Ep. 20: Até o nosso último suspiro, devemos estar engajadas e envolvidas na mentoria de outras mulheres
Raquel Anderson: Quando Kathy Helvey se tornou mãe, ela nem sempre recebeu a ajuda de que precisava.
Kathy Helvey: Não seria uma postura orgulhosa se, mesmo sendo uma mãe mais jovem, eu não fizesse perguntas? Isso aconteceu comigo. Quando tive meu primeiro bebê, de repente, percebi: “Eu deveria ser uma especialista no assunto, mas não sou!” Eu lia livros freneticamente, mas me pergunte se eu parei para fazer perguntas para outras mulheres? De jeito nenhum.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Por várias semanas, examinamos os primeiros versículos de Tito, capítulo 2 e chegamos à parte da passagem que nos diz que as mulheres mais velhas devem ensinar as mais jovens. Continuaremos trabalhando com essa passagem na próxima semana, mas hoje vamos nos concentrar em desenvolver essas relações de mentoria. …
Raquel Anderson: Quando Kathy Helvey se tornou mãe, ela nem sempre recebeu a ajuda de que precisava.
Kathy Helvey: Não seria uma postura orgulhosa se, mesmo sendo uma mãe mais jovem, eu não fizesse perguntas? Isso aconteceu comigo. Quando tive meu primeiro bebê, de repente, percebi: “Eu deveria ser uma especialista no assunto, mas não sou!” Eu lia livros freneticamente, mas me pergunte se eu parei para fazer perguntas para outras mulheres? De jeito nenhum.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Por várias semanas, examinamos os primeiros versículos de Tito, capítulo 2 e chegamos à parte da passagem que nos diz que as mulheres mais velhas devem ensinar as mais jovens. Continuaremos trabalhando com essa passagem na próxima semana, mas hoje vamos nos concentrar em desenvolver essas relações de mentoria. Como iniciá-las? Como se conectar? Como é esse processo de ensino?
Conversei com um grupo de amigas sobre esse assunto. Eu queria saber como essas mulheres viviam na prática essa instrução de serem ensinadas por mulheres mais velhas e como mulheres mais velhas ensinavam as mulheres mais jovens. Vamos conversar com duas esposas de pastores que estiveram conosco várias vezes no passado aqui no Aviva Nossos Corações: Holly Elliff e Kim Wagner. E nossa terceira convidada é Kathy Helvey, que também teve um grande impacto na vida de outras mulheres.
Depois que essa conversa foi gravada, Kathy foi diagnosticada com leucemia aguda e, por fim, foi morar com o Senhor. Até seus últimos dias, as mulheres mais jovens observaram seu exemplo de orar pelos outros e permanecer alegre mesmo enquanto sofria. Eu sei que aquelas de nós que conheciam e amavam Kathy ainda estão sendo impactadas por sua vida hoje, mesmo que ela esteja no céu com o Senhor.
Comecei esta conversa perguntando a Kim Wagner: “Como você encontra tempo para esses tipos de relacionamentos de discipulado e mentoria?”
Kim Wagner: Você tem que ser intencional. É preciso se planejar e organizar a sua semana, sabendo que se você já estabeleceu um compromisso como esse, é preciso reservar um tempo para essa jovem.
Holly Elliff: Acho que o fundamental é entender que isso é importante e isso é parte do motivo de você estar ensinando toda esta série. Eu lidero um grupo de mães e algumas semanas atrás eu simplesmente pedi que elas fizessem um gráfico de sua semana para que vissem com o que elas estão gastando seu tempo. Foi muito interessante ver o que estava devorando a maior parte do tempo delas e elas ficaram bastante chocadas ao ver tudo com diferentes blocos de cores naquela grade. Acho que às vezes não achamos que precisamos discipular sendo uma mulher mais velha, ou sermos discipuladas se formos uma mulher mais jovem, porque nosso tempo é tão consumido com outras coisas, porém estamos deixando passar o que realmente importa.
Nancy: Na verdade, é uma questão de prioridade.
Holly: Acho que é uma enorme questão de prioridades e estamos deixando isso de lado em nossa sociedade simplesmente porque não acreditamos que isso seja importante.
