Ep. 2: Contrastes entre descrentes e crentes
Raquel Anderson: As pessoas darão ouvidos àquilo que você acredita quando forem atraídas por suas ações. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O evangelho não será ouvido e recebido por nossa cultura, por nossa geração, por seus filhos, por seus vizinhos, pelas pessoas em seu local de trabalho; o evangelho não será recebido se não puder ser visto na vida daqueles que professam crer nele.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Nancy: Antes de pularmos para o parágrafo sobre as mulheres, estamos usando esses primeiros episódios dessa nova série para dar algumas informações básicas e fornecer contexto para esta passagem, dando uma visão geral do livro de Tito.
Gostaria incentivá-la, nas próximas semanas, a mergulhar no livro de Tito por conta própria. São apenas três capítulos curtos, quarenta e seis …
Raquel Anderson: As pessoas darão ouvidos àquilo que você acredita quando forem atraídas por suas ações. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O evangelho não será ouvido e recebido por nossa cultura, por nossa geração, por seus filhos, por seus vizinhos, pelas pessoas em seu local de trabalho; o evangelho não será recebido se não puder ser visto na vida daqueles que professam crer nele.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres Atraentes Adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Nancy: Antes de pularmos para o parágrafo sobre as mulheres, estamos usando esses primeiros episódios dessa nova série para dar algumas informações básicas e fornecer contexto para esta passagem, dando uma visão geral do livro de Tito.
Gostaria incentivá-la, nas próximas semanas, a mergulhar no livro de Tito por conta própria. São apenas três capítulos curtos, quarenta e seis versículos. Pode ser que você queira memorizar este livro, como eu fiz nos últimos meses.
Como acontece com qualquer um, memorizar não é algo fácil para mim. É um trabalho duro. É preciso voltar bastante ao texto, mas é uma boa maneira de se aprofundar na Bíblia, meditar nela e torná-la parte do seu pensamento.
Eu quero encorajá-la a, pelo menos, ler o livro de Tito. Leia diariamente pelos próximos trinta dias. Nós amamos desafios de trinta dias no Aviva Nossos Corações e esse seria um bom desafio para os próximos trinta dias. Anote coisas que falam ao seu coração, coisas que você aprendeu com a passagem que talvez eu não tenha captado, mas o Espírito Santo irá direcioná-la enquanto você estiver lendo.
No último episódio, falamos sobre o fato de o livro de Tito estar repleto de contrastes. Existem duas categorias principais ou grupos de pessoas sobre as quais ele fala – aquelas que não creem no evangelho de Cristo e aquelas que creem no evangelho. Aquelas que realmente pertencem a Cristo são contrastadas com aquelas que não pertencem a Cristo.
Vimos como o livro fala sobre a diferença nas maneiras dessas pessoas se relacionarem, como elas se tratam, como pensam. Hoje quero tratar de alguns outros contrastes entre descrentes e crentes que encontramos no livro de Tito.
Os descrentes são descritos como sendo desobedientes e insubordinados. Eles são rebeldes. Eles se rebelam contra a autoridade. Através de cada um desses contrastes, estou fornecendo a você várias frases que vêm do livro de Tito. Não estou dando todas as referências porque isso só iria encher você de informação neste momento.
Mas, vá para nossa transcrição em avivanossoscoracoes.com e você poderá obter as referências. Ou, como eu disse no último episódio, melhor ainda, procure por elas e faça sua própria lista a partir de sua própria leitura da Bíblia.
Em Tito, a Bíblia fala dos filhos da desobediência (1:4). Diz que estão abertos à acusação de libertinagem e insubordinação. Isso não significa que todos os descrentes agem como rebeldes selvagens, mas há uma inclinação para a insubordinação no coração do descrente. É uma inclinação no coração do adulto descrente e é uma inclinação que é passada para seus filhos. E é a inclinação para ser insubordinado e rebelde.
No capítulo 1, versículo 10 está escrito: “Pois há muitos insubordinados, que não passam de faladores e enganadores”.
Paulo diz no capítulo 3, versículo 3: “Houve tempo em que nós também éramos insensatos e desobedientes”. Esta é uma descrição de descrentes.
