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Adornadas Ep. 25: Diga para seus filhos que os ama, que está satisfeita com eles.

Publicadas: set 04, 2023

Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth gostaria de lembrar a vocês que seus filhos precisam ser lembrados do seu amor.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Pense bem, mãe. Quando seu filho te manda mensagem, te liga ou te deixa um bilhete dizendo “Te amo, mãe”, isso não é importante? Claro que é. Você não acha que isso também seria importante para os seus filhos?

Diga a eles que você os ama antes de desligar o telefone. Imagine o seguinte: “Se esta fosse a última ligação da sua vida, você teria algum arrependimento? Ou será que você teria dito tudo o que precisaria ter sido dito?

Raquel Anderson: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo.

Tito 2 tem muito a oferecer para as mulheres. Temos descoberto as riquezas dessa passagem numa série chamada “O Lindo Projeto de Deus para as Mulheres”. Aqui está Nancy, na voz de Renata Santos, para dar continuidade ao nosso estudo.

Nancy: Temos conversado sobre mulheres mais jovens aprenderem a amar seus maridos. Hoje, veremos aquela frase, no versículo 4, que vem à seguir em Tito 2, que diz que as mulheres mais jovens devem aprender a amar os seus filhos.

Eu encontrei um artigo na internet, enquanto trabalhava nessa parte do estudo, que tinha sido escrito por uma mãe de 6 filhos intitulado “Você está pensando em ter filhos?”. Naquele texto, ela compartilha várias lições.

Lição 1: Se você está pensando em ter filhos…

  • Vá ao supermercado.
  • Dê um jeito de fazer com que todo o salário do seu marido seja transferido direto para o dono do supermercado.
  • Volte para casa. Pegue sua revista favorita.
  • Leia-a pela última vez.

Lição 2: Para descobrir como serão as suas noites…

  • Caminhe pela sala das 17 às 22 carregando um saco molhado de aproximadamente 4 a 6 kg com o rádio num volume alto, sintonizado em estática (ou qualquer outro barulho irritante).
  • Às 22, ponha o saco no berço, coloque o alarme para despertar à meia-noite e vá dormir.
  • Levante-se à meia-noite e caminhe pela sala de novo, com o saco, até uma da manhã.
  • Coloque o alarme para despertar às 3 da manhã.
  • Já que você não consegue voltar a dormir, levante às 2 da manhã e ataque a geladeira.
  • Volte a dormir às 2:45 da manhã.
  • Levante-se às 3 quando o alarme tocar de novo.
  • Cante no escuro até às 4 da manhã.
  • Levante-se e prepare o café.
  • Continue nesse ritmo por 5 anos.
  • Tenha uma aparência agradável.

Lição 3: Vestir crianças pequenas não é tão simples como parece.

  • Compre um polvo e um saco pequeno feito de uma rede com buracos bem largos.
  • Tente colocar o polvo dentro do saco de modo que nenhum dos tentáculos escape pelos buracos.
  • Tempo para completar a tarefa: a manhã inteira.

  Lição 4: Ajudando com os projetos escolares.

  • Pegue uma caixa de ovos. Usando uma tesoura e um pote de tinta, transforme-a em um jacaré.
  • Agora pegue o tubo de um rolo de papel higiênico. Usando apenas fita adesiva e um pedaço de papel alumínio, transforme-o em uma linda vela decorativa de Natal.
  • Por último, pegue uma caixa de leite, uma bola de pingue-pongue e um pacote vazio de Sucrilhos. Faça uma réplica exata da Torre Eiffel.

Lição 5: Compre uma minivan, mas não pense que você vai conseguir deixá-la na garagem limpinha e brilhando. Carros de família não têm essa aparência.

  • Compre uma casquinha de sorvete de chocolate e guarde no porta-luvas. Deixe lá.
  • Pegue uma moeda de 10 centavos. Enfie no tocador de CD.
  • Pegue um pacote tamanho família de biscoitos de chocolate. Esmague bem e jogue no banco de trás. Deixe lá.
  • Passe um rastelo – daqueles de jardim mesmo – nos dois lados do seu carro. Pronto. Perfeito.

Lição 6: 

  • Raspe todo o interior de um melão.
  • Abra um pequeno buraco em sua lateral.
  • Pendure-o no teto e o faça balançar de um lado para o outro.
  • Agora, fingindo que sua mão é um aviãozinho, tente introduzir uma colherada de cereal empapado no melão suspenso.
  • Continue até metade do cereal ter ido embora.
  • Derrube a outra metade no seu colo. O resto você só joga para cima, no ar. Agora você está pronta para alimentar um bebê de nove meses.

