Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que, no ritmo acelerado da vida, as esposas precisam acertar suas prioridades.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Primeiro você é uma esposa, depois você é uma mãe. Já vi esposas priorizarem seus filhos acima de seus maridos e acabarem com filhos crescidos, fora de casa… …e sem casamento.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo – Vivendo a beleza do evangelho juntas, na voz de Renata Santos.
Nancy: Uma de nossas ouvintes escreveu para compartilhar conosco como o que ela leu no Aviva Nossos Corações lhe deu dicas sobre como encorajar seu marido. Aqui está o que ela disse:
“Resolvi ligar para o celular do meu marido. Estávamos na mesma casa, mas ele no andar de cima e eu no de baixo. Eu o agradeci por ter me escolhido para ser sua esposa e por me amar quando eu não era amável, e também por ficar ao meu lado ao longo desses trinta e oito anos. Nós dois acabamos chorando! Ele desceu e me deu um abraço e um beijo.”
Agora que estou casada há algum tempo, consigo entender – ainda melhor do que alguns anos atrás – o poder do encorajamento e de fazer do seu marido uma prioridade. Vamos falar sobre isso hoje enquanto continuamos nosso estudo aprofundado em Tito 2.
Enquanto meditamos nesta passagem, quero encorajá-las a pensar em algo. Não simplesmente escute essa mensagem, mas ponha em prática o que você vai ouvir. Se você ainda não fez ou não iniciou o desafio de 30 dias de encorajamento ao marido, eu gostaria de te incentivar a ir no nosso site www.avivanossoscoracoes.com e clicar na aba “Recursos” e depois “Desafios”.
Ele inclui ideias práticas do dia-a-dia para edificar o seu marido – o mesmo tipo de ideias que aquela ouvinte estava seguindo quando acabou tendo um tempo especial e emocionante com o marido dela em casa.
Essa é uma ótima maneira de pôr em prática as verdades que vamos ouvir e acredito que será de grande benefício ao seu casamento.
Raquel: Ao continuarmos estudando o capítulo 2 de Tito, veremos o que ele diz sobre prioridades. Quem é mais importante… o seu filho ou o seu marido?
Nancy: O musical Um Violinista no Telhado é bastante conhecido. Ele é ambientado na Rússia czarista de 1905. O casal principal neste musical, Tevye e Golde, tem dificuldades para se ajustar aos novos tempos, já que suas três filhas mais velhas resistem à ideia de um casamento tradicional arranjado e optam pela ideia moderna de conhecer um rapaz e se apaixonar.
Esse era um pensamento extremamente moderno pra época, era 1905! Então, quando sua segunda filha fica noiva, Tevye chega em casa e conversa com a esposa. Se você assistiu esse filme, você provavelmente se lembra de como foi essa conversa:
Tevye diz: “Golde, decidi dar permissão a Perchik para ficar noivo de nossa filha, Hodel”.
E Golde diz: “O quê!? Ele é pobre! Ele não tem nada, absolutamente nada!”
Tevye diz: “Ele é um bom homem, Golde. Gosto dele! E o mais importante é que Hodel gosta dele. Hodel o ama! Então, o que podemos fazer? É um novo mundo. Amor! Golde, você me ama?”
Ela diz: “Eu o quê!?”
Ele diz: “Você me ama?”
Ela diz. “Se eu te amo? Por vinte e cinco anos lavei suas roupas, preparei suas refeições, limpei a casa, lhe dei filhos, ordenhei a vaca. Depois de vinte e cinco anos, por que falar de amor agora?”
Tevye diz: “Golde, a primeira vez que te vi foi no dia do nosso casamento. Eu estava com medo, mas meu pai e minha mãe disseram que aprenderíamos a nos amar. E agora estou perguntando, Golde, você me ama?”
Golde: “Eu sou sua esposa!”
Tevye: “Eu sei, mas você me ama?”
Golde: “Eu o amo? Por vinte e cinco anos vivi com ele, lutei com ele, passei fome com ele. Há vinte e cinco anos minha cama é dele. Se isso não é amor, o que é?”1
Nancy: Bem, o que é o amor? Existem algumas definições diferentes. No último episódio, demos uma visão geral do que as mulheres mais velhas devem ensinar às mulheres mais jovens. Então, vamos ler novamente essa passagem no capítulo 2 de Tito e começar com os detalhes dessa lista.
