Ep. 18: Todas nós deveríamos estar continuamente envolvidas no desenvolvimento espiritual de mulheres mais jovens
Raquel Anderson: Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Temos a obrigação e a responsabilidade de nos envolver na vida das mulheres mais jovens. Se elas não estiverem pensando direito, se não estiverem vivendo uma vida piedosa, se não estiverem tendo sucesso em seu casamento e maternidade, nós, como mulheres mais velhas, devemos nos perguntar: “Cumprimos nossa responsabilidade de treinar essas mulheres mais jovens para que sejam sóbrias, sensatas e tenham autocontrole?”
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo.
Semana passada, Nancy inspirou muitas pessoas a investirem na vida de mulheres mais jovens. Hoje ela abordará algumas maneiras de como começar a fazer isso na série “Adornada: Vivendo Tito 2:1–5“.
Nancy: Tenho várias amigas que estão entrando na fase do ninho vazio. Seus filhos estão se formando na faculdade; estão se casando e saindo de casa. Essas …
Raquel Anderson: Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Temos a obrigação e a responsabilidade de nos envolver na vida das mulheres mais jovens. Se elas não estiverem pensando direito, se não estiverem vivendo uma vida piedosa, se não estiverem tendo sucesso em seu casamento e maternidade, nós, como mulheres mais velhas, devemos nos perguntar: “Cumprimos nossa responsabilidade de treinar essas mulheres mais jovens para que sejam sóbrias, sensatas e tenham autocontrole?”
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo.
Semana passada, Nancy inspirou muitas pessoas a investirem na vida de mulheres mais jovens. Hoje ela abordará algumas maneiras de como começar a fazer isso na série “Adornada: Vivendo Tito 2:1–5“.
Nancy: Tenho várias amigas que estão entrando na fase do ninho vazio. Seus filhos estão se formando na faculdade; estão se casando e saindo de casa. Essas mulheres passaram muitos anos investindo suas vidas nos filhos. Algumas delas faziam educação domiciliar e agora estão sentindo o impacto dessa nova fase em suas rotinas.
É comum que algumas dessas mulheres se perguntem: E agora, o que eu faço? A vida está mudando demais. Qual é o meu propósito? Em que se baseia a minha identidade? Qual é a minha missão nessa fase da vida?
Bem, felizmente, a Palavra de Deus diz o que você deve fazer caso se encontre nessa situação. Se você está entrando nesse período da vida em que seus filhos não estão mais em casa, Deus tem um propósito para você nesta fase que é crucial. É absolutamente essencial para o corpo de Cristo. E essa é uma função, um papel, uma responsabilidade que ninguém além de você pode cumprir.
É sobre isso que estamos falando nesta série de Tito, capítulo 2. Aprendemos sobre o caráter das mulheres mais velhas. No Novo Testamento, seriam mulheres com cerca de sessenta anos. Porém, a idade não é tão importante quanto a fase da vida em que elas se encontram.
Elas criaram seus filhos, têm sido fiéis como esposas e mães e agora estão em uma nova fase da vida. Em primeiro lugar, Deus diz a elas que tipo de caráter elas devem ter.
Vimos quem elas são, o tipo de vida que deveriam levar, o modelo de vida que deveriam oferecer para as mulheres mais jovens.
Tito 2:3 nos diz que a mulher mais velha deve ser:
- Reverente em seu comportamento.
- Não deve ser caluniadora.
- Deve controlar a sua língua.
- Não deve ser escravizada a muito vinho.
- Não deve ter vícios.
- Não deve ser compulsiva ou impulsiva no uso de substâncias.
Mas conforme estudamos, creio que elas não deveriam ser escravas de nada além de Cristo. Elas não deveriam ser viciadas em nada. Elas deveriam estar sob o controle do Espírito Santo. Esse sim é o tipo de mulher que elas deveriam ser.