Soa familiar?

As mulheres mais velhas devem orientar as mulheres mais jovens a amarem seus filhos, de acordo com Tito 2:4. A frase “amar os seus filhos”, no original grego, é uma única palavra. É uma fusão de duas palavras que se tornam uma palavra composta.

A primeira palavra é philos, que é a palavra para amigo. A segunda é teknon, a palavra para filho. É uma pessoa que tem apreço por crianças, alguém que ama crianças, alguém que curte crianças.

Durante os próximos estudos queremos falar sobre algumas coisas simples. Eu, Nancy, não tenho filhos, então não sou especialista no assunto, mas quero encorajar aquelas entre vocês que são mães ou estão pensando em se tornar mães, mostrando o que está no coração de Deus em relação a esses filhos.

Enquanto eu meditava sobre esse assunto durante vários dias, me ocorreu que a ideia de “amar os seus” filhos carrega o conceito de deleitar-se neles. Eu sei que muito da vida de mãe se parece com o que acabamos de ler: a amamentação no meio da noite, a bagunça no carro e todas as distrações e agitação que tornam a maternidade difícil.

Vejo muitas mães que perdem de vista o fato de que os filhos são uma benção, de fato. Eu entendo como isso pode acontecer e é por isso que precisamos desses momentos para encorajar e relembrar umas às outras de que realmente podemos encontrar prazer neles.

O que significa “deleitar-se nos seus filhos” e como você pode fazer isso? Vou compartilhar com vocês vários pensamentos que podem ser úteis.

O primeiro é a ideia de ter filhos, o desejo de ter filhos, de recebê-los como bênçãos e presentes do Senhor.

Já falamos sobre a benção de ter filhos em outros programas do Aviva Nossos Corações. Não quero gastar muito tempo nisso, mas acredito que vocês saibam que vivemos em uma cultura que considera as crianças como um fardo, um incômodo, um estorvo.

Se você segue a média de um ou dois filhos por família, ninguém vai te incomodar muito, mas se você já está esperando seu terceiro, quarto ou (misericórdia) quinto ou sexto filho, com certeza você começa a ouvir comentários. E isso acontece mesmo dentro da igreja.

Mulheres já compartilharam comigo que é até difícil anunciar uma gravidez porque elas têm medo do que as pessoas vão dizer. Às vezes até mesmo dentro da própria família, às vezes até dentro da igreja.

Não é essa a atitude que se espera olhando para as Escrituras. Na Palavra de Deus, em qualquer lugar ao lermos sobre filhos ou sobre ter filhos, lemos que isso é uma benção. É uma dádiva, um privilégio.

Me vem à mente aquela passagem tão famosa em Salmo 127:3 que diz: “Os filhos são herança do Senhor”. Escutem as palavras usadas para descrever os filhos: Eles são “herança”. Eles são “do Senhor”. “Uma recompensa que ele dá”. É um benefício. É algo positivo. “Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude.” (versículo 4).

O que seria de um guerreiro sem munição? Ele seria impotente. Ele não poderia guerrear. Flechas são essenciais nas mãos de um guerreiro. Filhos são essenciais no plano de Deus para a propagação do Evangelho e para representar o Seu amor e Seu plano para o mundo.

Essa não é uma opção. Não é uma ideia acessória, embora muitos países estejam tendo filhos numa taxa tão pequena que eles sequer estão repondo sua população. E os Estados Unidos estão se aproximando dessa estatística. Logo eles também não terão crianças nem mesmo para repor a população.

Por falar nisso, à medida que a nossa geração, os “Boomers”, envelhece, o fato de não termos tido filhos vai se tornar o feitiço que vira contra o feiticeiro. Vamos ter uma população idosa enorme e pouquíssimos jovens para cuidar dela. Pouquíssimos para pagar pela assistência social. Pouquíssimos para cuidar de pais idosos. Acredito que ainda não começamos a contemplar a plenitude das implicações e consequências de uma geração inteira que disse: “Não valorizamos as crianças. Não achamos que seja importante ter filhos”.

Vamos continuar a explorar o Salmo 127. O versículo 5 diz: “Como é feliz o homem que tem a sua aljava cheia deles!Feliz. É um privilégio. É uma benção. “Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal.”

Vemos isso no Novo Testamento. Em Mateus 18 a 19, vemos duas situações em que Jesus fala sobre crianças. Vemos o amor de Jesus pelas crianças.

