Ep.3: Indo além do tempo com Deus
Raquel Anderson: Aqui está Henry Blackaby.
Dr. Henry Blackaby: A cultura evangélica nos faz acreditar que se separarmos 15 minutos de tempo devocional pela manhã, isso provavelmente fará Deus ficar muito feliz conosco. Eu diria: “Não, de forma alguma, Ele é a sua vida”.
Raquel: Você está ouvindo o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos. Estamos quase finalizando esta significante série chamada Buscando a Deus: A alegria do Avivamento pessoal. Temos visto o que acontece a uma pessoa quando ela experimenta o avivamento pessoal.
Estamos aprendendo como manter acesa a chama do avivamento em nossos corações, por meio da oração e da Palavra de Deus.
Dr. Blackaby: Eu leio Salmo 119 várias vezes durante o ano, prestando muita atenção, porque ele fala da diferença incrível que a Palavra de Deus fará em minha rotina. Ela me livrará do pecado. Ela abrirá portas em …
Raquel Anderson: Aqui está Henry Blackaby.
Dr. Henry Blackaby: A cultura evangélica nos faz acreditar que se separarmos 15 minutos de tempo devocional pela manhã, isso provavelmente fará Deus ficar muito feliz conosco. Eu diria: “Não, de forma alguma, Ele é a sua vida”.
Raquel: Você está ouvindo o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos. Estamos quase finalizando esta significante série chamada Buscando a Deus: A alegria do Avivamento pessoal. Temos visto o que acontece a uma pessoa quando ela experimenta o avivamento pessoal.
Estamos aprendendo como manter acesa a chama do avivamento em nossos corações, por meio da oração e da Palavra de Deus.
Dr. Blackaby: Eu leio Salmo 119 várias vezes durante o ano, prestando muita atenção, porque ele fala da diferença incrível que a Palavra de Deus fará em minha rotina. Ela me livrará do pecado. Ela abrirá portas em minha caminhada com Deus. Depois leio Isaías 35, Isaías 55 e Deuteronômio 30: “Não escondi a minha Palavra de vocês. Ponho diante de vocês vida e benção, morte e maldição” (versículo 15, paráfrase). “Não deixem de lado o relacionamento comigo”.
Se por acaso, uma ouvinte disser: “Em que lugares na Bíblia eu encontro os capítulos mais importantes que possam me revelar o coração, a mente, a alma e o amor de Deus por minha vida?” Eu diria, caso você tenha alguma dúvida sobre sua salvação, leia atenciosamente, do começo ao fim, a primeira epístola de João. É maravilhoso! Romanos 8, que capítulo incrível! Há capítulos incrivelmente importantes. Filipenses 2, mas preste atenção, seja o que for que você esteja lendo, todos temos acesso à Palavra de Deus de forma individualizada.
Nancy: Até para uma mulher que vive em um casamento difícil com um marido não cristão e que não tenha pessoas ao seu redor com esse amor e essa fome por Deus?
Dr. Blackaby: O ambiente não afasta você das Escrituras, mas as Escrituras podem te ajudar a vencer o ambiente. Você pode viver uma vida cristã vitoriosa. E isto não depende das suas circunstâncias, mas depende do seu relacionamento com Deus. Você precisa ouvir Deus falar com você por meio de alguns dos grandiosos capítulos da Bíblia e todos temos esta oportunidade.
Eu posso acordar no meio da noite e ler a Bíblia quando não há ninguém para me distrair ou posso separar um tempo durante o dia. Eu posso levar comigo um Novo Testamento pequeno que tenha Salmos e Provérbios e posso lê-lo, em todos aqueles momentos em que não tenho nada para fazer, como quando espero o ônibus ou espero por uma consulta. Por que não ler trechos da Bíblia e começar a encher minha mente e meu coração com a Palavra? Qualquer trecho das Escrituras é um convite da parte de Deus para experimentarmos Dele inteiramente.
Nancy: Você realmente encontra Cristo e a vida nas Escrituras conforme elas se tornam vivas em você?
Dr. Blackaby: Sim, isso realmente acontece comigo! Eu realmente encontro. Todas as vezes que eu examino a Bíblia eu estou face a face com o Autor.
Nancy: Ela é viva.
Dr. Blackyaby: É Ele!
Nancy: Não são meras palavras escritas em uma página.
Dr. Balckaby: Não são. É Ele! Este Livro é diferente de qualquer outro livro. É um livro vivo e as escrituras falam sobre isso em várias passagens: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que vem da boca de Deus” (Mateus 4:4).