Agora, chegamos ao ponto do nosso estudo em que veremos o que essas mulheres devem fazer, não apenas seu caráter, mas sua missão, seu ministério. E lemos no final do versículo 3 que elas devem ensinar o que é bom. Falamos sobre isso anteriormente.
E depois no versículo 4: “Assim, poderão treinar as mulheres mais jovens”. Elas devem orientar sobre o que é bom e assim, treinar as mulheres mais jovens.
Portanto, vimos aqui as mulheres que cumpriram com a sua responsabilidade de educar seus próprios filhos e agora elas são responsáveis por ajudar a treinar outras mulheres da próxima geração.
Veja que o verbo treinar traduzido em minha Bíblia, na Nova Versão Internacional que aparece como orientar, é uma palavra que é traduzida de forma diferente em diferentes versões. É um verbo. Se você quiser saber qual é a palavra grega para ele, ela é sophronidzo. Este é o único lugar onde esta palavra é usada no Novo Testamento.
Já vimos essa palavra como um adjetivo, a palavra sophron. Ela foi usada no capítulo 1 e, em seguida, no capítulo 2, versículo 2, quando nos foi dito que os homens mais velhos devem ter autocontrole ou ser sensatos. Essa é uma palavra semelhante à palavra que estamos vendo agora que é “treinar”.
Você pode perguntar: “O que elas têm em comum? Como treinar se relaciona com ser sensato ou ter autocontrole?”
Bem, trata-se de uma família maior de palavras, um grupo de palavras em diferentes formas. Esta palavra em suas diferentes formas é usada seis vezes no livro de Tito. Ao começar a estudar um livro, uma das coisas que faço é circular ou marcar as palavras que se repetem; que são enfatizadas. Eu presto atenção a isso. Eu circulei a palavra autocontrole no livro de Tito. Esta palavra em suas várias formas ocorre seis vezes.
Isso significa que: “Este é um conceito importante”. É um conceito que Paulo enfatizou, pois queria que os primeiros cristãos soubessem como tornar o evangelho crível, em uma cultura pagã. É um conceito importante não apenas na cultura de Paulo que era pagã, mas em nossa cultura que é igualmente ou até mais pagã e que precisa desesperadamente ver essa qualidade de caráter de sensatez e autocontrole.
Hoje queremos observar esta palavra, este conceito, no contexto das instruções de Paulo para mulheres mais velhas. Mas voltaremos a esta palavra novamente nesta série no versículo 5, quando essa mesma palavra é usada de outra forma ao se referir a mulheres mais jovens.
Portanto, aqui estamos no início do versículo 4: “Portanto, treine as mulheres mais jovens”. A Nova Versão Internacional diz: “Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens”. A versão Almeida Corrigida Fiel diz: “Para que ensinem as mulheres mais jovens”. A Almeida Corrigida Fiel diz isso de uma forma que eu realmente acho que é a melhor tradução aqui: “Para que ensinem as mulheres mais jovens a serem prudentes”.
Na verdade, este é um verbo complexo que não é facilmente traduzido em uma só palavra. É por isso que vemos tantas traduções para ele. Ele significa “criar uma mente sã; instruir ou treinar alguém para se comportar de maneira sábia e adequada”.1 Tem a ver com mulheres mais velhas treinando mulheres mais jovens para pensar e agir com uma mente sã, ensinando essas jovens a serem mentalmente estáveis.
Tem a ver com ajudar alguém a ter bom senso. Algumas de vocês que têm filhos de dois anos dizem: “Sim, é isso que estou fazendo na minha vida agora, tentando colocar algum bom senso na cabeça de meu filho”. Ou talvez você tenha um adolescente e está em um processo de treinamento, tentando ajudá-lo a ter bom senso para que ele pense corretamente. Porque você sabe que se ele pensar corretamente, ele viverá corretamente.
São mulheres mais velhas ajudando mulheres mais jovens a serem mentalmente estáveis, a terem sanidade mental, a serem mentalmente sãs; para que seus pensamentos sejam saudáveis e, portanto, vivam de maneira saudável. É o conceito de treinar alguém para ter autocontrole e ser espiritualmente disciplinado.
