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Adornadas Ep. 21: O que as mulheres mais velhas estão ensinando as mulheres mais jovens?

Publicadas: ago 07, 2023

Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth diz: “Sua família é de extrema importância.”

Nancy DeMoss Wolgemuth: Casamento e família não são apenas uma boa ideia. São uma parte crucial na apresentação do plano redentor de Deus. É fundamental preservar e passar a verdade para a próxima geração.

Por serem tão importantes, sempre houve, desde o capítulo 3 de Gênesis, uma tentativa da parte de Satanás de enfraquecer a família, as estruturas familiares e o casamento. Essa batalha continua acontecendo.

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos. 

Já há algumas semanas temos estudado a série chamada “Adornadas: Vivendo Tito 2:1–5.” No episódio de hoje, veremos o que esta passagem diz sobre nossos lares. Ao final do programa, Nancy falará sobre uma ouvinte cujos pais decidiram se separar. Ouça sobre a maneira como Deus interveio naquela situação. Vamos então mergulhar nesses preciosos versículos.

Nancy: Se você tem formação em educação, já ouviu o termo “escopo e sequência” e sabe a que isso se refere. Isso tem a ver com o currículo.

Portanto, se você é uma professora da terceira série, o currículo diz: “Isso é o que os alunos da terceira série precisam saber. Isso é o que os alunos precisam ser capazes de fazer em cada uma dessas disciplinas quando concluírem a terceira série” ou a sétima série ou um determinado curso do ensino médio. Esse é o escopo e a sequência. Esses são os tópicos que serão abordados; isso é o que precisa ser aprendido.

Em Tito capítulo 2, temos muitas referências ao ensinamento. Há um currículo para aqueles que estão ensinando. Começamos no versículo 1, onde o apóstolo Paulo diz a Tito que ele deve ensinar as coisas que estão de acordo com a sã doutrina. Há um escopo e uma sequência.

Então nos versículos 3-4 diz assim: “Ensine as mulheres mais velhas a serem reverentes na sua maneira de viver, a não serem caluniadoras nem escravizadas a muito vinho, mas a serem capazes de ensinar o que é bom. Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens.” (NVI)

Então temos as mulheres mais velhas ensinando as mulheres mais jovens. A questão é: O que as mulheres mais velhas estão ensinando às mulheres mais jovens? Qual é o escopo e sequência? Qual é o currículo?

Ele continua e nos diz nos versículos 4-5: “Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus próprios maridos.”

Por quê? “A fim de que a palavra de Deus não seja difamada.”

Este é o currículo. Este é o escopo e sequência do que as mulheres mais velhas devem estar ensinando às mulheres mais jovens. Há sete qualidades, sete características, sete responsabilidades ou funções neste currículo.

Hoje vamos dar uma pincelada nessa lista. Nas próximas semanas, vamos focar mais a fundo em cada um desses pontos. Vou ler a lista novamente e em seguida vou fazer algumas observações.

Versículo 3: “Mulheres mais velhas devem ser capazes de ensinar o que é bom.” Versículo 4: “Assim poderão orientar as mulheres mais jovens” a entenderem esses sete pontos:

  1. Amar seus maridos
  2. Amar seus filhos
  3. A serem prudentes (ou “sensíveis” ou “discretas” em outras traduções)
  4. A serem puras
  5. A serem cuidadosas da casa
  6. A serem bondosas
  7. A serem sujeitas a seus próprios maridos

Eu gostaria de fazer cinco observações sobre essa lista hoje. E no próximo episódio, vamos mergulhar no primeiro ensinamento sobre mulheres amarem seus maridos.

Minha primeira observação é que, ao olhar para essa lista, o que me impressiona é que ela é muito contracultural. Não é uma lista politicamente correta. Se você pensar à luz da nossa cultura, este é um currículo extremamente radical. Na verdade, você não vai ver essas disciplinas como parte do currículo do programa de estudos femininos de quase nenhuma universidade deste país. Este é um programa bíblico, e realmente vai contra toda a direção e tendência da cultura. É a maneira de Deus. 

