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Adornadas Ep. 43: A submissão tem o objetivo de unir os dois para glorificar a Deus e honrá-lo.

Publicadas: jan 09, 2024

Raquel: Por anos, Nancy DeMoss Wolgemuth ensinou o que a Bíblia diz sobre o casamento; e então, ela se casou – e teve que começar a viver o que ela ensinava, na prática.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Ao tentar escolher o caminho da submissão – permitir que meu marido lidere – tenho visto esse homem querido se esforçar ao máximo para me servir e me abençoar!

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Mulheres atraentes adornadas por Cristo”, na voz de Renata Santos.

Nancy: Se você tem nos acompanhado nos últimos episódios, sabe que temos focado no versículo em Tito 2, onde as mulheres mais velhas são instruídas a “ensinar, a treinar as mulheres mais jovens a serem submissas aos seus próprios maridos” – e esta é a última das sete qualidades nesse currículo para o discipulado de mulheres mais jovens.

E é muito difícil! É difícil em qualquer época, em qualquer geração, mas acho que é especialmente difícil hoje em dia, porque a visão de mundo em que vivemos é tão extremamente oposta a todo esse conceito. Pode parecer que você está apoiando o abuso… ou que você é completamente louca – se você ensinar sobre isso hoje em dia.

Há mulheres que foram profundamente feridas e marcadas por homens que não estavam seguindo as instruções de Deus nesse assunto. Se você perdeu os últimos programas, gostaria de encorajá-la a visitar o nosso site www.avivanossoscoracoes.com ou no nosso canal do Youtube e ouvir os episódios anteriores ou ler as transcrições.

Para um maior aprofundamento nesse tema, talvez você queira adquirir uma cópia do livro “Mulheres atraentes adornadas por Cristo”. Temos um capítulo inteiro que explora essa mensagem e outros ensinamentos relacionados – uma vez que não é possível dizer tudo, ou ir muito a fundo em apenas uns poucos episódios, como estamos fazendo aqui.

Você pode estar vivendo uma situação muito diferente de qualquer coisa que eu tenha falado. Então busque ao Senhor e peça a Ele sabedoria – mas comece com a pressuposição de que Deus é bom, que Ele te ama, que a submissão foi ideia Dele e que, se entendida corretamente, é uma bênção. Há uma força e uma beleza na submissão praticada conforme Deus planejou.

Quero falar por alguns momentos hoje sobre a seguinte pergunta: “O que faço quando discordo das decisões ou direções do meu marido?” E, na verdade, este é o único momento em que a submissão realmente se torna uma questão no casamento. Porque quando vocês dois concordam um com o outro, vocês concordam um com o outro, certo?

Mas quando o marido e a esposa não concordam em algo, é aí que isso entra em jogo. Essa discordância pode ser uma discordância menor que surge no curso da vida cotidiana, mas às vezes, pode haver questões maiores relacionadas a decisões de criação dos filhos, por exemplo.

Um exemplo (tenho visto várias mulheres passarem por isso), você quer mais filhos e ele não quer. Isso é um desafio na criação dos filhos. Mulheres nesta sala já enfrentaram isso. Talvez seja em relação a questões financeiras – gastar, economizar, comprar. Ou pode ser em relação à igreja; como escolher uma igreja. Uma mudança de carreira, etc.

Uma mulher veio falar comigo antes desta sessão e disse: “Mais recentemente, meu marido e eu, tivemos que colocar em prática esse princípio e ensinamento quando estávamos tentando decidir se Deus estava nos direcionando a mudar de ministério. Conversamos sobre possibilidades; trocamos ideias. Falamos sobre os prós e os contras. Mas quando chegou a hora, eu tive que dizer a ele: ‘Você precisa tomar essa decisão'”.

Ela se colocou em uma posição de confiar que Deus agiria por meio do marido dela. Mas às vezes, não é possível chegar a um acordo sobre determinados assuntos.

Às vezes não são as coisas pequenas, não são as questões maiores da vida, são questões realmente delicadas, como quando um marido está pressionando a esposa a fazer algo que ela está convencida de que é contrário à vontade de Deus e à Palavra de Deus.

Eu já ouvi muitas histórias ao longo dos anos. Vou compartilhar algumas delas. 

Uma mulher escreveu o seguinte: “Meu marido não é salvo. Sei que devo ser submissa a ele, porém ele não quer que eu dê o dízimo; isso é um grande problema para ele. O que devo fazer?”

