Ep. 16: Existe algum vício te controlando hoje?
Raquel Anderson: Existe algum vício te controlando hoje? Nancy DeMoss Wolgemuth vai te encorajar a lutar por liberdade com a ajuda de Deus.
Nancy DeMoss Wolgemuth: A batalha é espiritual, porque os desejos que temos não são apenas desejos físicos. Seja álcool ou medicamentos controlados, televisão, jogos de computador ou jogos de azar, ou compras … seja o que for que te prende, esse não é apenas um desejo físico. Não são apenas amarras emocionais; existe uma batalha espiritual acontecendo.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo – Vivendo a Beleza do Evangelho Juntas, na voz de Renata Santos.
Nas últimas semanas, temos estudado Tito 2:1-5 com Nancy. Na semana passada, essa passagem nos levou ao tema do alcoolismo e da bebida alcoólica. Hoje, vamos ampliar nosso campo de visão e olhar para outros tipos de vícios e mostrar …
Raquel Anderson: Existe algum vício te controlando hoje? Nancy DeMoss Wolgemuth vai te encorajar a lutar por liberdade com a ajuda de Deus.
Nancy DeMoss Wolgemuth: A batalha é espiritual, porque os desejos que temos não são apenas desejos físicos. Seja álcool ou medicamentos controlados, televisão, jogos de computador ou jogos de azar, ou compras … seja o que for que te prende, esse não é apenas um desejo físico. Não são apenas amarras emocionais; existe uma batalha espiritual acontecendo.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo – Vivendo a Beleza do Evangelho Juntas, na voz de Renata Santos.
Nas últimas semanas, temos estudado Tito 2:1-5 com Nancy. Na semana passada, essa passagem nos levou ao tema do alcoolismo e da bebida alcoólica. Hoje, vamos ampliar nosso campo de visão e olhar para outros tipos de vícios e mostrar como encontrar liberdade.
Nancy: Recentemente, recebi um e-mail de uma mulher que pedia ajuda ao Aviva Nossos Corações em favor de uma amiga que luta contra o vício em drogas e prostituição.
Ela escreveu assim: “Minha amiga está desesperada para mudar, mas não consegue. Ela está mais confusa ainda porque ficou sóbria por muito tempo e recentemente voltou a cair. Agora ela só pensa em morrer.”
Então, essa amiga – graças a Deus pelos amigos – nos buscou dizendo: “Vocês poderiam me ajudar a alcançar a minha amiga que está lutando contra o vício em drogas e prostituição?”
Ainda que eu não tenha vivenciado pessoalmente o vício em drogas e prostituição, enquanto eu lia a mensagem, consegui me identificar com a experiência de ter um pecado recorrente. Você pode passar um período em que pensa estar caminhando em vitória e, então, alguma coisa serve de gatilho ou você baixa a guarda, ou se vê tentada de um jeito diferente e então cai de novo, resultando em confusão, frustração, decepção e raiva e, às vezes, até vontade de morrer.
Enquanto eu lia a mensagem, me ocorreu o pensamento de que é exatamente isso que devemos fazer. Claramente, não de forma literal, mas, espiritualmente, temos que chegar ao ponto em que reconhecemos que “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20). Eu não posso viver essa vida por conta própria.
Não importa qual seja o vício – seja drogas, prostituição, álcool ou até mesmo algo inofensivo como sorvete, que nem consideramos inerentemente pecaminoso mas que pode se tornar um deus, um ídolo para nós.
Hoje, queremos falar sobre a frustração que às vezes sentimos ao tentar vencer a nossa carne e sobre como nos libertar desses vícios.
Esse tema está inserido no contexto de Tito 2:1-5, em que as mulheres mais velhas são instruídas sobre um comportamento reverente, assim como o tipo de vida que elas devem levar. Abordaremos esse tema na próxima parte do nosso ensino.
Elas devem treinar, orientar e discipular as mulheres mais jovens sobre a maneira de pensar e viver de Deus. Uma das coisas que veremos no versículo 5, é que as mulheres mais velhas devem ensinar às mulheres mais jovens a terem domínio próprio, a estarem sob o controle do Espírito, a serem temperadas, moderadas.
