Ep. 23: Você é o modelo de amor e respeito ao próximo no qual seus filhos estão se espelhando
Raquel Anderson: Preparem-se para um puxão de orelhas daqueles da Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy: Mulheres, se os seus filhos te veem revirar os olhos e soltar aquele tom de voz irritado quando você fala do pai deles, não se surpreendam quando esses mesmos filhos se tornarem adolescentes que reviram os olhos e falam de você e com você um tom de voz irritado. Você é o modelo de amor e respeito ao próximo no qual os seus filhos estão se espelhando.
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com a Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo – Vivendo a beleza do evangelho juntas, na voz de Renata Santos.
Estamos no meio da série chamada “Adornadas – Vivendo Tito 2:1-5”. Esperamos que o Senhor já tenha falado com você profundamente até aqui e que você esteja permitindo o trabalhar do Espírito Santo na sua vida e …
Raquel Anderson: Preparem-se para um puxão de orelhas daqueles da Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy: Mulheres, se os seus filhos te veem revirar os olhos e soltar aquele tom de voz irritado quando você fala do pai deles, não se surpreendam quando esses mesmos filhos se tornarem adolescentes que reviram os olhos e falam de você e com você um tom de voz irritado. Você é o modelo de amor e respeito ao próximo no qual os seus filhos estão se espelhando.
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com a Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo – Vivendo a beleza do evangelho juntas, na voz de Renata Santos.
Estamos no meio da série chamada “Adornadas – Vivendo Tito 2:1-5”. Esperamos que o Senhor já tenha falado com você profundamente até aqui e que você esteja permitindo o trabalhar do Espírito Santo na sua vida e na vida da sua família.
Nancy: “O que é que eu fui fazer?” Robert e eu estávamos casados há menos de um mês quando esse pensamento invadiu minha mente com a força de uma enchente. Uma série de circunstâncias e pequenos acidentes foram acontecendo logo após o nosso casamento. Eles foram meio que se acumulando e acabaram me afetando.
Eu vou poupar vocês da maior parte dos detalhes, mas só para dar uma ideia da situação. Aconteceu um desastre aquático em casa que fez com tivéssemos que trocar todo o piso de madeira do primeiro andar, o que nos obrigou a viver e a trabalhar grudados um no outro num escritório minúsculo por quase 3 semanas.
Ah, e eu mencionei que a culpa da inundação foi minha?! Pois é. E teve outras situações que intensificaram o drama. Uma delas – nem de longe a menor – era a falta de sono. Deixa eu falar uma coisa… As pessoas já me perguntaram em várias entrevistas, “Qual foi a maior adequação que você precisou enfrentar no casamento?”
E eu só digo uma coisa, depois de tantos anos dormindo sozinha, ter que dividir uma cama foi uma adequação gigantesca para mim! Então, eu não estava dormindo bem; tinha muita coisa acontecendo. E lá estava eu, no meio da noite, num momento de pânico. Aquele homem dormindo ao meu lado na cama (era o Robert) – aquele homem incrível que me amava e a quem eu amava – de repente, parecia um completo estranho.
Não era nada do que ele tinha feito e não era nada do que – em circunstâncias normais – eu provavelmente estaria sentindo. Mas eu me vi, naquele momento, lutando para controlar minhas emoções rebeldes. Eu me questionava sobre o que era necessário, como iríamos construir um casamento de amor e intimidade.
Muitos anos atrás, a primeira vez em que eu liderei um estudo sobre Tito 2 para outras mulheres, eu era solteira e aquele tipo de pensamentos e sentimentos – que eu acredito ser experimentado pela maioria das mulheres casadas em algum momento – aqueles pensamentos e sentimentos ainda não eram familiares para mim.
Robert e eu estamos casados há alguns anos, e pela graça de Deus e muita ternura, bondade e paciência por parte desse homem, nós superamos aquele trajeto difícil e nos tornamos melhores por causa dele. Então, agora, enquanto eu conduzo essa sessão de estudo, eu me vejo olhando para esse tema de casamento e amar ao seu marido com um olhar renovado.