Veja os versículos 3-5: “As mulheres mais velhas… devem ensinar o que é bom, orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada.”
Você se lembra, como dissemos anteriormente, que há sete qualidades nessa lista? A primeira e a última referem-se especificamente à relação de uma mulher mais jovem com seu marido: “… orientá-las a amarem seus maridos e… serem sujeitas a seus maridos”.
Nas próximas semanas quero examinar este desafio que Paulo dá ao Pastor Tito, de dizer às mulheres mais velhas que ensinem as mais jovens a amarem seus maridos. Na verdade, ele começa dizendo “amarem seus maridos e seus filhos”. Essa frase é uma tradução de duas palavras gregas compostas que significam “amante do marido” e “amante dos filhos”.
“Ensine as mulheres mais jovens a serem amantes do marido [de seu próprio marido] e ensine-as a serem amantes de seus filhos”. O único lugar em que essas duas palavras são usadas no Novo Testamento é aqui em Tito 2. Mas às vezes encontramos essas palavras escritas nos túmulos e lápides de mulheres daquela época. “Ela era uma amante do marido”. Ela amava o seu marido. “Ela era uma amante dos filhos”. Ela amava os seus filhos.
É natural pensar que as mulheres amam seus maridos e filhos, mas todos nós sabemos que o egoísmo e o pecado podem matar o amor no casamento e na família. É por isso que esse tipo de amor aos maridos e aos filhos tem que ser aprendido, tem que ser cultivado. Tem que ser capacitado pelo Espírito de Deus.
Quem acompanhou minha jornada neste ministério ao longo dos anos sabe que ensinei esta passagem como uma mulher solteira por muito tempo. E, como uma esposa relativamente nova, posso dizer que agora estou vendo e vivenciando essa passagem de uma maneira totalmente nova… especialmente esta parte sobre amar seu marido!
Ao longo dos anos, observei mulheres e as ouvi compartilhar suas histórias – centenas delas, talvez milhares. Vi alguns casamentos incríveis e maravilhosos que refletem lindamente o amor de Deus – mas não muitos – e nem mesmo esses casamentos são fáceis. Eles não chegaram lá da noite para o dia, mas eu vi alguns desses casamentos que realmente refletem o amor de Deus. Já vi casamentos que estão por um fio, quase mortos – como você também já deve ter visto (e talvez muitas ouvintes estejam nessa situação nesse momento). Quando o casal vira apenas colegas de quarto.
Alguns desses casamentos são caracterizados por mágoa, amargura, raiva. Alguns desses casamentos terminaram ou vão terminar em divórcio. E acho que há ainda mais casamentos que se contentam com a mediocridade.
Talvez alguém pense: “Essas coisas são assim mesmo. Vinte e cinco anos, trinta e cinco anos, cinquenta anos… Não, não estamos crescendo em nosso amor. Não, nós nem gostamos mais um do outro, mas vamos ficar juntos”. Bem, a primeira coisa a que as mulheres mais velhas são encorajadas a ensinar às mais jovens é a amarem seus maridos.
Para nós que somos casadas, esta é uma maneira muito importante de demonstrarmos nosso amor por Cristo. Talvez você e eu conheçamos a Bíblia de Gênesis a Apocalipse. Talvez tenhamos grandes dons como professoras; talvez sejamos ativas em todos os tipos de trabalho na igreja e causas sociais; talvez sejamos as melhores funcionárias em nosso local de trabalho. Mas se as coisas não estão bem em nosso casamento, isso afeta todo o resto, não é? Veja bem, nossa postura para com nossos maridos é uma evidência do que realmente acreditamos sobre Deus, Sua Palavra e Seus caminhos.
Não podemos dizer que temos uma sã doutrina… Foi aí que começamos esta passagem: “fale o que está de acordo com a sã doutrina” (Tito 2:1). Ensine como a sã doutrina é demonstrada na vida de um filho de Deus. Não podemos dizer que temos sã doutrina se não amamos nossos maridos. Amar nossos maridos flui do Evangelho, flui de um relacionamento com Jesus Cristo.