Sei que, enquanto estou ensinando sobre esta palavra, você pode estar pensando que isso não é algo que você simplesmente assimila após uma lição. É preciso desenvolver novos padrões, desenvolver novas maneiras de pensar. É por isso que a palavra treinamento aparece aí. É um processo de treinar alguém, aconselhando, encorajando, estimulando, ajudando a pessoa a encontrar equilíbrio e estabilidade, para que possa se manter espiritualmente por conta própria.
Portanto, este é um treinamento na arte do autocontrole e da automoderação. Não é preciso ser um gênio para saber que muitas mulheres hoje em dia em nossa cultura estão vivendo vidas sem autocontrole. Sem moderação e sensatez.
Que tipo de histórias, fotos e piadas você encontra em uma revista como “Caras”? Ou então, que tipo de mulher está em destaque hoje nas telas da TV? Elas são sensatas? Elas são moderadas? Elas têm autocontrole? Certamente, não é esse o perfil da mulher que você vê em destaque em grande parte de nossa cultura atual.
Mas, infelizmente, essa também é a realidade de muitas mulheres, esposas e mães dentro da igreja, não apenas em nossa cultura pagã. Você pode olhar ao seu redor em nossas igrejas e na comunidade cristã de hoje e ver muitas mulheres cujas vidas estão fora de controle. Muitas delas estão fazendo escolhas tolas e vivendo com as consequências dessas escolhas.
Todas nós enfrentamos problemas: problemas no local de trabalho, no casamento, com os filhos, em nossos relacionamentos. Porém, muitas mulheres não têm a habilidade de pensar com clareza, de saber como responder a esses problemas, como lidar com essas questões.
O que quero dizer é que a maioria das mulheres atualmente, mesmo sendo mulheres cristãs, ao enfrentarem uma crise em suas vidas não sabem como manter o equilíbrio. Elas não sabem pensar de forma sensata.
Então, elas se sentem sobrecarregadas, dominadas pelo problema. E veremos, à medida que avançamos um pouco mais nesta série, algumas das consequências de não ter um pensamento equilibrado. Portanto, existem muitas mulheres que vivem vidas frívolas e fúteis, gastando o seu tempo em atividades vazias. A conversa delas é tola e vã. Elas se deixam levar pelos valores deste mundo.
Para as mulheres consideradas mais velhas ou que estão entrando nessa categoria, existe uma tentação (isso acontece em minha própria vida) de olhar para a geração mais jovem de mulheres e revirar os olhos, suspirar e pensar: “O problema desta geração é…” e aí terminamos a sentença.
“Não me conformo como as mulheres agem hoje. Elas fazem cada coisa…” bla, bla, bla.
Bem, de acordo com a Palavra de Deus, se você está tendo esses pensamentos, como eu confesso que às vezes tenho, não devemos apenas ficar nos bastidores criticando. Temos uma obrigação; temos a responsabilidade de arregaçar as mangas e nos envolver na vida dessas mulheres mais jovens.
Se elas não estão pensando de forma clara, se não estão vivendo uma vida piedosa, se não estão tendo sucesso em seus casamentos ou na maternidade, nós, como mulheres mais velhas, devemos nos perguntar: “Cumprimos nossa responsabilidade de treinar essas mulheres mais jovens para serem sensatas, moderadas e terem autocontrole?”
Como mulheres mais velhas, devemos ser o modelo de beleza de uma vida equilibrada que é vivida debaixo do controle e do senhorio de Jesus Cristo. Nossas vidas deveriam estar deixando essas mulheres mais jovens sedentas, cheias de apetite e ansiando por mais.
Deveríamos estar nos aproximando delas, compartilhando vida e sentimentos, tendo um relacionamento próximo e pessoal com elas. Amando, treinando, encorajando, admoestando e incentivando as mulheres mais jovens, ajudando assim a desenvolver uma vida debaixo do senhorio de Jesus Cristo.