Lemos aquela passagem em que as crianças são levadas até Jesus para que Ele as abençoe. Alguns discípulos mais “espirituais” e “santos” ficam irritados. “Esta não é a hora nem o lugar para crianças!”

Mas Jesus disse de forma direta: “Esta é a hora e o lugar para crianças, porque o reino de Deus é formado por pessoas que têm humildade e fé como as de uma criança. Valorizem as crianças. Não as mande embora. Deixem-nas vir até mim”.

Jesus interrompe o que está fazendo – Jesus, o Filho de Deus, que tem que cumprir o plano de redenção em 3 anos! Ele interrompe, coloca as crianças em Seu colo e as abençoa.

Esses pequenos não têm nada a oferecer para Ele, mas Ele os ama, os abençoa e abençoa a seus pais. Ele os nota. Ele não os considera um fardo, mas os acolhe. Eu vejo no amor de Jesus, como deve ser o nosso amor pelas crianças.

Então, deleitar-se em seus filhos, amar seus filhos significa, antes de tudo, simplesmente ter a disposição de tê-los, de concebê-los, à medida que Deus os concede a você ou te leva nessa direção. Isso não significa que se você tiver essa atitude de acolher filhos, Deus vai te dar 19 filhos. Provavelmente isso não vai acontecer.

Lembro-me de uma amiga cuja atitude de coração sempre foi: “Deus, nós vamos acolher tantos filhos quantos o Senhor quiser nos dar”. Mas Deus a abençoou com apenas dois filhos. Esse é um jeito de pensar bastante contracultural hoje em dia.

Pode ser que seja um jeito de pensar bastante estranho para você. Talvez você esteja se perguntando se eu fiquei maluca por estar falando dessa forma. Mas quero te encorajar a abrir a Bíblia e perguntar: “O que a Palavra têm a dizer sobre filhos?”

Recentemente, eu estava conversando com uma mulher que tinha 8 filhos. Perguntei a ela: “Quando você e seu marido se casaram, vocês pensavam em ter muitos filhos?”

Ela respondeu, “Não. Nossas mentes estavam programadas com o modo de pensar do mundo. Você se casa, decide que não terá filhos por um certo período de tempo e depois faz o possível para evitar uma futura gravidez”. Ela me contou um pouco sobre a jornada deles. 

Então eu disse: “Como vocês acabaram com 8 filhos e por quê?”

Ela disse: “Conforme Deus começou a trazer filhos para a nossa vida, comecei a ler a Palavra e perguntar: ‘Qual é a perspectiva de Deus sobre filhos?’ Em todos os lugares a Palavra de Deus dizia que os filhos eram uma benção.

Se Deus quisesse me dar qualquer outro tipo de bênçãos, como por exemplo vários cheques de milhares de dólares, eu não falaria para Ele depois de ter recebido alguns deles: ‘Senhor, chega de bênçãos. Eu tenho benção demais, não consigo lidar com mais bênçãos vindas do Senhor.’

Eu acolheria essas bênçãos. Então, comecei a perceber que não estávamos olhando para os filhos como bênçãos nem como dádivas do Senhor.”

Questionar a conduta do mundo nessa área faz com que nos deparemos com o egoísmo e com modos de pensar seculares que assimilamos culturalmente. Não quero começar um novo estudo só sobre isso, mas quero desafiá-la a pensar no que significaria para você ter essa atitude de acolher filhos como bênçãos e dádivas do Senhor.

Deleitar-se em seus filhos significa ter prazer neles e não apenas cumprir sua responsabilidade de cuidar deles. Sabe, acredito que quando Deus inspirou Paulo a escrever essas palavras para Tito, Ele sabia que a maioria das mães teria uma atitude responsável com relação a seus filhos.

Existem algumas poucas mães, péssimas  mães, que não fazem o básico necessário para que seus filhos sobrevivam. Mas acredito que o Senhor também sabia da possibilidade de as mães se distraírem tão facilmente com as responsabilidades práticas do cotidiano que poderiam acabar se esquecendo de realmente amar seus filhos; elas precisariam ser lembradas que devem ter prazer em seus filhos, valorizá-los.

É claro que existem muitos momentos em que você os ama naturalmente, como quando aquele bebezinho é colocado em seus braços pela primeira vez, por exemplo. Já ouvi mães falarem sobre aquele amor intenso que Deus coloca em seu coração por aquela criaturinha, mesmo depois de 32 horas de árduo trabalho de parto ou depois de passarem por uma Cesária.