Os crentes, por outro lado, são descritos como sendo submissos e obedientes. As esposas são desafiadas nesta passagem a serem submissas aos seus próprios maridos (2:5). Os escravos devem ser submissos aos seus senhores (2:9). Falaremos mais sobre isso quando chegarmos a essa parte da passagem.
Todos nós recebemos o mandamento no capítulo 3 de sermos submissos e obedientes aos governantes e às autoridades (3:1). Há uma inclinação no coração redimido do crente para se sujeitar, ser submisso à autoridade ordenada por Deus.
Não sei quanto a você, mas eu nasci com um espírito inflexível. Eu não me importo de fazer o que eu tenho que fazer, desde que ninguém me diga o que eu tenho que fazer.
Há algo inerente em nós que quer quebrar as regras. Temos corações rebeldes, mas quando Cristo nos redime, Ele submete nossa vontade ao Seu senhorio e à autoridade das Escrituras. Um coração submisso e obediente e a disposição de se submeter à autoridade ordenada por Deus, é uma evidência de um coração que crê.
Aqui está outro contraste. Os incrédulos são descritos como mentirosos e enganadores. Paulo diz: “Muitos são enganadores” (v. 12). Foi dito sobre os cretenses, as pessoas que viviam em Creta, que: “os cretenses são sempre mentirosos”. Eles tinham a reputação de serem mentirosos.
E se isso não é algo que descreve a nossa cultura de hoje, não sei o que é. Você não pode confiar nas pessoas hoje em dia. Você não pode acreditar na palavra delas. As pessoas mentem na sua cara. Se você já teve a experiência de fazer algum conserto em seu carro ou em sua casa, você sabe que as pessoas mentem. Essa é uma característica dos descrentes.
Paulo fala sobre aqueles que acreditam e promovem os mitos judaicos, promovendo coisas que não são verdadeiras sobre a fé, são os enganadores. Paulo fala sobre algumas mulheres que são caluniadoras (2:3). Passaremos um tempo nesta série para explorar o que significa ser caluniador e como as mulheres crentes são chamadas a não serem caluniadoras.
Os descrentes são mentirosos e enganadores. Os crentes são comprometidos com a verdade. Paulo começa este livro no versículo 1 dizendo: “Eu sou Paulo escrevendo isso para você por causa da fé dos eleitos de Deus e do conhecimento da verdade” (paráfrase). A verdade é a chave. É importante para aqueles que são crentes.
Paulo continua falando no segundo versículo sobre “Deus que nunca mente”. Os cretenses são sempre mentirosos; Deus nunca mente. Como devem ser os crentes?
Será que os crentes devem ser enganadores e mentirosos, caluniadores, dizendo coisas sobre as pessoas que não são verdadeiras? Ou deveriam ser como Deus, que nunca mente? Aí está o contraste.
Paulo diz que os presbíteros nas igrejas devem: “ apegar-se firmemente à mensagem fiel” (1:9). Eles devem ter suas vidas enraizadas, fundamentadas na verdade. Mais uma vez, as mulheres não devem ser caluniadoras. Elas devem falar a verdade. A verdade deve ser importante para os crentes. A verdade importa para os crentes.
Aqui está outro contraste. Os descrentes ensinam coisas que não devem (1:11). Quando se trata de preparar outras pessoas em assuntos espirituais, há muitas pessoas por aí que estão ensinando coisas que não deveriam.
Elas podem declarar ou não ser cristãs, mas elas estão ensinando coisas às pessoas sobre áreas da religião que não são verdadeiras. Elas não se baseiam na Palavra de Deus. Essas são pessoas que Paulo descreve como pessoas distantes da verdade no que ensinam.
Porém, os crentes são exortados a falar o que está de acordo com a sã doutrina (2:1). Essa é uma frase muito importante neste livro. Vamos levar algum tempo para falar sobre o que é a sã doutrina e por que ela é importante e realmente importa.
Sã doutrina— esse é o tipo de ensino que deve caracterizar os membros crentes das igrejas e as nossas igrejas. Os descrentes são descritos com seus falsos ensinos, sua doutrina doentia; eles são descritos como perturbando ou arruinando famílias inteiras.
