Ep. 12: Quando você está enredada pelo vício, isso não afeta apenas você
Raquel Anderson: Quando você está enredada pelo vício, isso não afeta apenas você. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Se eu não tiver autocontrole em alguma área importante, que se torna limitada em minha vida, isso não afeta apenas a minha relação com o Senhor, mas quantas outras mulheres poderiam ser impactadas?
Você pode até pensar: “Ah, mas eu não tenho um programa de rádio ou um podcast. Eu não escrevo livros”. Tudo bem, mas se você é uma mulher mais velha, há mulheres mais jovens te observando, mulheres que você nem conhece que estão olhando para você em busca de esperança, de um exemplo e em busca de coragem, crendo que Deus realmente pode ajudá-las nessa área.
Raquel: Este é Aviva Nossos Corações, com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Nancy: Estamos dando continuidade a nossa …
Raquel Anderson: Quando você está enredada pelo vício, isso não afeta apenas você. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Se eu não tiver autocontrole em alguma área importante, que se torna limitada em minha vida, isso não afeta apenas a minha relação com o Senhor, mas quantas outras mulheres poderiam ser impactadas?
Você pode até pensar: “Ah, mas eu não tenho um programa de rádio ou um podcast. Eu não escrevo livros”. Tudo bem, mas se você é uma mulher mais velha, há mulheres mais jovens te observando, mulheres que você nem conhece que estão olhando para você em busca de esperança, de um exemplo e em busca de coragem, crendo que Deus realmente pode ajudá-las nessa área.
Raquel: Este é Aviva Nossos Corações, com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Nancy: Estamos dando continuidade a nossa série em Tito capítulo 2, focando nos versículos 3-5. Considerando uma palavra de cada vez, uma frase de cada vez, suavizando nossos corações e pedindo que Deus penetre, transpasse e mude nossos corações ao mergulharmos nesta passagem.
Espero que esta série a esteja levando a ler o livro de Tito, meditar nele, talvez memorizar esses versículos. Espero que você tenha pelo menos estes três versículos memorizados quando terminarmos esta série.
Então, novamente, voltamos a Tito, capítulo 2. O versículo 1 nos diz: “Você, porém, fale o que está de acordo com a sã doutrina”. Temos dito que essa sã doutrina (doutrina bíblica sã e saudável) está diretamente ligada à nossa vida cotidiana. Ela tem implicações para homens, para mulheres, para idosos, para jovens e Paulo diz no capítulo 2: “É assim que a vida cristã deve ser”.
Se você tem a sã doutrina como base em sua vida, conforme você a coloca em prática (dependendo da fase de vida em que você se encontra e até mesmo de seu gênero) ela terá uma certa aplicação. Falamos sobre isso no versículo 2: “Ensine os homens mais velhos …” Nesse versículo vemos como a sã doutrina seria colocada em prática na vida de homens mais velhos.
E então chegamos ao versículo 3, que diz: “Semelhantemente, ensine as mulheres mais velhas a serem reverentes na sua maneira de viver, a não serem caluniadoras nem escravizadas a muito vinho.” Ou, como diz uma tradução: “Não sejam viciadas em muito vinho”.
Já falamos sobre ter um comportamento reverente, e o que isso significa. Queremos ser reverentes, como mulheres mais velhas. E aquelas de vocês que são mulheres mais jovens, não deixem de prestar atenção quando dizemos “mulheres mais velhas”, porque é a isso que vocês devem aspirar, esse deve ser o objetivo de vocês.
Vocês não vão acordar um dia com 60 anos e, de repente, essas qualidades surgirão em suas vidas. Devemos começar a desenvolvê-las enquanto somos jovens. É por isso que as mulheres mais velhas devem ensinar as mulheres mais jovens, para que elas possam desenvolver esse estilo de vida, esses padrões.
Paulo disse que existem duas aplicações práticas específicas de um comportamento reverente (existem mais, mas ele menciona
duas). A primeira se relaciona ao nosso falar: a língua. Ele diz que
mulheres reverentes não devem ser caluniadoras e já abordamos esse aspecto.
