mulher piedosa. Mas direi que, se você vai ser piedosa, se vai ser como Cristo, vai haver algumas circunstâncias ou pessoas em sua vida que vão ser dolorosas, difíceis de suportar.

Você não pode se tornar como Jesus sem algum tipo de sofrimento. Não pode! Não há atalhos para a maturidade espiritual. O crescimento requer dor e sofrimento.

Eu moro no norte dos Estados Unidos, onde temos quatro estações bem definidas. Ninguém ama o inverno quando, de certa forma, tudo está morto, mas amamos a primavera. Você sabia que a morte traz vida? É como uma semente que cai na terra e morre e, eventualmente, brota para uma nova vida. É dali que vem a colheita.

Então, quaisquer que sejam as circunstâncias em sua vida, seja uma pessoa ou uma situação que está tendo uma influência tipo Nabal em sua vida, lembre-se de que Deus tem propósitos nisso. Deus pode até usar pessoas más para cumprir Seus propósitos. Então, deixe Deus usar isso para moldá-la, para formá-la.

Como já disse muitas vezes, não fuja da cruz. Não resista à cruz. Não ressinta-se da cruz. Aceite a cruz. No processo de passar por esse sofrimento, essa cruz, é assim que se forma uma Abigail.

Eu garanto a você, Abigail passou por um processo de viver em um mundo difícil e em um casamento difícil. Isso fez parte do que a tornou a mulher de Deus da qual agora estamos falando milhares de anos depois, dizendo que queremos ser como ela. Queremos ser como ela, mas não queremos passar pelo que ela passou.

Não estou dizendo que você deva pedir: “Senhor, me dê um casamento difícil para que eu possa ser como Jesus.” Não é essa a ideia. O fato é que há coisas difíceis em sua vida. Talvez seja seu casamento. Talvez seja outra coisa. Seja o que for, você pode confiar que Deus quer usar isso para fazer de você uma mulher que é perspicaz e sábia e sabe o que é certo.

Raquel: Deus pode ajudá-la a ser o tipo de mulher sábia e perspicaz que Nancy DeMoss Wolgemuth descreveu. No Aviva Nossos Corações, queremos ajudá-la nesse processo, oferecendo recursos como esta série que encerramos hoje chamada “Abigail: Como viver com pessoas difíceis em sua vida.”

Não deixe de encomendar o livro “Abigail: Vivendo com as Pessoas Difíceis da Sua Vida” para que você possa se aprofundar ainda mais nesse tema. Você pode encontrá-lo no nosso site: www.avivanossoscoracoes.com     

E amanhã, iniciaremos uma nova série chamada: “Encorajando uns aos outros”. Junte-se a nós para crescermos como corpo de Cristo e juntas levar Sua luz ao redor do mundo.

Aguardamos você amanhã aqui no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.