Essa é uma das razões pelas quais a doutrina é importante. Ela tem um impacto em famílias inteiras. O efeito do ensino, da escrita, das filosofias daqueles que estão ensinando coisas que não são verdadeiras, é perturbar ou arruinar famílias inteiras.
Esta é uma imagem de famílias descrentes que estão em um estado de caos. Elas são disfuncionais. Elas estão desordenadas. Essa é uma imagem de famílias descrentes. Elas foram arruinadas.
Isso não é verdade em nossa cultura? Famílias descrentes – altamente disfuncionais e desordenadas.
Você diz: “Mas isso é verdade para muitas famílias de crentes”. Porém, não deveria ser verdade para famílias de crentes. Esse é o objetivo deste livro. O que é dito sobre as famílias crentes em Tito é que: “Se as famílias dos crentes viverem o evangelho, elas estarão em ordem. As coisas se encaixam”.
Portanto, filhos de crentes são submissos aos pais. Eles são obedientes à Palavra de Deus. As mulheres mais jovens são descritas como mulheres que amam seus maridos, amam seus filhos (2:4-5).
Isso não significa que eles nunca tenham problemas. À medida que chegarmos a cada uma dessas frases, vamos falar sobre o que isso significa e o que não significa.
Porém, existe amor no casamento. Existe amor entre pais e filhos em famílias crentes que vivem o evangelho.
Ele fala sobre mulheres que trabalham em casa. Vamos falar sobre o que isso significa e a prioridade da família para a mulher crente e esposas que são submissas aos seus próprios maridos (2:4-5).
Você vê como o evangelho funciona nesses diferentes relacionamentos e é na família onde o evangelho pode ser visto da parte dos crentes?
Pense em todos os diferentes contrastes. Deixe-me resumir desta forma. Paulo diz que é assim que éramos. Quando não éramos crentes, éramos assim.
Vá para o capítulo 3 e veja por si mesma. Capítulo 3, versículo 3. Paulo diz: “Houve tempo em que nós também éramos insensatos”. Em nosso estado de descrença, éramos assim. Éramos “insensatos e desobedientes, vivíamos enganados e escravizados por toda espécie de paixões e prazeres. Vivíamos na maldade e na inveja, sendo detestáveis e odiando uns aos outros”.
Paulo diz que esse é o retrato de quem éramos.
Você pode estar pensando: “Mas fui salvo aos quatro anos de idade”, como eu era. “Eu não fiz todas essas coisas”. Será que fui “insensata e desobediente, vivendo enganada e escravizada por toda espécie de paixões e prazeres. Vivia na maldade e na inveja, sendo detestável e odiando uns aos outros”?
Não me lembro de fazer todas essas coisas antes de completar quatro anos. Talvez eu tenha jogado minha mamadeira na minha irmã ou algo assim, eu não sei.
Para nós que fomos criados na igreja e em bons lares e talvez tenham conhecido o Senhor quando eram crianças, isso é verdade? Paulo diz que nós mesmos já fomos assim. Essa era a inclinação do nosso coração.
Podemos não ter tido muita oportunidade de expressar tudo isso, mas éramos assim. Separados da graça de Deus, e é quem nós seríamos hoje, longe da transformação que o evangelho traz em nossas vidas. Paulo diz que distantes de Cristo, éramos assim.
Volte ao versículo 1 no capítulo 3. Paulo diz: “É assim que vocês deveriam ser”. O versículo 3 descreve o que éramos, o que todos nós fomos ao mesmo tempo. Porém, o capítulo 3, versículos 1 e 2 diz: É assim que vocês devem ser. É assim que os crentes devem ser descritos.
Lembre-os de serem submissos aos governantes e autoridades, de obedecerem, estarem prontos para toda boa obra, não falarem mal de ninguém, evitarem brigas, serem gentis e mostrarem cortesia perfeita para com todas as pessoas.
Você vê o contraste entre os versículos 1 e 2 e o versículo 3? Dois tipos de pessoas – aqueles que são descrentes e aqueles que são crentes. Agora a questão é – e temos sugerido isso o tempo todo —o que faz a diferença?
- Seria o fato de que algumas pessoas são melhores do que outras?
- Seria o fato de que algumas pessoas se esforçam mais do que outras?
- Seria o fato de que algumas pessoas foram criadas em lares melhores do que outras?