A Bíblia toda é inspirada por Deus. Cada palavra é uma palavra que veio da boca de Deus e por isso cada palavra na Bíblia carrega consigo o potencial de vida que Deus tem para mim. Você O vê e vê a Sua natureza. Você vê os Seus caminhos, os Seus propósitos e você pode, então, ajustar a sua vida imediatamente.
É quase como se Deus estivesse falando conosco – e Ele realmente está – e dissesse: “Henry, o que eu quero é isso. O que Eu quero que você saiba neste momento sobre Mim é isso. Algumas coisas em sua vida estão caminhando bem, mas isto que estou te mostrando vai muito além de qualquer coisa que você já tenha aprendido. Quero que você saiba que também Sou assim e a razão para eu estar abrindo o seu entendimento para isto, é porque quero fazer algo específico em sua vida”.
Nancy: Alguma vez você já abriu a Bíblia e ao começar a ler percebeu que seu coração não estava pronto para aqueles versículos ou que aquela Palavra não fazia sentido, que eram palavras mecânicas e que não pareciam vivas? O que fazer para amar a Palavra e encontrar a vida?
Dr. Blackaby: De acordo com as Escrituras, a minha vida deve passar progressivamente da fase de bebê, para a infância, depois para a adolescência e em seguida para a fase adulta. Quando nos tornamos cristão não ganhamos total maturidade, temos que passar por um processo. Primeiro nos satisfazemos com o leite, depois com a carne, mas temos que passar pelo processo.
Algumas vezes eu observava outras pessoas dizerem como a Palavra de Deus é incrível, mas não era assim para mim. Não era porque não poderia ser, por causa da minha imaturidade, mesmo assim sempre senti que Deus lidava comigo de acordo com meu estágio de maturidade.
Ou seja, eu não tento fazer com que meu filho de seis anos se comporte como se tivesse doze anos. Eu quero que ele aproveite essa fase ao máximo como uma criança de seis anos e se ele conseguir fazer isso, quando ele fizer sete anos ele estará pronto para ter as experiências que uma criança de sete anos pode ter.
Eu descobri que, desde o início, Deus sempre permitiu que eu vivesse ao máximo a minha maturidade espiritual. Isso me preparou para a próxima fase da minha maturidade, mas eu não poderia pular uma fase. Eu não poderia ir dos 12 aos 20. Aos 12 ou 13 anos, eu poderia querer dirigir um carro, mas isso não era possível. Eu não tinha no nível de maturidade necessário para isso e também descobri que isto é verdade na vida espiritual.
Eu entro em uma reunião de oração, vejo os santos orando durante uma hora e penso: “Eu não conseguiria fazer isso, será que a minha espiritualidade não é grande o bastante para que eu consiga orar por uma hora? Eu nem saberia o que dizer”. Mas Deus diz: “A sua oração está ótima para alguém de 12 anos, então tenha prazer em seus 12 anos”.
Nancy: Mas você deve continuar avançando para níveis mais altos de maturidade.
Dr. Blackaby: Sim, sempre viva de acordo com o seu nível de maturidade, mas nunca se sinta desanimado por estar no meio de pessoas que são mais maduras. Isto não tem nada a ver com a idade física. Uma pessoa que se torna cristã aos 40 anos precisa reconhecer que é um bebê na fé. Ela pode ter 40 anos, mas é um bebê na fé.
Não se sinta mal caso você ainda seja um bebê na fé. Não permita se sentir intimidada por quem quer que seja, só porque você ainda não conhece a Bíblia toda e por ainda não estar caminhando de acordo com todas as doutrinas bíblicas.
Nancy: Mas tenha certeza de que está crescendo.
Dr. Blackaby: Isso, e aproveite cada estágio. Acredito que o motivo dos meus filhos terem amadurecido tão bem é porque aproveitaram cada idade ao máximo e tentamos ajudá-los nesse aspecto. Quando eles passavam para a próxima fase, eles estavam prontos para seguir a partir dali. Isso foi algo que procurei fazer como pastor também. Eu nunca tive a expectativa de que um novo convertido soubesse tudo e sempre procurava observar em que ponto de sua jornada espiritual a pessoa estava. Deus pode nos dar esse discernimento.