Então, você pode multiplicar isso por muitos desafios financeiros e opiniões diferentes, onde pode haver desacordo. Nesse caso, o marido não é crente, logo, ele não está preocupado em obedecer à Palavra de Deus. O que fazer?

Aqui está outra situação. E se ele for incrédulo e “levar nossos filhos pequenos para ver filmes inapropriados, mesmo que eu tenha implorado a ele que considere uma alternativa?” Esse é só um exemplo dos diversos conflitos em termos de decisões de criação dos filhos.

Aqui está outra situação. “O marido da minha amiga tem uma grande coleção de músicas ruins, que fazem referência ao sexo, drogas, etc. Ele diz que é cristão, mas se recusa a se livrar delas. Minha amiga não gosta de tê-las em casa (eles têm seis filhos), mas sente que, para ser submissa, não pode dizer a ele para se livrar delas.” O que fazer em uma situação assim? O que significa submissão? Como podemos colocá-la em prática?

E às mulheres que fazem essas e outras perguntas difíceis, primeiro, deixe-me dizer, elas precisam do tipo de relacionamento que Tito 2 proporciona entre mulheres mais jovens (que estão tentando entender essas coisas) e mulheres mais velhas e experientes que vão andar com elas, que vão orar com elas.

Não há uma resposta simples ou “sim” ou “não” para a maioria dessas situações. Quando as mulheres nos escrevem e nos fazem esses tipos de perguntas eu digo que elas precisam de alguém em suas vidas que as conheça, que conheça a situação, que ande com elas, que ore com elas, que permaneça com elas, que ajude-as a discernir a melhor decisão e como responder quando dá tudo errado e a reação do marido não é o que elas pensaram que seria.

Esses relacionamentos, idealmente, devem acontecer no contexto de uma igreja local, onde líderes pastorais podem ser envolvidos, se necessário, para lidar com o marido ou lidar com o casamento.

Você pode ter palestrantes que adora ouvir, livros que adora ler de mulheres cristãs e autoras e palestrantes, que podem ser muito úteis – mas até certo ponto. Não há substituto para esses relacionamentos do dia a dia, ao vivo e a cores! Eu não sei como responder à maioria dessas perguntas para você, e você não sabe como responder à maioria delas para mim – porque você não me conhece; eu não te conheço. É por isso que precisamos desses relacionamentos, dessas amizades entre mulheres, onde estamos envolvidas nas vidas umas das outras e podemos nos ajudar a tomar decisões.

No entanto (depois de ter dito que não posso responder às suas perguntas!), eu quero dar a você um punhado de princípios gerais que eu achei úteis para orientar as mulheres em situações em que elas estão sendo solicitadas a se submeter à liderança do marido, que elas acreditam ser imprudente ou não bíblica.

Eu acredito que esses princípios simples podem ser úteis para todas nós quando questionamos a direção de uma autoridade ordenada por Deus. 

Primeiro, pergunte a si mesma: “Eu sou geralmente submissa?” Tente se colocar fora da situação que se tornou tão difícil e reflita se você é geralmente submissa em relação ao seu marido.

A submissão bíblica é uma atitude do coração; é uma disposição; é um desejo de ser liderada. Sua resposta ao seu marido é geralmente receptiva e responsiva, ou você tende a resistir e reagir reflexivamente – não importa o que ele diga? Essa atitude torna incrivelmente difícil para ele fazer sugestões ou tomar decisões sem se preparar para suas objeções, e a maioria dos homens não vai fazer isso por muito tempo.

Se você geralmente não tem uma disposição e um espírito submissos, então não espere que seu marido ache fácil lidar com situações difíceis ao seu lado.

Número dois: Certifique-se de que você quer a vontade de Deus e a glória Dele acima da sua própria vontade. Reflita se há orgulho em seu coração. (Novamente, já falamos que há muita coisa envolvida aqui). Será que é uma questão de você querer que tudo seja feito do seu jeito? Você pensa: “É tudo ou nada”? Ou você realmente quer a vontade de Deus e a glória Dele em sua vida e em seu casamento – acima da sua própria vontade?

Se o seu desejo é realmente glorificar a Deus, isso facilitará (não disse que será “fácil”, e não disse que sempre haverá uma solução – uma boa resolução) mas facilitará a resolução de muitas diferenças.

Número três: Compartilhe com ele a sua preocupação.

Submissão – dissemos isso no último episódio – não significa que você não dá opinião, que você não se expressa, que você não expõe as diferenças de pensamento, que você não fala sobre as suas preocupações. Você precisa compartilhar o seu coração. Seu marido precisa te ouvir.