Kathy: A tirania do urgente. Ficamos correndo freneticamente de um lado para o outro para cuidar das coisas urgentes e deixamos de lado o que é importante.
Eu me lembro, anos atrás, de ter lido um artigo sobre gerenciamento do tempo e alguns pontos super importantes sobre isso. A última parte do artigo ficou em minha mente para sempre e mostrava como avaliar a sua rotina. Você deveria fazer as seguintes perguntas mentalmente:
- Daqui a cinco anos, ficarei feliz em ter feito isso/em ter aceitado fazer isso agora?
- Isso vai fazer diferença?
- Isso terá um impacto em alguma vida?
- Será algo com valor eterno?
Estas são minhas perguntas como cristã. Eu sempre me baseio nelas e isso tem sido de grande ajuda desde então para definir minhas prioridades.
Holly: Bom, eu realmente acho que as jovens mães estão cansadas demais, ocupadas demais, estressadas demais. Não é à toa que vemos tantas jovens mães extremamente exaustas. Elas estão sob grande estresse e acho que muito do que está causando tudo isso é que, apesar de Deus já ter pensado sobre isso e providenciado a ajuda para elas através da vida de mulheres mais velhas, elas não estão encontrando esse conselho e essa sabedoria.
É sempre muito encorajador quando alguém vem até você e diz: “Menina, três anos atrás eu passei pela mesma coisa e vou te dizer o que Deus fez”. Creio que é muito importante apenas receber uma palavra de incentivo e ter alguém te apoiando.
Existem inúmeras jovens mães que acham que são a única mulher que já passou por certas coisas; que isso é algo impossível; que isso nunca vai acabar; que seus filhos sempre terão entre dezoito meses e cinco anos de idade, ou que sempre serão adolescentes e isso não terá fim. Às vezes, ajuda se alguém simplesmente falar: “Haverá um momento em que você vai olhar para trás e vai ver que isso passou e as coisas mudaram, mas agora existem algumas ferramentas que Deus pode conceder a você e que a ajudarão a passar por isso”.
Acredito que muitas mulheres cristãs não desfrutam da provisão que Deus quer que elas desfrutem através da vida de outras mulheres.
Kim: Acho que algo que perdemos em nossa cultura hoje é simplesmente nos sentar ao redor da mesa de jantar ou na cozinha com as tias, as irmãs, as avós e desfrutar de uma reunião semanal como costumava acontecer. Às vezes, a avó ainda morava na mesma casa e a sabedoria dela era derramada de uma forma muito natural todos os dias, dia após dia, ao usar a máquina de lavar, na cozinha, na mesa do jantar.
Nancy: Tricotando.
Kim: Isso.
Nancy: Fazendo algo melhor.
Holly: Isso porque somos transitórias. Tenho uma filha que mora a quinze horas de distância de mim. Muitas vezes, elas nem estão perto desses familiares, dessas mulheres que poderiam encorajá-las em Cristo. Elas não estão próximas.
Kathy: É por isso que digo que agora temos que ser muito intencionais em buscar esses relacionamentos, de ambos os lados, do lado das mulheres jovens e das mulheres mais velhas. Pouquíssimas mulheres mais jovens me procuraram e disseram: “Você poderia me discipular?”
Mais do que isso, acho que nós, mulheres mais velhas, temos essa responsabilidade. Precisamos ter o coração de Paulo. O versículo de minha vida é Colossenses 1:27, 28 e 29. Paulo está dizendo ali: “Eu proclamo a Cristo. Eu trabalho. Faço tudo isso por este motivo: ver Cristo aperfeiçoado em você” (parafraseado). Em tudo o que estamos fazendo. Quer estejamos no Supermercado ou em um estudo bíblico ou levando um amigo ao consultório médico, em tudo o que estivermos fazendo, devemos estar falando e vivendo de uma maneira a ver Cristo aperfeiçoado no outro.