Agora, só porque alguém é um pastor isto não significa que ele esteja maduro espiritualmente. Ele pode ser academicamente maduro, mas não espiritualmente maduro. Eu conversei com um pastor e sua esposa, com quem eu nunca havia me encontrado. Eles me ligaram e disseram: “Nossa igreja está morrendo e estamos desencorajados. Estamos desanimados”.
Eu deixei que eles falassem e eles descreveram muito bem a situação em que estavam. Então, eu disse a eles: “Me digam como Deus tem conduzido vocês durante seu tempo devocional. Deus tem guiado vocês para alguma parte da Bíblia?”
Houve uma pausa e ele disse: “Preciso confessar que a única vez em que leio a Bíblia é quando vou preparar o sermão”.
Eu disse: “Meu irmão, parte do seu problema é que você está morrendo espiritualmente. Seu relacionamento com Deus se tornou uma simples atividade religiosa”.
Nancy: Isto também pode acontecer com uma mãe, com um membro da igreja e não só com pastores.
Dr. Blackaby: Ah sim, com toda a certeza! Podemos ficar envolvidos nas atividades e perder o relacionamento, mas as atividades não são o mesmo que o relacionamento.
Quando acabei de falar com eles – e eu falei a verdade em amor – eles estavam chorando e dizendo: “Este foi o melhor telefonema que já fizemos. Muito obrigado”.
Eu acrescentei: “Sabe de uma coisa, pode ser que Deus tenha te deixado chegar a este ponto para te conduzir até Ele e esta é a melhor coisa que poderia ter acontecido. Se Ele tivesse ajudado a sua igreja a crescer de forma bem-sucedida, você nunca chegaria a este ponto, mas perder esta chance significa perdê-Lo. E perdê-Lo é o mesmo que perder a vida”.
Bem, o Espírito de Deus usou aquelas palavras e os ajudou a entender o que realmente estava acontecendo na vida deles. Eu disse: “Tenho certeza de que quando vocês voltarem a ter um relacionamento íntimo com Deus vocês verão uma diferença radical no comportamento das pessoas. O que elas estão ouvindo não é a palavra vinda de Deus, mas sim um sermão e as pessoas que vão à igreja depois de uma semana difícil, não precisam de um sermão. Elas querem uma palavra vinda de Deus”.
Nancy: Isto também é verdade no caso de uma mãe criando filhos. Eles precisam de uma mãe que tenha estado com Deus…
Dr. Blackaby: … que tenha estado com Deus.
Nancy: … que tenha um relacionamento com Deus e não simplesmente repassa o conhecimento de como eles devem viver…
Dr. Blackaby: ou regras.
Nancy: … ou regras, mas uma mãe que transmita o relacionamento.
Dr. Blackaby: Sim e dê seu testemunho, mostre o entusiasmo que existe nesse relacionamento.
Nancy: Dr. Blackaby, o senhor provavelmente não deve saber disso, mas aquilo que o senhor disse, os livros que escreveu, nada me impactou mais nos últimos dez anos ou mais em que tenho estado perto do senhor do que ver como o senhor tem caminhado com Deus, como tem experimentado a realidade de Deus em sua vida e como o seu tempo com Deus, em sua Palavra, é algo consistente. É doce. É real.
Tenho que dizer que sua vida tem sido um grande desafio para mim neste sentido porque quanto mais Deus me concede um ministério frutífero e oportunidades para o ministério, maior tem sido a batalha.
Dr. Blackaby: Maior a demanda.
Nancy: Com agitação, pressa.
Dr. Blackaby: Sei bem disso.
Nancy: Eu já ouvi o senhor falar sobre a sua própria peregrinação ao lidar com a pressa e as demandas. As mães também lidam com isso. Pode ser ao cuidar de uma criança pequena ou de um bebê que ainda é amamentado.
Dr. Blackaby: Sim, com certeza.
Nancy: Em sua vida devocional, durante seu tempo com Deus, como o senhor lida com a agitação e a pressa e consegue manter aquele tempo de calmaria como uma prioridade em sua vida?
Dr. Blackaby: Bom, primeiramente, Deus me diz que devo amá-Lo com toda a minha mente. É óbvio que meu tempo com Deus é mais importante do que qualquer outra coisa. Embora eu tenha um monte de coisas em minha agenda, não há nada que se compare ao que eu perderia caso eu diminuísse o meu tempo a sós com Deus.
Nancy: Então, o senhor tem que lutar para conseguir separar esse tempo?
Dr. Blackaby: Isso já aconteceu em minha imaturidade, mas não acontece mais hoje em dia.