Mas lembre-se de que a atitude é crucial – crucial! Se você está sendo estridente, se está sendo brava, acusatória ou ameaçadora, se está choramingando ou exigindo ou insistindo que tem que ser do seu jeito… abaixe o tom! Você não será bem sucedida. Vocês dois vão perder.

Ele não vai ganhar. Você não vai ganhar. E, aliás, submissão não se trata de quem ganha. A submissão tem o objetivo de unir os dois para glorificar a Deus e honrá-Lo. E nada disso vai acontecer se o objetivo for conseguir que as coisas aconteçam do seu jeito. Vocês dois vão perder feio.

Portanto, abaixe o tom. Às vezes, o que acontece em um casamento ou relacionamento é… começa com um dos lados. Talvez tenha sido seu marido que “aumentou o tom”. Talvez ele não seja crente. Talvez ele seja mais áspero e tenha se tornado um pouco mais rude, mais briguento ou menos gentil. Então você aumentou o tom, e ele aumentou o tom, e você aumentou o tom, e então, em breve, vocês têm essa confusão louca acontecendo. Vocês não conseguem se ouvir; vão bater o pé, e não vão resolver as questões.

Às vezes, quando ele aumenta o tom, você pode diminuir o tom. Se você não cerrar os punhos e ficar em posição de briga, ele pode decidir, “Esta não é uma mulher com quem posso brigar.” Veja bem, não estou dizendo que isso funciona em todas as situações.

Eu sei que estou olhando nos olhos de mulheres que têm situações horrendas, difíceis e horríveis em casa, e tudo o que estou dizendo pode te fazer pensar: “Ela não tem a menor ideia do que está falando!” E provavelmente eu não tenha. Eu não conheço as suas situações, com certeza. Mas eu sei que Deus sabe, e eu sei que Deus lhe dará a graça para fazer o que é certo nessa situação.

E, portanto, ao compartilhar suas preocupações, tenha cuidado com o momento. Você tem que ter cuidado com escolhas de palavras extremas: “Você sempre…” ou “Você nunca…” Evite essas palavras! Seja humilde, seja receptiva, seja amorosa, seja respeitosa em como você o trata.

Você pode dizer: “Ele não está se comportando de forma respeitável!” Mesmo assim, você precisa respeitá-lo. E, ao respeitá-lo, acredito que você vai perceber que muitas vezes a intensidade da situação vai diminuir; ela vai se acalmar. Outra frase a evitar é: “Temos que resolver isso nos próximos três minutos” ou “Temos que resolver isso hoje à noite”.

Quanto mais você pressioná-lo, mais ele pode te pressionar – e você não quer que isso aconteça, pois não é produtivo. Portanto, esteja disposta a recuar. Perceba, eu não estou dizendo que a submissão significa que você o siga no pecado (já dissemos isso na última sessão). Não estou dizendo isso.

Mas mesmo ao lidar com questões onde há um claro certo e errado envolvido, pense sobre o seu tom de voz. Pense sobre sua maneira. Pense sobre sua atitude. Ele se sente respeitado? Ele está reagindo mais ao seu tom de voz e à sua atitude do que à questão em si? São coisas que você precisa considerar. Compartilhe sua preocupação.

E então, número quatro: Se você ainda estiver em desacordo, faça um apelo – com um espírito humilde e respeitoso (não desafiador). Isso me faz pensar em Ester, quando ela foi ao rei, quando seu povo estava prestes a ser exterminado. Ela agiu com tanta sabedoria.

Quando me coloco na situação dela, eu penso que não conseguiria ter esperado até aquele segundo jantar para dizer qual era minha preocupação, para fazer meu apelo. Eu teria falado algo assim: “Rápido! As pessoas estão jejuando e orando há três dias, e todo mundo está…” e então entramos nesse frenesi, e vamos deixar claro, muitos homens não gostam de muito drama emocional. Então, diminua o drama! Não é necessário.

Não estou dizendo que você sempre deve falar tudo em um tom calmo de voz. Ele precisa saber que algo realmente importa para você. Mas expresse-se com sabedoria, com discrição, de maneira humilde e respeitosa. Faça seu apelo da mesma forma que Ester fez ao rei.

E então, número cinco: Peça a Deus para intervir. Se é uma questão em que você está sendo forçada a fazer algo pecaminoso peça a Deus para intervir, para lhe mostrar o que fazer. Deus não pôde abrir o Mar Vermelho? Deus não pôde fazer o rio Jordão se dividir e deixar Seu povo passar em terra seca? Deus não pôde afogar o inimigo? Deus pode fazer qualquer coisa! Não há nada muito difícil para Ele.