Quando o apóstolo Paulo fala ao pastor Tito em Tito capítulo 2, versículo 4, que as mulheres mais velhas devem orientar as mulheres mais jovens a amar os seus maridos, minhas orelhas ficam de pé de um jeito completamente novo.
A palavra “orientar” em “orientar as mulheres mais jovens” sugere que, caso você não ame o seu marido agora, você pode aprender a amá-lo. Porque, veja bem, o tipo de amor sendo discutido aqui não é um amor romântico ou erótico. O amor sendo discutido aqui é amizade, companheirismo.
Esse amor não se trata, principalmente, de uma emoção – embora, certamente, envolva emoções. Em algumas culturas, as pessoas se casam por casamentos arranjados e depois aprendem a se amar, ao contrário da nossa cultura ocidental, em que você “se apaixona” e depois se casa. Às vezes, eu olho para essas duas alternativas e me pergunto quais delas funciona melhor (risos). Não existe um certo e errado, mas quantas pessoas que “se apaixonaram” e perderam esse sentimento depois de casadas?
Essa ideia de aprender a amar o seu marido sugere que você pode escolher desempenhar atos de amor pelo seu marido e que, mais tarde, seu coração vai seguir o mesmo ritmo. Naquele momento difícil em que me veio à mente “o que é que eu fui fazer?” enquanto as minhas emoções estavam descontroladas e malucas, o que eu tive que fazer foi caminhar pela fé, me lembrar dos nossos votos e dizer, “Senhor, pela Tua graça, vou escolher amar esse homem que Tu me destes. Eu vou ser orientada – meu coração vai ser orientado – a amá-lo.
O Robert está aqui nessa sala agora. Eu não gostaria que ele sentisse – e você não gostaria que seu marido sentisse – que você não faz tudo isso por ele de forma natural. Mas existem momentos em que você simplesmente não ama de forma espontânea. Não é mesmo? Será que eu sou a única? Então, você aconselha o seu coração de acordo com a verdade. Você controla essas emoções – aquelas emoções rebeldes – com a verdade. E à medida que você obedece a Deus ao escolher amar o seu parceiro, seu coração vai seguir o mesmo ritmo.
À medida que você escolhe ser fiel, escolhe se doar, escolhe servir de forma sacrificial, você vai experimentar amor, amizade e companheirismo crescentes. E eu digo mais: o tipo de amor descrito nesta passagem não depende do tipo de marido que ele é.
E eu sei que quando falo com outras mulheres e elas escutam sobre o meu casamento incrível e sobre esse homem precioso que o Senhor me deu aos meus 57 anos…O Robert foi casado com a Bobbie por 44 anos e eles tiveram um casamento precioso. Então ele já tinha aprendido muita coisa. É diferente de começar aos 20 anos, quando você começa lá do comecinho. Deus já tinha ensinado muitas coisas pra ele.
Enfim, essas mulheres me escutam falar sobre o nosso casamento e elas pensam, “Mas de jeito nenhum ela conseguiria se identificar com o meu casamento.” E isso se aplica provavelmente a todas nós com relação ao casamento uma das outras.
Mas acho que precisamos nos lembrar que esse tipo de amor não depende do tipo de homem com quem você é casada – se ele é responsável, carinhoso, fiel. Sou muito abençoada por ter tudo isso em um homem. Ele não é Deus, ele não é perfeito, mas ele é incrível!
E eu entendo que existem mulheres escutando minha voz hoje, muitas nesta sala, que não tiveram ou não têm esse tipo de marido. Você está buscando viver essa passagem num casamento totalmente diferente do casamento no qual eu estou vivendo.