E esse tipo de amor – nosso amor por Cristo e nosso amor por nossos maridos – flui de uma promessa. Ele flui de um voto, de uma aliança. Se você casou na igreja, certamente se lembra de ter caminhado por um corredor e ficar de pé ao lado de seu noivo diante de um altar.
Eu quero que você pense naquele dia. Você fez alguns votos a esse homem; ele fez alguns a você. Vocês trocaram votos e fizeram isso na presença de Deus e de outras testemunhas. Você consegue se lembrar do que disse? Você pensa nessas palavras de vez em quando?
Um dos presentes de casamento mais especiais que Robert e eu recebemos está aqui na plataforma comigo. Dois casais muito próximos pegaram nossos votos (antes do dia de nosso casamento) e os escreveram em caligrafia.
Então, na cerimônia, várias pessoas que estavam lá—amigos, familiares—assinaram esses votos como participantes do nosso casamento. Nós dissemos que não teríamos damas de honra e padrinhos oficiais. Nós dissemos: “Vocês todos são nossos padrinhos. Vocês estão aqui para testemunhar a troca de nossos votos diante do Senhor e de vocês”.
Então eles colocaram seus nomes naquele papel. Se Robert e eu não mantivermos esses votos, pela graça de Deus, essas pessoas virão atrás de nós! Elas estavam lá para testemunhar isso.
Sem dúvida, o Senhor está nos ajudando dia a dia a cumprir esses votos. Mas isso foi algo que colocamos em uma moldura depois do nosso casamento. Temos esse quadro exposto em nossa casa e às vezes caminhamos até a parede onde eles estão pendurados e nos lembramos do que dissemos naquele dia.
Então, querido, venha aqui (Robert está em nossa sessão hoje). Não foi bem assim que fizemos em nosso casamento, porque o pastor – nosso amigo Dr. William Hogan – alinhou nossos votos para que não tivéssemos que lê-los assim. Mas isso é mais ou menos o que fazemos quando vamos para aquela parede em nossa casa. Robert lê o dele primeiro.
Robert Wolgemuth:
Na presença de Deus e dessas testemunhas, em aliança sagrada, eu, Robert, recebo você, Nancy, como minha esposa. Eu a recebo com alegria e gratidão como um presente gracioso de Deus.
Prometo amá-la, cuidar de você e pastoreá-la como Cristo ama, cuida e pastoreia Sua igreja. Prometo me entregar por você como Cristo deu Sua vida por nós. Prometo lavá-la com a Palavra, para apresentá-la santa e irrepreensível diante de nosso Senhor.
Com sinceridade de coração e na dependência da graça de Deus e do poder do Espírito Santo, juro a você minha ternura, minha fidelidade, minha amizade, meu afeto e meu amor enquanto ambos vivermos.
Nancy:
Na presença de Deus e destas testemunhas, em aliança sagrada, eu, Nancy, recebo você, Robert, como meu marido. Eu o recebo com alegria e gratidão como um presente gracioso de Deus. Prometo respeitá-lo, reverenciá-lo e me submeter a você em tudo como cabeça do lar – como a igreja respeita, reverencia e se submete a Cristo, sua Cabeça eterna.
Como sua ajudante, vou amá-lo, confortá-lo e apoiá-lo e servirei ao Senhor ao seu lado. Com sinceridade de coração e na dependência da graça de Deus e do poder do Espírito Santo, juro a você minha ternura, minha fidelidade, minha amizade, meu afeto e meu amor enquanto ambos vivermos”.
E foi a isso que nos comprometemos. Nós fizemos um voto; fizemos um pacto. E tem dias… na verdade, não tem dias em que estamos como estávamos no nosso casamento. Nunca estivemos tão bem vestidos, e provavelmente nunca mais estaremos.
Tem muitos dias em que as circunstâncias são muito diferentes do que eram naquele dia. Há momentos em que olhamos um para o outro e nós (bem, não sei dizer o que se passa na cabeça de Robert sempre)… Mas há momentos em que nos olhamos e pensamos, eu não entendo isso; eu não entendo você.
