Ep. 14: A embriaguez pode te levar a fazer coisas que você nunca pensou que faria
Raquel Anderson: Uma jovem chamada Laurie cresceu em uma boa família que frequentava a igreja enquanto ela tentava esconder um problema com o álcool.
Laurie: Sim, houve momentos em que definitivamente tive vergonha de quem eu era, do eu que fazia – e de quem eu havia me tornado. Muitas pessoas não tinham a menor ideia. Eu tentava esconder o melhor que podia. Mas você acaba ficando insensível a esses sentimentos de arrependimento e culpa quando continua no pecado e cada vez se aprofunda mais. Você se torna insensível a Deus.
Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Não seja escrava do vinho. O apóstolo Paulo ofereceu este conselho às mulheres no livro de Tito. No episódio passado, Nancy começou a desvendar o que esse princípio significa para nós hoje. Creio que você achará …
Raquel Anderson: Uma jovem chamada Laurie cresceu em uma boa família que frequentava a igreja enquanto ela tentava esconder um problema com o álcool.
Laurie: Sim, houve momentos em que definitivamente tive vergonha de quem eu era, do eu que fazia – e de quem eu havia me tornado. Muitas pessoas não tinham a menor ideia. Eu tentava esconder o melhor que podia. Mas você acaba ficando insensível a esses sentimentos de arrependimento e culpa quando continua no pecado e cada vez se aprofunda mais. Você se torna insensível a Deus.
Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Não seja escrava do vinho. O apóstolo Paulo ofereceu este conselho às mulheres no livro de Tito. No episódio passado, Nancy começou a desvendar o que esse princípio significa para nós hoje. Creio que você achará o ensino de Nancy equilibrado e prático. Se você perdeu algum dos programas anteriores, voce ainda pode ouvi-los em www.avivanossoscoracoes.com. Continuaremos com esse tema hoje ouvindo uma mulher que conhece em primeira mão a dor dos vícios.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Alguém da nossa equipe de produção ouviu ontem que eu estava ensinando sobre toda a questão dos vícios e do álcool. E então me perguntou: “Você conhece Laurie?”
Já nos conhecíamos antes e conheço alguns de seus familiares, mas não sabia sobre seu passado e parte de sua história e ele falou que você poderia compartilhar um pouco do seu testemunho. Agradeço pela sua disposição e vulnerabilidade em dividir conosco sobre sua experiência de vida nessa área.
Conte-nos um pouco sobre a família em que você cresceu. Quando você teve sua primeira exposição ao álcool? Lembra desse momento?
Laurie: Sim, sim, eu lembro bem. Eu cresci em uma família que antes de tudo acreditava em Cristo e professava o cristianismo. Fomos criados em uma Igreja Batista. Meus pais me levavam fielmente à igreja todos os domingos. Quase todas as vezes que as portas da igreja estavam abertas, nós estávamos lá.
No que diz respeito a quando fui exposta ao álcool, meus pais bebiam, mas não regularmente. Havia vinho em casa. Provavelmente não quando eu era criança, mas quando entrei na adolescência, estava um pouco mais disponível. Eles costumavam beber socialmente, em ocasiões especiais.
Nancy: Então eles falaram com você sobre beber? Eles disseram que você deveria ou não deveria ou simplesmente essa conversa não aconteceu?
Laurie: Provavelmente, sim, foi discutido e dito: “Não, você não deve beber.” No entanto, eles bebiam às vezes. Eles não davam muita importância e não enfatizavam muito esse assunto.
Nancy: Então, quando você experimentou álcool pela primeira vez?
Laurie: Bem, em situações de pressão dos colegas quando eu estava no segundo ano do ensino médio. Eu sempre fui uma pessoa muito tímida. O álcool era uma forma de me ajudar, acho, a superar aquela timidez com as situações sociais com meus colegas da época.
Nancy: Isso acontecia em festas?
Laurie: Em festas, sim.
Nancy: Você se lembra da primeira vez que provou?
Lauri: Sim, sim.
Nancy: Onde você estava?
