Ep. 11: Como podemos nos tornar mulheres que não pecam com a língua, cujas palavras não dividem nem destroem?
Raquel Anderson: Como saber se estamos prestes a fazer uma fofoca? Nancy DeMoss Wolgemuth tem um conselho para você.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Faça a si mesma esta pergunta: A pessoa para quem você está contando algo é parte do problema ou parte da solução? Se ela não for parte do problema nem da solução, então provavelmente você não deveria estar falando com ela.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Calúnia é coisa séria. Isso é o que descobrimos no último episódio dessa série em Tito 2. A passagem liga a calúnia ao diabo. No final do programa, vamos ouvir o testemunho de Nancy compartilhando sobre uma vez em que sua língua ficou fora de controle e como Deus lidou com seu coração. Primeiro, ela continuará com a série “O Lindo Projeto de …
Raquel Anderson: Como saber se estamos prestes a fazer uma fofoca? Nancy DeMoss Wolgemuth tem um conselho para você.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Faça a si mesma esta pergunta: A pessoa para quem você está contando algo é parte do problema ou parte da solução? Se ela não for parte do problema nem da solução, então provavelmente você não deveria estar falando com ela.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Calúnia é coisa séria. Isso é o que descobrimos no último episódio dessa série em Tito 2. A passagem liga a calúnia ao diabo. No final do programa, vamos ouvir o testemunho de Nancy compartilhando sobre uma vez em que sua língua ficou fora de controle e como Deus lidou com seu coração. Primeiro, ela continuará com a série “O Lindo Projeto de Deus para as Mulheres”.
Nancy: Jonathan Edwards foi um dos grandes homens que Deus usou de forma significativa no Primeiro Grande Despertar no século 16. Ele era pastor, autor, um grande pensador e participante do avivamento.
Sua esposa, Sarah Edwards, e ele tinham onze filhos. Na introdução do livro Trabalhos de Jonathan Edwards, que é um conjunto enorme e maravilhoso de dois volumes, há um bio-esboço de Jonathan Edwards, que fala um pouco sobre Sarah Edwards e seu casamento com Jonathan.
Uma das coisas que ele diz sobre Sarah me impressionou quando penso sobre toda essa questão de como usamos a nossa língua. Ele disse:
“A Sarah estabeleceu como regra, falar bem de tudo o que pudesse, expressando verdade e justiça para si mesma e para os outros. Ela não costumava se deliciar com as imperfeições e falhas de ninguém e quando ouvia outras pessoas falando mal dos outros, ela falava o que podia com verdade e justiça em defesa da pessoa ou tentava desviar da calúnia mencionando as coisas que eram louváveis na pessoa de quem se falava.”
Em outras palavras, se ela ouvisse alguém falando algo desagradável sobre outra pessoa, ela tentaria mudar a conversa ou desviá-la ou dizer algo encorajador sobre aquela pessoa.
O texto continua assim:
“Assim, Sarah cuidava do caráter de todos, mesmo daqueles que a feriam e falavam mal dela. Ela podia suportar injúrias e reprovações com grande calma, sem nenhuma disposição para retribuir o mal com o mal, mas pelo contrário, ela estava pronta para ter compaixão e perdoar aqueles que pareciam ser seus inimigos.”
Que testemunho! Tenho certeza de que você gostaria que isso fosse dito sobre você. Que compromisso: falar bem de todos. Isso é o que a Bíblia diz que devemos fazer.
Estamos em Tito capítulo 2. Espero que, conforme sigamos nesta longa série, você esteja lendo Tito por si mesma e particularmente memorizando e meditando sobre esses versículos em Tito capítulo 2. No versículo 1, Paulo diz a Tito que ele deve ensinar o que está de acordo com a sã doutrina. Na vida cotidiana real, como é a sã doutrina e o pensamento bíblico correto no contexto de nossas vidas como crentes e no contexto da igreja local?
Bem, o versículo 3 mostra como devem ser as mulheres mais velhas. Falamos primeiro sobre homens mais velhos, depois sobre mulheres mais velhas e vamos falar sobre mulheres mais jovens em breve nesta série. Mas, agora ele está falando sobre o caráter das mulheres mais velhas, e diz que a sã doutrina, à medida que se desenvolve nas mulheres mais velhas, mostra que elas são reverentes no comportamento e, então, não são caluniadoras.