Não importa o que uma mãe passou, uma gravidez terrível, um parto difícil, qualquer que tenham sido as circunstâncias, quando você põe aquele pequenino nos braços dela, existe algo dentro dela, colocado lá por Deus, que vem à superfície e ela ama aquela criança.

Mas aqueles sentimentos naturais não duram para sempre. Chegam aqueles momentos em que é mais difícil amar esses filhos. Momentos em que o bebê chora, tem cólicas que não passam, fica agitado. Daí você fica mais exausta e chega a dizer: “Não tenho tanta certeza de que isso seja uma benção tão grande assim”.

Existe aquela fase de treinamento pra tirar a fralda, e aquelas birras que as crianças fazem quando estão com sono. Não é tão fácil amar nesses momentos. E aquele menino de 6 anos que não para de reclamar, o adolescente desobediente ou desrespeitoso que fica testando seus limites e a sua paciência.

Sei que algumas mães estão lidando com filhos adultos que são difíceis de amar. Eles partiram seu coração, fizeram escolhas ruins, talvez tenham envergonhado você.

E o instinto natural, da carne, nessas diferentes fases da vida é o de ficar irritada ou impaciente, sentir-se magoada ou ficar amargurada e então essa amargura vira autocomiseração, egoísmo e ressentimento.

Algumas mães chegam até mesmo a desenvolver padrões de abuso e negligência e chegam até a machucar seus filhos. Essas sementes de ressentimento e amargura podem, de fato, se tornar muito perigosas se não forem tratadas e se você não permitir que Deus as substitua pelo amor dEle.

Ao falarmos sobre ter prazer em seus filhos, é importante dizer que isso não se aplica apenas a filhos biológicos. Acredito que esta é uma mentalidade que precisamos desenvolver no corpo de Cristo. Mesmo as solteiras, que não têm filhos, podem amar os filhos de outras pessoas. Isso faz parte do que significa estar no corpo de Cristo.

Devemos notar a presença de sobrinhas e sobrinhos e de crianças na igreja. Devemos interagir com eles e orar por eles.

Percebo que, quando estou com alguma família, às vezes é uma tentação centrar todas as conversas nos adultos e nem mesmo notar as crianças que estão ao redor. Acredito que se Jesus estivesse lá, Ele pararia, as notaria e falaria com elas.

Eu tento fazer isso. Eu tento abençoar as crianças, prestar atenção nelas, interagir com elas, descobrir o que está acontecendo na vida delas, orar por elas e demonstrar o amor de Cristo.

Penso que, enquanto solteiras, podemos prestar um serviço enorme ao corpo de Cristo ao nos juntarmos aos pais e encorajar os seus filhos. Às vezes, podemos ser aquela outra voz na vida dessas crianças que vai ajudá-las a ouvir certas coisas que, talvez, elas estejam encontrando dificuldade de ouvir quando ditas pelos próprios pais.

E existe a importância de expressar seu afeto e prazer em seus filhos. É a mesma coisa que dissemos antes sobre encorajar nossos maridos. Não basta pensar ou sentir. Você precisa dizer.

Diga. Diga para os seus filhos. Diga que você os ama, que você está satisfeita com eles. Fale deles para outras pessoas. É assim que Deus ama Seus filhos.

Você se lembra do batismo de Jesus quando a voz de Deus Pai ecoa do céu para todo mundo ouvir? “Este é o meu Filho amado, de quem me agrado” (Mateus 3:17). 

Será que Jesus precisava ouvir o Pai dizer isso? Sendo o perfeito e imaculado Filho de Deus, Ele não precisava desses afagos ou afirmação. Mas, quanto à Sua humanidade, existia o valor e a edificação que vem de ouvir seu pai ou sua mãe dizer: “Eu te amo, tenho prazer em você, eu me agrado de você”. Expresse isso aos seus filhos.

Eu penso em como Deus ama o Seu povo. Me lembro de um dos profetas do Antigo Testamento que expressou as palavras de Deus dizendo: “Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho” (Oséias 11:1). Aqui está um Deus que se deleita em Seus Filhos e Ele verbaliza e expressa isso.

Mulheres, eu sei que isso parece ser algo muito simplista, mas acho que quando ficamos distraídas e perdemos o foco com tudo o que acontece em nossas vidas, é muito fácil nos esquecermos disso. Quero encorajá-las a dizerem essas palavras com frequência para os seus filhos:

  • “Eu te amo.”
  • “Tenho orgulho de você.”
  • “Agradeço a Deus por ter colocado você em nossa família.”