Nancy: Imagino que o senhor tem que dizer não para um monte de coisas.
Dr. Blackaby: Deus me ajuda a saber quando dizer não. Ele me ajuda a saber como organizar o meu dia, quando descansar e então eu entendo que o meu tempo com Deus é o melhor investimento de tempo dentre todas as coisas que eu faço. Ele pode me orientar sobre coisas durante o meu dia. Ele pode me alertar de coisas das quais eu não esteja ciente, mas meu tempo com Deus pela manhã é o meu maior investimento de tempo de todo o meu dia.
Não há nada que afete mais os meus dias, cada um dos meus momentos, do que a minha caminhada com Deus. Eu sempre pergunto para as pessoas: “Deus habita em você? Ele está com você o dia inteiro? Se sim, existe algum momento durante o dia em que Ele poderia falar com você? E, por que limitar isso ao seu tempo devocional? Por que dizer que irá separar 30 minutos para Deus pela manhã? Isto é uma afronta a um Deus Santo!”
A cultura evangélica nos faz acreditar que se separarmos 15 minutos de tempo devocional pela manhã, isso provavelmente fará Deus ficar muito feliz conosco. Eu diria: “Não, de forma alguma, Ele é a sua vida”. Jesus disse: “É como a videira e os seus ramos”. Você acha que o ramo diria à videira: “Olha, eu vou ser espremido pela manhã e me separar de você e vou conseguir ficar bem ao longo do dia”?
Isso não é possível! Ele é a sua vida e Ele diz: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15:5). Ao ler essa passagem eu simplesmente afirmo que isto é “totalmente verdade” e desta forma eu mantenho a comunhão com Deus o dia inteiro.
Nancy: Você também separa um tempo para se concentrar longe das multidões, um tempo longe das pessoas para ficar a sós com Deus?
Dr. Blackaby: Ah, sim.
Raquel: É um grande privilégio poder ouvir Nancy DeMoss Wolgemuth e Henry Blackaby falarem sobre as riquezas disponíveis na Palavra de Deus e na oração.
O nosso foco tem sido a vida devocional pessoal.
Uma das maiores barreiras para uma vida devocional é a agitação, as pessoas ocupadas nas igrejas sabem disso mais do que qualquer outra pessoa. Pedimos que algumas de nossas ouvintes compartilhassem como elas superam a agitação para poder se conectar com Deus. A primeira história é a de Kim Wagner.
Nancy: Kim disse o seguinte: “Meu marido era um pastor em Indiana já há doze anos e eu me lembro que estava indo para Indianápolis para ministrar por lá. Como esposa de pastor eu estava muito envolvida na agitação do ministério.
Em meu carro, eu me senti tremendamente grata a Deus porque, de uma forma soberana e profunda, Ele trouxe convicção ao meu coração dizendo: “Você está indo ministrar e nem ao menos teve seu tempo devocional comigo esta manhã”. Eu estava tentando me alimentar espiritualmente de qualquer coisa no caminho. Meu fast food do dia foi a estação de rádio cristã. Eu disse: “Ah, Senhor, mas aqui está o meu tempo devocional”.
Ele disse: “Não, você não deixou que Eu falasse com você”. Sou muito grata pela rádio cristã, mas temo que muitos cristãos em nossa sociedade em ritmo acelerado estejam utilizando isto como um substituto para seu encontro com Deus.
Eu sou muito grata porque Ele me levou a dobrar meus joelhos e a firmar um compromisso com Ele de que eu nunca, jamais começaria outro dia sem primeiramente ter um encontro com Ele e ouvir do meu Pai (e não ouvir de alguém que encontrou com Ele ou então ouvir de alguém que estivesse ensinando com base na Palavra) e sim que eu permitiria que Ele falasse comigo e trouxesse convicção ao meu coração e me dissesse qual era a minha situação, como Ele me via naquele dia.
Depois da minha salvação, esta tem sido uma das mudanças mais importantes em minha vida, ou seja, compromisso com a Palavra, a oração e o meu tempo com Deus. Mas é tão fácil, quero dizer, até mesmo a esposa do pastor ou as pessoas que trabalham no ministério podem facilmente ficar tão envolvidas com a agitação das coisas que acabam deixando de lado o encontro mais importante de todos.”