Isso é mais desafiador, talvez, do que pensávamos que seria naquele momento. E a cola – para a qual continuamos voltando, em que encontramos nosso amor – é o amor de Deus que mantém Sua aliança conosco e, depois, uma aliança que fizemos um com o outro. Escolhemos amar um ao outro com o amor de Cristo fluindo através de nós por Sua graça e (como dissemos) na dependência do poder de Seu Espírito Santo.
Há muitos casais jovens (e casais mais velhos, como nós, às vezes) que fazem esses tipos de votos grandiosos. Eles dizem essas coisas um ao outro diante de um altar. Até esse momento e no início do casamento, eles estão loucamente apaixonados um pelo outro.
E muitas vezes os opostos se atraem. Me lembro de uma jovem amiga que era muito alegre, extrovertida e expressiva. Ela me dizia sobre seu marido, quando ainda namoravam: “Ele é tão quieto!” Era uma das coisas que ela mais amava nele.
Com cerca de oito meses de casamento, ela me disse: “Ele é tããão quieto!” Algo que os atraiu passou a ter o potencial de irritar um ao outro. Você já passou por isso no seu casamento? Provavelmente, sim.
Casais ficam irritados com características que não viam ou viam com olhos diferentes quando estavam namorando. Às vezes, essa irritação pode até se transformar em amargura profunda, raiva, mágoa e até ódio.
Alguns casais chegam a um ponto onde não suportam nem ficar perto um do outro. Talvez você já tenha passado por isso. O que é que acontece? Como você vai do altar, de expressões profundas de amor, para o lugar onde você não suporta estar na mesma sala um com o outro?
Bem, isso nos lembra que todos nós precisamos ser treinadas. Nos lembra que as mulheres casadas (Paulo está se concentrando particularmente aqui nas mulheres mais jovens) precisam ser treinadas para amar seus maridos. Então, o que significa amar o seu marido à maneira de Tito 2?
Dissemos que esta palavra significa “amante do marido”. É uma palavra composta. A primeira parte dessa palavra significa amar como amiga, como companheira. E a segunda parte é a palavra “marido”. É amar o seu marido como uma amiga, como uma companheira.
Todas as versões em português dizem que as mulheres idosas, ou mulheres mais velhas, devem instruir, ensinar às mais novas a amarem seus maridos.
Esta passagem de Tito 2 não está se referindo somente ao amor romântico ou sexual. Há muitos outros lugares na Bíblia que falam sobre isso. É importante e também pode ser cultivado; precisa ser cultivado.
Mas não é disso que Paulo está falando nesta passagem. Ele está falando do tipo de amor que trata o marido com carinho, de forma afetuosa. É um tipo de amor que é mais do que apenas cumprir o nosso dever para com os nossos maridos. Significa apreciá-lo, realmente gostar dele, ser sua amiga, ter prazer nele, ser sua amante, sua parceira, sua companheira.
À medida que Robert e eu íamos nos conhecendo melhor, ele sempre falava sobre a importância da amizade como uma qualidade fundamental no casamento – e é disso que Paulo está falando nesta passagem.
Por isso, hoje e no próximo episódio, quero dar algumas sugestões simples e práticas para cultivar esse tipo de prazer, esse tipo de amor e afeição por seu marido. Provavelmente não vou dizer nada que você, que está casada há algum tempo, já não saiba mas acho que todas precisamos de lembretes.
Precisamos nos lembrar, precisamos lembrar umas às outras… Mulheres mais velhas – mesmo que você não seja casada ou tenha sido casada em algum momento, mas não é hoje, talvez seja viúva, talvez seja divorciada – você aprendeu, talvez da maneira mais difícil, a importância de amar seu marido desta forma.
É por isso que essas mulheres mais jovens precisam que você as acompanhe, encoraje e treine nessa área. E permita-me dizer que esta conversa vai ser unilateral. Não estou falando com maridos. Estou falando com esposas sobre como amar seu marido.
Mas gostaria de dizer que Robert escreveu um belíssimo livro falando com os maridos sobre como cultivar esse tipo de amizade com suas esposas: Like a Shepherd: Leading your Marriage with Love and Grace (em tradução livre, Como Pastor: Liderando Seu Casamento com Amor e Graça).
Infelizmente ainda não temos esse recurso em português, porém assim que estiver disponível você poderá encontrá-lo em nosso site.