E eu acredito que, às vezes, porque queremos resolver tudo com nossas próprias mãos, dizemos: “Eu vou consertar essa situação, vou manipular aqui, vou mexer ali”, e simplesmente deixamos Deus de fora da equação. Não vemos o que Deus poderia fazer se lhe déssemos uma chance.

Dê a Deus tempo para mudar o coração do seu marido – ou para mudar o seu coração. Confie em Deus para trazer a solução. Ficamos tão presas no momento e tão obstinadas com as nossas próprias soluções, muitas vezes completamente envolvidas na emoção e no drama do momento… o que, eu acho, enlouquece alguns maridos.

Então recue. Confie em Deus para trazer a solução. Lembre-se de que situações mudam. Elas não permanecerão as mesmas, mesmo em casos que parecem tão impossíveis de mudar. Confie que as situações podem mudar. A longo prazo, Deus recompensará a sua fidelidade e corrigirá todas as injustiças.

Você pode dizer: “Não posso esperar por tanto tempo! Tenho que esperar até a eternidade?” Sabe de uma coisa? Se você tiver que esperar até lá, pela graça de Deus, você consegue. Eu acredito que muitas coisas podem ser resolvidas: o tempo muda as situações, Deus muda as situações, maridos mudam, esposas mudam.

Portanto, não fique presa em dizer: “Essa é a realidade, e ele vai destruir minha vida porque ele está dizendo que vamos ter que nos mudar para… onde quer que seja.” Isso não necessariamente é um pecado da parte dele. Pode ser, mas pode ser que você simplesmente precise confiar em Deus no que Ele tem para você, onde quer que seja esse lugar para onde seu marido está te levando.

E você de repente se encontra numa situação em que o caminhão de mudança apareceu na porta, e vocês não tiveram realmente a chance de conversar muito sobre a mudança, e seu marido não pensou no que as crianças vão fazer, e o que sua mãe vai fazer (porque ela precisa de cuidados)…

O que fazer? Você precisa confiar em Deus. Às vezes, Deus usará até mesmo as decisões erradas do seu marido para ensiná-lo coisas que você não poderia ensinar – e para ensinar a você coisas que você talvez não aprenderia de outra forma.

Deixe-me dar a vocês algumas ilustrações sobre isso.

Uma amiga minha disse:

“Meu pai frequentemente fazia investimentos financeiros envolvendo milhares de dólares, achando que ia ganhar muito mais. Eu vi minha mãe compartilhar suas opiniões contrárias, mas ainda assim apoiá-lo em muitas decisões que foram fracassos. Se meu pai tivesse seguido o conselho dela, eles provavelmente teriam ganhado em vez de ter perdido. Mas ela nunca usou isso contra ele ou falou conosco, as crianças, sobre seus defeitos.”

Esse é um bom exemplo sobre o que estamos falando.

Outra amiga minha, que na época estava casada há dezessete anos e lidava com problemas de saúde bastante sérios. Devido a algumas circunstâncias (muito longas para entrar em detalhes), eles não possuíam uma casa até aquele momento. Esse é o pano de fundo. Ela disse o seguinte:

“No último ano, eu senti um desejo muito grande de ter uma casa, onde eu pudesse ficar mais confortável quando estou doente. Nós já cuidamos das casas dos outros (como caseiros), e no momento estamos morando no apartamento de um amigo. Eu expus meu desejo ao meu marido; ele não concordou. Eu queria muito ter o meu cantinho. Sentia que era uma necessidade. Ainda não aconteceu (na época em que ela escreveu isso). Estou no processo de submissão no momento, e estou orando por uma casa (Deus mais tarde concedeu o desejo do coração dela).

Estou chutando e gritando? Não. Faço comentários de vez em quando sobre isso? Sim. Estou exigindo algo? Não. Eu quero a bênção de Deus no tempo certo e vou esperar pelo Senhor. Ele pode mudar meu marido, ao passo que eu me submeto.

Quando discordamos, geralmente discutimos e colocamos ambos os lados na mesa. Quando sinto que fui ouvida, me expressando de forma clara e gentil – esse é o meu objetivo (bom conselho aí). Eu deixo a decisão final para o meu marido. Ela recai sobre ele como líder e cabeça de nossa casa.