Descobri que atualmente, dependendo da forma como foram criadas, muitas mulheres mais jovens estão perdidas quando se trata de muitos aspectos práticos do casamento e da maternidade. Elas não têm ideia de como fazer um casamento dar certo ou como criar filhos.
Estou me lembrando de uma amiga minha que teve seu primeiro filho aos 27 anos. Ela nunca havia segurado um bebê no colo em sua vida. Ela precisava de uma mulher mais velha que ficasse ao seu lado e a ajudasse não apenas em grandes aspectos teológicos e teóricos, os quais também eram necessários, mas principalmente em aspectos práticos. Alguém que dissesse a ela: “É assim que se faz!”
Tenho outra amiga, ela e seu marido tinham tido seu primeiro filho. Esta mulher havia perdido sua mãe quando era adolescente. Ela era uma jovem piedosa, que amava profundamente o Senhor, mas ela precisava de mulheres mais velhas ao seu lado que lhe dessem sugestões práticas, contribuições e a ajudassem a lidar com essa nova fase da vida. Ela estava com o coração aberto, ensinável e receptiva ao conselho.
Conheço algumas mulheres mais jovens que têm esse tipo de receptividade e anseio e também são ensináveis.
As mulheres mais experientes da igreja precisam se envolver no treinamento dessas novas mães, novas esposas, ensinando-as como viver vidas sábias, como ter autocontrole e como aplicar isso em todas as áreas da vida, como cumprir seu dever para com Deus, com seu marido, seus filhos e com outros e como equilibrar todas essas coisas.
Você consegue se lembrar de quando estava nesta fase da vida e tudo isso parecia tão difícil? Quantas de vocês dariam tudo apenas para ter uma mulher ao seu lado que as abraçasse, as encorajasse e as ajudasse? Talvez você tenha tido isso.
Costumávamos ter por perto mais mães e avós com quem podíamos ter esse tipo de relacionamento. Eu sei que algumas mulheres têm isso com sua mãe e suas irmãs que moram em sua área. Mas muitas mulheres não têm esse privilégio hoje.
Portanto, como Corpo de Cristo e comunidade da fé, precisamos nos aproximar dessas mulheres, pegá-las pela mão e encorajá-las, instruí-las e ajudá-las.
Penso em muitas dessas mulheres mais jovens de hoje que estão na fase de engravidar e criar filhos. Elas estão simplesmente exaustas. Para elas a vida parece uma panela de pressão constante. Essa é uma fase difícil da vida.
Cada fase da vida tem seus desafios. Mas eu não conheço nenhuma fase da vida que seja mais desafiadora em certos aspectos do que essa em que se é uma jovem esposa e mãe tentando manter tudo sob controle.
Esse é um momento em que facilmente a amargura se infiltra, além do ressentimento, do pensamento errado, da depressão, essa coisa toda da depressão pós-parto. Acho que uma das razões para isso é que as mulheres mais jovens estão se sentindo muito sozinhas hoje em dia. Elas têm seus filhos e toda essa responsabilidade e só precisam do incentivo e da infraestrutura de toda a comunidade da fé para estar ao lado delas.
Elas não precisam necessariamente de dez mulheres em suas vidas, mas precisam de algumas que ficarão ao seu lado e serão úteis para elas, as ajudarão a manter seu equilíbrio espiritual e emocional.
A Bíblia não nos diz, mas eu acho que foi isso que provavelmente aconteceu, quando Maria de Nazaré descobriu que ela teria um filho. Provavelmente, ela tinha por volta de quatorze anos, uma jovem adolescente. Não foi assim que ela escreveu o seu roteiro de vida, mas foi assim que Deus escreveu o roteiro dela.
