Ep4: Intercedendo por um Filho
Raquel Anderson: Por sete anos, a mãe de Christopher Yuan orou para que Deus mudasse sua vida, usando o que fosse necessário para isso acontecer. A resposta veio através de uma batida em sua porta.
Christopher Yuan: Abri minha porta e dei de cara com doze agentes federais de combate às drogas, policiais de Atlanta, e seus dois grandes cachorros pastores alemães.
Raquel: Este é o programa Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Se você estiver com crianças pequenas, precisa saber que o programa de hoje lida com alguns temas adultos. Aqui está Nancy.
Nancy Leigh DeMoss: Esta semana, conversamos com Christopher Yuan e sua mãe, Angela Yuan. Eles co-escreveram um livro que é um poderoso testemunho do amor e da graça perseverantes de Deus. Chama-se “A volta de um filho pródigo”.
É realmente a história de dois pródigos, uma mãe e …
Raquel Anderson: Por sete anos, a mãe de Christopher Yuan orou para que Deus mudasse sua vida, usando o que fosse necessário para isso acontecer. A resposta veio através de uma batida em sua porta.
Christopher Yuan: Abri minha porta e dei de cara com doze agentes federais de combate às drogas, policiais de Atlanta, e seus dois grandes cachorros pastores alemães.
Raquel: Este é o programa Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Se você estiver com crianças pequenas, precisa saber que o programa de hoje lida com alguns temas adultos. Aqui está Nancy.
Nancy Leigh DeMoss: Esta semana, conversamos com Christopher Yuan e sua mãe, Angela Yuan. Eles co-escreveram um livro que é um poderoso testemunho do amor e da graça perseverantes de Deus. Chama-se “A volta de um filho pródigo”.
É realmente a história de dois pródigos, uma mãe e um filho, e um marido que também veio à fé em Cristo nessa jornada. Mas o subtítulo é: “A trajetória de uma mãe e seu filho em busca de esperança”.
Angela e Christopher, eu imagino que não seja tão fácil reviver toda essa história, há muita dor envolvida. Angela, você me disse depois do último programa o quanto é emotivo para você repensar tudo isso, reviver e recontar.
Mas obrigada por estar disposta não apenas a reviver a história, mas a contá-la para os outros, porque sei que vai trazer esperança para muitas outras mães, pais, filhos e filhas pródigas.
Então, obrigada por se juntarem a nós no Aviva Nossos Corações esta semana para compartilhar sua história.
Angela Yuan: Obrigada, Nancy, por nos receber.
Nancy: Tenho que te contar que dei uma cópia do seu livro, A volta de um filho pródigo, para uma amiga querida minha não faz muito tempo, que tem um filho pródigo, na verdade, um casal de filhos pródigos. E ela ficou tão comovida com a história!
Depois, não muito tempo depois disso, descobri que você estava falando, compartilhando seu testemunho, na igreja dela. Ela e o marido tiveram a oportunidade de te conhecer e conversar com você.
Ela me disse mais tarde o quanto isso foi um grande incentivo - ler o livro, ouvir sua história e estar com você. Ela tem um filho que ainda está distante. Ela e o marido buscam o Senhor, oram, tentam amar, mas ainda não viram Deus trazendo o coração desse jovem para casa.
Ela me disse que, quando ela e o marido entraram no carro depois de estar com você, se olharam e disseram: “Neste exato momento, temos tanta paz”!
E, quando ela tentou me explicar, não era uma paz sobre quando o filho deles voltaria para casa ou como a jornada, o roteiro seria escrito. Não há garantias de que a história terá um final perfeito ou um final de conto de fadas.
Mas ela disse: “Tínhamos paz de que Deus está no controle, que Ele é bom, e podemos confiar nele durante esta jornada”.
Essa é uma amiga muito querida minha, cuja vida foi tão abençoada pela sua história.
Conversamos ontem, Angela, sobre seu espaço de oração. É um box de chuveiro em sua casa que você transformou em um espaço de oração.