Mulheres com comportamento reverente não usam a língua para caluniar outras pessoas. Quando eu digo “língua”, não quero dizer apenas no falar. Isso engloba o que postamos no Facebook, no Instagram e no Twitter. Se refere à nossa comunicação. Se tivermos um comportamento reverente, não vamos usar
nossas línguas para diminuir as pessoas, mentir sobre elas, para destruí-las.
Depois, há uma segunda aplicação prática do comportamento reverente e ela tem a ver com um estilo de vida moderado. Mulheres reverentes têm um comportamento moderado. Falaremos mais sobre isso
durante esta série, mas Paulo está dizendo: “É assim que se parece um comportamento reverente”.
Ele afeta a maneira como falamos e como nos comportamos. É assim que a sã doutrina fluirá na vida de uma mulher. Olhamos para uma forma de falar e se comportar e dizemos: “Aqui está uma mulher reverente. Ela teme ao Senhor; ela honra o Senhor; ela caminha na luz de Sua presença”.
E então, Paulo diz que essas mulheres reverentes não são caluniadoras e elas não são “escravizadas a muito vinho”. E veja, se você não bebe ou você não é uma alcoólatra (não luta contra o consumo excessivo de álcool), você pode se sentir tentada a pensar: “Finalmente, uma área na qual não tenho problema! Posso pular essa parte. Acho que estou livre disso”. Eu posso te dizer: “Devagar com o andor”. Essa é uma necessidade de todas nós. Deus sabe disso e é por isso que Ele colocou essa passagem aqui.
Quando comecei a estudar essa passagem, cheguei à seguinte frase e meditei nela: “Não sejam escravizadas a muito vinho”. Ele não diz
muito às mulheres mais velhas sobre suas características. Fiquei me perguntando: “Por que essa ênfase específica para mulheres em geral, e para mulheres mais velhas em particular?”
Será que todas as velhinhas de Creta (onde Tito era pastor) ficavam se embebedando? Elas bebiam demais? Será que esse foi um grande problema na Igreja? Não sabemos exatamente o que estava acontecendo, mas sabemos que cada parte da Palavra de Deus é… a Palavra de Deus. Ela é inspirada.
O fato de que a Bíblia dirige esta palavra a mulheres mais velhas significa que todas nós precisamos dar atenção ao que ela está dizendo. E nós precisamos pensar: “Como isso se aplica a mim?” Mesmo que você nunca tenha bebido uma gota de álcool, como isso se aplica a você?
Primeiro, é preciso compreender que a frase “escravizadas a muito vinho” representa mais do que apenas ser uma alcoólatra. Eu acredito que ela representa uma mentalidade, um espírito de superindulgência que invariavelmente leva à escravidão.
É uma tentação de comer, beber e se divertir, viver uma vida tranquila e
satisfazer a carne, fazer tudo o que a sua carne gosta de fazer. E à medida que ficamos mais velhas (e as mulheres mais velhas, podem confirmar se estou certa sobre isso), é fácil pensar; “Já fiz minha parte! Eu mereço uma pausa hoje! Vou fazer o que me faz sentir bem!” Você não acha que, conforme envelhece, às vezes é mais fácil se sentir assim?
Então, Paulo está preocupado com o excesso de indulgência, com o prazer excessivo em nossas vidas. Ele também se preocupa com a nossa tendência a nos tornarmos escravas (“não escravizadas a muito vinho”) de certas substâncias, hábitos ou atividades que podemos considerar essenciais para nossa felicidade, nossa sanidade ou nossa sobrevivência. Quando dizemos: “Eu não posso viver sem isso!” Isso é escravidão.
Uma definição diz que a escravidão é: “Estar aprisionado por um
poder externo; estar sob o poder, a força ou a influência de algo”.
É o oposto de ser sóbrio, moderado e ter autocontrole, que é o que vemos em todo o livro de Tito e no que vamos nos concentrar ainda mais nesta série.
Tito 2: “Nem escravizadas a muito vinho” (versículo 3) não é apenas uma proibição contra o vício em álcool. Certamente inclui isso (e vamos conversar sobre isso hoje), mas também é um aviso, uma advertência contra qualquer prática, qualquer comportamento, qualquer desejo que nos enrede em suas garras, que nos escravize.