Lembra o que ela fez assim que soube sobre o que aconteceria? Para onde ela foi? Ela foi para a casa de sua prima mais velha, Isabel. Isabel já não estava mais na época de engravidar. Ela estava na menopausa e havia acabado de descobrir que estava esperando um filho. Isso era algo sobrenatural. Ambas foram gestações sobrenaturais. Mas Maria foi para a casa de Isabel e passou meses lá com essa mulher mais velha. Porém, a Bíblia não nos conta sobre o que elas falaram.
Mas sabemos que, quando Maria chegou à casa de Isabel, Isabel a encorajou. Isabel louvou ao Senhor com Maria pelo presente que Deus deu a ela e pela escolha de Deus em sua vida.
Que bênção deve ter sido para Maria durante aqueles meses, pois ela estava perto de uma mulher mais velha que poderia ser sua mentora, que poderia cuidar dela. Isabel não tinha muita experiência como mãe, mas tinha muita experiência com o Senhor, muita experiência na vida. Ela havia aprendido a esperar no Senhor, a confiar no Senhor.
Eu acredito que foi durante essa época que Isabel investiu na vida de Maria para que ela pudesse estar preparada para a época de sua vida quando seria esposa e mãe.
Existem muitas áreas em que as mulheres mais jovens precisam da colaboração das mulheres mais velhas. Há muitos ensinamentos falsos por aí hoje. Você pode entrar em uma livraria cristã hoje e comprar livros e revistas femininas cristãs que têm pensamentos errôneos, ensinamentos que não estão enraizados nas Escrituras. Às vezes, não fica muito claro o que está errado. Isso é o que torna o ensino enganoso, ele parece bom, mas não é bom de verdade.
As mulheres são facilmente enganadas e aceitam as filosofias do mundo que são tão destrutivas. Portanto, o papel da mulher mais velha é instruir e ensinar com amor o que é bom, ensinar os caminhos de Deus.
Veja o que este tipo de mentoria envolve:
- Disciplina. Não é fácil.
- Ela requer força de vontade para ter um relacionamento contínuo.
- Ela requer paciência.
- Ela requer força de vontade para ser honesta como mulher mais velha, para abrir a sua vida e compartilhar as suas falhas.
- Ela demanda tempo.
Esse processo é muito parecido com treinar uma criança, é raro ver mudanças dramáticas da noite para o dia. Não é simplesmente algo parecido com: “Vamos, venha e faça minhas aulas de seis semanas sobre como ser uma mulher de Deus”. É algo que exige caminhar junto, estar ao lado. Leva tempo.
Demanda tempo ao telefone ou, quem sabe, simplesmente compartilhar a vida, ou talvez convidar para estar em sua casa compartilhando suas vidas. Isso demanda tempo.
Então, em primeiro lugar, qual seria o desafio aqui para as mulheres mais velhas? O projeto de Deus para você é que você faça as coisas de forma intencional nesta época de sua vida com relação ao seu envolvimento, que faça parte das vidas de mulheres mais jovens ao seu redor, que as leve à maturidade espiritual.
Não olhe ao seu redor e diga: “Quem está ensinando essas mulheres?” Esta é uma boa pergunta! Você deveria estar fazendo isso. Não olhe para o pastor de jovens casais ou para o diretor dos solteiros. Eles têm seus papéis, mas faça a si mesma a seguinte pergunta: Qual é o meu papel na vida dessas mulheres? Ensinar o que é bom. Treinar as mulheres mais jovens.
Isso não é uma opção. Isso é algo que estou tentando fazer diariamente através do Aviva Nossos Corações. Mas eu não faço isso somente através dos programas de rádio e dos livros que estou escrevendo, tenho a responsabilidade, como mulher que está se tornando uma mulher mais velha, de fazer isso no contexto da vida diária. Eu tento fazer isso na igreja, ao telefone, durante a semana quando me encontro com mulheres em diferentes fases da vida.
Mas, sabe de uma coisa? Isso não se aplica somente a mulheres que têm ministérios públicos. É algo que você deve fazer.