O currículo mundial que muitas mulheres têm seguido pode deixá-las desordenadas, disfuncionais, angustiadas e em depressão. Acho que é hora de experimentarmos a maneira de Deus. Vemos o que pode acontecer quando começamos a educar e treinar mulheres nos caminhos de Deus.

A segunda observação que me chama a atenção, é o que não está nesta lista. Se você fosse discipular uma mulher mais jovem, talvez uma recém-convertida, uma jovem esposa, uma recém-casada, e você quisesse ajudá-la a se tornar espiritualmente madura e frutífera e viver uma vida que agradasse a Deus, quais são os assuntos principais que você pensaria em abordar?

Podemos dizer que você iria ensiná-la como orar, como estudar a Palavra de Deus, como testemunhar. Essas são disciplinas cruciais, mas penso nelas como parte dos requisitos gerais do currículo. Essas são coisas que são importantes para todos os crentes.

Mas é interessante que nenhuma dessas coisas aparecem na lista dada a Tito para o ensinamento em feminilidade bíblica. Há outros lugares nas Escrituras onde esses pontos são considerados importantes. Mas quanto ao treinamento específico das mulheres mais jovens, é interessante que esses requisitos não estão lá.

Também não se vê nada sobre carreira. A ênfase não é treinar a mulher para ter um ministério ou construir uma carreira ou outras coisas boas que poderíamos citar. Essas coisas simplesmente não estão na lista.

Não estou dizendo que essas outras coisas são ruins ou sem importância, mas estou dizendo que precisamos nos concentrar no que Deus diz ser absolutamente essencial à feminilidade bíblica.

A minha observação número três é que nenhum desses pontos vêm naturalmente. Eles não simplesmente acontecem. Se você deseja crescer na feminilidade bíblica, então é necessário que haja treinamento. Treinar as mulheres jovens a amar seus maridos, a amar seus filhos. Essas não são coisas que vêm naturalmente, e são coisas que acontecem no contexto da comunidade de fé.

As mulheres mais jovens não aprendem essas coisas apenas por osmose, nem as aprendem simplesmente indo à igreja e ouvindo uma pregação bíblica, o que obviamente é crucial. Porém, Deus diz que há algo mais que é necessário como parte do processo de discipulado das mulheres mais jovens, que é outras mulheres andarem lado a lado com elas e no dia-a-dia envolverem-se com elas e ensiná-las no contexto da comunidade da fé.

Uma quarta observação sobre esta lista é a prioridade que Deus dá ao lar. Isso não fica super claro nesta lista de prioridades?

Quatro dessas qualidades referem-se especificamente ao casamento e à família. As mulheres mais jovens devem aprender a amar seus maridos, amar seus filhos, cuidar bem do lar e serem submissas a seus próprios maridos. E quanto às outras três qualidades —prudência, pureza e bondade — você não terá uma vida familiar muito forte se não tiver essas qualidades de caráter.

Mas veja a prioridade que Deus coloca no lar — essa passagem considera que as mulheres jovens serão esposas e mães. Não está dizendo se elas forem esposas e mães ou se elas decidirem que querem se casar ou se elas decidirem que querem ter filhos, então ensine-lhes essas coisas.

Há uma suposição de que as mulheres jovens se casarão e terão filhos. Correndo o risco de ser realmente politicamente incorreta, posso dizer que essa é a norma de Deus? A implicação é que, ao olhar não apenas para esta passagem, mas para toda a Escritura, como regra, as jovens devem ter um propósito de constituir família.

Quando digo jovens, não me refiro a crianças de doze anos, mas quero dizer que é necessário que haja esse movimento em direção a um consenso de que é isso que estou crescendo para fazer — casar e ter filhos para a glória de Deus e a promoção do reino de Cristo.

Não é apenas para que todos possamos ter famílias felizes. É porque este é o meio de Deus comunicar o evangelho de uma geração para a próxima. Isso é crucial para o plano redentor de Deus.

Há algumas exceções. Claramente, Deus dotou algumas para permanecerem solteiras com o propósito de servi-Lo de maneira mais concentrada. Você lê sobre isso em 1 Coríntios capítulo 7. Mas também está claro nas Escrituras que essas são as exceções, não a regra.