São coisas que podemos dizer sem parar, nunca será o bastante. Você já disse algo assim para os seus filhos hoje? Diga, não importa qual seja a idade deles. Não espere até que seja tarde demais. Você não sabe quanto tempo você tem.

Eu perdi o meu pai no meu aniversário de 21 anos. Tudo que poderia ser dito até aquele momento teve de ser dito antes daquele dia.

Tive um irmão que morreu num acidente de carro aos 22 anos. Ele não teve uma vida longa. A nossa família teve oportunidades limitadas para dizer o que pensávamos que teríamos anos para dizer.

Não espere até que você esteja diante de um caixão. Isso não é uma ameaça. Só estou dizendo que o tempo é curto.

Não fique tão distraída com a rotina de levar as crianças para a escola, futebol e as aulas de piano a ponto de esquecer de dizer que você as ama.

Diga quando você for cumprimentá-los pela manhã. Diga quando você estiver se despedindo. Diga quando você os levar para a escola ou para a aula de basquete.

Escreva bilhetinhos. Eu tenho bilhetes do meu pai e da minha mãe que eu guardo com muito carinho. Eu estava relendo ontem à noite uma coisa que meu pai escreveu para mim no meu aniversário de 16 anos, que é uma carta muito preciosa. Consigo me lembrar de bilhetes que a minha mãe me escreveu que encorajaram meu coração. Você precisa receber isso dos seus pais e, como mãe, você precisa dizer essas coisas.

Eu tenho um irmão que é pai de 3 adolescentes e ele fala que, hoje em dia, receber um bilhete escrito à mão por seus pais é um grande gesto, porque atualmente os jovens só se comunicam por mensagem e raramente por e-mail. 

Mas talvez você não curta tanto escrever bilhetes. Não tem importância, você pode escrever um e-mail. Você pode mandar uma mensagem pelo WhatsApp.  Diga a seus filhos que você está pensando neles, que você os ama. Eles podem até agir como se isso não significasse nada para eles, mas eu garanto que significa, sim.

Pense bem, mãe. Quando seu filho te manda mensagem, te liga ou te deixa um bilhete dizendo “Te amo, mãe”, isso não é importante? Claro que é. Você não acha que isso também seria importante para os seus filhos?

Diga a eles que você os ama antes de desligar o telefone. Imagine  o seguinte: “Se esta fosse a última ligação da sua vida, você teria algum arrependimento? Ou será que você teria dito tudo o que precisaria ter sido dito?

Diga: “Eu te amo”. “Eu te amo” são palavras que não têm como dizer demais. Elas precisam tinir nos ouvidos dos seus filhos. Algumas de vocês vão se sentir tão inspiradas pelo que foi dito aqui hoje que seus filhos vão pensar: “O que é que deu na mamãe hoje?” Então, não é uma má ideia colocar esse princípio em prática aos poucos se você não está acostumada a falar assim.

Não precisa exagerar e ficar super emocionada. Só faça disso um hábito. Diga aos seus filhos que você os ama, que você tem prazer neles. Expresse o seu afeto.

Nem preciso dizer que eles precisam ser uma prioridade gigantesca em sua vida, não maior do que seu marido, logo depois do seu marido. Eles requerem seu tempo, atenção, foco e esforço.

Daí você me diz: “Mas é claro que eu invisto bastante tempo. Eu sou mãe, é isso que as mães fazem. Passamos bastante tempo com os filhos”.

Você ama o seu marido e filhos mais do que você ama seus outros amigos e seus outros afazeres e interesses? Você os ama mais do que ama o seu trabalho?

Talvez você não ame o seu trabalho, mas talvez ele tome tanto de você que não sobra tempo, energia e esforço para investir nos seus filhos e marido. Então, você precisa se questionar: “Será que as minhas prioridades estão invertidas? As coisas estão em ordem lá em casa?”

Você está mais comprometida a priorizar seus filhos do que seus amigos? Você precisa ser uma amiga para os seus filhos. Mais do que amiga, você precisa ter apreço pelos seus filhos, precisa ser afetuosa com eles. Essa é a ideia por trás desse conceito de amar seus filhos em Tito 2.

Lembre-se de como o tempo é curto e viva no presente. Aproveite tanto quanto possível o tempo que você tem com os seus filhos. Não perca as alegrias que você poderia ter agora e as oportunidades que Deus está te dando hoje sendo impaciente pelo futuro.