Então, eu levo o meu pedido a Deus em oração (sua arma mais poderosa! Oração). Saber que Deus vê, entende e é soberano é tão reconfortante! Às vezes, as coisas se resolvem; às vezes, meu marido toma uma decisão que eu não teria tomado. Às vezes, eu consigo o que estava querendo. Há concessões, e o amor cobre uma multidão de transgressões.”

Mais uma amiga compartilhou o seguinte:

“A questão mais difícil de submissão em nosso casamento tem sido a escolha de carreira do meu marido. Ao longo de nosso casamento, ele alterna entre servir uma igreja local como pastor e ser empregado em uma empresa secular onde ele tem que viajar e passar uma grande parte da semana fora da cidade.

A primeira vez que ele assumiu um cargo em uma empresa secular foi quando nosso primeiro filho era um bebê. Durante todo o ano em que ele esteve naquele emprego eu chorava, implicava, reclamava e tentava manipulá-lo para mudar de carreira. Eu fui incansável e quase o levei ao divórcio.

Atualmente, meu marido está mais uma vez empregado no mesmo tipo de trabalho que o mantém longe de casa grande parte do tempo. Nosso Pai me ensinou que, embora a ocupação de meu marido não seja o que eu escolheria para ele ou para nossa família, devo honrar o Senhor me submetendo ao meu marido.

Quando entrego essa dificuldade em Suas mãos (nas mãos de Deus), estou demonstrando minha confiança em Deus. Eu sei que Ele pode realizar Seus planos e propósitos – e até mesmo usar esse teste em minha vida para fazer o trabalho santificador que Ele deseja e, através disso, o Seu nome ser glorificado.”

Eu tenho observado esse casal (eu os conheço há anos – um pastor bi-vocacional e sua esposa) passar por esse processo (havia muito mais do que ela disse). E você sabe, hoje Deus está usando esse casal de uma maneira incrível para ministrar a casamentos, com base nas lições difíceis que Deus ensinou a ambos ao longo de muitos anos no deserto.

Você pode exigir sair do deserto mais cedo, mas pode perder parte da beleza do que Deus queria fazer em suas vidas nesse processo.

Outra amiga diz assim:

“O verdadeiro teste da submissão é como meu coração responde à decisão dele quando, depois de dar minha opinião, ele ainda decide ir na direção que sabe que eu discordo. Minha resposta ao meu marido é um reflexo de minha confiança na habilidade do Senhor de agir. Embora o marido possa nunca se submeter completamente ao plano de Deus para sua vida, não é responsabilidade da esposa se certificar que ele se submeta a Deus. No entanto, é responsabilidade da esposa se submeter primeiro a Deus, e como reflexo dessa submissão, se submeter ao marido.

Mulheres, esse tipo de submissão é muito poderosa! É poderosa em seu casamento; é poderosa em sua caminhada com Deus e é poderosa em nosso testemunho para o mundo. Pedro fala sobre isso em 1 Pedro 3:1-2, “Da mesma forma, vocês, esposas, (e essa fala está em um contexto muito maior de como Cristo lidou com a adversidade) sujeitem-se à autoridade de seu marido. Assim, mesmo que ele se recuse a obedecer à palavra, será conquistado por sua conduta, sem palavra alguma, mas por observar seu modo de viver puro e reverente.” (parafraseado)

Portanto, mesmo que ele não seja temente a Deus, há poder no exemplo de sua confiança em Deus e sua disposição de se submeter à autoridade ordenada por Deus.

Cuidado com a implicância, a pressão, a manipulação… ou o que um pastor chamou de “exortação excessiva!” (risos) Veja, a exortação é saudável em seu casamento – no momento certo e com um ótimo espírito – mas exortação excessiva… “me parece que não terá sucesso.”

Esse trecho está falando sobre maridos que não obedecem à Palavra e como eles podem ser ganhos para o Senhor (não ganhos para fazer o que você quiser, mas ganhos para fazer o que Deus quiser) sem uma palavra sua. Seu espírito pode endurecer o coração do seu marido, ou Deus pode usar seu espírito manso para agir na vida dele.

Eu compartilhei no meu livro sobre Tito 2, “Mulheres atraentes adornadas por Cristo”, uma história breve sobre uma mulher mais velha na minha vida chamada Vonette Bright – que foi para casa estar com o Senhor seis ou sete semanas após o nosso casamento. Ela tinha 89 anos; tinha leucemia aguda e fez questão de fazer a jornada para o nosso casamento – da Flórida para Chicago.