A propósito, deixe que eu te diga: todas as mulheres são mulheres mais velhas para alguém. Pode ser que você tenha vinte e três anos, mas você é uma mulher mais velha para alguém de dezesseis anos. Então, faz sentido dizer que todas nós deveríamos estar continuamente envolvidas no desenvolvimento espiritual de mulheres mais jovens.
Com quem as jovens mulheres ao seu redor estão aprendendo? Elas estão aprendendo. Quem as está treinando? Quem são suas professoras? São as mulheres da mesma idade delas?
Aliás, em minha opinião, este é um dos perigos das igrejas que funcionam com a mesma faixa etária de pessoas. Muitas igrejas são organizadas dessa forma. Elas querem alcançar um segmento em particular e então, elas só têm pessoas de uma determinada faixa etária.
Esse tipo de igreja não é saudável. Veja, é ótimo ter pessoas da sua idade que amam ao Senhor e que estão te encorajando em sua caminhada. Mas as mulheres mais jovens precisam das mais velhas.
Então, com quem elas estão aprendendo? Somente com amigas que estão passando pelos mesmos desafios? Com a Ana Maria Braga? Com o Fantástico? Quem está influenciando a vida delas? Isso significa que como uma mulher mais velha você precisa ter um espírito disponível e acessível. É preciso que você seja o tipo de mulher de quem essas jovens se sintam confortáveis em se aproximar, alguém para quem elas possam fazer perguntas.
Mas, atente-se, se você for uma mulher mais velha, não espere que mulheres mais jovens venham até você. Vá atrás delas. Tome a iniciativa. Diga: “Como eu posso te encorajar? Como eu posso orar por você? O que Deus está fazendo em sua vida?” Faça perguntas; envolva-se.
Agora me dirijo às mulheres mais jovens. De acordo com esta passagem vocês têm uma responsabilidade. Qual seria ela? Você deve ser treinada, ser treinada não somente por mulheres da mesma idade, mas por mulheres mais velhas.
Eu recebi um grupo de mulheres mais jovens em minha casa recentemente; eram mulheres com 20 e poucos anos. Só estávamos compartilhando e cada uma podia falar alguma coisa. Elas estavam me contando sobre a jornada espiritual delas. Uma dessas mulheres que tinha por volta de vinte anos, que amava o Senhor, amava o ministério, disse: “Essa experiência tem sido tão boa para mim! Eu e a minha geração somos tão propensas a pensar, como pessoas mais jovens, que temos todas as respostas e que não precisamos da sabedoria e da opinião de pessoas mais velhas. Eu percebi que preciso… preciso aprender. Preciso ouvir. Preciso ser ensinável”.
Se você for uma mulher mais jovem, pergunte a si mesma: “Eu tenho um espírito humilde? Tenho um espírito ensinável?”
E, aliás, ouço muito isso de mulheres mais jovens nas igrejas: “as mulheres mais velhas não se envolvem em nossas vidas”.
E as mulheres mais velhas dizem: “As mulheres mais jovens não nos querem envolvidas em suas vidas”.
Então, existe uma solução para isso. Não espere a outra pessoa dar o primeiro passo. Tome a iniciativa você mesma. Se você for uma jovem mulher, tome a iniciativa. encontre uma mulher mais velha.
Diga: “Tenho observado a sua vida e vejo seu relacionamento com Deus. Vejo que você tem um casamento sólido e filhos que andam com o Senhor. É esse tipo de testemunho que eu quero dar algum dia. Gostaria de receber encorajamentos da sua parte. Você poderia orar por mim? Quero fazer algumas perguntas”.
Todas as mulheres deveriam estar sendo treinadas ou treinando outras ou, melhor ainda, ambas as coisas.
Então, como começar? Bem diga: “Sim, Senhor”. Simplesmente diga isso, qualquer que seja a sua fase de vida, “Senhor, sim. Farei isso. Me comprometo a me envolver neste processo de treinamento. Estou disponível. Usa-me”.