Esta é uma descrição de como devem ser as mulheres cristãs mais velhas, e não é somente as mulheres mais velhas. Eu sou considerada mais velha para algumas mulheres e sou considerada mais jovem para outras mulheres. Portanto, independente de onde você se enquadre nessa época da vida, é isso que devemos aspirar. É assim que nossas vidas devem ser. Então, ele diz que as mulheres mais velhas não devem ser caluniadoras.
A calúnia é abordada especificamente aqui, mas como temos dito, de forma mais ampla, creio que ele está se referindo aos pecados da língua:
- fofoca
- palavras vazias
- mentira
- falar pelas costas
- maledicência
- contar vantagem
- amaldiçoar
- falar mal
Toda esta família de pecados da língua, ou aqueles da referência ao livro de Jerry Bridges “Pecados Intocáveis”, que fiz na última sessão sobre calúnia, são pecados que consideramos intocáveis. Porém, Jesus os coloca na mesma categoria de pecados como o adultério, o assassinato e a embriaguez. Ele os coloca todos juntos. São pecados da língua.
Já conversamos sobre a calúnia, o que ela é e os pecados a ela relacionados. Já falamos sobre porque caluniamos e os efeitos da calúnia, como ela divide e destrói. Mas nesta sessão, quero me concentrar em como me tornar uma mulher que não é uma caluniadora. Paulo diz que mulheres mais velhas não devem ser caluniadoras. Isso vale para todas nós. Não devemos ser caluniadoras.
Como podemos nos tornar mulheres que não pecam com a língua, cujas palavras não dividem nem destroem? Deixe-me dar várias sugestões, sete para ser exata, e não tente anotar tudo isso porque vou falar mais rápido do que você pode escrever. Mas se você for ao nosso site, poderá fazer uma lista que a ajudará a se lembrar.
Primeiro de tudo, se você for culpada de calúnia, falar mal ou fofocar, humilhe-se. Reconheça o fato de que você foi uma caluniadora; que você destruiu com suas palavras. Precisamos nos humilhar em dois sentidos – no relacionamento vertical com Deus e, em seguida, no relacionamento horizontal com os outros.
Primeiro de tudo, se você caluniou ou falou mal dos outros, diga a verdade a Deus. Ele sabe, mas reconheça, confesse a Deus.
- Reconheça seus pecados da língua —o que você disse.
- Reconheça os pecados do seu coração — o que a levou a dizer essas coisas. Não apenas “ eu caluniei” ou “falei mal” ou “fofoquei”, mas o que havia em seu coração que te levou a fazer isso?
- Confesse a Deus a raiz dos problemas — o orgulho, o ciúme, o desejo de parecer melhor, a comparação, o espírito competitivo, as atitudes pecaminosas subjacentes ao coração.
Seja honesta com Deus. Diga: “Eu caluniei. Semeei discórdia entre pessoas cristãs”. Essa é, aliás, uma das sete coisas que Deus odeia. É uma abominação para Ele usarmos nossas línguas para semear discórdia entre os cristãos. Quantas vezes fazemos isso no local de trabalho, em nossas casas, em nossas igrejas. Confesse. Humilhe-se. Reconheça isso a Deus.
Depois humilhe-se diante dos outros. Isso ainda faz parte do primeiro ponto, de se humilhar. Volte e confesse isso para a pessoa com quem você falou. Vou te dizer uma coisa, se você se propuser em seu coração a voltar todas as vezes e reconhecer que você caluniou, ou falou mal ou fofocou, e buscar o perdão, isso a ajudará muito a acabar com esse hábito em sua vida porque você vai se cansar de ter que voltar e se humilhar. Tenha o propósito de procurar a pessoa com quem você falou e se humilhar.
E, deixe-me dizer o seguinte, pode ser que você também precise pedir perdão para a pessoa de quem você falou. Ela pode nem saber o que você falou. Mas, em alguns casos, acredito, é aqui que o Espírito Santo pode mostrar o que você precisa fazer… Se você caluniou ou fofocou sobre alguém, você pode ter sido a causa da reputação dela ser prejudicada.
Você pode ter caluniado ou falado mal, por exemplo, de seu marido na frente de seus filhos. É claro que você precisa procurar seus filhos e confessar isso, mas talvez precise falar com seu marido se isso fez com que seus filhos tivessem menos respeito por ele. Se você enfraqueceu a autoridade e liderança dele no lar, então volte atrás e busque o perdão dele.
Humilhe-se. Você pode ter feito isso com seu pastor. Você pode ter prejudicado a liderança dele ou de outro líder. Volte e humilhe-se e busque o perdão deles.