Precisamos ter isso em mente como a norma de Deus quando as mulheres jovens estão tomando decisões e quando as estamos aconselhando, uma vez que também aconselhamos nossas filhas sobre a tomada de decisões em relação à educação, finanças, treinamento profissional.

Agora, não estou dizendo que as mulheres jovens não devem receber educação; não estou dizendo que as mulheres jovens não devem ter uma carreira. Estou dizendo que as decisões precisam ser tomadas no contexto de que é a norma de Deus que as mulheres jovens cresçam para se casar e ter filhos. Precisamos preparar nossas mulheres jovens, assim como nossos rapazes para serem aqueles que tomam a iniciativa (talvez façamos uma série algum dia sobre a importância de treinar os filhos para se prepararem para o casamento também).

Outro comentarista sobre Tito diz, “Sem a ordem correta da vida doméstica das mulheres mais jovens, toda a sociedade provavelmente sofrerá profundamente, pois a sociedade não pode elevar-se acima do nível moral de suas mulheres jovens. Uma família não pode crescer mais forte que a fibra moral de suas mulheres jovens.”

Todo esse currículo aqui, todo esse “escopo e sequência” relatados em Tito 2 é onde as “coisas ficam complicadas” em relação ao chamado de uma mulher, sua missão e sua vida pessoal e espiritual.

Ela não ouve apenas: “Ok, seja discipulada para ser uma mulher bondosa”. O que isso quer dizer?

O que isso significa na maioria dos casos é, “Seja uma esposa bondosa. Seja uma mãe bondosa.” É assim que a mulher deve ser— amar seu marido, amar seus filhos, ser moralmente casta e pura, ser gentil e prudente, trabalhar em casa e ser submissa a seu próprio marido.

Este é o resultado do evangelho e da sã doutrina no contexto da vida de uma mulher. É a família dela. É o laboratório da vida onde a doutrina é vivida.

No capítulo 1 de Tito — e falamos sobre isso já nesta série — havia na ilha de Creta onde Tito estava pastoreando o rebanho, alguns falsos mestres que estavam ensinando coisas que, de acordo com o versículo 11 do capítulo 1, estavam destruindo famílias inteiras.

Não nos é dito exatamente quais eram esses falsos ensinamentos, quais eram as doutrinas. Mas é possível que, ao juntar todo este livro, o que aqueles falsos mestres possam ter comunicado eram formas de pensar que estavam minando o plano de Deus para a família, minando os papéis bíblicos para homens e mulheres, para maridos e esposas.

Eles estavam destruindo famílias inteiras por causa das coisas que ensinavam. Eles estavam ensinando essas coisas para ganho pessoal. Isso significa que eles eram populares. Eles estavam sendo bem pagos para ensinar essas coisas, escrever esses livros, ter esses programas, ter esses seminários. Mas eram ensinamentos falsos e estavam atrapalhando o projeto de Deus para a família.

Certamente há muito ensinamento hoje sobre casamento e família, mesmo no mundo cristão, que está destruindo famílias inteiras, causando divórcios em série, novos casamentos e disfunções enormes no lar como resultado de parte do que está sendo ensinado até mesmo no mundo cristão.

Eu gostaria de enfatizar que casamento e família não são apenas uma boa ideia. São uma parte crucial do plano redentor de Deus. É fundamental preservar e passar a verdade para a próxima geração.

E por ser tão importante sempre houve, desde o capítulo 3 de Gênesis, uma tentativa da parte de Satanás de minar a família, as estruturas familiares e o casamento. Essa batalha vem acontecendo. Na verdade, o primeiro seminário para mulheres que ministrei aos vinte anos de idade foi “A Batalha pela Família: O Papel de uma Mulher.” Percorri o país fazendo esses seminários de um dia sobre a batalha pela família. Havia uma batalha naquela época, há uma batalha hoje. Sempre houve; sempre haverá uma batalha pela família.  

Onde quer que a luz do evangelho e a Palavra de Deus tenham permeado a cultura, o casamento e as estruturas familiares foram impactados e transformados à medida que homens, mulheres e crianças começaram a abraçar e a viver o plano de Deus. Ser salvo e começar a viver o evangelho afeta os relacionamentos familiares.