Laurie: Em uma festa, uma festa de fim de semana do colégio depois de um jogo de futebol. Eu estava namorando alguém. Ele bebia muito, então me envolvi com esse grupo de gente que festejava nos finais de semana. Foi aí que sucumbi, acho, à bebida.
Nancy: Gostou? O que você achou do álcool?
Laurie: Gostei. Na verdade, me senti enojada na primeira vez – com vontade de vomitar. Ao mesmo tempo, pensei: “Oooh, gosto dessa sensação.” Era como se eu pudesse dizer o que eu queria dizer. Mas houve momentos em que pensei que estava dizendo coisas que provavelmente também não precisava dizer – aquela perda de controle. Com o passar do tempo, eu passei a preferir beber e não me preocupar tanto se eu viesse a dizer algo que me envergonharia mais tarde.
Nancy: Você alguma vez pensou: “Eu realmente não deveria estar fazendo isso”?
Laurie: Sim.
Nancy: Isso te incomodou?
Laurie: Sim. Pois houve momentos em que a embriaguez me levou a começar a fazer coisas que nunca pensei que faria.
Nancy: Que tipo de coisas?
Laurie: Bem, a imoralidade sexual era sem dúvida o principal desafio de uma adolescente com namorado.
Nancy: Quando você diz que o álcool a levou a fazer esse tipo de coisa, explique melhor.
Laurie: Quanto mais essas oportunidades aparecem, em que você fica bêbada e está com alguém que está te pressionando a fazer algo, eventualmente, você cede e faz isso porque baixou a guarda com o álcool. Porque o álcool assumiu o controle sobre as decisões que eu teria tomado diferente sem a influência dele.
Nancy: No dia seguinte depois de beber e praticar imoralidades, o que você pensava? O que você sentia?
Laurie: Eu tinha culpa. Eu sentia culpa, especialmente no começo. Eu acredito que Deus me deu esses sentimentos de culpa. Mas então eu pensava: “Bom, mas todo mundo está fazendo isso e todo mundo está bem com isso.” Então, apenas deixava esse pensamento de lado e com o passar do tempo decidi: “Acho que gosto mais disso do que de fazer o que Deus quer que eu faça”.
Nancy: Em algum momento você achou que precisava de mais álcool para obter o mesmo nível de satisfação?
Laurie: Sim, sim. Provavelmente, quando eu estava no último ano do Ensino Médio, consegui uma identidade falsa usando a certidão de nascimento da minha irmã.
Tenho certeza de que não daria mais para fazer isso hoje mas, na época, eu consegui. Eu comprava meu próprio álcool e bebia antes de ir a uma festa. E se sobrasse, beberia mais quando chegasse em casa. Isso se tornou um hábito bem rápido na faculdade também.
Nancy: Você já odiou esse estilo de vida? Você na época pensava: Isso é nojento; eu quero sair dessa? Ou você aprendeu a se acostumar com aquela vida?
Laurie: Sim, houve momentos em que definitivamente tive vergonha de quem eu era, do que fazia – e de quem eu havia me tornado. Muitas pessoas não tinham a menor ideia. Eu tentava esconder o melhor que podia. Mas você acaba ficando insensível a esses sentimentos de arrependimento e culpa conforme continua numa vida de pecado e então acaba cada vez se entregando mais e mais ao pecado. Você se torna insensível a Deus.
Nancy: Você sabia quando estava bêbada? Você reconhecia que estava bêbada?
Laurie: Houve momentos em que eu provavelmente estava bêbada e dizia que não estava. Assim como houve momentos em que eu sabia que estava muito bêbada.
Nancy: Você se considerava uma viciada ou alcoólatra?
Laurie: Não até a faculdade, só depois de mudar para meu próprio apartamento e beber sozinha e a bebida se tornar cada vez mais excessiva.
Nancy: O que estava acontecendo espiritualmente em sua vida durante esse período? Você havia colocado essa parte, tudo isso, em segundo plano em sua vida?
Laurie: Sim, fiz isso. Houve momentos em que eu estava realmente sofrendo e abria minha Bíblia e lia. Eu orava a Deus e pedia que Ele me ajudasse. Eu estava muito confusa e muito perdida. Mas nunca fui a ninguém – alguém da família ou alguém da igreja – e disse: “Preciso de ajuda. Preciso da direção de Deus”.