Nem que fosse a última coisa que ela fizesse, ela queria estar presente! Ela era a alegria em pessoa. E, minutos antes de eu caminhar até o altar para me tornar a Sra. Robert Wolgemuth, Vonette perguntou se ela poderia passar alguns momentos a sós comigo.

Vonette – uma mãe e avó – queria ter certeza de que eu me sentia preparada para essa nova vida na qual estaria iniciando. Nós tínhamos tido muitas conversas antes daqueles momentos, mas parecia que ela queria uma última conversa. Foi um momento muito doce.

Perto do fim de nossa breve conversa, Vonette disse algo que eu nunca esqueci… um pouco de sabedoria que provou ser um dos presentes de casamento mais lindos que recebemos. Vou dizer o que ela disse e depois vou dar alguns avisos, ok?

Ela disse: “Submeta-se ao que dá prazer ao seu marido em tudo… e você ficará bem.” E ela estava sorrindo enquanto dizia isso. Para falar a verdade, hesitei em compartilhar esse diálogo, sabendo que ele poderia ser facilmente mal compreendido.

De forma alguma ela estava me encorajando a satisfazer qualquer desejo pecaminoso e egoísta que meu marido possa ter. Ela não estava insinuando que eu seria a escrava do meu marido ou que meu papel era apenas satisfazer seus caprichos.

Ela era uma querida viúva, que havia desfrutado de um casamento profundamente amoroso de cinquenta e quatro anos e que sabia por experiência própria as alegrias de ter uma disposição – uma inclinação – em seguir a liderança de seu marido. As palavras de Vonette vieram à minha mente muitas vezes desde o dia do meu casamento, não tanto em questões de submissão ou impasses importantes – realmente não temos tido muitos problemas nessa área.

Mas todos os dias, há questões em que ele pensa de um jeito, eu penso de outro. Principalmente coisas pequenas, mas se você fosse somá-las, poderia torná-las grandes, certo? E eu pensei nisso: “Submeta-se ao que lhe dá prazer em tudo e você estará bem”.

Minha inclinação natural não é essa. Minha inclinação natural é forçar a minha vontade, o que me dá prazer. Mas, nos momentos em que fui tentada a resistir ao que sei que abençoaria meu marido ou a rejeitar sua liderança, as palavras de uma mulher mais velha e sábia me ajudaram a escolher e a aconselhar meu coração.

Ao tentar escolher o caminho da submissão – permitir que meu marido lidere – tenho visto esse homem querido se esforçar ao máximo para me servir e me abençoar! Eu o vi levar ainda mais a sério sua responsabilidade de buscar ao Senhor e pedir a Ele que conduza nossas vidas e nosso casamento.

Entendo que nem todo marido responderá da mesma forma e que algumas esposas não verão o fruto de sua obediência à Palavra de Deus a curto prazo. Entendo também que, com muita frequência, o conceito de submissão foi usado como desculpa para justificar o bullying.

E, dependendo da natureza das circunstâncias, aqueles que fazem isso (aqueles que têm essa visão errada da autoridade) precisam ser confrontados e responsabilizados por seus comportamentos. E as mulheres que recebem esse tipo de tratamento de seus maridos precisam receber ajuda compassiva e prática.

Mas não podemos permitir que essas distorções e perversões do dom de Deus da submissão nos faça perder a bênção.

Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth não terminou. Ela voltará com um pensamento final sobre a beleza da verdadeira submissão bíblica. Ela fala sobre esse tópico em seu livro “Mulheres atraentes adornadas por cristo: Vivendo a beleza do evangelho juntas”, baseado em Tito 2:1-5.

Amanhã, Nancy vai continuar o estudo sobre como o conceito da submissão apresenta o evangelho de uma forma linda. Então, não perca o próximo episódio aqui no Aviva Nossos Corações. E agora, aqui está a Nancy para encerrar nosso tempo hoje.

Nancy: Minha amiga Susan Hunt explicou tāo bem a submissāo.  Ela falou: 

“Eu realmente não consigo criar um argumento lógico para a submissão. É meio louco que Jesus tenha deixado toda a glória do céu apenas para compartilhar a glória do céu conosco. A submissão não é sobre lógica. É sobre amor. Jesus nos amou tanto que ele concordou em morrer na cruz. Seu comando é que as esposas sejam submissas aos seus maridos. É como um presente que escolhemos dar aos nossos maridos, os quais prometemos amar, em obediência ao nosso Salvador que amamos.”

Amém? Amém!

 

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.