E, inversamente, quando você vê famílias desmoronando, não apenas no mundo, mas em sua igreja, quando você vê casamentos desmoronando, quando você vê relacionamentos quebrados entre pais e filhos, isso indica uma ausência do evangelho e da sã doutrina. Podemos saber disso em nossas cabeças, mas eles não estão sendo vividos nos relacionamentos que importam em nossas famílias.

Assim, o apóstolo Paulo queria que as mulheres cristãs aprendessem a viver sua salvação, a viver vidas redimidas de uma forma que afetasse cada aspecto de suas vidas. Não há dúvida de que o lugar mais desafiador e mais importante para viver nossa fé é onde? É no lar.

Não é o lugar mais difícil de viver? Mas é também o mais crucial.

Esta lista, estas sete qualidades, é o que flui da crença na sã doutrina. Mulheres, vocês podem conhecer a Bíblia de trás para frente, mas se não amarem seus maridos, se não amarem seus filhos, se não tiverem prudência, se não forem moralmente puras, se não estão administrando bem a sua casa, se não são gentis, se não forem submissas a seus maridos, algo está errado com o seu cristianismo. Você não pode alegar ser uma mulher piedosa se as coisas não estiverem bem em sua casa.

Veja bem, isso não significa que você é responsável pelas decisões espirituais de seu marido e pela vida dele. Seu marido, seus filhos ou outros membros da família podem tomar decisões espirituais muito erradas e você não é responsável por elas. Mas isso significa que você é responsável por fazer a sua parte.

A Escritura não diz nesta passagem que você é responsável por seu marido te amar. Mas você é responsável por amá-lo. Você não pode alegar ser uma mulher piedosa se você não ama seu marido. É aí que o evangelho é vivido.

Algumas de nós nos lembramos de uma época neste país em que o casamento, a família e o lar eram estimados e respeitados, quando a norma era que as pessoas crescessem, casassem e tivessem filhos. Talvez você se lembre de quando havia papéis distintos para homens e mulheres em casa, quando se esperava que os homens fossem provedores e protetores de suas esposas e filhos, e as mulheres eram encorajadas a priorizar a ajuda a seus maridos, a criação de seus filhos e a cuidar de suas casas.

Algumas de nós nos lembramos de quando a cultura valorizava esses papéis e dizia que é importante para uma esposa ser capaz de fazer isso; que é importante para uma mulher ser esposa, mãe e ter a liberdade de administrar sua casa e trabalhar em casa e servir sua família.

Até a cultura secular de quarenta ou cinquenta anos atrás entendia que essas mulheres estavam dando uma contribuição significativa — não apenas para sua família, mas para toda a sociedade, que o que elas faziam tinha valor econômico e valor social, sem falar na enorme batalha espiritual.

Mas houve uma grande mudança cultural durante a minha vida. O que acabei de descrever não é mais o caso. Na verdade, se você tem menos de quarenta ou trinta e cinco anos, provavelmente nunca conheceu o mundo que acabei de descrever com essa sendo a norma.

Em 1987, apenas 20% dos cristãos consideravam que as mulheres não deveriam enfatizar os dois papéis do casamento e da maternidade. Vinte anos depois, em 2007, 47% das mulheres cristãs consideravam que os papéis do casamento e da maternidade não deveriam ser enfatizados para as mulheres. Essa é uma mudança sísmica na cultura evangélica. Este não é o mundo feminista pagão externo. Estamos falando de vinte anos dessa mudança.

As mulheres jovens agora são encorajadas a tomar decisões sobre sua escolaridade e sua especialização com base na comercialização de um diploma. Que tipo de trabalho você pode conseguir? Como isso irá prepará-la para uma carreira? Com pouca consideração sobre se ou como essas decisões as prepararão para administrar uma casa, criar uma família e assim por diante.

A sociedade rebaixou e rejeitou essas funções do casamento e da maternidade. Hoje é quase vergonhoso para uma mulher jovem admitir que sua principal aspiração na vida é ser uma esposa e mãe temente ao Senhor.