E você falou ontem sobre como continuou buscando o Senhor em nome de seu filho. Deus a tinha buscado, a tinha trazido para Si. Agora você não iria se afastar de Deus.
Você orou por anos, virtualmente sem contato com seu filho. Ele não retornava suas chamadas. Ele jogava suas cartas fora. Ele não ouvia seus recados na caixa de mensagens, mas você continuou batendo na porta do céu.
Já te ouvi falar sobre algumas orações que você escreveu durante esse período. Como você usava essas orações escritas?
Angela: Gosto de escrever as orações. Mesmo que a oração diária seja diferente, tenho algumas orações padrão. Essas são as orações que realmente me ajudaram, me mantiveram em movimento.
Eu gostaria de ler uma das orações apenas para mostrar como essas orações me ajudaram a não desistir.
Eu dizia: Senhor, ficarei na brecha intercedendo por Christopher. Ficarei até que a vitória seja conquistada - até que o coração de Christopher mude.
Ficarei na brecha todos os dias, e ali orarei fervorosamente. E Senhor, apenas um favor. Não me deixe vacilar. Se as coisas ficarem bastante difíceis, e isso pode acontecer, nunca desistirei desse filho, e Tu também não desistirás dele.
Embora o inimigo busque destruir, não vou desistir de interceder, mesmo que leve anos. Entrego a Ti meus medos e lágrimas, confiando a cada momento, eu suplico.
Aquelas orações realmente me ajudaram a mostrar meu coração, e percebi a minha fraqueza. Eu pedi a Deus que não me deixasse desistir desse filho.
Nancy: E você orou isso repetidas vezes.
Angela: Repetidas vezes, todos os dias.
Nancy: Angela, acho que há algumas mulheres, algumas mães e avós, talvez alguns pais ouvindo que querem tornar esta a oração deles.
Então, se você for ao nosso site, temos essa oração escrita na transcrição deste podcast. Você pode querer imprimir e levar para o seu espaço de oração - onde quer que seja que você busque o Senhor, e talvez colocá-la ao lado da sua mesa de cabeceira.
Ore antes de ir dormir à noite ou quando acordar de manhã. Acredito que muitas de nossas ouvintes querem fazer suas aquelas palavras que você orou há tantos anos, a sua oração.
E é por isso que a disponibilizaremos em nosso site.
Outra coisa que você orou durante essa temporada foi: "Senhor..."
Angela: "Faça o que for preciso para trazer este filho pródigo a Ti."
Acho importante perceber que nossos filhos precisam de Jesus Cristo. Certificamo-nos de que não oramos para que nosso filho volte para esta casa terrena.
Nancy: Porque mesmo que eles voltassem para você, mas não voltassem para o Senhor, o objetivo ainda não teria sido cumprido. Você queria ver o coração dele. E você estava disposta a se afastar e permitir que Deus o levasse ao fim de si mesmo.
Eu continuei pensando naquele filho pródigo em Lucas 15 e sobre como ele chegou a um ponto em que estava totalmente confuso, vazio, perdeu tudo, mas era isso que era necessário. E como deve ser difícil para uma mãe ou um pai ficar de fora.
Christopher: Acho que muitas vezes olhamos para a parábola do filho pródigo e falamos sobre o quão amoroso era o pai. Mas eu sou lembrado de quão forte aquele pai foi ao não ir e salvar o filho.
Nancy: Resgatar o filho. Exatamente.
Christopher: Não ir para o país distante. Tenho certeza de que ele tinha uma ideia de todas as coisas que seu filho provavelmente estava fazendo e certamente quis o tempo todo correr atrás do filho e livrá-lo.
Nancy: Facilitar o caminho dele.
Christopher: Mas essa é a força daquele pai.
Nancy: E da sua mãe.
Christopher: Do meu pai e da minha mãe - eles não poderiam me salvar. Talvez por um momento eles pudessem se livrar de algumas das circunstâncias, mas isso não seria, em última instância...