Holly: Acho que uma das razões pelas quais as mulheres não fazem isso é que elas acham que precisam fazer algo diferente do que apenas viver as suas vidas de forma aberta, transparente, junto com outra pessoa. Elas acabam pensando que se não são teólogas ou se seu casamento não é perfeito ou seus filhos não atingiram a perfeição, que elas não podem ter um ministério com outras mulheres.
Kathy: Você pensa em mentoria da seguinte forma: “Bom, tenho que ter o livro certo, o estudo bíblico certo. Temos que nos encontrar por uma ou duas horas”. Isso acontece com frequência, mas creio que a mentoria também tem a ver com o que conversamos hoje: derramar-se sobre as vidas delas. Podemos fazer isso de várias maneiras.
É por isso que eu luto pelas mulheres na igreja. As pessoas encarregadas do berçário ou mesmo que ensinam as crianças na escola dominical não deveriam ser as jovens mães. As mães mais velhas deveriam estar encarregadas do berçário. Muitas vezes esse trabalho é oferecido às mães mais jovens e elas já tem um trabalhão até mesmo para se vestir e para vestir seus filhos, para sair e chegar na igreja. Elas não aproveitam a igreja, elas estão presas ao berçário. Sou inflexível a esse respeito. Acho que esta deva ser a alegria e a responsabilidade das mulheres mais velhas, retribuir pelo trabalho do berçário e da escola dominical e deixar que as mães mais jovens recebam ensinamento.
Nancy: Eu ousaria dizer que as solteiras também poderiam servir.
Kathy: Sim, certo e as solteiras. Seria bom também.
Nancy: Dando um tempo às jovens mães.
Kathy: O que me faz pensar nesse trabalho para as mulheres mais velhas é que já ouvi dizerem: “Eu já fiz esse trabalho, não faço mais. Para mim já deu. Estou mais velha agora. Eu não estou trabalhando agora no berçário porque já fiz isso”. Creio que precisamos de uma mudança em nosso pensamento. Sim, você serviu ali porque ninguém se ofereceu para fazer isso por você.
Kim: Bem, há muitas formas criativas de mentorear e discipular mulheres mais jovens. Eu trouxe uma mulher para nossa casa no Dia de Ação de Graças. Ela tinha 24 anos, mas sua mãe a havia abandonado quando ela tinha quatro anos e ela não tinha muita experiência na cozinha. Eu apenas a convidei para me ajudar com a preparação da refeição do dia de Ação de Graças e, assim, aprender a descascar batatas, fazer purê, molho e coisas básicas.
Nancy: Você precisa fazer isso por mim, Kim.
Kim: Eu adoraria fazer isso com você e também juntas levarmos as moças ao supermercado. Muitas jovens não sabem fazer uma compra básica de supermercado, ou como planejar uma refeição, como treinar as crianças para deixar as fraldas, como lidar com uma criança doente. Quando uma criança adoece, que coisas básicas precisamos fazer? Se for a primeira vez que seu filho adoece e não há ninguém para ajudar… A Holly mencionou que a filha dela mora muito longe. Oro para que haja uma mulher mais velha piedosa que entre em sua vida e diga a ela: “Você deve fazer isso quando seu filho está com febre. Vou te mostrar ou posso passar a noite com você e ajudá-la a cuidar do seu filho”.
Kathy: Quando se é uma mãe mais jovem, aquilo que nos impede de fazer perguntas não seria o orgulho? Eu sei que foi assim comigo. De repente, percebi quando tive meu primeiro bebê que eu deveria saber tudo, mas não sabia. Eu lia livros freneticamente, mas eu parei para fazer perguntas para outras mulheres? Não.
Holly: Acho que muitas vezes é por orgulho. Acho que, as mulheres mais velhas, às vezes, têm medo de estarem ligadas a alguém que pode ver seus erros ou que, pela proximidade, pode acabar vendo seus defeitos.
Kathy: Ou elas podem ser rejeitadas pelas jovens ao oferecer a sua sabedoria.
Kim: E eu conheço a minha geração, mas estou muito distante da geração adolescente de vinte anos. Sua tendência pode ser pensar: Como posso me identificar com elas? Eu nem entendo alguns dos termos que elas usam. Eu amo essa idade. Eu amo garotas em idade escolar e do ensino médio e o que aprendi é que elas só querem que alguém seja verdadeiro com elas, seja sincero e comunique que se preocupa com elas. Elas são atraídas por isso.