É por isso que achei importante pararmos e nos determos nessa frase, que as mulheres mais velhas não devem ser “escravizadas a muito vinho” (versículo 3). Isto é, elas não devem viver vidas indulgentes e autoindulgentes. Devem viver vidas disciplinadas e controladas, porque se devem ensinar as mulheres mais jovens a terem autocontrole… Como podem as mulheres mais velhas ensinar as mulheres mais jovens a terem autocontrole se elas mesmas não têm autocontrole?
Em outras palavras, se você e eu somos escravas de vícios carnais em qualquer área de nossas vidas, como poderemos ajudar outras pessoas a obter vitória em suas áreas de luta, pecados e vícios que as assediam? Se eu estou escravizada a algo em minha vida, como posso ajudar você ou outra pessoa a andar em liberdade?
É por isso que é importante que nós, como mulheres de Deus, primeiro desfrutemos dessa liberdade em nossa vida, então, poderemos ser instrumentos para ajudar outras a caminharem em liberdade. Precisamos reconhecer que somos todas escravas.
Ou somos escravas do pecado ou somos escravas da justiça. Somos escravas de nós mesmas e da influência e engano de Satanás em nossas vidas, ou somos escravas de Deus e de Sua justiça.
Quando o apóstolo diz que as mulheres não devem ser escravizadas a muito vinho, ele usa uma palavra que geralmente é traduzida como serva em algumas traduções.
A ideia dessa palavra é de uma pessoa que está ligada, que é controlada por, que está sob a vontade e o domínio de outra pessoa.
Paulo nos diz em Tito 3:3 que “nós também éramos… escravizados [palavra semelhante] por toda espécie de paixões e prazeres”. Era assim quando não éramos cristãs. Agora que somos cristãs, diz ele, não devemos ser escravizadas a muito vinho ou a qualquer outra coisa que nos afaste da intimidade com Cristo e de nosso relacionamento com ele.
Uma passagem maravilhosa para memorizar e meditar nessa área de vícios e escravidão – escravidão ao pecado e escravidão à justiça – está em Romanos capítulo 6.
Não vamos nos aprofundar muito nesse capítulo; talvez algum dia eu ensine sobre esse capítulo de forma mais profunda, mas esta é uma passagem com a qual você deve estar familiarizada. Você deve memorizá-la; você deve meditar sobre ela. Deixe-me escolher algumas frases deste capítulo para mostrar o que quero dizer com isso.
Em Romanos 6:6, Paulo diz que “nosso velho homem foi crucificado com ele, para que… não mais sejamos escravos do pecado”. Há uma palavra semelhante ali; ela vem de uma “família de palavras” – escravos, escravidão, escravizado – palavras semelhantes no grego.
Ele diz que fomos crucificados com Cristo para que não precisássemos mais ser escravos do pecado. A propósito, essa deve ser uma mensagem de esperança para todos que sentem essas correntes e a escravidão do pecado ou de hábitos pecaminosos ou carnais, e pensa o seguinte: “Eu não posso me libertar. Eu só quero mesmo é morrer”.
Paulo diz que você morreu. Você foi crucificada com Cristo para que essas correntes pudessem ser quebradas.
Então, ele diz no versículo 17: “Mas… embora vocês tenham sido escravos do pecado (mesmo grupo de palavras)”. Vocês eram escravas do pecado! Todas nós éramos escravas do pecado! Nós nascemos assim.
Então, ele diz no versículo 18: “Vocês foram libertados do pecado (não mais escravos do pecado, tendo sido libertos do pecado) tornaram-se escravos da justiça”. Então, ainda somos escravas, mas de um Mestre totalmente diferente. Não mais escravos do pecado, mas agora escravos da justiça.
O versículo 20 diz: “Quando vocês eram escravos do pecado, estavam livres da justiça”.
O versículo 22 diz: “Mas agora… vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus”.
Veja, se você quer se libertar das paixões e prazeres pecaminosos, dos vícios, creio que a chave é reconhecer que estamos livres deles em Cristo para que possamos ser escravos de Cristo. Teremos um Mestre.
Não podemos ter dois mestres. Você não pode ser um escravo de sua carne e de suas paixões e prazeres, e ser um escravo de Cristo; mas você pode se livrar dos vícios pecaminosos e se tornar uma escrava da justiça.