Nancy: ... trazê-lo a Cristo.
Christopher: Sim. E também não seria, em última instância, bom para mim.
Nancy: Bem, neste ponto, você está em Atlanta. Você está vivendo a vida louca - festas, drogas, sexo, homossexualidade, clubes.
Você conta sua história detalhadamente no livro, mas de uma maneira apropriada porque não queremos exaltar o pecado. Mas estava num país distante.
Neste ponto, quem estiver lendo seu livro, deve estar pensando: "Ele vai precisar de um milagre!".
Não havia nada que sua mãe pudesse fazer, nem seu pai, por mais que te amassem.
Christopher: Eu não queria nada com Deus. Absolutamente nada. Eu só pensava: "Fico feliz que meus pais tenham encontrado esse novo relacionamento entre eles e estavam começando essa experiência religiosa".
A vida deles estava começando a mudar. Mas eu pensava: "Bem, isso é bom para você". Eu era muito relativista e pós-moderno. "Bom para você, não para mim!"
Eu não queria nada com aquilo. Não fazia parte da minha vida.
Então eu continuei na direção oposta. Estava me divertindo muito com meus amigos, vivendo a vida louca, ganhando muito dinheiro.
No entanto, percebi gradualmente que estava me tornando cada vez mais viciado no pecado, cada vez mais viciado nas drogas, cada vez mais viciado na promiscuidade sexual.
Durante todo esse tempo, meus pais não tinham absolutamente nenhuma ideia do que estava acontecendo, mas sabiam que eu precisava conhecer Jesus. Sabiam que eu não conhecia a Deus. Isso era o mais importante.
Nancy: A resposta às orações de sua mãe e o milagre que era necessário vieram de uma maneira que provavelmente ninguém teria planejado.
Christopher: Jamais.
Nancy: Conte-nos como isso aconteceu.
Christopher: Bem, aconteceu simplesmente com uma batida na minha porta.
Eu abri minha porta e dei de cara com doze agentes federais de combate às drogas, policiais de Atlanta e seus dois grandes cães pastores-alemães.
Eu acabara de receber uma grande remessa de drogas. Acho que eles souberam por outras pessoas que eu havia recebido uma remessa de drogas. Eles abriram minha porta, e bem atrás de mim estavam as drogas no balcão da cozinha.
Então eles entraram, confiscaram todo o meu dinheiro e minhas drogas. Fui acusado de uma quantidade equivalente a 8 toneladas de maconha, e isso significava uma pena de entre dez anos e prisão perpétua em uma prisão federal.
Eu estava enfrentando uma pena de entre dez anos e prisão perpétua.
Nancy: Então, eles te prenderam imediatamente?
Christopher: Eles me prenderam imediatamente.
Nancy: Eles levaram toda a sua documentação. Não sei por que você guardava todas essas anotações, mas você tinha.
Christopher: Eu tinha, infelizmente.
Nancy: Você mantinha registros meticulosos.
Christopher: Eu achava que todo mundo mantinha registros. Sendo criado em um consultório odontológico, meus pais cuidadosamente mantinham tudo registrado com seus respectivos recibos. Eu achava que todo mundo fazia isso.
Nancy: E você tinha feito isso com todas as suas transações de drogas.
Christopher: Fiz… Todas as minhas visitas, todas as minhas passagens de avião. Guardei tudo - minhas contas de telefone, minhas faturas de cartão de crédito. Eles riram. Eles disseram:
"Você estava esperando fazer declaração de imposto de renda? Por que você tem esses registros detalhados?" Foi simplesmente um tesouro para esses agentes.
Nancy: Então eles te ficharam imediatamente?
Christopher: Eles me ficharam imediatamente. Eu nunca pensei que seria pego ou preso. E ali me vi na cadeia. Sentei-me na cela. Fui até o orelhão e comecei a ligar para meus amigos.
Nancy: Eram pessoas com quem você estava usando drogas e tendo relações sexuais? Amigos que diziam: "Se você precisar de alguma coisa, é só me ligar."