Não fique sempre tão ansiosa pelo futuro a ponto de perder as alegrias e oportunidades da fase na qual está vivendo agora.

É bem a nossa cara não ver a hora da próxima etapa chegar, não é verdade? “Ah, se eu conseguisse fazer essa criança parar de usar fraldas. Ah, se eu já pudesse colocar meu filho na escolinha. Ah, se eu pudesse fazer essa menina começar a ler”.

É claro que existem desafios. Não é minha intenção soar como se a maternidade não tivesse desafios enormes. Acho que as mães são as trabalhadoras mais mal pagas, mal reconhecidas e subestimadas da face da terra.

Eu só posso dizer: “Parabéns, mães!” O trabalho que vocês desempenham é árduo, árduo, árduo. E eu digo a vocês: “Obrigada. Obrigada por serem fiéis”.

Mas ao mesmo tempo em que vocês são fiéis, não percam a alegria do seu chamado e a chance de realmente curtir os filhos que Deus concedeu a vocês.

O Salmo 113:9 diz que Deus “…dá um lar à estéril, e dela faz uma feliz mãe de filhos. Aleluia!”

Você é uma mãe contente? Hoje de manhã, antes de sair de casa, ou antes de seus filhos saírem para a escola, você estava contente? Não quero dizer que todos os momentos são momentos de alegria. Mas, no geral, seus filhos te considerariam “uma feliz mãe de filhos”?

Existem momentos difíceis. Existem momentos em que ser mãe te deixa de joelhos e te leva às lágrimas.

Não quero ser insensível ao fato de que essas fases existem. Mas, o que deve sobrepujar tudo deve ser a alegria do Senhor por essas crianças que Ele te concedeu e o privilégio de criá-las para Cristo.

Você tem prazer nos seus filhos? Você vê os filhos como bênçãos? Não só os filhos em geral, mas os seus filhos. Você os vê como uma bênção, como um presente do Senhor? Ou será que, talvez, você tenha perdido de vista o privilégio que é ter esses filhos?

Você poderia parar por um momento e dizer: “Obrigada, Senhor. Obrigada pelo privilégio de ser mãe. Sim, é difícil. E sim, meus filhos estão passando por certas situações agora que talvez sejam de partir o coração. Mas, Senhor, é mesmo um privilégio ter esses pequeninos que estão fazendo tanta bagunça em casa agora e todos esses desafios para encarar…”

Um dia desses, conversei com uma mulher que tem um batalhão de filhos, muitos filhos, e que ama ser mãe. Ela ama crianças! Ela está fazendo educação domiciliar e tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.

Ela disse: “É muito, muito difícil sobreviver ao dia-a-dia.” Ela tem bons filhos e faz tudo de coração, mas ela precisa do Senhor todos os dias para conseguir força, coragem, fé e alegria para perseverar.

Ela não está querendo desistir. Ela não vai desistir, mas ela precisa do Espírito Santo para enchê-la de alegria para esse chamado e essas tarefas.

Você tem falado o bastante que você ama os seus filhos, que você tem prazer neles? Você tem falado palavras de afirmação para eles? “Este é o meu filho amado, de quem me agrado”.

Ah, Senhor, te peço que concedas sabedoria, graça, força, coragem, fé e contentamento e tudo que for necessário às mães que estão nos ouvindo, mães em todas as fases da vida, conduzindo seus filhos por todo o tipo de problemas e desafios.

Eu sei, Senhor, que muitas estão cuidando de filhos com necessidades especiais e que outras estão cuidando de muitos filhos pequenos, uma fase muito cansativa da vida. Senhor, qualquer que seja a fase, qualquer que seja a situação, oro para que concedas uma nova perspectiva e graça, graça sob medida,  para que elas cumpram esse chamado de serem “felizes mães de filhos”.

Senhor, que essas mães possam refletir para o mundo o que significa ter o alegre e paternal amor de Deus, o amor que Ele tem por Seus filhos. Conforme as pessoas observarem mães cristãs amarem seus filhos, que elas tenham um vislumbre, um retrato, um reflexo de como o nosso Pai celestial nos ama. Eu oro no nome de Jesus, amém.

Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth tem mostrado como deixar um legado de vida para seus filhos. O dia de hoje conta. Nossas palavras, ditas hoje ou vão contribuir para um legado de amor ou vão destrui-lo.

Somos muito gratas porque ao longo dos anos o Aviva Nossos Corações tem direcionado mulheres para a Palavra de Deus para que elas aprendam essas verdades práticas. 

O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

 

Clique aqui para o original em inglês.