Elas querem conhecer a verdade e não há muitos lugares em que elas possam ouvi-la. Então, se você estiver disposta a compartilhar a verdade com elas em amor, graça e aceitando a situação em que se encontram, vá até elas e diga: “Eu quero aproximar você de Cristo” e isso as atrairá. Então, quero encorajar todas as mulheres mais velhas que estão ouvindo e pensando: Eu não posso fazer isso. Eu não consigo me relacionar com adolescentes ou meninas. Deixe-me apenas encorajá-la a amá-las. Simplesmente as ame e compartilhe com elas a sua experiência de vida, mesmo que você tenha falhado em sua experiência de vida.
Nancy: Eu acho que é um problema para muitas mulheres, o sentimento de que “Eu estraguei tudo! Meu casamento não deu certo. Meus filhos se tornaram terríveis.” Deus transformou a minha vida, mas o que eu tenho a oferecer a essas mulheres mais jovens?” Talvez algumas mulheres se sintam desqualificadas, mas têm muito a oferecer.
Holly: Nancy e eu conversamos durante o intervalo sobre o fato de que muitas de nossas ouvintes não são casadas. Elas podem ser solteiras ou divorciadas e pensam: ”Bom, essas coisas de Tito 2 não se aplicam a mim porque eu não tenho um marido agora, meus filhos estão crescidos ou eu não tenho filhos.” Mas estávamos falando sobre o fato de que as mulheres cujos casamentos fracassaram têm, sim, uma mensagem.
Elas poderão ensinar por meio de sua experiência de vida, a qual pode ter sido negativa, mas agora, se Deus as levou ao arrependimento e à redenção nesta área, Deus pode usar as suas falhas para proteger uma mulher que está caminhando na mesma direção. Elas têm uma autoridade nessa área que talvez eu não tivesse e poderiam dizer: “Eu andei por esse caminho. Ele não vai te fazer feliz. Vou te contar o que isso causou na minha vida. Vou te contar a dor de cabeça que isso me causou”.
Mesmo sendo um exemplo negativo, Deus usa essa experiência para o bem. Isso não é legal? Mesmo que seu próprio casamento tenha terminado assim, Deus agora pode impedir que isso aconteça na vida de suas filhas.
Você pode ter filhas que assistiram enquanto esse casamento se dissolvia, mas se Deus mostrou a você que isso deveria ter sido diferente, você ainda pode influenciar a vida de suas filhas com o coração arrependido e dizer: “Não façam o que eu fiz. Vocês viram o fim de tudo isso. Vocês testemunharam tudo. Vocês sabem como foi doloroso. Não repitam o mesmo padrão”. Portanto, você ainda tem a capacidade de ensinar e treinar. Mesmo que o seu próprio casamento tenha acabado de uma forma que desonrou o Senhor, talvez Deus ainda possa usar isso para treinar outras mulheres.
Nancy: Em cada uma dessas áreas em Tito 2, maridos amorosos, filhos amorosos, puros… Estou pensando em mulheres que não foram moralmente fiéis, não eram moralmente puras e viram as consequências devastadoras do pecado sexual. É como se fosse um grande segredo em seus corações. Elas se arrependeram; elas confessaram; elas obtiveram o perdão de Deus, mas elas não conseguem se imaginar compartilhando sobre isso com outra pessoa.
Há uma geração inteira surgindo, sendo apresentada a tentação do proibido e sendo atraída para o pecado sexual. Existem mulheres mais velhas dizendo: “Eu já experimentei isso! Eu vivi isso e veja o que aconteceu. Veja o que isso fez ao meu casamento. Veja as consequências disso”. Quais foram as consequências de seguir seu próprio caminho?