Por que uma mulher jovem deveria ficar constrangida de dizer isso? Ou por que ela deveria sentir, “Você não deve ter um cérebro, se é assim que está pensando!” ou “O que você vai fazer?” O medo, a descrença e a desvalorização desses papéis são palpáveis.

Em contraste, você tem o modelo bíblico que, por meio do ministério Aviva Nossos Corações, estamos comprometidas a treinar mulheres para abraçar. Estamos abordando algumas dessas questões. São grandes questões culturais.

Sempre que digo algo assim, sei que receberemos as cartas e os e-mails, das pessoas tirando dúvidas. “Você não sabe? De que planeta você saiu? De onde você veio?”

Temos que voltar às Escrituras e perceber que o lar é uma parte vital do chamado de uma mulher e de nosso testemunho para o mundo, e que é um chamado elevado e santo ser uma esposa e uma mãe.

Eu vou repetir: É um chamado elevado e santo ser uma esposa e uma mãe.

Precisamos voltar a apoiar as mulheres que escolhem a missão da maternidade, a missão do casamento como meio de glorificar a Deus.

Agora que já estou no fundo, deixe-me pular para um pequeno “primo” desse conceito ou dessa preocupação. Eu ouço muitas mulheres mais jovens hoje expressando o desejo (citação) de “ter um ministério”. Elas querem escrever. Elas querem falar. Elas querem iniciar um ministério. Elas querem fazer isto ou aquilo. Elas são ambiciosas em ter um ministério, e penso que seja com a mais pura intenção do coração. Elas querem servir ao Senhor.

Mas é interessante que, quase invariavelmente, quando usam essa frase, estão falando de algo diferente de casamento e família. Vamos supor que seja uma mulher que tem marido e três filhos que ainda estão em casa, e ela está dizendo, “Eu quero ter um ministério”.

E eu penso: “Tem algo de errado com esse pensamento”.

Eu conheci uma moça alguns dias atrás, e ela é uma garota que tem um coração vibrante para servir ao Senhor. Ela havia rompido seu relacionamento com um rapaz temente ao Senhor. Eles têm um grande respeito um pelo outro; tiveram um relacionamento saudável em geral. Mas ela rompeu o relacionamento em parte porque deseja a liberdade de desenvolver um ministério pessoal independente do que Deus o chamou para fazer.

Ela não discorda com o que Deus o chamou para fazer. Mas ela estava dizendo: “Sinto que o que você procura em uma esposa é alguém para ser uma ajudadora com você no ministério. Estou feliz por você fazer o que está fazendo, mas tenho a sensação de que Deus está me chamando para um tipo diferente de ministério”.

Não estou criticando essa moça, mas acho que ela é como as típicas jovens cristãs na nossa cultura têm uma mentalidade equivocada sobre casamento e família. Assim, precisam ser treinadas sobre o modo de pensar de Deus em relação ao valor e à prioridade do casamento, da maternidade e do lar, e saber que este também é um chamado e uma carreira elevada e santa. Este também é um ministério.

Você não tem que sair de sua casa para ter um ministério. Não estou dizendo que Deus nunca lhe dará um ministério além das paredes de sua casa. Mas não ignore o que você tem bem na sua frente — moldar a próxima geração, a formação espiritual de seus filhos.

Onde você terá um ministério maior do que com o seu marido e seus filhos?

Quero te apoiar a perseverar. Quero dizer, “Continue! Louvado seja Deus pelo que você está fazendo para servir ao Senhor e considere isso um chamado nobre e um ministério precioso”.

A prioridade do lar. Deixe-me encerrar dizendo que outra coisa óbvia para mim nesta passagem é a prioridade do amor. Esse é o ponto de partida para tudo o que falaremos sobre essas diferentes características e qualidades.

Onde começa? Ensine as mulheres mais jovens a amar — amar seus maridos, amar seus filhos. De acordo com 1 Coríntios capítulo 13, se temos dons espirituais incríveis, sabemos tudo sobre a Bíblia, temos uma fé incrível, vivemos uma vida sacrificial incrível, mas não temos amor, o que isso significa? Nada. Não temos nada; não somos nada.

A maior prioridade em um lar, a maior prioridade em seu casamento, a prioridade que você tem como mãe com seus filhos hoje é refletir o amor de Cristo para sua família e para os outros, amá-los.