- Seria o fato de que algumas pessoas se socializam melhor do que outras?
Não! Não é isso que faz a diferença.
Há uma mulher aqui nesta sala hoje que foi muito sincera em seu testemunho sobre o que ela passou, se bem me lembro, por doze anos na prisão por uma acusação de drogas tendo um histórico que provavelmente se equipararia a qualquer outra pessoa nesta sala. Em uma ocasião, ela viveu algumas das coisas que acabamos de descrever no versículo 3.
Porém, hoje ela é a figura dos versículos 1 e 2. Ela é uma crente. Sua vida foi transformada. Não foi o sistema prisional que fez isso. Não foram os livros que ela leu. Não foi a mentoria. Não foi um programa social.
O que fez a diferença na vida dela? O que faz a diferença na sua vida? O que fará a diferença na vida de qualquer outra pessoa que as transformará daquele descrente que descrevemos, naquela imagem do crente que é como Cristo? O que faz a diferença?
Uma palavra: é o evangelho, o evangelho de Jesus Cristo. Veja o versículo 4 ao continuarmos no capítulo 3 aqui. Paulo diz que é assim que vocês deveriam ser. E é assim que vocês já foram. Veja o versículo 4.
Mas então, a bondade e o amor de Deus nosso Salvador, foram revelados.
Quando Deus, nosso Salvador, revelou sua bondade e seu amor. O que Ele fez?
“Ele nos salvou não porque tivéssemos feito algo justo, mas por causa de sua misericórdia. Ele nos lavou para remover nossos pecados, nos fez nascer de novo e nos deu nova vida por meio do Espírito Santo. Generosamente, derramou o Espírito sobre nós por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Por causa de sua graça, nos declarou justos e nos deu a esperança de que herdaremos a vida eterna” (vv. 5–7).
Essa passagem descreve todo o ponto, o ponto crucial da questão. É a salvação. É a obra salvadora de Cristo. Esse é o evangelho, as boas novas de que Cristo veio a este mundo para salvar pecadores.
A graça de Deus apareceu para nos tirar de quem e do que éramos, quando estávamos seguindo o curso deste mundo perverso e caído, e nos torna alguém e algo totalmente diferente. Não apenas transformadas, mas regeneradas.
Uma nova pessoa! Salvação é transformação. Não é apenas uma nova crença que você coloca em sua cabeça. Não é apenas algo que você assina. Não é algo de que você participa. Não é colocar um novo exterior na mesma pessoa velha e podre por dentro. É se tornar uma pessoa inteira, nova.
Se você foi salva por Cristo Jesus, nosso Salvador, você não é a mesma pessoa que era antes. Você foi transformada. Você é uma pessoa nova e diferente. A salvação faz toda a diferença do mundo. De acordo com 2 Coríntios capítulo 5, nos tornamos uma “nova criatura. As coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo!” (v. 17).
Deve haver uma grande diferença entre crentes e descrentes. Você pode me dizer: “Você já disse isso mil vezes”.
Quero dizer isso de novo porque há algo errado com a imagem do Cristianismo do século XXI, e o problema é que há milhões de pessoas que podem afirmar ser crentes em Jesus Cristo, mas suas vidas não dão absolutamente nenhuma evidência disso. Há algo extremamente errado com essa imagem.
Ao ler o livro de Tito, você diz: “Aparentemente, essas pessoas não experimentaram realmente o evangelho. Aparentemente, elas nunca ficaram cara a cara com a graça salvadora e redentora de Jesus Cristo. Isso faz a diferença”.
Existe uma diferença entre crentes e descrentes. E essa diferença ficará evidente.
Paulo se preocupava com o fato de que os cristãos que lessem essas palavras não apenas professassem conhecer Deus, mas também vivessem as implicações do evangelho. Ele se preocupava com o fato de que suas vidas deveriam apresentar um contraste vívido, distinto e gritante com aqueles que não seguem a Cristo, aqueles que não foram salvos.
Veja o capítulo 2 de Tito começando no versículo 11. Aqui você vê outro parágrafo que descreve as implicações do evangelho, as implicações da graça de Deus.