Veja, em última análise, o vício é uma questão de adoração. Somos escravas daquilo que adoramos. E novamente, seja álcool ou drogas ou sorvete ou qualquer outra coisa – ou, como alguém me disse em um dos intervalos aqui hoje: “Tenho sido uma escrava dos homens, viciada em homens”. Não em um sentido sexual ou moral; esta é uma mulher que viveu uma vida muito pura e está comprometida com isso, e ela é solteira. Porém, ela disse: “Eu me vejo obcecada pelo casamento”.
Lidamos com isso reconhecendo que temos adorado aquela coisa ou aquele vício, aquele hábito, aquele prazer; e esse desejo se tornou um deus em nossas vidas. Ficamos livres substituindo esse deus pelo Deus vivo e verdadeiro e adorando a Cristo.
Alguns anos atrás eu entrevistei o Dr. Ed Welch no Aviva Nossos Corações, a respeito do vício. Ele escreveu um livro sobre o assunto e, naquela entrevista, ele disse que a explicação mais profunda para os vícios é basicamente responder à pergunta: Quem governa a sua vida?
- A quem você honra?
- A quem você serve?
- Quem é seu Mestre?
- Quem é seu Senhor?
Quando Deus fala ao Seu povo no Antigo Testamento, Ele diz em Jeremias 2:13:
“O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água.”
O que Ele está dizendo? Você tem olhado para as coisas terrenas como substitutos de seu relacionamento com Deus. Você procura as coisas terrenas para se satisfazer, quando na verdade só Deus pode satisfazer os anseios e desejos mais profundos do seu coração.
O problema é que pensamos que essas coisas para as quais olhamos, sejam drogas ou álcool ou homens ou qualquer outra coisa, podem nos satisfazer; mas isso é apenas temporal. Elas dão algum prazer, mas ele não dura.
Isso me lembra da mulher do poço, que Jesus encontrou lá em Samaria. A mulher estava tentando encontrar o amor nos lugares errados.
Que exemplo de uma mulher com vícios! Ela tinha um vício em homens – um vício no casamento. E a água daquele poço tornou-se um símbolo que Jesus usou para mostrar a ela a natureza temporal das coisas que ela procurava para satisfazer a sua sede.
João 4:13 diz: “Jesus respondeu: “Quem beber desta água terá sede outra vez”. A implicação é que todos que procuram a felicidade em homens ou no casamento ou no álcool ou drogas ou em qualquer outra coisa terrena, não ficarão satisfeitos. Sempre haverá a necessidade de voltar para mais. Esta é a natureza do vício.
“Mas,” Jesus disse: “quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede”. Qual é a água que Jesus dá? É ele mesmo. Ele é a Água Viva, a Água da Vida.
Então, Jesus disse: “Sua alma está cansada e oprimida? Venha a Mim, e darei a você verdadeiro descanso para sua alma.”
Você está com sede? Jesus diz: “Venha a Mim e beba, e do seu íntimo fluirão rios de água viva”.
Se estivermos procurando alguém ou algo diferente de Cristo para nos satisfazer, pode parecer que funcione inicialmente, mas invariavelmente estaremos caminhando para a decepção, desilusão e nos conformando com menos do que aquilo que Deus quer nos dar.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth estará de volta com a segunda parte da mensagem de hoje sobre como viver livre do vício. Mas primeiro, Nancy, deixe-me perguntar: você já se sentiu tentada por vícios?
Nancy: Sabe, Raquel, algumas das coisas das quais citamos como vícios, seja drogas ou álcool, não têm sido uma área particular de tentação para mim. Porém, há outras lutas em minha vida, coisas as quais tenho tendência a buscar, de colocar minha confiança ou almejar mais do que ao Senhor. Compartilho sempre neste programa como a comida é um exemplo de algo que exerce tentação sobre mim… não há nada de pecaminoso em comer.
Não há nada de errado com a comida ou com algumas dessas outras coisas às quais recorremos. Porém, ansiar por isso, procurar por isso, usar isso para satisfazer necessidades em minha vida que só Jesus pode atender, é aí que isso se torna um vício ou como prefiro chamar: idolatria.