Claro, houve momentos em que minha mãe tentou intervir. Ela viu garrafas vazias de álcool debaixo da minha cama e ficou muito preocupada e conversou comigo sobre isso. Na verdade, ela me fez ir para um centro de reabilitação ambulatorial, mas eu ainda estava pensando que não tinha nenhum problema com o álcool.
Na verdade, no fundo, eu sabia que esse comportamento não era o melhor, mas ao mesmo tempo fiz uma “lavagem cerebral” em mim mesma para pensar que estava bem e que eu era independente. Eu poderia lidar com isso sozinha. Eu não queria aceitar a ajuda dos meus pais. Especialmente nessa idade, você realmente quer se tornar responsável por si mesmo. Então, eu estava realmente lutando contra minha mãe nesse assunto.
Nancy: Quando você conheceu o Clayton?
Laurie: Bem, nós nos conhecemos no colégio, mas nos encontramos depois que terminei a faculdade e voltei para casa em Little Rock, e ele também havia terminado a faculdade. Acabamos nos encontrando numa noite. Na verdade, estávamos em um bar. Então ele me ligou no dia seguinte e me convidou para sair. Nós nos casamos oito meses depois.
Nancy: Durante o seu namoro a bebida fazia parte disso?
Laurie: Sim, fazia. Para nós dois. Ele não sabia o quanto eu bebia até depois de nos casarmos. Mas havia bebida entre nós dois.
Nancy: Então você se casou e a bebedeira era comum para vocês dois. Você bebia muito?
Laurie: Sim, experimentei outras drogas durante a faculdade – acho que drogas recreativas que as pessoas costumavam consumir na faculdade. Sempre que havia qualquer tipo de droga disponível, eu queria. Eu nunca fui atrás, mas de alguma forma elas sempre apareciam. Eu também tomava umas mini pílulas. Era algo fácil de conseguir comprar. Era como uma pílula de dieta. Não continha cafeína, mas era algo que me dava aquele tipo de adrenalina. Eu costumava tomar pela manhã.
Eu também era fumante. Acabei fazendo tudo de horrível que você pode imaginar.
Nancy: Por que você estava tomando essas mini pílulas?
Laurie: Comecei a tomá-las na faculdade por causa das vezes em que usei outras drogas com outros amigos. Havia algumas pessoas que tomavam – várias de uma vez – e isso dava uma euforia diferente. Era algo diferente do álcool, que me afetava de forma diferente, mesmo sem beber. Então, às vezes, eu tomava as pílulas de manhã. E começava a beber no início da tarde e durante toda a noite. Era um ciclo muito vicioso. Era apenas um pensamento após o outro.
Nancy: Então você estava tentando obter algum tipo de euforia, alguma satisfação. Estava te fazendo feliz? Você estava aproveitando sua vida nesta fase?
Laurie: Eu estava muito infeliz. Eu pensei que estava feliz porque estava vivendo minha vida do jeito que eu queria viver. Mas eu não era uma pessoa feliz.
Nancy: O álcool teve um efeito negativo em seu casamento ou em seu relacionamento?
Laurie: Teve. Foi nessa época que Clayton dizia: “Laurie, acho que já bebemos o suficiente. Não precisamos de mais nada esta noite, ou não vamos beber hoje.” Mas eu ficava irritada quando ele falava isso e continuava a beber. Então ele ficava chateado e me questionava sobre respeito e expectativas no casamento.
Então, isso causou uma grande tensão em nosso relacionamento. Havia muitas coisas com as quais estávamos lidando no início de nosso casamento também, problemas vindos de meus relacionamentos anteriores.
Nancy: Houve um ponto em que você chegou ao fundo do poço, como um momento de desespero?
Laurie: Houve vários desses momentos. Quer dizer, Deus foi tão gracioso em me dar vários desses momentos, mas eu continuei em minha rebelião. Eu tive duas situações que fui pega dirigindo completamente embriagada. Meus pais tiveram que pagar fiança pra eu ser solta. Eu perdi todo o controle sobre minhas emoções e sobre como lidava com pessoas. Não havia controle sobre as coisas que eu dizia e assim eu atacava com palavras e com raiva as pessoas porque algo não havia saído do jeito que eu esperava.