Algumas semanas atrás, uma mulher me perguntou se ela poderia se encontrar comigo e eu disse: “Claro, fico feliz em conversar com você”, e ela veio. Nos sentamos juntas, e ela começou a chorar enquanto compartilhava comigo uma situação que eu conhecia um pouco, mas não em detalhes. Ela havia se magoado, e a dor se transformou em decepção, amargura e raiva em seu coração. Ela tirou conclusões com base apenas em informações parciais – ela não tinha todos os fatos e raramente temos todos os fatos sobre uma situação – e ela se sentiu ofendida.
A consequência foi que por meses, ela viveu com amargura e ódio em seu coração por várias pessoas. Como resultado da amargura e da raiva em seu coração, ela caluniou aquelas pessoas, e Deus a convenceu disso. O Espírito Santo estava trabalhando em seu coração e, quando ela veio falar comigo, ela já estava quebrantada. Ela só queria saber o que fazer. Como ela poderia consertar isso? O que Deus queria que ela fizesse? Como ela poderia ter a consciência limpa? Nós conversamos e oramos juntas, e foi uma coisa preciosa ver como ela levou a sério esses pecados da amargura, raiva e calúnia.
Agora, posso dizer uma coisa, com base na minha perspectiva desta situação, ela estava muito menos errada do que talvez algumas das outras pessoas envolvidas. Porém, ela começou dizendo: “Não estou aqui para falar sobre o pecado de ninguém. Estou aqui para falar sobre o meu. Eu quero lidar com o meu próprio pecado”. Enquanto eu a ouvia, foi de doer o coração porque senti como se essa mulher tivesse sido pega no fogo cruzado dos pecados de outras pessoas, mas ela foi muito sábia em não culpá-los e sim assumir total responsabilidade e ser quebrantada e se humilhar diante Deus. Ela disse: “O que eu preciso fazer?”
Ela já sabia o que precisava fazer, mas acho que só precisava de ajuda sobre o: “Como faço isso?” Antes de terminarmos a nossa conversa, eu disse: “Para começar, você gostaria de falar com uma dessas pessoas?”
Ela disse: “Sim”.
Eu disse: “Você gostaria que eu ligasse para essa pessoa para ver se ela poderia vir nos encontrar agora?”
Ela disse: “Sim, gostaria resolver isso”.
Eu fiz uma ligação. Uma das pessoas envolvidas veio, juntou-se a nós em questão de minutos e estávamos sentadas juntas. Esta mulher abriu seu coração para esta pessoa, disse a ela exatamente o que ela havia me dito. Ela disse: “Eu pequei contra você. Eu caluniei você. Meu coração tem estado amargo. Eu prejudiquei a sua liderança. Você poderia me perdoar?” Foi tão precioso observar enquanto essa pessoa, é claro, concedia graça e perdão a essa mulher. Ver a reconciliação ocorrendo diante dos meus olhos. A calúnia divide, mas falar a verdade, falar com humildade aproxima as pessoas.
Esta mulher saiu daquele lugar e conversou com outras duas ou três pessoas que estavam envolvidas naquilo. Ela se encontrou com cada uma das pessoas e disse: “Quero consertar isso”.
Falei com ela recentemente e perguntei: “Como você está?”
E ela falou: “A amargura se foi. Estou livre”.
Ela tinha essa mágoa, essa dor, essa ferida em seu coração, mas ao dar os passos para lidar com suas atitudes e seus pecados da língua, Deus, por meio de Seu Espírito, apenas removeu a amargura e a libertou.
Pode ser que você precise procurar algumas pessoas e dizer: “Pequei contra você com meu espírito, com minha língua. Eu minei a sua liderança”. Vá e converse com as pessoas com quem você falou sobre outras pessoas e adquira o hábito de se humilhar se for culpada de calúnia, maledicência ou fofoca.
Em segundo lugar: Abandone toda a calúnia e maledicência. Acredito que precisamos ter uma política de tolerância zero em relação a calúnias, maledicências e fofocas como cristãos, na igreja e em nossos relacionamentos. Paulo diz em Efésios 4:” Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade” (versículo 31). Toda. Abandone.
Observe, aliás, nessa passagem, que a amargura é a raiz do pecado que muitas vezes leva a pecados da língua. Portanto, não basta se livrar dos pecados da língua, livre-se da atitude de amargura do coração. Livre-se da amargura. Não se apegue a ela. Livre-se dela.