Estamos falando sobre as mulheres controlarem o uso de sua língua, amando seus maridos. O que aconteceu quando isso não foi feito? Quando não foi feito do jeito de Deus? Para que as mulheres mais velhas agora possam refletir e dizer: “Eu realmente gostaria de poder voltar atrás e fazer algumas coisas de forma diferente, mas você pode ser poupada disso. Você não tem que seguir esse caminho. Você pode experimentar a graça de Deus de cara”. Você tem que lutar contra o seu orgulho e dizer: “Tudo bem, desisto do meu direito de manter segredo sobre isso e estou disposta a me expor para poder ajudar a vida de outras”.
Holly: Também acho que temos um modelo específico em nossa cabeça que nos assusta. Talvez esse modelo seja: “Tenho que ter um encontro individual de dez semanas com essa garota e estudaremos teologia”. Isso é assustador. Porém, se você olhar como Cristo discipulou no Novo Testamento, a Bíblia diz que Ele escolheu doze e então estava com eles. Ele ensinou o que recebeu de Deus, mas ele se baseava na vida cotidiana. Ele usava árvores, plantas, oceanos e barcos como exemplos; coisas que eles podiam entender. Então, se você olhar para a vida de Cristo, não foi complicado. Ele se dedicou à tarefa, mas a maneira como a realizou foi muito simples.
Nancy: Hoje falamos sobre como as pessoas são solitárias, como estão famintas por um relacionamento. Como um ex-pastor meu costumava dizer, podemos estar em uma igreja com centenas ou milhares de outras pessoas e: “sermos como bolas de gude em um saco, batendo umas nas outras”. Pessoas solitárias, sofrendo, necessitadas, passando por grandes crises e problemas de vida, rodeadas de pessoas que ninguém conhece. Ninguém as conhece. Para chegar até as pessoas na igreja e realmente se conectar, olhe em seus olhos e diga: “Como você está? Como posso orar por você?”
Holly: O discipulado é isso. Ele não precisa acontecer em um horário formal e marcado. Ele acontece enquanto caminhamos, apenas levando a vida. Na verdade, só precisamos ser transparentes. Eu lidero um grupo chamado “Mom Link” (Conexão Mãe) em nossa igreja. O que eu amo nesse grupo é que algumas mulheres que ainda não têm filhos participam dele, elas querem estar prontas quando tiverem filhos. Nele temos algumas avós que vêm porque amam ministrar nas vidas de mulheres mais jovens, mas é uma atmosfera muito natural para o discipulado. Nós nos encontramos duas vezes por mês e começamos o grupo para discutir os assuntos de Tito 2. Uma semana podemos abordar o assunto sobre como tratar os maridos. Na outra podemos falar sobre crianças. Depois podemos estudar a sã doutrina.
Nancy: Acho que o que torna esses encontros do “Mom Link” tão eficazes é o fato de as mulheres estarem compartilhando vida umas com as outras e não serem apenas alguém de pé, na frente das outras, ensinando. Isso acontece pouco.
Holly: É algo muito autêntico e honesto.
Nancy: Mas com muita interação.
Holly: Certo.
Nancy: As mulheres compartilham sobre seus momentos de vida e falam sobre suas dúvidas e desafios. Elas são encorajadas ao descobrirem que não são as únicas pessoas no planeta que estão passando por isso, mas também temos a avó compartilhando sobre a sua vida. Então, temos aquela coisa de várias gerações compartilhando suas vidas e isso é um encorajamento para aquelas mulheres.
Kathy: Creio que o principal é que as mulheres mais velhas precisam saber que ainda podem contribuir.
Kim: As mulheres mais velhas podem começar a produzir… é o efeito cascata. Acho que as mulheres mais jovens terão mais vergonha e timidez para abordar e se aproximar de uma mulher mais velha. Mas a mulher mais velha, mais madura que já passou por experiências de vida, creio que ela deva saber que: “Tem a permissão do Senhor, como Tito diz”.
Kathy: Não importa pelo que você passou, quais foram as suas falhas pelo caminho, você pode compartilhar experiências. Então, faça isso.
Nancy: Nos perguntamos se não estamos ocupadas demais com as coisas erradas a ponto de não termos tempo, estamos falando aqui de Cristianismo básico. É a vida do Corpo de forma básica. Estamos falando do “uns aos outros” mencionado na Bíblia e se mais disso estivesse acontecendo entre mulheres mais velhas e mais jovens, imagine a quantidade de desastres que poderiam ser evitados.