Vivemos em uma cultura altamente viciante e a maioria de nós luta com algum tipo de escravidão ou servidão pecaminosa. (Vamos conversar mais sobre isso nos próximos estudos e como podemos ser libertas de todas as formas de vício e escravidão.) Mas hoje e no próximo programa, eu gostaria de abordar especificamente esta questão de não sermos escravizadas a muito vinho. O que significa isso?
Você pode estar se perguntando se esse problema está generalizado. De fato, essa é uma questão significativa e crescente, principalmente entre as mulheres. Uma mulher chamada Gabrielle Glaser, que é jornalista, escreveu um livro chamado Her Best-Kept Secret (Seu Segredo Mais Bem-Guardado). Neste livro ela fala sobre a epidemia pouco conhecida do vício das mulheres em bebidas. Ela diz que, usando qualquer medida de comparação, as mulheres estão bebendo mais. Elas estão sendo processadas com mais frequência por dirigirem embriagadas. Quando há acidentes de carros, com mais frequência há altas concentrações de álcool em suas correntes sanguíneas e têm acontecido mais casos de mulheres levadas às emergências dos hospitais por estarem perigosamente embriagadas. Na última década, números recordes de mulheres procuraram tratamento para o abuso de álcool.
Mas você pode pensar: “Acho que isso é um problema que acontece só com mulheres que não conhecem a Jesus. Será que isso seria realmente um problema dentro de nossas igrejas?” Pode apostar que é!
Estou descobrindo que a questão do abuso de álcool (e também o abuso de substâncias e vícios em geral) é muito mais comum entre mulheres cristãs do que qualquer uma de nós poderia imaginar.
Me veio à mente agora mesmo o exemplo de uma mulher cristã madura que serve em uma organização cristã e está em uma alta posição de responsabilidade. Ela me confidenciou recentemente que se viu retornando a alguns padrões destrutivos que a atormentavam antes dela conhecer a Jesus.
Ela teve uma recaída, incluindo (em suas próprias palavras): “um super-doentio mecanismo de lidar com as situações na dependência do álcool em determinados momentos e em resposta a certas emoções”.
Eu nem poderia imaginar algo assim, ninguém poderia. Mas o que me alegra é o fato desta mulher estar disposta a voltar para a luz e dizer: “Eu preciso lidar com isso, não quero que isso controle a minha vida. Não quero ser escravizada a muito vinho. Quero ser uma mulher reverente em meu comportamento.”
Portanto, hoje e na próxima sessão, vamos falar sobre: ”O que as Escrituras têm a dizer sobre o uso e abuso de álcool?”
Existem três admoestações recorrentes nas Escrituras que talvez possam nos oferecer um ponto de partida, então eu quero falar sobre isso hoje. Elas podem parecer muito óbvias, mas acho que são um bom lembrete. Eu sei que algumas mulheres jovens nos ouvem… Eu ficaria muitíssimo feliz se Deus usasse este estudo, esta parte da série, para resgatá-las do que poderia ser uma vida inteira de cativeiro e escravidão antes que seja tarde demais.
Tenho um carinho especial pelas mulheres jovens que nos ouvem, mas também pelas mulheres mais velhas que acumulam anos de padrões e hábitos e dizem: “Jamais terei vitória sobre isto”. Vamos ouvir o que Deus tem a dizer a esse respeito.
Número um, a Bíblia condena de forma clara e consistente a embriaguez. Você pode dizer: “Mas isso é evidente!” Saiba que hoje isso não é algo amplamente assumido, mesmo entre cristãos. Sei que existem jovens cristãos que dizem: “Está tudo bem. Não é exatamente isso que a Bíblia quer dizer”.
Acho que precisamos reforçar a ideia de que a Bíblia condena consistentemente a embriaguez de forma clara. Uma definição que eu vi de embriaguez é: “Estar em um estado físico e mental no qual as faculdades mentais são prejudicadas pelo excesso de bebida alcoólica; estar intoxicado.”
Então, a embriaguez tem a ver com uma perda de controle que se expressa de diferentes maneiras. Algumas pessoas ficam muito quietas, outras ficam muito agitadas e isso pode se manifestar de diferentes maneiras. Porém elas entregaram o controle de sua mente, de seu corpo e de suas faculdades mentais, em certa medida, para uma substância externa.