Christopher: Eram meus melhores amigos - essas pessoas que diziam: "Se você precisar de alguma coisa, é só me ligar." Mas isso era quando eu tinha algo que eles precisavam.
Acho que isso aconteceu bem no início do uso de identificadores de chamadas, porque quando viram: Centro de Detenção da Cidade de Atlanta, ninguém atendeu aos meus telefonemas.
E o que é tão interessante agora, anos depois, percebo que minha mãe tinha orado antes disso - muito antes - que não apenas Deus fizesse o que fosse preciso, mas ela sabia que se eu tivesse esses amigos por perto, eu não teria necessidade de Deus e não teria necessidade de meus pais.
Ela orou especificamente para que, de alguma forma, Deus fizesse com que todos os meus amigos me abandonassem. E naquele dia, ninguém atendeu minha ligação à cobrar.
Então eu sempre aviso às mães, cuidado com o que você ora, porque pode se tornar realidade.
Nancy: Sim, e não tenha medo de orar por esse tipo de coisa acontecer.
Christopher: Mas não tenha medo de orar pelo que for preciso. Você nunca sabe o que Deus usará, porque às vezes é a tragédia ou a dificuldade na vida de seu filho que finalmente o levará ao fundo do poço.
Então, na cadeia, ninguém atendeu minha ligação. Finalmente, pensei: "Bem, talvez eu ligue para casa". Eu não queria ligar para casa porque, em minha mente, ainda imaginava meus pais diante de Cristo.
Eles apenas me dariam uma bronca, me diriam: "Você merece estar aí. O que você fez?" Lembro-me do que minha mãe disse quando atendeu o telefone.
Nancy: Você ligou a cobrar?
Christopher: Liguei a cobrar, e ela disse: "Filho, você está bem?" Sem condenação.
Ela não gritou comigo. Agora me lembro do que o apóstolo Paulo diz em Romanos 2:4, que é a bondade de Deus que nos leva ao arrependimento.
Não são nossas palavras de repreensão. Não é nos lembrar de nossos pecados, mas é a bondade de Deus que nos leva ao arrependimento.
E acho que os pais precisam perceber que é o equilíbrio entre o amor severo, não facilitando, mas também, sem pressão ou cobrança.
Às vezes apenas permitir a bondade de Deus, e isso é o que nos leva ao arrependimento.
Nancy: Claro, parte da bondade de Deus ali era fazer com que você fosse preso, embora não parecesse muito amável no momento.
Christopher: Sim, não parecia. Mas isso fazia parte do amor e da bondade de Deus.
Nancy: Angela, parece que você conseguiu ter uma preocupação genuína por ele, primeiro, porque você tinha.
Mas também, porque você confiava que era Deus quem estava trabalhando na vida dele, e você não precisava fazer nada.
Angela: Sim, sim. Na verdade, Deus estava fazendo todo o trabalho ruim por mim. Ele colocou Christopher na prisão.
Estávamos um pouco preocupados com onde ele ia ficar ou onde estava porque não conseguíamos encontrá-lo.
Então eu disse: "Uau. Pelo menos ele está em um lugar seguro, e agora sabíamos onde ele estava."
Nancy: Ele não ligava para casa há anos. Então, quando você recebeu aquela ligação, descobriu que ele foi pego; ele estava na cadeia. Isso foi uma boa ou má notícia para você? O que passou pela sua cabeça?
Angela: Tenho que dizer que foram sentimentos mistos. Foi uma má notícia que ele acabou na prisão.
Christopher: Nenhum pai quer ouvir isso.
Angela: Sim, especialmente sendo chinesa. Meu marido é dentista, e somos muito conhecidos na comunidade. Como foi vergonhoso! Então foi uma má notícia descobrir que meu filho estava na prisão. Mas novamente...
Nancy: E foi meio que uma pergunta boba da minha parte, de certa forma, porque não havia como isso ser uma boa notícia. Mas, por outro lado, você viu que havia algo de bom nisso.