“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente,”
Então, Paulo diz que a graça de Deus, caso tenha entrado em sua vida, se é que ela trouxe a salvação para você, o que ela faz? Ele discípula você; ela disciplina você. Ela nos ensina a dizer “não” às coisas que faziam parte de nossa antiga vida — impiedades, paixões mundanas — e dizer “sim” para as coisas que fazem parte de nossa nova vida, para viver de forma sensata, justa e piedosa nesta era presente.
E isso nos dá uma razão para viver, como ele diz nos versículos 13-14:
“Enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.”
Por quê? Por que Jesus Cristo veio à terra e morreu naquela cruz? Por quê? Para nos redimir de toda a maldade.
Quanto? Só para nos limpar um pouco e nos tornar socialmente aceitáveis? Não. Ele se entregou por nós a fim de nos redimir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras. Foi por isso que Ele veio.
Portanto, ao longo deste livro, Paulo diz: Quero que vocês tenham o conhecimento da verdade, que é o evangelho e a graça de Jesus Cristo. Eu quero que vocês vejam que se vocês já experimentaram, receberam e encontraram essa graça, ela mudará a vida de vocês. Vocês serão pessoas diferentes.
Então, ao longo do capítulo 1, Paulo aplica este conceito básico do poder transformador do evangelho. Ele o aplica primeiro àqueles que são líderes espirituais – aqueles que têm posições de liderança na igreja local, os presbíteros, aqueles que são supervisores espirituais. Ele começa com eles.
Ele fala nos versículos 5-8 do capítulo 1 sobre as qualificações para aqueles que lideram espiritualmente as igrejas – aqueles que são anciãos, bispos. Ele diz que suas vidas devem demonstrar e ilustrar o evangelho. Eles têm que ser um exemplo do evangelho de Jesus Cristo, um exemplo de verdadeiros crentes em suas vidas, seus caráteres e suas famílias.
Paulo diz no versículo 5:
“A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí.
É preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só mulher, e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão.
Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto.
É preciso, porém, que ele seja hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio.” (versículos 5–8).
Paulo está dizendo que aqueles que lideram as igrejas, aqueles que são qualificados para liderar o povo de Deus, devem atender a essas qualificações. Qual é a essência? Que suas vidas demonstrem o evangelho. Que eles vivam as verdades do evangelho.
Então, no versículo 9, ele diz que em sua função, não apenas em suas qualificações, mas em sua função e no que fazem, devem viver o evangelho. Eles devem proclamar o evangelho.
Em primeiro lugar, o versículo 9 diz que eles devem dar instruções na sã doutrina. Eles devem instruir na sã doutrina que se baseia no evangelho e que muda vidas.
No capítulo 2, que veremos mais cedo ou mais tarde aqui, ele diz que eles devem ensinar o que está de acordo com a sã doutrina. Eles devem ensinar o evangelho com suas implicações. Eles não só devem instruir na doutrina, o evangelho de Jesus Cristo, mas também têm a responsabilidade de repreender aqueles que não ensinam a sã doutrina, aqueles que contradizem a sã doutrina.
Hoje, a mentalidade é: “Apenas ensine o que você acha que é verdade, mas não é considerado apropriado repreender ou ser contra alguém que está ensinando doutrinas falsas ou algo com que você não concorda. “Nesta cultura relativística, essa é apenas a sua opinião”. Você deixa que eles ensinem o que querem ensinar e você ensina o que você acha que deveria ensinar.
Paulo diz, Não! Existe verdade. Existe uma sã doutrina. E aqueles que lideram a igreja devem ensinar a sã doutrina. Eles têm a responsabilidade de proteger o povo de Deus de doutrinas que não são sadias, de repreender aqueles que contradizem a verdade.
Agora, isso não fará você ganhar nenhum ponto hoje. Isso não fará com que você seja eleita para a maioria dos cargos. Porém, Paulo não estava concorrendo a uma eleição. Ele só estava querendo ser aprovado por Deus.
É uma responsabilidade séria para mim, enquanto ensino a Palavra de Deus, instruir na sã doutrina e também falar as coisas que irão repreender aqueles que contradizem coisas que estão sendo ensinadas às mulheres hoje, que são contrárias à Palavra de Deus.