Não há uma única palavra positiva nas Escrituras sobre o uso excessivo (ou o abuso) de álcool. Ao contrário, a embriaguez, na Bíblia, é associada com sensualidade, imoralidade, farra, violência, obras da escuridão, comportamentos pecaminosos e pagãos. Essas coisas andam juntas. Quando há embriaguez, haverão outras coisas que não são coisas boas!
Esta é uma característica dos incrédulos que vemos no livro de Tito. No capítulo 3 é falado sobre como os incrédulos são “escravizados por toda espécie de paixões e prazeres” (versículo 3). Eles são escravos, eles cedem o controle, eles perdem o controle e se entregam a várias paixões e prazeres que acham que irão satisfazê-los, que os farão se sentir melhor, mas eles acabam escravizados.
Esta é a característica de pessoas que não têm a graça de Deus em suas vidas. Ao contrário disso, a Bíblia diz que mulheres piedosas, mulheres que temem ao Senhor, mulheres que têm a graça de Deus em suas vidas, não devem ser escravizadas a muito vinho.
Número dois, a Bíblia exige que as pessoas que exercem maior responsabilidade tenham maior moderação. Deixe-me dar alguns exemplos disso.
No Antigo Testamento, Deus fala a Arão sobre os sacerdotes em Levítico 10:9: “Você e seus filhos não devem beber vinho nem outra bebida fermentada antes de entrar na Tenda do Encontro, senão vocês morrerão”.
Isso era uma coisa séria! Esses sacerdotes não deveriam entrar no templo para cumprir suas responsabilidades, tendo bebido. Eles deveriam ter total controle de suas faculdades. Muitos comentaristas acreditam que foi a embriaguez que fez com que Nadabe e Abiú, os filhos de Arão, pecassem, o que resultou em serem mortos pelo Senhor.
Não estou dizendo que quem bebe vai ser morto pelo Senhor. Só estou dizendo que Deus levou isso muito a sério e disse: “Há alguma coisa sobre esse consumo de bebida forte que é proibido aos sacerdotes”, quando cumpriam suas responsabilidades.
Em Provérbios 31, o rei Lemuel relembra o que sua mãe ensinou a ele antes de tornar-se rei. Ela o instruiu e disse em Provérbios 31:4: “Não convém aos reis, ó Lemuel (o futuro rei); não convém aos reis beber vinho, não convém aos governantes desejar bebida fermentada,
para não suceder que bebam e se esqueçam do que a lei (a lei de Deus) determina e deixem de fazer justiça aos oprimidos”.
O que ela está dizendo a seu filho real? Ela está dizendo: “Beber prejudicará seu julgamento. Você perderá sabedoria; você perderá o autocontrole e, como resultado, será menos eficaz. Você vai ficar menos consciente de Deus e de suas leis. Você será menos sensível às necessidades do pobre e do aflito e não será capaz de cumprir suas responsabilidades se beber como um rei, se suas faculdades estão sendo prejudicadas, se estiver perdendo controle com álcool”.
Vamos para o Novo Testamento no livro de 1 Timóteo 3:8, Deus fala para os diáconos, os líderes espirituais da igreja (e eles seriam aqueles que substituiriam, em certo sentido, a liderança real e sacerdotal que vimos no Antigo Testamento), que eles não devem “ser amigos de muito vinho”.
Outra passagem (Tito 1:7) diz que eles não devem ser apegados ao vinho. Você pode dizer: “Mas é claro!” Mas a palavra grega que é usada para descrever essa situação dos diáconos significa, literalmente, que eles não devem estar “no” vinho, eles não devem se deixar levar “pelo” vinho ou estar “perto” do vinho. A palavra é paraoinos. Para= “em”; oinos= “vinho”. Eles não devem estar perto do vinho, eles não devem estar com o vinho, devem ficar longe dele porque eles precisam ter total controle de seus sentidos. O Espírito Santo precisa estar no controle total de seu corpo, alma e espírito, a fim de que eles forneçam o tipo de liderança que a igreja necessita.
Enquanto eu trabalhava nesta série e neste livro, a Imprensa cristã noticiou a respeito de um respeitado pastor de uma grande igreja que precisou renunciar a seu pastorado por causa do alcoolismo, ele não conseguia controlá-lo. Isto se tornou um problema e o custo disso foi seu pastorado.