Isso é algo que estou procurando para atender às necessidades da minha vida? Qualquer coisa diferente de Jesus pode se tornar algo que pode me escravizar. É disso que queremos nos libertar; de qualquer coisa para a qual nos voltamos, buscamos ou de qualquer coisa na qual encontramos mais conforto do que no Senhor Jesus.
Raquel: Acho que todo mundo sabe como é ser tentado a ser escravizado a algo.
Nancy: Correto. É por isso que esta passagem em Tito 2 é útil para todas nós. Podemos olhar para ela e dizer: “Não ser escravizada a muito vinho?! Bem, isso não é um problema para mim!” Porém, essa passagem, como tentei explicar, tem muitas ramificações práticas para cada uma de nós, mesmo em fases de vida diferentes. E toda a passagem de Tito 2:1-5 é assim. Ela trará muitas questões e desafios que enfrentamos no dia a dia.
É uma passagem que não somente foi relevante no primeiro século, mas é igualmente relevante hoje. Então, é por isso que espero que você se aprofunde nesta passagem comigo, obtendo uma cópia do livro, Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo. Este livro tem mais de 300 páginas com foco em apenas três versículos do capítulo 2 de Tito; incluindo um capítulo sobre não se deixar escravizar a muito vinho e o que isso significa em cada uma de nossas vidas de maneiras muito práticas e pessoais.
Raquel: Ok, vamos voltar à segunda parte da mensagem de Nancy sobre a libertação dos vícios que Jesus oferece.
Nancy: Eu amo o Salmo 16:11, aquele versículo que diz: “Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita.” Deus quer preencher você. Ele quer te satisfazer.
O Salmo 107:9 diz “… porque ele sacia o sedento e satisfaz plenamente o faminto”.
Deus diz: “Eu sou o Senhor teu Deus… Abra a sua boca, e eu o alimentarei” (Salmo 81:10). “Eu te sustentaria com o melhor trigo, e com mel da rocha te satisfaria” (Salmo 81:16).
Ele quer nos satisfazer. Ele quer nos preencher, mas não podemos procurar substitutos. Se o fizermos, descobriremos que essas cisternas estão rachadas. Elas vazam. Você tem que continuar voltando para recarregá-las. Somente Cristo satisfaz de maneira verdadeira e duradoura.
Quero que sejamos lembradas disso existem tantas promessas que nos revelam que vícios e amarras em nossas vidas, essas áreas de escravidão, podem ser superadas. Isso é algo em que você precisa acreditar, porque se você acredita que sempre será uma escrava, então você sempre será uma escrava.
Se você acredita que não pode ser livre, então você não será livre. Esse é um engano que o diabo usa para manter muitas de nós em cativeiro, acreditando que: “Eu não posso me libertar disso. Tenho que ser uma eterna prisioneira”.
Você não precisa ser uma prisioneira. A Palavra de Deus diz em 1 Coríntios 10:13:
“Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, Ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar.”
Contudo, uma coisa é saber que podemos nos libertar; uma coisa é saber que não temos que ser escravas do pecado, que fomos salvas para sermos escravas da justiça. Porém, acho que algumas de nós não nos atentamos ao fato de que existe uma batalha envolvida nisso. Não existem atalhos.
A maioria de nós gostaria simplesmente de ter essa libertação instantânea. As pessoas amam os ministérios de libertação. Você simplesmente vai à frente, ou alguém ora por você, ou acontece algum “abracadabra” ou algo assim e de repente você não deseja mais aquela coisa que estava te mantendo cativa.
Veja bem, Deus às vezes livra as pessoas milagrosamente dessa maneira. Mas, com mais frequência, há um longo e difícil caminho de mortificação (morte) dos velhos desejos, dos nossos desejos carnais e colocar nossas afeições em Jesus Cristo, renovando as nossas mentes. Esse é o processo de santificação, não há atalhos para isso.
A batalha é espiritual, porque os desejos que temos não são apenas desejos físicos. Seja álcool ou medicamentos controlados, televisão, jogos de computador ou jogos de azar, ou compras … seja o que for que te prende, esse não é apenas um desejo físico. Não são apenas amarras emocionais; existe uma batalha espiritual acontecendo.
Em 2 Coríntios 10.3-4, Paulo fala das fortalezas. Ele diz:
“Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; ao contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas.”