Bem, isso significa que devemos encobrir o pecado? E se você estiver ciente do pecado na vida de outra pessoa? Acho que é uma questão importante porque as pessoas pecam contra nós, e na ilustração que acabei de dar da mulher que veio me ver, havia pecados que outras pessoas cometeram.
Aqui estão algumas perguntas que precisamos fazer quando pensamos sobre os pecados dos outros e como eles nos afetam:
- Você orou pela pessoa?
- Qual é o seu motivo para falar sobre isso?
- Você quer ver a pessoa restaurada?
- Você deseja que ela seja restaurada espiritualmente ou apenas deseja se vingar; você só quer machucá-la; você só quer puni-la?
- Se você faz parte da vida dessa pessoa, se você tem um relacionamento com ela, você faz parte da rede de relacionamentos dela, o que você deve fazer?
De acordo com Mateus 18:15, Gálatas 6:1 você deve procurar a pessoa. Não procure falar com mais ninguém. Vá falar com aquela pessoa que pecou contra você ou a prejudicou.
Faça a si mesma esta pergunta: Contar a outra pessoa sobre isso será libertador? Pode ser libertador, e isso é completamente diferente, mas em certos ambientes ou situações, pode ser libertador, necessário e bíblico falar com outra pessoa sobre a ofensa.
Pode ser certo conversar com seu pastor ou com os anciãos sobre certas situações, ou chamar a polícia, ou contar a seu marido sobre algo que está acontecendo na vida de um de seus filhos adolescentes. Existem situações nas quais isso é apropriado – quando a lei está sendo violada, quando vidas estão sendo colocadas em risco ou quando existe uma ordem bíblica para envolver outra pessoa na situação – mas o motivo não pode ser causar dano, mas trazer restauração. Você está tentando fortalecê-la; você está tentando salvá-la. Você quer ver a pessoa que causou o mal restaurada.
Então, se pergunte o seguinte: a pessoa para quem você está contando é parte do problema ou parte da solução? Se ela não é parte do problema e não é parte da solução, então provavelmente é algo que você não deveria estar contando.
Em uma discussão sobre esse tópico, alguém escreveu uma regra ou diretriz sobre essa questão de calúnia ou maledicência. Ela disse:
“Não passe informações depreciativas ou não elogiosas sobre ninguém, a menos que a Palavra de Deus esteja dando a você autoridade e responsabilidade específicas para fazê-lo e a pessoa para a qual você está contando também tenha responsabilidade na situação e uma necessidade de saber as informações.”1
Essa é apenas uma maneira mais eloquente de dizer: “Se a pessoa não é parte do problema ou da solução, não conte”.
A propósito, não é apenas o que dizemos verbalmente, mas como indiquei na última sessão, precisamos ser muito cuidadosas para evitar calúnias, maledicências, malícia e fofoca quando se trata do uso da Internet, quando encaminhamos e-mails. Vejo repetidas vezes o grande estrago que pode ser causado por mensagens encaminhadas: “Você viu isso? Você soube disso?” Temos várias listas de distribuição de e-mails.
Recebo muitas mensagens encaminhadas ou repassadas. Por que estamos divulgando essas coisas na Internet? Tenho que confessar, eu já fiz isso. Precisamos examinar nossos corações e dizer: “Isso está certo? Ou estou fazendo algo mau e que provoca divisão contra Deus e entre cristãos ao fazer isso?”
Além de precisarmos abandonar a calúnia e a maledicência, devemos em terceiro lugar, nos revestir de um coração e de palavras que expressem bondade, amor, perdão e graça não somente deixar a calúnia, mas substituir a calúnia por um coração que expresse bondade, amabilidade, graça e amor. “
Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Efésios 4:32). Seja intencional ao falar palavras que edificam, fortalecem, que mostrem as outras pessoas de forma positiva.
Em quarto lugar: Leve seus pensamentos cativos ao Espírito Santo — aqueles pensamentos críticos e cheios de julgamento que acabam aparecendo em nossas palavras. Precisamos crucificar esses pensamentos; trazê-los cativos à obediência de Cristo. Precisamos ser intencionais na forma como vemos as outras pessoas – especialmente outros cristãos, e qualquer pessoa que seja criação de Deus – precisamos ser intencionais ao ver os outros com olhos de misericórdia e graça. Lembre-se do quanto você precisa da misericórdia de Deus. Lembre-se de onde você estaria sem a graça de Deus. Precisamos ter cuidado para não ter essa curiosidade profana, esse desejo de saber coisas sobre outras pessoas. Trazer esses pensamentos cativos, controlá-los.