Pense só em todas as pessoas naquela igreja, todas as pessoas cientes desta situação (isso se tornou muito público). Pense nos jovens, nas pessoas, nas famílias e nas pessoas lutando com seus próprios vícios. Na perda de credibilidade, no impacto e no testemunho. Pessoas que podem ter pensado assim: “Estou lutando contra meus vícios. Se ele não conseguiu a vitória sobre os dele, como é que eu vou conseguir?” E todas as consequências e o impacto de um homem de Deus, um líder espiritual na igreja, muito talentoso… eu não tenho razões para acreditar que este homem não tenha um profundo amor pelo o Senhor.
Eu não o conheço, mas até onde eu sei, ele não conseguiu ter controle nesta área e isso o destruiu em termos de eficácia e qualificação para o ministério. As coisas não são assim só porque “Deus diz que você não pode fazer isso”. Deus diz que você não pode fazer isso por um bom motivo! Essas coisas têm muitas ramificações e impacto.
Você pensa: “Olha, fico feliz por não ser um pastor, diácono ou rei!” Deus fala conosco também: “Mulheres mais velhas… não sejam escravizadas a muito vinho” (Tito 2: 3). Portanto, existem dois grupos de pessoas na igreja, anciãos (líderes espirituais) e mulheres mais velhas, que tinham bastante influência. Eles estão influenciando aqueles que os seguem e seu exemplo seria acompanhado de perto e seguido.
Essas pessoas, os líderes espirituais, os anciãos, as mulheres mais velhas, têm uma responsabilidade pela vida daqueles que os seguem. Eles devem ser exemplos do que significa viver um estilo de vida moderado e controlado pelo Espírito.
Vocês não imaginam com que frequência e de forma profunda me pesa pensar nisso… eu quero reverenciar o Senhor, temer o Senhor. Eu não quero pecar, simplesmente porque Deus é Deus, Ele é santo e eu O amo!
Mas se não houvesse nenhuma outra razão para eu querer viver uma vida exemplar, existe esta: eu percebo quantas mulheres ouvem o que estou ensinando. Elas estão procurando um exemplo de alguém que vive isso, não perfeitamente, mas alguém que está empenhada em viver os princípios da Palavra de Deus.
E eu penso, se eu não tiver autocontrole em alguma área importante que se torna limitada em minha vida, isso não afeta apenas a minha relação com o Senhor, mas quantas outras mulheres poderiam ser impactadas?
Você pode até pensar: “Ah, mas eu não tenho um programa de rádio ou um podcast. Eu não escrevo livros”. Tudo bem, mas se você é uma mulher mais velha, há mulheres mais jovens te observando, mulheres que você nem conhece que estão olhando para você em busca de esperança, de um exemplo e em busca de coragem, crendo que Deus realmente pode ajudá-las nessa área.
Portanto, a Bíblia incentiva aqueles que têm maior responsabilidade a exercer maior moderação em todas as áreas, mas especificamente quando se trata dessa questão do álcool.
E então, número três, a Bíblia nos avisa sobre as consequências do abuso de álcool, do consumo excessivo de álcool. Provérbios 20:1 diz: “O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas (e bebida fermentada e brigas muitas vezes andam juntas, não é?);
não é sábio deixar-se dominar por eles”. É tolice se deixar desviar pelo álcool, abusar dele.
E então temos Provérbios, capítulo 23. Esta é uma passagem longa e não vamos gastar muito tempo nela. Mas ela descreve alguns dos sintomas e efeitos do consumo excessivo de álcool, começando no versículo 29:
“Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos?
Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando vinho misturado.”
O que as pessoas sábias devem fazer? Como elas devem evitar estes efeitos destrutivos? Bem, o conselho do escritor (no mínimo, para a pessoa que é descrita nos versículos anteriores) é direto.
Provérbios 23:31: “Não se deixe atrair pelo vinho quando está vermelho, quando cintila no copo e escorre suavemente”. Cintila no copo… tem uma aparência agradável, é atraente, é agradável aos olhos. Você já ouviu isso em algum lugar? Eva e o fruto proibido? Escorre suavemente… é uma sensação boa enquanto desce.