Em seguida, ele fala sobre trazer todo pensamento cativo em obediência a Cristo (ver versículo 5). Ele está falando sobre batalha espiritual aqui, controlando nossas mentes, nossos afetos e nossos desejos para que se tornem subservientes a Cristo.
Agora a pouco fiz referência à passagem de Romanos, capítulo 7, na qual o apóstolo Paulo descreve essa batalha que se trava na vida dos crentes, uma batalha entre a carne e o espírito. Se você é uma filha de Deus, você deseja obedecer a Deus.
Paulo diz: “No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo da Lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado.” (Romanos 7: 22-25)
Então, o que faremos? Bem, vamos para Romanos capítulo 8; o versículo seguinte, Romanos 8:1.
“Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte.”
Veja bem, é o Evangelho que nos salva, que nos livra do domínio e do poder e do controle do pecado em nossas vidas. Mas, é também o evangelho que nos mantém salvas, que continua nos salvando, que continua nos libertando nessa batalha diária entre a carne e o espírito. É Cristo, Sua cruz, Seu Espírito, Sua graça para a qual temos que continuar nos voltando para caminhar em liberdade nessas áreas de escravidão.
Há uma descrição linda em Lucas, capítulo 4, começando no versículo 16. Por favor, abra sua Bíblia nessa passagem:
“Ele (Jesus) foi a Nazaré, onde havia sido criado, e no dia de sábado entrou na sinagoga, como era seu costume. E levantou-se para ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito: (e isso vem de Isaías 61): ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor’. Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; (este é um momento muito poderoso e dramático) e então, ele lhes disse: ‘Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir’.” (Lucas 4:16-21).
O que Ele está dizendo? É claro que eles sabiam que essa era uma profecia messiânica. Ele está dizendo: “Eu sou o Messias; Eu sou o Enviado”.
Mas o que mais Ele está dizendo? “O Espírito do Senhor está sobre mim, e Deus me ungiu para proclamar as boas novas…” – esse é o Evangelho – para aqueles que precisam. Deus me enviou para proclamar a liberdade aos cativos. Eu vim para dizer, você é livre! Você não precisa mais ser escrava do pecado! Você não tem que ceder os membros de seu corpo como instrumentos de maldade. Você é livre. Você está livre para ser escrava da justiça e serva de Deus. Eu vim para recuperar a visão aos cegos e para libertar os oprimidos.” Ele diz ainda: “Você está olhando para Aquele que veio para te libertar”.
A liberdade vem por meio de Cristo e somente em Cristo. Você pode ser capaz de quebrar maus hábitos apenas por pura obstinação e disciplina, mas não será livre. Você não é livre até que esteja apaixonada por Cristo e comprometida com Ele e servindo a Ele com gratidão, servindo com alegria a Cristo como seu Mestre. É assim que você é livre.
Ele quebra o poder do pecado,
Ele liberta o prisioneiro;
Seu sangue pode limpar o mais imundo;
Seu sangue me lavou.
(”O for a thousand tongues to sing”, Hino de John Wesley)
A filha de vinte e poucos anos de um casal de amigos meus escreveu um poema falando sobre alguns dos problemas com os quais lidou em sua vida e ela me deu permissão para compartilhá-lo.
Ele se chama “Encontrei a vida”.
Deixe-me compartilhá-lo com você. Diz assim:
“Eu tenho um vício.
Tenho isso há doze anos.
Tudo o que sei é que meu vício dominou minha vida
Transformando meus desejos puros em prazeres carnais, malignos e sombrios,
De satisfazer meus desejos e necessidades imediatamente – Gratificação instantânea.
Eu fui vencida pela minha carne.
Não posso fazer pausas ou sair de férias.
Esse monstro está atrás de mim há anos.
(Deixe-me abrir um parêntese aqui para dizer que fico feliz por ela não ter dito qual era o vício, porque você pode preencher a lacuna com qualquer que seja o monstro que você está enfrentando.)
Olhar o vício diretamente nos olhos me fez cair de joelhos – Aos pés da cruz.
Me fez entender como pedir pela cura,
Saber qual cura eu preciso,
O que significa levar minha cruz-
Escolher tudo que vai contra mim e minha ‘autossuficiência’.