Uma vez fiz uma viagem para Nova Orleans com meus amigos – era Carnaval – e tudo deu errado. Todas as coisas possíveis deram errado naquele fim de semana. Ao olhar para trás, sei que Deus permitiu que uma decepção e coisas ruins acontecessem comigo repetidamente para me dizer: “Pare com isso, Laurie. Pare com isso. Você está indo para o lado errado. . .” Porque eu estava caindo nas profundezas da escuridão, especialmente naquele fim de semana.
Teve até uma pessoa na rua que veio até mim e me confrontou. Ele era cristão. Eles estavam testemunhando para as pessoas nas ruas de Nova Orleans. Naquele momento, eu disse àquela pessoa que conhecia a Cristo e estava bem com Deus, que estava tudo bem entre Deus e eu. Dói pensar em como eu havia batido a porta na cara de Deus mais uma vez, mesmo depois de Ele continuamente me mostrar misericórdia e graça. Mas isso é apenas quem eu era – uma pecadora.
Nancy: Então, como você chegou no fim do poço e descobriu que seu coração realmente começava a se voltar para Cristo?
Laurie: Bom, cheguei ao ponto de aceitar ir a um centro de reabilitação. Passei uma semana lá e fiquei sóbria por oito meses durante esse período. Tínhamos começado a frequentar a igreja regularmente e estávamos sendo confrontados pela Palavra de Deus naquela época.
No entanto, ao mesmo tempo, Deus estava trabalhando em meu coração, mas eu ainda não tinha certeza de que realmente tinha um problema com o álcool. Eu ainda estava com raiva de Deus porque pensei que não queria isso para minha vida. Eu queria ser livre para poder tomar uma bebida ou qualquer outra coisa e para fazer o que eu quisesse. Então eu ainda estava pensando em mim mesma e não em Deus naquele momento.
Oito meses depois – eles chamam de recaída – decidi que queria beber de novo. Comecei a beber e bebi demais por alguns dias. Isso aconteceu duas ou três vezes em um período de três semanas. Então eu disse ao meu marido, depois que ele me implorou para obter ajuda novamente, eu disse: “Tudo bem. Estou disposta a tentar novamente.”
Fui para outro centro de reabilitação. Foi alí que o Senhor me colocou de joelhos. Eu fiquei internada em um lugar com todos os tipos de viciados em drogas. Era na Califórnia e chegando lá, liguei para meu marido. Eu ainda estava brava, eu estava muito confusa com toda aquela situação. Eu disse que não pertencia àquele lugar com todas aquelas pessoas. Mas na verdade eu me encaixava, é claro. Eu não era diferente de qualquer outro pecador perdido.
Ajoelhei-me no segundo dia em que estava lá e orei e orei e li os Salmos. Minha sogra havia me dado um livro devocional e eu o li. Eu sabia que precisava de Cristo. Eu sabia que era uma pecadora. Não há como você viver esta vida e se livrar do vício em álcool e drogas sem conhecê-Lo.
Foi então que o Senhor realmente me quebrou a ponto de saber o quanto precisava dEle e não poderia continuar sem Ele. Todo o tempo até aquele momento, eu estava tentando ter o controle sozinha.
Nancy: Uma vez que você realmente se arrependeu e teve fé em Cristo, o processo de se livrar do vício foi bem rápido ou foi um processo longo e difícil? Como você descreveria isso?
Laurie: Olha, posso olhar para trás e dizer que Ele tirou o desejo de mim. Houve momentos em que tive medo. Eu temia pensar que poderia ir buscar algo para beber se eu realmente quisesse. Portanto, foi um processo de confiar Nele diariamente e ter as pessoas que me amavam ao meu redor – prestando conta a elas.
Então, imediatamente, Deus me colocou num grupo de estudo bíblico, e eu mergulhei em Sua Palavra. Estávamos estudando o livro de João. Foi naquele momento que Deus simplesmente trouxe a liberdade. Eu estava finalmente verdadeiramente livre! Encontrei na Palavra de Deus toda a comida e a bebida de que eu realmente precisava!