Nancy: Outra ouvinte compartilhou o seguinte: “Eu sou como disse Paulo: ‘a maior das pecadoras’. Você quer que aquele tempo devocional seja ótimo, mas constantemente você tem dificuldade com ele. Você se esforça para continuar com ele e continua tendo dificuldade.
Uma coisa específica que eu gostaria de compartilhar sobre ser consistente é que eu cuidei do meu pai por nove anos e depois ele teve um derrame. Após todos os exames, fui informada que meu pai teria aproximadamente mais seis semanas de vida.
Bem, ele me colocou em contato com o centro geriátrico. Eu tinha cuidado dele com todas as forças que o Senhor tinha me dado. Eu estava fazendo tudo muito bem, mas aqui estava eu tendo que aceitar que o fim estava próximo e o fato de que ele só tinha seis semanas de vida. Então, ficou combinado que no próximo dia uma enfermeira viria e faria uma entrevista sobre a decisão de colocar meu pai no centro geriátrico.
Eu fui para o meu quarto e fiquei me remexendo na cama, orando e chorando, e disse: “Senhor, eu não posso aceitar que é o fim. Eu não quero falar com a enfermeira amanhã. Eu simplesmente não quero fazer a entrevista. Eu não consigo lidar com isso”, aí eu me virei e dormi.
Às 4:30 da manhã o Senhor me acordou. Minha Bíblia estava no chão onde eu a havia deixado, ao lado da minha cama; estiquei meu braço e a peguei bem devagar, eu a abri exatamente onde a estava lendo. Meu marcador estava lá, eu não estava procurando nada.
Quando eu a abri, ela estava em 1 Coríntios 15. E é o capítulo que fala sobre morte. Eu comecei a ler aquilo e fechei. Eu pensei: “Eu não preciso ler isso hoje!” Daí pensei: “Espera um pouco, era bem aí que o meu marcador estava. Deus sabia que eu estava nesse ponto. Eu vou ler”.
Eu comecei a ler. Sabe, no começo foi muito difícil, quando comecei a ler sobre a morte, ainda assim Deus começou a trabalhar em mim e a me confortar. O versículo que dizia: “Embora exteriormente estejamos nos desgastando, interiormente estamos sendo renovados dia após dia”, (2 Coríntios 4:16, paráfrase). Eu disse, ‘Senhor, me ajude a enxergar que o homem interior está sendo renovado (papai era um homem excelente) e não me deixe focar no seu desgaste’.
Eu, então, senti que estava pronta para falar com a enfermeira do centro geriátrico e aquele foi um momento muito especial. Aquele foi meu tempo devocional e ele era algo rotineiro para mim. Eu não estava tentando encontrar uma resposta, por isso seja consistente no seu tempo devocional.”
Nancy: Temos o testemunho de mais uma ouvinte, ela diz o seguinte: “Tenho um problema em meu coração que se chama coração endurecido. Eu não sei se alguma de vocês se identifica com esse problema. Havia momentos em minha vida em que eu me afastava de Deus porque estava brava com Ele ou porque estava brava comigo. Isto causava o endurecimento do meu coração. Algumas vezes, por conta disso, eu não conseguia me aproximar da sala do trono, mas eu ouvia louvores que me apontavam o caminho de volta. Ele me lembrava de que Ele é Aquele que mantém a minha cabeça erguida.
Em segundo lugar, há uns dois anos, Deus usou aquela passagem em que Samuel falou com Saul e Saul endureceu o coração também. Samuel disse: “Obedecer é melhor do que sacrificar” (1 Samuel 15:22). Deus usou essa passagem para me lembrar de que quando eu não soubesse o que dizer diante Dele, que eu deveria me sentar e ficar ali em silêncio e que a obediência de levantar cedo de manhã querendo eu ou não, me sentar, abrir meu livro, focar meu pensamento e não deixar ele divagar, mas só me sentar e esperar, que isso consiste na obediência. Depois de algum tempo aquilo se tornou um manancial para mim. Eu louvo ao Senhor porque eu estava secando, mas Ele me encontrou.”
Raquel: Algumas ouvintes do Aviva Nossos Corações descreveram como elas aprenderam como tornar a vida devocional pessoal uma prioridade. Nossa anfitriã Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos desafiado a passar algum tempo todos os dias lendo a Bíblia.
Ao pensar no futuro, que emoções você sente? No próximo episódio, Nancy nos mostrará como encarar o futuro, sem medo, mas com contentamento. Esperamos você de volta ao Aviva Nossos Corações para o último episódio da série Buscando a Deus.
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