Ele está dizendo que se você sofre com esses efeitos: a desgraça, a tristeza, a contenda, a reclamação, os ferimentos desnecessários, a vermelhidão dos olhos, então nem olhe para a bebida! Fique longe dela se ela pode se tornar um problema e trazer essas consequências para a sua vida. Ele está dizendo: “Fique longe disso!”
Em seguida, ele continua dizendo: “Pense também no futuro, nas consequências não intencionais, na parte que os comerciais não mostram”. Versículo 32: “No fim, ele morde como serpente e envenena como víbora”. No fim… isso… pode… ser… mortal!
Versículo 33: “Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades.”
Isso não se parece com efeitos alucinógenos? E, novamente, isto pode acontecer com excesso de bebida. Ao beber de forma excessiva, essas são algumas das coisas que acontecem.
Versículo 34: “E serás como o que se deita no meio do mar, e como o que jaz no topo do mastro.” Aqueles que não acatam este conselho têm um comportamento tolo, não conseguem andar em linha reta, fazem-se de ridículos.
Versículo 35 “E dirá: “Espancaram-me, mas eu nada senti! Bateram em mim, mas nem percebi!” A embriaguez pode amortecer a dor e essa é, na verdade, uma das razões pelas quais algumas pessoas bebem em primeiro lugar, para amortecer a dor.
Provérbios 23:35, continua: “Quando acordarei para que possa beber mais uma vez”. Então, o escritor de Provérbios está descrevendo essa pessoa que não seguiu seu conselho. Ela encara essas consequências, esses efeitos. Ela não pensa em ficar longe daquilo em que está tropeçando, que está destruindo a sua vida. Ela não pensa nas consequências futuras.
Ela chega ao ponto de acordar todas as manhãs pensando: Eu tenho que tomar outra bebida! Eu não consigo parar! Essa pessoa está escravizada. E, aliás, tudo o que estamos dizendo sobre o álcool poderia ser aplicado em outras áreas.
Para algumas de nós, não é o álcool que tem alguns desses efeitos sobre nossas vidas. É a comida, ou fazer compras. Ou outra coisa, na qual pensamos o tempo todo: manhã, tarde e noite. Algo que está destruindo a nossa vida! Isso não quer dizer que você deva parar de comer ou parar de fazer compras. Mas: “Veja as consequências do uso excessivo de algo, do abuso do que poderia ter sido uma coisa boa”.
Eu tive a oportunidade de conversar e caminhar com pessoas que são descritas nesta passagem e também vi o extraordinário poder da graça de Deus para libertá-las (incluindo a amiga que mencionei anteriormente).
Você está escravizada a alguma substância? Talvez seja o álcool, talvez seja outra coisa. Mas você sabe que isso controla a sua vida. Eu só quero garantir a você, conforme seguimos estudando, que você pode andar em liberdade! Você não precisa estar escravizada a esta substância!
Sabemos que a embriaguez é proibida, biblicamente. Mas e quanto a beber em geral.. o que chamamos de “beber socialmente”? Esta é uma área na qual há muita discordância (discordância profunda) entre os cristãos que creem na Bíblia. E eu quero dizer, você não vai encontrar um versículo na Bíblia que diga que é errado beber.
Mas eu acredito que esta é uma área na qual precisamos buscar a Palavra de Deus, precisamos olhar para os valores do reino de Deus para que a nossa forma de pensar e nossas decisões nesta e em áreas relacionadas sejam tomadas de forma consciente. Então, a seguir, vamos examinar alguns princípios, algumas questões a serem consideradas para decidirmos se devemos beber ou não.
Encerrando gostaria de orar assim: “Senhor, o que queres dizer aos nossos corações hoje? Peço que o Senhor liberte os cativos para Tua glória. Amém!”
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth fez uma leitura, passo a passo, em Tito capítulo 2 que diz que as mulheres mais velhas não devem ser controladas por muito vinho. Ela tem nos mostrado algumas ramificações práticas dessa passagem e ela escreve mais sobre isso em seu livro Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo: Vivendo a Beleza do Evangelho Juntas.
Por que temos tanta tendência de nos apaixonar por ídolos? Nancy vai explorar esse tema no próximo episódio. Esperamos você de volta no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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