Tudo o que disse sobre isso até agora apenas descreve exatamente o que Cristo fez por mim até eu encontrar a Água Viva. Eu não precisava mais beber outra coisa para satisfazer meu vazio. Ele me deu aquela Água e uma nova vida que satisfez minha alma, então foi apenas uma nova alegria e uma paz que eu nunca havia conhecido antes.
Tudo isso aconteceu em um ano. Eu ia às reuniões do AA nesse primeiro ano. Depois que comecei meu segundo ano no estudo da Bíblia, percebi que só queria continuar envolvida com minha igreja e com o estudo da Palavra porque era onde Deus estava me fazendo crescer e me mudando, com o apoio dos cristãos ao meu redor.
Nancy: Bem, houve um ponto — vários anos depois? — em que você abandonou o estudo da Bíblia e se sentiu vulnerável.
Laurie: Sim, foi depois que tive meu quarto filho e meu marido tinha um novo emprego e estava trabalhando muito. Ele tinha muito mais responsabilidades e tinha que viajar mais frequentemente. Tínhamos muitos analgésicos fortes em casa, mas eles nunca tinham sido uma tentação para mim até o nascimento do meu quarto filho.
Eu tinha algumas dores no pescoço e na cabeça, e comecei a justificar minha necessidade de tomar remédios fortes para dor por causa do torcicolo no pescoço. Comecei a tomá-los com mais frequência por esses motivos e pensei que estava tudo bem porque era por motivos médicos.
Naquela época eu não estava mais estudando a Bíblia. Eu estava amargurada provavelmente porque ficava muito tempo em casa sozinha com as crianças e era muito difícil. Era o primeiro ano de escola do meu filho mais velho e eu ensinava ele em casa.
Eu percebi, porém, que aquela era uma situação perigosa para mim. Aquilo não estava certo. Eu estava entrando no mesmo ciclo do álcool. Então parei de tomar os remédios mas não falei nada ao meu marido. Em nenhum momento falei sobre isso com ele ou qualquer outra pessoa.
Depois de algum tempo fui tentada a tomar os remédios novamente e percebi: “Ok, estou descendo ladeira abaixo mais uma vez e não é isso que Deus quer pra minha vida.” Eu tinha acabado de voltar a estudar a Bíblia e o Senhor me trouxe ao arrependimento. Louvado seja Deus porque Ele não me deixou escapar.
Finalmente criei coragem para contar ao meu marido o que estava acontecendo. Eu estava errada e Deus foi gracioso para me livrar disso e para eu parar com isso.
Nancy: Acho que essa situação mostra também o poder que o segredo pode dar ao pecado em nossa vida e como parte da quebra dessa escravidão é a disposição de confessar. Não só ao Senhor, mas ao seu marido, aos outros, e dizer: “Eu não consigo sozinha”.
Laurie: Deus foi muito gracioso em me cercar de pessoas com quem eu sabia que poderia compartilhar minhas questões, porque não é fácil se expor. É muito difícil se abrir e ficar vulnerável novamente compartilhando com alguém essa parte do seu passado tão horrível. Mas foi um processo que Deus usou para me fazer crescer e me aproximar Dele e me mostrar que devo estar atenta a cada pensamento que tenho e a tudo que faço.
Eu tenho que levar esses pensamentos cativos a Ele e saber que se eu fizer isso, isso trará algum lucro. Vai ser benéfico para mim ou vai me prejudicar ou a outra pessoa? Isso vai prejudicar o relacionamento que tenho com Deus? Essa foi a pior parte, quando você está em um pecado como esse, não há intimidade com Deus.
Nancy: É possível chegar ao ponto que você não se sente mais atraída aos diversos tipos de abuso de substâncias, como se tivesse completamente superado esses desejos?
Laurie: Já pensei nisso várias vezes, especialmente quando me senti tentada com os medicamentos. Achei que jamais teria um problema com isso e sou muito grata a Deus por ter tirado esses desejos de mim e me preenchido com Sua alegria, paz e Seu Espírito. Mas qualquer coisa é possível.