Este é o capítulo 1. Paulo diz que os líderes espirituais precisam viver o evangelho na maneira que vivem e na maneira como ensinam.
Em seguida, ele chega ao capítulo 2 e aplica essa questão do poder transformador do evangelho ao restante de nós, a todos na igreja – velhos e jovens, homens e mulheres, pessoas de todos os níveis socioeconômicos. Ele diz que todos devem demonstrar, viver as implicações do evangelho em seu caráter, em seus relacionamentos, em suas famílias.
Por quê? Ele responde a isso no capítulo 2. Veremos mais sobre isso mais tarde, mas deixe-me dar a vocês três frases sobre propósito que Paulo dá no capítulo dois.
Versículo 5, Paulo diz, “a fim de que a palavra de Deus não seja difamada.”
Versículo 8: “para que aqueles que se opõem a você fiquem envergonhados por não poderem falar mal de nós.”
E versículo 10: “para que assim tornem atraente, em tudo, o ensino de Deus, nosso Salvador.”
O evangelho é poderoso. O evangelho é transformador.
Porém, o evangelho não será ouvido e recebido por nossa cultura, por nossa geração, por seus filhos, por seus vizinhos, pelas pessoas em seu local de trabalho; o evangelho não será recebido se não puder ser visto na vida daqueles que professam crer nele.
Essa é a questão.
Você pode se dizer cristã, mas se sua vida não dá testemunho das implicações, das implicações transformadoras do evangelho em:
- como falar
- o que comer
- o que beber
- como viver
- seus hábitos
- como usar o seu tempo
- como você trata as outras pessoas
- como você abre a sua casa com hospitalidade
Em todas essas muitas questões práticas que são o fluxo e o transbordamento do evangelho em sua vida. Se sua vida não demostrar isso, então não há base sobre a qual o mundo pode olhar para nossas vidas e dizer: “Eu acredito no evangelho.”
Não podemos simplesmente dizer às pessoas que isso é verdade. Elas precisam ver, sentir e experimentar que isso realmente é verdade em nossas vidas.
Pai, como eu oro para que o Senhor nos ajude a captar a essência deste livro e todas as passagens que dizem que realmente faz diferença ser um cristão. Quero te agradecer pelo poder transformador do evangelho de Jesus Cristo, pela graça de Deus nosso Salvador que veio, que nos ensina e nos treina a dizer “não” ao pecado e “sim” à justiça.
Eu oro, ó Deus, por um avivamento do verdadeiro cristianismo bíblico e evangélico em nosso mundo, em nossas igrejas, em nossa audiência. Senhor, que a minha vida reflita as implicações do evangelho. Que a minha vida adorne a doutrina de Deus. Que minha vida torne o evangelho crível para aqueles que estão ao meu redor hoje. Eu oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: Essa é Nancy DeMoss Wolgemuth. Ela está nos dando uma visão geral de algumas das questões práticas que descobriremos à medida que continuarmos a estudar o capítulo 2 de Tito nas próximas semanas aqui no Aviva Nossos Corações. Nancy, por que esta passagem em particular é tão importante para nós como mulheres?
Nancy: Deixe-me dizer primeiro que cada palavra da Bíblia é inspirada por Deus e é necessária para todo crente, seja homem ou mulher, mas em Tito, capítulo 2, o apóstolo Paulo, sob a inspiração do Espírito Santo, apresenta especificamente algumas instruções práticas para as mulheres. Eu acho que é uma grande bênção e um presente ser capaz de ler essas palavras, levá-las a sério e aplicá-las em nossas vidas. Porém, esta passagem precisa de algum estudo cuidadoso e interpretação precisa e é isso que tentei fazer nesta série.
O que significa em nossos dias, por exemplo, que mulheres mais jovens “trabalhem em casa”, como diz Tito 2? Você vai ler sobre isso e muitos outros tópicos úteis e práticos no livro, Mulheres atraentes adornadas por Cristo. Você pode encontrá-lo no nosso site www.avivanossoscoracoes.com
Raquel: O que você pensa ao ouvir a palavra “doutrina”? No próximo episódio, Nancy vai mostrar por que essa é uma palavra boa, uma palavra alegre e uma palavra prática para sua vida. Queremos tê-la de volta no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth faz parte do Ministério Life Action.
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