O Salmo 19:4 diz: “ Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo”. Coloque todos os seus pensamentos no controle do Espírito.
Em quinto lugar: Fale menos. Muito simples. Provérbios 10:19 diz: Quem fala demais acaba pecando; quem é prudente fica de boca fechada. (NVT).
Tiago 1:19 diz: “ Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se” (ênfase acrescentada).
Eu tenho uma companheira de caminhada e nós caminhamos e conversamos. Usamos esse tempo para edificar uma a outra, para encorajar uma à outra, para orar pelas famílias uma da outra, para atualizar uma a outra sobre nossas vidas, para nos encorajarmos mutuamente, para citar as Escrituras uma para a outra. Todos esses são usos maravilhosos e positivos do nosso tempo, quando passamos trinta ou quarenta e cinco minutos juntas.
Mas fui muito advertida sobre o quão vulneráveis somos quando temos muito tempo para conversar. Se formos apenas duas de nós e houver quarenta e cinco minutos, há uma boa chance de uma de nós ou ambas pecarmos com nossas línguas. Precisamos ter cuidado. Isso significa que precisamos conversar menos.
Fale menos e você terá menos chance de pecar. Quanto mais tempo você passa ao telefone, quanto mais tempo você passa conversando com outras pessoas, mais cuidado você deve ter, especialmente se tende a ser uma pessoa falante ou se a pessoa com quem está falando tende a ser uma pessoa falante. Aprenda a conter os lábios, a guardar confidências, a não repetir coisas que você não tem liberdade de repetir, se não tiver certeza, não diga. Não faça perguntas desnecessárias.
Eu faço muitas entrevistas no Aviva Nossos Corações. Sou uma pessoa muito curiosa. Gosto de fazer perguntas. Gosto de conhecer pessoas. Mas isso pode me causar problemas. Posso perguntar coisas que não preciso saber, que não deveria saber ou que levam a informações que alguém não deveria estar me contando. Posso levar as pessoas a pecar fazendo perguntas que investigam, sondam e levam a lugares que uma conversa não precisa ir.
Em sexto lugar: Pense antes de falar. Pergunte a si mesma o seguinte: Isso é verdade?
Eu sei com certeza que isso é verdade? Isso é muito importante. Quando você estiver ouvindo sobre um conflito e estiver ouvindo apenas um lado, lembre-se de que você está ouvindo apenas um lado. “ Quem responde antes de ouvir comete insensatez e passa vergonha” (Provérbios 18:13). Você não conhece todos os fatos se ouvir apenas uma pessoa descrever a situação.
Eu nem sei quantas vezes eu já ouvi um marido descrever qual é a sua frustração em seu casamento, e depois ouço a esposa descrever as suas frustrações no casamento deles, e parece que são dois casamentos diferentes – duas perspectivas totalmente diferentes. Se você está ouvindo apenas um lado, você não sabe se o que está ouvindo é verdade, então não presuma que está vendo o quadro todo.
Pergunte a si mesma:
- Isso é verdade?
- Demonstra bondade?
- Vai fortalecer, edificar a pessoa de quem estou falando?
- Isso é necessário?
- A pessoa com quem estou falando precisa saber disso?
- Se isso fosse a meu respeito, eu gostaria que fosse compartilhado com outra pessoa?
E a pergunta abaixo acabaria com muito do que falamos:
- Eu me importaria se a pessoa de quem estou falando estivesse bem aqui? Eu estaria disposta a falar isso na cara dela?
Ah, é por isso que o salmista orou assim: “ Coloca, SENHOR, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios (141:3). Pense antes de falar.
Em sétimo lugar: Recuse-se a ouvir calúnias ou fofocas sobre os outros. Recuse-se a ouvir. Não só espalhar, mas ouvir.
Em 1 Samuel 24:9, Davi diz para Saul, que era quem queria destruí-lo, “Por que o rei dá atenção aos que dizem que eu pretendo fazer-lhe mal?” Por que dá atenção? Saul ouviu pessoas que disseram isso. Ele acreditou no que ouviu e, como resultado, decidiu destruir Davi. Não dê ouvidos. Direcione a conversa para outro tópico ou mude o foco para edificar a pessoa sobre a qual se está falando.