- Quantos maridos seriam aliviados da pressão de serem os únicos amigos de suas esposas?
- Quantas coisas seriam cortadas pela raiz antes de se tornarem problemas psicológicos ou distúrbios desastrosos?
- Quantas mulheres não precisariam buscar aconselhamento e terapia porque (não estou dizendo que isso pode não ser necessário) várias coisas básicas da vida poderiam ser resolvidas com encorajamento, através da Bíblia, de amizade, amor e honestidade nos relacionamentos?
Isso realmente faria uma enorme diferença na profundidade do cristianismo que essas jovens mulheres e suas famílias experimentam.
Holly: Também acho que, depois que as mulheres passaram da idade de ter filhos e de todo o furacão que vem com a criação de filhos, quase existe a sensação de que ganharam o direito de se sentar, tirar férias e não fazer nada e não existe isso nas Escrituras. Você realmente vê o oposto disso repetidamente na Bíblia, pois Deus diz que até o nosso último suspiro, devemos estar engajadas e envolvidas.
Pode ser que Deus traga alguém que não esperávamos para nossas vidas e podemos nem mesmo perceber no início que a estamos discipulando. Você pode estar apenas sendo uma incentivadora, sendo verdadeira com relação à vida dela ou ensinando como assar um frango. Na simplicidade dos seus atos, de repente você pode olhar para trás depois de um ano e dizer: “Que demais! Eu discipulei essa mulher mais jovem!”
Nancy: Isso é um grande encorajamento.
Holly: É encorajador.
Nancy: Posso pensar nas mulheres por toda esta comunidade com as quais eu tenho um relacionamento; uma amizade; e posso me lembrar como elas estavam em sua caminhada com o Senhor há 2, 3, 4, 5, 6 anos. Certamente não fui a única influência em suas vidas, foi uma combinação de coisas. Porém, posso olhar agora para as mulheres com as quais tenho estado conectada e ver que elas já não são as mesmas pessoas.
Kim: Muitas ouvintes que conheço estão dizendo: “OK, como eu poderia fazer isso? Eu trabalho das 9 às 5 de segunda a sexta e nos fins de semana temos isso e aquilo em família. Então, como eu arranjaria tempo para ser uma mentora?” Eu consigo compreendê-las porque essa é uma boa pergunta, mas mesmo no local de trabalho haverá oportunidades. As pessoas estão sempre observando você e a sua vida, a sua maneira de falar, a maneira como você lida com uma transação, sua honestidade, sua integridade, seu caráter; todas essas coisas falam muito. Existem intervalos para o café. Existem intervalos para o almoço. Então tá vendo, tem oportunidades de tocarmos as vidas das mulheres e observar o que Deus fará através disso.
Holly: Bom, isso nos leva de volta ao que Kim disse no início, que é preciso ser intencional. Pode ser que Deus tenha algo que deseja que eu faça de forma muito proposital que vai contra a cultura. Então, o que estamos dizendo é, faça a si mesma a pergunta: Senhor, há uma mulher mais jovem por aí? O que o Senhor quer que eu faça a respeito deste ensino? Obviamente, se você está nos ouvindo, Deus queria que você ouvisse sobre isso, então o que Deus quer que você faça com esta verdade bíblica?
Nancy: Quando Holly faz essa pergunta, ela claramente não quer que você apenas ouça este programa de forma casual hoje. Espero que você aceite o desafio dela e pergunte a Deus como Ele pode querer usá-la para ensinar uma mulher mais jovem. Ouvimos uma conversa que gravei com minhas amigas Holly Elliff, Kim Wagner e a falecida Kathy Helvey. Talvez você esteja desejando o tipo de comunidade ao qual Kim, Holly e Kathy serviram de modelo hoje.
Raquel: Se esse é o seu desejo, junte-se a nós no Aviva Nossos Corações e seja intencional em suas interações! Mentore e permita-se ser mentorada, dessa forma, você, a sua família e o corpo de Cristo serão abençoados.
O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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