Angela: Sim. Primeiro, fisicamente, pelo menos eu sei onde ele estava porque nunca conseguíamos encontrá-lo. Sabíamos onde ele estava e, além disso, era um lugar seguro.
E, acima de tudo, naquele momento, eu tinha certeza de que essa era a maneira que Deus havia usado para responder às minhas orações.
Nancy: Na verdade, você parou para agradecer ao Senhor pelas bênçãos disso tudo. Conte-nos como você escreveu esse agradecimento.
Angela: Sim. Imediatamente, isso estava em meu coração. Eu escrevi: "Eu só te louvo, Deus! Eu só te louvo!"
Nancy: Sim. Porque você sabia que Ele estava agindo.
Angela: Sim. Ele estava agindo. De alguma forma, eu sabia que Deus havia chamado a atenção de Christopher. Era isso que eu queria. Então, depois que desliguei o telefone, mesmo que fosse doloroso, mesmo que fosse vergonhoso, eu disse:
"Quero te louvar. Quero me lembrar disso." Então, ao lado do telefone, havia uma calculadora. Eu arranquei um pedaço de fita de papel da calculadora e escrevi a data.
Era 9 de dezembro de 1998. Eu anotei: "Te louvo, Deus. Esta é minha lista de louvor." Eu disse: "Christopher está em um lugar seguro, e ele ligou para casa pela primeira vez."
Nancy: Então, por mais difícil que fosse essa circunstância, você viu duas coisas nisso pelas quais poderia agradecer, e escreveu essas coisas naquele pedaço de papel de máquina de calcular. E, à medida que os dias se desenrolavam, você continuou acrescentando a essa lista.
Angela: Sim. E então pedimos a Christopher, porque eu sei que Deus amoleceu o coração dele ao colocar esse jovem na prisão. Eu disse: "Christopher, você pode ligar para casa todos os dias?"
Mesmo que ele não percebesse, era uma ligação telefônica muito cara. Cada vez que ele ligava para casa, o primeiro minuto custava oito dólares.
Nancy: Uau! Não era um preço pequeno depois daqueles anos sem telefonemas.
Angela: Exatamente. Nós dissemos: "Ligue para casa todos os dias." Então, sempre que ele ligava para casa, ele nos contava algo, e eu pensava: vejo que Deus está trabalhando. Então, continuei escrevendo todas as bênçãos.
Nancy: E você continuou adicionando pedaços da fita de papel da máquina de calcular. E você tem essa lista aqui no estúdio. Segure isso aí, por favor.
É uma lista longa de papel de máquina de calcular com louvores escritos à mão em ambos os lados. Acho que essa lista é mais alta do que você.
Angela: Muito mais alta do que eu sou.
Nancy: Você estava mantendo um registro.
Christopher: Isso me lembra do hino, "Conta as Bênçãos, conta quantas são. Recebidas da divina mão. Uma a uma, dize-as de uma vez, e verás surpreso o quanto Deus já fez.”
Nancy: E você tem uma lista ali da fidelidade de Deus.
Angela: Essas listas só ficaram melhores e melhores. Eram bênçãos reais.
Nancy: Sim. E finalmente Deus estava começando a chamar a atenção de Christopher. Ele tinha você. Você perdeu seus amigos, seu dinheiro, seu emprego vendendo drogas, se é que isso é um emprego, eu não sei. E você estava naquele centro de detenção.
Christopher: Sim. Três dias depois, eu estava andando pelo corredor da cela. E, sabe, ainda em minha mente, pensei: "Não sou um criminoso. Não fiz nada de errado." Ou seja, Deus ainda estava trabalhando...
Nancy: Você pensou, eu não sou um criminoso?!
Christopher: Bem, porque eu achava que era um cara bom.
Nancy: Você achava que era um cara bom?