Mulheres mais velhas peçam que Deus coloque uma ou mais mulheres mais jovens em seu caminho, as quais vocês possam começar a influenciar de forma intencional. Não tente descobrir como mudar uma geração toda de mulheres mais jovens. Somente peça a Deus uma, duas ou três mulheres. Só peça que Ele a torne sensível quando estiver perto dessas jovens mulheres e saiba como você pode impactar suas vidas de forma intencional.
E mulheres mais jovens, peçam que o Senhor as direcione para uma ou mais mulheres mais velhas. E comece a fazer as seguintes perguntas: “Você já teve problemas com…?” o que quer que seja. “Como você lidou com isso quando tinha a minha idade? Você poderia orar por mim?”
Caso precisem de uma direção nesse relacionamento de mentoria, pode ser que vocês queiram ler ou estudar um livro juntas. Um livro que eu recomendo bastante é o de minha amiga Carolyn Mahaney, que se chama As sete virtudes da mulher cristã. Carolyn Mahaney identifica os desafios enfrentados pela mulher de hoje e os analisa diante da orientação segura e eterna da Palavra de Deus
Além desse, eu também recomendo que sua igreja ou grupo considere um curso de mentoreamento chamado “Design Divino e Design Interior”. São dois livros de estudo muito práticos, ideal para a igreja local ou um grupo de mulheres. Você pode encontrá-los no nosso site www.avivanossoscoracoes.com.
Mas deixe-me dizer que a mentoria, mulheres mais velhas treinando mulheres mais jovens, não tem que ser um curso ou programa. Trata-se de mulheres mais velhas estarem presentes na vida de mulheres mais jovens e isso ocorre no contexto de uma casa, conversando e fazendo refeições juntas. Envolve simplesmente o ensinar de algumas habilidades práticas para a vida. Não precisa ser um ensino ou instrução formal ou pública. Se pensarem dessa maneira, a maioria de vocês se sentirá tão intimidada que nunca se envolverá com isso.
Tem a ver com o compartilhar de amizade, aconselhamento, encorajamento, exortação através do seu exemplo, de suas palavras, individualmente no contexto da vida diária.
Como você treina seus filhos?
- Você está presente.
- Você está com eles.
- Você os observa.
- Você caminha com eles pela vida.
- Você lida com problemas conforme eles aparecem.
- Você fica atenta quando há momentos em que pode ensiná-los.
Treinamos mulheres mais jovens da mesma maneira. Não que elas sejam como crianças, mas é algo semelhante no sentido de que isso acontece no cotidiano.
A seguir, falaremos com algumas mulheres sobre algumas razões pelas quais não temos mais esses tipos de relacionamentos de mentoria ocorrendo entre mulheres mais velhas e mais jovens. E vamos falar sobre o que podemos fazer a esse respeito e como podemos ver este tipo de ministério realmente começar a acontecer no contexto da igreja local.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos mostrado o que poderia acontecer no corpo de Cristo se as mulheres se empenhassem em servir e ensinar outras mulheres. Isso é algo em que todas nós podemos nos envolver, e não apenas mulheres que tem a palavra “Ministério” em sua descrição de cargo. Nancy, obrigada por encorajar todas nós a investir em outras vidas.
Nancy: É realmente um grande privilégio, uma alegria, não apenas uma responsabilidade, mas uma grande oportunidade de investir na vida de outras pessoas. Você está certa, todas nós podemos estar envolvidas em mentoria, discipulado, encorajamento de mulheres de várias maneiras, não importa se temos um papel oficial ou formal na igreja.
Hoje examinamos o valor das mulheres como mentoras de mulheres. Mas existem algumas barreiras que podem impedir que nós, mulheres, nos conectemos umas com as outras. Abordaremos essas questões no nosso próximo episódio semana que vem. Aguardamos você aqui no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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