Jesus disse: “É assim que as pessoas saberão que vocês são meus discípulos, se tiverem amor uns pelos outros”. Amor — a prioridade do amor. Não afirme amar a Deus se você não ama seu marido e não ama seus filhos.

Uma coisa é as pessoas no trabalho ou em sua igreja pensarem em você como uma mulher ou amiga doce e amorosa. Mas e se perguntássemos à sua família? E se perguntássemos ao seu marido, aos seus filhos? Como está seu quociente de amor?

Este é o ponto de partida. O local de teste para o amor verdadeiro está dentro das quatro paredes de nossas casas. Se não funcionar lá, não funciona.

Você pode estar dizendo: “Você não conhece o homem com quem sou casada. Como posso amar este homem? Você não conhece meus filhos e os problemas em suas vidas. Como posso amar essas crianças?”

Que bom que você perguntou, porque é disso que se trata esta passagem. Ela diz que você pode aprender a amar seu marido e amar seus filhos. É sobre isso que vamos falar nos próximos dias.

Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth tem convidado você a fazer parte de um novo movimento feminino de amor e compromisso. Nancy estará de volta para orar.

Ao longo dos anos, Nancy ofereceu às mulheres um desafio muitas e muitas vezes. É assim: por trinta dias, não diga nada negativo sobre seu marido. E por trinta dias, diga pelo menos uma coisa positiva para ele. E, Nancy, sei que muitas mulheres no Brasil aceitaram esse desafio e viram grandes mudanças. Muitas escreveram para nos contar sobre isso.

Nancy: Vou compartilhar um daqueles muitos e-mails, Raquel. Uma mulher escreveu o seguinte:

“Este desafio de trinta dias tem sido uma bênção. Não só para mim e meu marido. Mas também para meus pais que estão casados há trinta e nove anos. Eles recentemente decidiram que queriam se separar. Mas esse desafio me deu as palavras de encorajamento de que eles precisavam, e eles se reconciliaram. A Deus seja a glória.”

Não tenho certeza de como essa ouvinte compartilhou o que estava aprendendo nesse desafio com seus pais, mas essa história mostra o quão poderosas são as palavras encorajadoras.

Olha, se você lutou no casamento por muito tempo, ou pode achar que a paixão pelo seu casamento está por um fio — pelo menos vale a pena tentar aceitar esse desafio que vai mudar a atmosfera, o passo da dança, por assim dizer, em tantos casamentos. Já ouvi muitas histórias de mulheres que ficaram surpresas com a transformação que ocorreu em seus maridos quando há um espírito de encorajamento em seus lares.

E se você não souber como encorajar seu marido? O que você vai dizer por trinta dias? Podemos ajudá-la com isso. No nosso site www.avivanossoscoracoes.com, clique na aba Recursos e depois Desafios. Lá você encontrará o desafio “30 Dias de Encorajamento ao Marido.” Este recurso irá orientá-la nessa experiência a fim de garantir que sua casa seja um lugar de encorajamento.

Raquel: Como você realmente traz amor para sua casa? Como você demonstra isso em suas ações? Vamos dar uma olhada nisso amanhã. Nancy está de volta para encerrar em oração.

Nancy: Obrigado, Pai, por não nos deixar sem orientação, mas nos dar um manual, um currículo. Oro para que as prioridades que estão em Seu coração para nossas vidas como mulheres estejam em nossos corações, que as abracemos e as busquemos e as tornemos nossas principais prioridades, que busquemos obter um diploma em feminilidade bíblica.

Eu oro pelas mães, pelas esposas e pelas mulheres solteiras e casadas que o Senhor não abençoou com filhos nesta fase da vida e por cada uma de nós, que nos próximos dias o Senhor nos mostre em nossa fase da vida como viver Suas prioridades para nossas vidas e nossos lares.

Senhor, acima de tudo, o Senhor nos ajudaria a sermos revestidas de amor? Que o amor que se expressa e se experimenta nas nossas relações familiares seja aquele que chama as pessoas a conhecer e a buscar o Deus que é a fonte desse amor. Eu oro em nome de Jesus, amém.

Raquel: O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.