Christopher: Fui criado em um lar bom. Não sou como todas as outras pessoas que vivem nas ruas, sem-teto ou por aí em barracos abandonados, coisas assim. Então, na minha mente, eu pensava: "Eu realmente sou um cara bom."
Nancy: Então, sua mente estava realmente distorcida.
Christopher: Estava muito distorcida. É isso que as drogas fazem com você.
Então, três dias depois, eu estava tentando ficar longe dos arruaceiros, dos caras maus na prisão. "Isso tudo provavelmente é um erro, e eu sairei em breve."
Eu estava andando pelo bloco de celas e Deus estava amolecendo meu coração, mas meu coração estava tão duro que havia muito a ser amolecido.
Eu estava andando pelo corredor, e eis que, Nancy, passei por uma lata de lixo. Estava um nojo, coisas saindo dela, moscas circulando. Olhei para aquilo e pensei: "Essa é a minha vida."
Fui criado em um subúrbio de classe média alta de Chicago. Meu pai tem dois doutorados. Eu estava a quatro meses de me tornar um dentista. Eu estava bem. Tudo na minha vida estava indo na direção certa, e aí de repente aconteceu essa reviravolta, e agora me vi na prisão entre criminosos comuns - um lixo.
Então, eu estava repassando em minha mente toda a minha vida e como ela estava horrível naquele momento, naquele lugar.
Eu estava prestes a passar por aquela lata de lixo, dei uma olhada por cima dela, e bem em cima dela encontrei um Novo Testamento dos Gideões.
Nancy: Que alguém jogou fora.
Christopher: Alguém tinha acabado de jogar fora. Alguém deve ter acabado de jogar fora porque nada estava em cima dele. Estava lá dando sopa.
Passei, peguei e levei de volta para minha cela. Comecei a ler a Palavra de Deus. Li todo o evangelho de Marcos naquela primeira noite.
Isso foi apenas o começo do agir de Deus. Eu pensava que estava me rebelando. Lembro-me antes de ser condenado, de ler o Salmo 51, e sentir que aquelas eram minhas palavras.
As palavras que Davi escreveu eram minhas palavras. Eu quase senti vontade de ler isso para o juiz. Eu sentia toda essa convicção e peso e pensava: não há nada de bom nisso. O que há de bom nisso?
Eu me sentia tão quebrantado por meu pecado e rebelião, e as coisas simplesmente não pareciam estar melhorando. Eu sentia que não poderia haver nada pior.
Nancy: E piorou.
Christopher: Sim.
Nancy: Mas também estava melhorando porque Deus estava no processo de atrair seu coração, respondendo às orações que sua mãe e seu pai haviam feito por anos.
Deus estava agindo, e usando essas circunstâncias para levá-lo ao fim de si mesmo. Quando voltarmos ao próximo episódio de Aviva Nossos Corações, vamos deixar você contar o próximo capítulo dessa história.
Mas quero dizer só mais uma coisa, eu acho que essa história deve trazer tanta esperança para mães, pais e avós de pródigos, saber que há esperança enquanto Deus está em Seu trono.
Ele pode estar usando essas circunstâncias negativas, as consequências das escolhas de seus filhos, para levá-los ao fim de si mesmos.
E a história completa, que realmente trará tanta esperança, eu sei que foi escrita em um livro que você e sua mãe co-escreveram chamado “A volta de um filho pródigo: A trajetória de uma mãe e seu filho em busca de esperança”
Aqui vai um lembrete: Mães, pais, irmãos e irmãs e qualquer pessoa que esteja cuidando ou orando por alguém que você ama e que está em um país distante, é um lembrete para que, durante o processo, não permita que a situação te sobrecarregue, não foque na desesperança, mas foque nas promessas de Deus.
E durante essa jornada, agradeça mesmo quando você não puder ver o resultado ainda ou a resposta às suas orações.
Deus está agindo. Eu não gostaria de interromper nosso programa neste ponto da história, mas temos que fazer isso.
E sei que você vai querer se juntar a nós na próxima edição do Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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