Então, o que essa passagem de Tito 2:3–5 nos sugere sobre cultivar, como esposas, esse tipo de amor por nossos maridos? Bem, se você é esposa e mãe, uma das coisas que acredito que esta passagem sugere é que seus relacionamentos humanos mais importantes são aqueles que você tem com seu marido e com seus filhos.
“Ensinem as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos”. E observe lá no versículo 4 o que vem primeiro. “Amarem os seus maridos”. Amar o seu marido precede amar seus filhos – quer dizer que seu relacionamento com seu marido vem antes de seu relacionamento com seus filhos.
Pode ser que seus filhos sejam pequenos e estejam demandando muito tempo atualmente, e isso exige uma compreensão especial do marido. Ou seus filhos podem estar crescidos numa fase da vida em que exigem muito tempo de você.
Tenho uma amiga que acabou de ter o vigésimo e o vigésimo primeiro netos nascidos com dois dias de diferença – um no Canadá e o outro no Texas – e um de seus outros filhos precisava que ela ficasse com quatro de seus filhos do meio. Então ela passou um mês sem ver o segundo bebê recém-nascido. A vida dela é uma loucura!
Eu estava com ela quando eles finalmente se reencontraram após várias semanas de viagem. Foi uma época em que seus filhos precisaram da sua ajuda durante muito tempo, mas ela e o marido sabiam que se eles não cultivassem e cuidassem de seu relacionamento, não teriam o que precisavam para dar a seus filhos – até mesmo a seus filhos adultos.
Vejo que algumas esposas que colocam seus filhos acima de seus maridos dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano, acabam sem casamento nenhum. Não é a única razão pela qual os casamentos podem dar errado, mas é relevante.
Isso significa que, se você é casada, precisa compartilhar tempo e atividades com seu marido, além dos filhos. Isso pode não ser possível por longos períodos de tempo todos os dias. Você pode estar em uma fase da vida, como uma jovem mãe, em que vocês lutam para conseguir trinta minutos de conversa um com o outro.
Estou aqui olhando para a Heather. Ela e seu marido estão em uma fase da vida com muitos pequeninos, então eles têm que aproveitar cada segundo. Mas eles têm que priorizar seu casamento e fazer coisas juntos—crescer juntos como amigos, servir juntos, orar juntos, se divertir juntos. Você precisa colocar o relacionamento com seu marido antes do relacionamento com seus filhos.
E não importa há quanto tempo você esteja casada, gostaria de incentivá-la a ser intencional, decidida em cultivar e aprofundar sua amizade com seu marido. Como esposas, precisamos procurar maneiras novas e criativas de amar, curtir e ser amigas de nossos maridos.
Eu não sou especialista nisso. Estamos casados há poucos anos, mas eu já percebi — nós já percebemos — que podemos cair em algumas rotinas. Podemos ficar desgastados. Podemos acabar nos esquecendo das novidades que faziam nosso relacionamento ser tão especial. Podemos acabar nos esquecendo de valorizar um ao outro nas ocupações e atividades da vida cotidiana.
Hoje é dia de gravação aqui no Aviva Nossos Corações e meu querido marido, que vocês ouviram agora há pouco, vai pegar um avião daqui a pouco e ficar fora por alguns dias… e hoje é o aniversário dele. É um dia louco! Tem muita coisa acontecendo.
Mas precisamos ter momentos de nos afastar da multidão e curtir um ao outro. Ainda assim, mesmo no meio da multidão, nós podemos fazer coisas simples e pequenas que mantêm nosso relacionamento renovado. Uma das coisas que estou aprendendo e praticando é: estudar meu marido… sempre… não apenas quando vocês são recém-casados.
Descubra o que é importante para ele, pelo que ele se interessa. Com o que é que ele se importa? E as respostas a essas perguntas serão diferentes em seu casamento e no meu. Aprenda a mostrar interesse nas coisas que interessam ao seu marido. Para mim, isso significa me interessar pelo negócio dele, pelas reuniões que ele tem.