Agora precisamos deixar Deus trabalhar este assunto em nossos corações, nos convencer e nos mudar naquilo que for necessário. Falamos sobre a palavra usada como calúnia, que é diabolôs. É uma palavra que é um nome para Satanás – Satanás que nos acusa perante o Pai, nos condena, mente sobre nós. Ele nos acusa.
Mas, por outro lado, temos alguém que nos defende. “Temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 João 2:1). Veja, Jesus, assim como Satanás, sabe que pecamos, mas Ele nos defende diante do Trono de Deus. Ele defende a nossa causa perante Deus com base em Sua morte sacrificial na cruz pelos nossos pecados.
Portanto, ao falar sobre outros cristãos, você os está acusando como o diabo o faz? Ou você os está defendendo como Jesus faz com você? Você está sendo como Jesus? Ou está sendo como Satanás?
Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem (Efésios 4:29).
Veja, a tendência quando você ouve algo assim pode ser dizer: “Bem, então, eu simplesmente não vou dizer nada. Eu não vou abrir a minha boca”. Essa também não é uma resposta certa. É verdade que palavras podem ser usadas para destruir e dilacerar, mas as palavras também podem ser usadas para encorajar, fortalecer e edificar outras pessoas, portanto, use a sua língua para esse propósito. Pense em toda a graça que você recebeu de Deus e dos outros, e então use a sua língua para ministrar graça aos outros conforme você a recebeu.
Raquel: Mesmo que sua língua esteja fora de controle, Nancy DeMoss Wolgemuth te encoraja a não continuar assim. As coisas podem mudar. Você pode não só aprender a controlar a sua língua; você pode realmente aprender a usá-la para abençoar outras pessoas. É uma lição importante em nossa série atual “Adornadas: Vivendo Tito 2:1-5”.
Nancy, você consegue pensar em uma época que precisava demonstrar autocontrole com a língua?
Nancy: Só uma época? Infelizmente, posso pensar em muitas vezes que precisei ser lembrada que precisava demonstrar autocontrole com minha língua. O que vem à minha mente aconteceu há duas ou três semanas. O casamento tem sido bom para mim de várias maneiras. Uma delas é ter alguém que me ama o suficiente para me ajudar a perceber quando não estou sendo cuidadosa com a minha língua.
Não faz muito tempo, Robert e eu estávamos ao telefone como um amigo, e começamos a conversar sobre alguns eventos atuais e algumas coisas que estavam acontecendo que me deixavam frustrada. Eu apenas comecei a dizer o que estava pensando sem colocar um filtro na minha língua, sem pensar no que estava dizendo.
Meu marido olhou para mim. Claro que a pessoa do outro lado da linha não conseguiu ver isso. Robert olhou para mim como quem diz: “Você realmente quer dizer isso? Você realmente quer falar negativamente sobre essa pessoa pública?”
Que belo lembrete isso foi para mim e como sou grata por um marido que sabe que eu quero viver a beleza do evangelho conforme está estabelecido em Tito 2, e que, naquele momento, apontou que minha reação poderia ter sido mais cheia de graça.
Quando você estuda esta importante passagem em Tito, ela tem um grande efeito em todas as áreas de sua vida – principalmente em sua forma de falar. Quando sou tentada a extrapolar ou pecar com minha língua, Deus costuma usar essa passagem para me fazer parar. Espero que você explore essa passagem cheia de significados ricos e instruções práticas.
Raquel: Para ajudá-la a conhecer este primeiro parágrafo de Tito 2 de uma forma mais profunda você pode adquirir uma cópia do livro: Mulheres atraentes adornadas por Cristo: Vivendo a beleza do Evangelho juntas. Quando você adquire um livro diretamente do nosso site é uma forma de apoiar o ministério Aviva Nossos Corações para que continuemos com nossa missão de chamar as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo. Louvamos a Deus por sua parceria conosco nesta missão. Adquira sua cópia do livro no nosso site, www.avivanossoscoracoes.com
Tito 2 nos diz que mulheres sábias não devem ser dadas a muito vinho. Como você vive isso hoje? Obtenha alguns conselhos bíblicos sobre vícios no próximo episódio. Agora Nancy está de volta para encerrar em oração.
Nancy: Oh Senhor, guarda nossos corações; guarda as nossas línguas, e que possamos ser defensoras até mesmo daqueles que falharam, como Jesus é por nós, ao invés de acusadoras dos irmãos como, Satanás faz perpetuamente. Lava-nos. Limpa-nos. Renova-nos. Muda-nos. Que nossas línguas ministrem graça a todos com quem falamos e de quem falamos. Eu oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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