Ao mesmo tempo, tenho que confiar que Deus vai me proteger e me guardar e tudo o que tenho a fazer é passar tempo com Ele e estar em Sua Palavra e ter cuidado com meus desejos – todas as coisas sobre as quais você falou que podem me desviar Dele. Caso contrário, posso ser levada a uma situação na qual não gostaria de estar novamente. Mas eu sinto que minha confiança só tem que estar no Senhor em relação a isso.
Nancy: Você e seu marido já conversaram sobre o que vão ensinar a seus filhos sobre o álcool, considerando seu passado e suas lutas com isso no passado? Como você planeja abordar isso com seus filhos?
Laurie: Felizmente, nossa família e nossos familiares também, a maioria não bebe álcool. Portanto, sempre dissemos a eles que beber álcool pode levar a coisas que não são boas e que não agradam ao Senhor. É melhor nem tomar um gole só por causa do que isso fez com nossas vidas.
Nancy: Uma das definições de bebida social é que é algo que você faz para ajudar a se relacionar com as pessoas em ambientes sociais. Houve um período em que suas festas e seus relacionamentos dependiam do álcool para manter as conversas e os relacionamentos. Tem sido um desafio para você, depois que parou de beber, poder conversar, se reunir socialmente e se relacionar com as pessoas sem a muleta do álcool?
Laurie: Foi muito difícil para mim no começo porque eu estava com muito medo. Com medo do julgamento das pessoas porque eu tinha muitos amigos e até parentes que ainda bebiam. Eu me sentia desconfortável e incomodada em estar em um ambiente social sem ter um copo nas mãos, uma vez que esse foi o meu costume por tanto tempo.
Mas, ao mesmo tempo, ter Cristo e Seu Espírito em mim era muito maior do que aquele medo e Ele foi capaz de me ajudar a superá-lo. Pode haver momentos em que ainda penso no que eles estão pensando de mim porque não estou bebendo ou algo assim. Mas sou muito grata a Deus por me ajudar continuamente nessa batalha.
Nancy: Até onde você sabe, existem pessoas que oraram por você durante esse período que, ao olhar para trás, fizeram diferença em sua vida?
Laurie: Sim, sei que minha mãe e meu pai oraram por mim. Eu não sei sobre as pessoas da nossa igreja. Ficamos um pouco dissociados de nossa igreja durante aqueles anos mais difíceis. E tenho certeza que uma das minhas avós também orou muito por mim e eu não sabia. Então, sou muito, muito grata pelas pessoas que oraram por mim, e eu sei que minha mãe orou e orou e orou e orou. Deus agiu através dela. Eu sei o que Ele fez e sou muito grata por isso.
Nancy: Coragem, mães e avós. Não parem de orar!
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth conversou com Laurie, uma mulher que falou sobre a escuridão do vício e o poder da oração. Esses últimos episódios trouxeram um bom equilíbrio entre a compreensão de princípios bíblicos sólidos sobre o álcool e histórias que ilustram esses princípios.
Nancy, essa é uma abordagem em que você realmente acredita aqui em Aviva Nossos Corações.
Nancy: Sim, Raquel. Eu acredito na importância de ensinar a Palavra de Deus. Eu nunca quero me desviar dela. Mas também acredito em mostrar às mulheres como é viver esse ensinamento aqui e agora neste ano, neste século. Na verdade, muitas vezes em minhas anotações de ensino, escrevo uma pequena sigla, TIP, que significa: “Torne Isso Pessoal”. Ou, “LIC – Leve Isso para Casa”. Mantenha-se conectada à Palavra de Deus e à verdade sólida. Esse é o nosso desejo, queremos torná-la pessoal e prática para a vida cotidiana.
Se você tem nos acompanhado e Deus tem usado esse ensinamento para ser uma bênção em sua vida, colabore com o ministério. Faça uma doação, de qualquer quantia, diretamente no nosso site www.avivanossoscoracoes.com.br
Agora, mesmo que você nunca tenha provado nem uma gota de álcool, ainda precisa ficar atenta. Existem vícios mais sutis que podem lhe causar problemas. Falaremos sobre isso no próximo episódio.
Até lá no Aviva Nossos Corações!
O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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