Nos encontramos na cozinha ontem à noite. Eu estava estudando; ele estava fazendo algumas ligações. Eu estava me preparando para hoje. Ele estava se preparando para sua viagem. Mas era importante para mim reservar alguns minutos e dizer: “Como foram suas ligações? Como foi a sua conversa com o fulano?” É importante me interessar pelo dia dele, como ele sempre se interessa pelo meu. É importante querer saber o que está acontecendo na vida do outro.
Para mim, ser intencional e mostrar interesse pela vida do meu marido significa – mesmo enquanto namorávamos – começar a curtir um outro esporte. Eu fui fã de futebol por vários anos. Eu não sabia nada – e realmente não ligava -para beisebol. O Robert gosta muito de esportes. Ele cresceu em Chicago e torce para o Chicago Cubs! Para mim isso significava aprender o suficiente sobre beisebol para sentar ao lado dele e curtir os jogos juntos.
Mostrar interesse nas coisas que o interessam significa ter tempo para sentar e ouvir o outro e conversar … sem um celular na mão.
Meu marido faz isso facilmente. Ele conversa muito bem. Ele consegue passar muito tempo sem o celular. Eu—nem tanto. Então, isso é algo em que eu preciso melhorar—e eu realmente estou trabalhando nisso.
Tivemos uma noite extremamente prazerosa alguns dias atrás em que apenas nos sentamos pra conversar depois do jantar. Nós dois temos muitas coisas para fazer, estamos sempre muito atarefados. Nós dois trabalhamos em casa, então poderíamos passar o dia todo, a noite toda, todos os dias, 24 horas por dia, 7 dias por semana, trabalhando separadamente, cada um em seu próprio escritório, mas não fazemos isso. Queremos ter um casamento que reflita o amor de Cristo.
Então nos sentamos depois do jantar no sofá, em frente à lareira, e apenas conversamos. Não foi profundo e pesado. Foi doce. Foi importante para nos mantermos conectados. Descobrimos que há muita alegria em rituais simples e repetidos – coisas que fazemos dia após dia.
Tenho uma pequena frase (não vou dizer qual é, mesmo que você pergunte) que mando por mensagem ou escrevo para Robert quase todos os dias desde que nos casamos (às vezes falho). É a mesma coisa. Agora, digo coisas novas, mas quero sempre dizer aquela mesma frase. Temos alguns rituais.
Ele é bem alto, eu sou bem baixinha. Então, quando chegamos a um degrau, eu subo no degrau, ele fica abaixo de mim e nos beijamos. Temos um ritual de degraus. Tem uma pequena rua pela qual passamos a caminho de casa, e sempre que passamos (não todas as vezes, mas muitas) – é uma longa história de como isso aconteceu pela primeira vez – mas sempre que passamos por lá, paramos um pouquinho naquela pequena estrada.
Eu moro em uma rua onde há mais animais do que carros, então geralmente não há carros por perto, nós paramos e nos beijamos naquela ruazinha. Você pode dizer: “Ah, mas vocês se casaram a pouco tempo”! Espero que continuemos fazendo isso quando formos casados a muito tempo — rituais simples e repetitivos.
Mensagens de texto e e-mails. É muito fácil cair no hábito de apenas comunicar fatos, passar informações um ao outro de forma curta e rápida. Mas descobrimos que é realmente importante dedicar alguns segundos extras para compartilhar palavras calorosas e ternas, gentis e de gratidão e não apenas comunicar fatos. Eu aprendi muito sobre isso com o Robert.
Se você pudesse ler nossas mensagens, (o que provavelmente nunca fará!) iria ver que fazemos muito isso. O Robert é assim. Ele é muito romântico. Depois de cinquenta e sete anos vivendo como uma mulher solteira e sendo cautelosa em meus relacionamentos com homens tanto solteiros quanto casados, não sou naturalmente tão romântica, mas nosso relacionamento está me tornando mais assim.
Acho que você pode escolher escrever essas coisas ternas e doces. Seu coração pode não estar cheio dessas palavras naquele momento, mas ele transborda quando você escolhe amar. Procuramos oportunidades de surpreender e encantar um ao outro, é quase que uma competição de como podemos demonstrar honra em atos atenciosos e bondosos.