E carregar a minha cruz até o monte da crucificação,
O lugar onde me entrego completamente
Para crucificar minha carne e todos os seus desejos,
E deitar-me na minha cruz de culpa e vergonha,
Sentir os pregos sendo cravados em minhas mãos
E o maligno expulso.
Não eu, mas Cristo vive em mim.
Agora tenho a escolha de viver cada dia em Jesus,
Para dizer sim a ele e não aos meus vícios,
Para buscar Seu rosto, Sua mensagem – a cruz,
Porque através da minha morte, vem a vida
E o poder de escolher uma nova vida,
Desejos novos e corretos,
Um novo, novo crescimento,
Com novo potencial, nova paz,
Novos sonhos e visões.
Minha visão de vida não está mais distorcida e pervertida,
Ela foi colocada de cabeça para cima.
O que eu achava que era de cabeça para cima,
A experiência no topo da montanha, realmente não é.
É o vale.
É nesse lugar de poder e glória
Que na minha luta contra o pecado
E seu poder quebrado sobre mim
Que percebo hoje que tenho o poder sobre meus desejos malignos,
Sobre minhas dependências,
Sobre as coisas que me dominam e me derrubam.
Eu não desejo mais o poder pelo simples poder,
Um relacionamento apenas para não ficar sozinha,
Nem a academia apenas para ficar magra,
Ou dinheiro apenas para ser rica,
Ou álcool para perder o contato com a realidade,
Ou música para abafar o silêncio,
Ou comida apenas pelo conforto.
O que eu realmente desejo é o que Deus quer para mim –
Vida, e vida em abundância.
Pois aquele que deseja salvar sua vida irá perdê-la,
Mas aquele que perde sua vida por minha causa irá salvá-la.”
Então, ela cita este versículo de Tiago 1: “Se algum de vocês tem falta de sabedoria [sobre como receber essa vida], peça a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida” (Tiago 1:5, NVI).
Enquanto nos curvamos diante do Senhor, eu me pergunto, já que estivemos nesta série sobre escravidão e vícios, se Deus tem falado ao seu próprio coração e se você reconheceria diante Dele: “Existe uma área de escravidão na minha vida. Existe um vício”. Talvez não seja algo que você tenha colocado em prática, talvez seja algo em sua mente, algo com que você se preocupa obsessivamente, algo que tem ocupado mais dos seus pensamentos, coração e afeições do que o próprio Deus.
- Você poderia identificar qual é essa área de escravidão?
- E poderia confessar a Deus que permitiu que essa coisa governasse sua vida e que fez escolhas que a tornaram escrava dessa coisa?
- Então, você poderia pedir a Deus para te libertar pelo poder de Cristo e Sua cruz?
Diga: “Senhor, seja o que for preciso, seja qual for o processo, custe o que custar, eu quero ser livre. Tu me criaste para ser livre do pecado, um escravo da justiça, e eu quero ser livre dessas correntes. Concordo contigo que, por meio da cruz de Cristo, há esperança. Eu não preciso ser escravo(a) dessa coisa. Posso caminhar em liberdade.”
- Diga ao Senhor que você deseja abraçar, desfrutar e experimentar a liberdade para a qual Ele veio para libertá-la.
- Em seguida, peça a Deus para dar a você novos desejos e ajudá-la a rejeitar os desejos que talvez a tenham levado a esse comportamento viciante e que Ele a faça encontrar satisfação, não nas coisas, não nas substâncias, não nas pessoas, mas em Cristo e somente em Cristo…
Raquel: É tão fácil vagar pela vida. No próximo episódio, Nancy mostrará como viver intencionalmente ao invés de ficar à deriva. Te esperamos de volta aqui no Aviva Nossos Corações. Nancy tem nos mostrado como sermos livres dos vícios estando satisfeitas no Senhor, e ela está de volta para terminar em oração.
Nancy: Então, Senhor, dizemos: “Aleluia! Encontramos Aquele que nossa alma tanto ansiava.” Olhamos para Ti e dizemos: “Obrigada, Senhor Jesus.” Enche nossos cálices. Enche nossos corações. Enche-nos por completo. Faz-nos completos e completamente tuas. Em nome de Jesus, oramos, amém.
O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.