Pense em como eram os primeiros dias de seu relacionamento, como vocês eram ternos, atenciosos e gentis e mostravam o seu melhor um para o outro. Como é que depois de semanas, meses ou anos de casamento, de repente nos esquecemos de fazer essas coisas? Não nos lembramos de fazer aqueles atos simples e dizer palavras bondosas.
Em algum momento deixamos de ser gentis, corteses e atenciosos. Seu tesouro está na medida que você investe em seu marido e nesse relacionamento. É aí que o seu coração vai estar.
Se você parar de investir, você ou seu marido ficarão vulneráveis a outra pessoa que talvez investirá nesse relacionamento. Você já deve ter visto isso acontecer. Uma esposa conhece alguém no trabalho, ou se conecta com um velho amigo no Facebook. Ela não tem investido no seu relacionamento com o marido. E agora este outro homem mostra interesse por ela. Ela responde. Ela começa a investir tempo, interesse, conversa e um ouvido atento – mostrando interesse no que interessa a esse homem que não é seu marido.
E de repente, ela está “apaixonada”. Ela está sentindo coisas que não sentia por seu marido há muito tempo. Por quê? Porque ela tem cuidado do solo desse outro relacionamento de uma forma que não tem feito em seu próprio casamento. Ela tem investido nesta outra pessoa.
Acredito que se ela fizesse a mesma coisa — investisse dessa forma em seu próprio casamento —, teria uma boa chance de descobrir que o amor que estava adormecido, ou talvez até morto, começaria a crescer novamente!
Vamos retomar esse tema amanhã e apenas mais alguns pensamentos práticos sobre como cultivar amor e amizade entre você e seu marido.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth voltará para orar pelos casamentos representados por nossas ouvintes hoje — ouvintes como uma que escreveu, não muito tempo atrás. Ela disse o seguinte:
“Você me ajudou a priorizar meu papel neste mundo – de ser auxiliadora do meu marido. Através do Aviva Nossos Corações e a Palavra de Deus, você me incentivou a fazer do meu lar um lugar de conforto para a minha família.”
Isso não é ótimo? Posso garantir que essa ouvinte não vive no País das Maravilhas, onde tudo é fácil. Sei disso porque não é fácil para ninguém.
Todas nós temos desafios, e o chamado para amar nossas famílias é dado às mulheres nas situações difíceis da vida real. Não conseguimos criar lares que cuidam e protegem nossas famílias sem o poder do Espírito Santo e o Senhor também pode usar outras pessoas para nos ajudar a crescer.
Uma maneira pela qual Ele pode ajudá-la a crescer é por meio do desafio do Aviva Nossos Corações chamado 30 Dias de Encorajamento ao Marido. Todos os dias você encontrará ideias sobre como incentivar seu marido. Acredite, o Aviva Nossos Corações constantemente recebe mensagens de ouvintes que aceitaram o desafio e viram uma grande diferença em suas famílias!
Se você levar a sério esse desafio de trinta dias, é possível que olhe para trás e perceba que foi um momento decisivo em seu casamento. Se você está pensando que é uma boa ideia, por que não transforma essa ideia em ação e entra no nosso site www.avivanossoscoracoes.com/desafios/
Agora, se seus filhos adolescentes falassem com você do jeito que você fala com seu marido, eles ficariam de castigo por desrespeitá-la? Veremos mais sobre isso no próximo episódio, aqui no Aviva Nossos Corações. Agora, vamos orar com a Nancy.
Nancy: Senhor, ao olhar nos olhos dessas mulheres e pensar naquelas que estão ouvindo esse podcast pela Internet, sei que há muitas esposas que realmente querem obedecer à Tua Palavra e amar seus maridos de maneiras que são agradáveis a Ti.
Eu peço Senhor por graça, sabedoria, criatividade e desejo feitos sob medida. Peço que o Senhor derrame um novo desejo, esperança, amizade, companheirismo e carinho em muitos, muitos casamentos representados por essas mulheres.
Oh Senhor, que os casamentos do Teu povo reflitam a maravilha e a beleza do Teu amor por nós – e o amor de Cristo por Tua Igreja. Obrigada, Senhor, por esse amor incrível e pelo privilégio de amar os outros como o Senhor nos amou. Eu oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth está comprometido com casamentos saudáveis, chamando mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Todos os trechos da Bíblia são tirados da NVI.
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