E me permita dizer que Deus vai te dar graça – preparada sob medida para as suas circunstâncias e para a sua situação. Independente do tipo de casamento que você tem, espere que o seu amor será testado. Se o seu marido sempre fosse amável, se ele sempre fosse atencioso, se ele sempre fosse sensível às suas necessidades, se ele pudesse ler sua mente e sempre soubesse exatamente do que você precisa – o que você está pensando e como satisfazer essas necessidades – se ele sempre fosse carinhoso, bondoso e afetuoso, não teria motivo nenhum para as Escrituras nos exortarem a aprender a amar nossos maridos, porque simplesmente faríamos isso de forma natural.
Se não fôssemos ambos pecadores, não precisaríamos desse direcionamento, dessa instrução. Mas o fato é que, vocês dois são pecadores e vocês precisam se lembrar disso. Não é só o seu marido que é pecador, você também é pecadora. Vocês dois estão casados com pecadores. É fácil comparar seu marido com outros homens que parecem estar muito mais avançados na caminhada em certas áreas da vida. E, às vezes, pode parecer – se você permitir que sua mente divague até lá – que seria muito mais fácil se você pudesse estar casada com alguém diferente. Eu te digo, não permita que sua mente vagueie nesses campos escuros!
Controle esses pensamentos. Traga-os cativos à obediência de Cristo. Se você der vazão a esses pensamentos, em algum momento você vai começar a colocá-los em prática. O fato é, que você não sabe como é estar casada ou viver com esses outros homens que parecem tão incríveis quando você os vê na igreja.
Não existe homem nenhum – não existe mulher nenhuma – com quem estar casado seja sempre fácil. Pode ser que existam homens que sejam mais espiritualmente maduros do que o seu marido; talvez eles sejam mais amorosos, mais românticos ou melhores provedores…talvez eles, pelo menos, pareçam ser assim. Mas Deus quer usar as qualidades e defeitos do seu marido para te ajudar a se tornar mais semelhante a Jesus. E vice-versa. Deus quer usar as suas qualidades e defeitos para ajudar o seu marido a se tornar mais como Jesus. É por isso que, no casamento, precisamos andar em humildade. Precisamos oferecer misericórdia. Precisamos presumir o melhor do outro e não julgar corações ou motivações.
Façam concessões um pelo outro – sem esperar perfeição. Eu penso, especialmente, naqueles casamentos mais jovens nos quais ambos os cônjuges ainda estão crescendo. Tem muito crescimento pela frente. Nós temos muito crescimento pela frente. Já deveríamos ser totalmente maduros a essa altura, mas tem momentos em que não somos. Então, não espere perfeição um do outro.
Eu adoro uma citação do querido Spurgeon. Ela pode ser aplicada de uma forma muito bela ao contexto do casamento. Ele diz assim:
“Aqueles que estão crescendo em graça se lembram de que eles mesmos não passam de pó e, portanto, não esperam que seus irmãos na fé (ou seus parceiros) sejam algo além de pó. Eles perdoam dez mil faltas do seu próximo, porque sabem que Deus perdoa vinte mil de suas próprias faltas. Eles não esperam perfeição na criatura e, portanto, não se decepcionam quando não a encontram.
Expectativas. Isso é tão importante.
O melhor casamento é nada mais do que dois pecadores em contínua postura de humildade aprendendo a chegar à cruz e obter a graça de Deus. Então, enquanto você aprende a amar o seu marido, se lembre de que vocês dois são pecadores.
Depois, aprenda a regar o seu casamento com encorajamento – com o dom do encorajamento. Mais uma vez, sou tão grata por ser casada com um encorajador que tem me ensinado tanto sobre a importância deste ato. Ao longo dos anos, eu tenho visto tantas mulheres detonando os seus maridos e destruindo o coração do seu casamento por conta de uma língua ou espírito crítico e negativo.
Mas eu já vi o oposto também. Já vi homens fazendo a mesma coisa com suas mulheres. É por isso que eu quero encorajar os maridos que acompanham esse programa a amadurecerem neste tópico também. Seja através da Palavra, livros relacionados ou cercando-se de outros homens maduros que amam suas esposas como Cristo amou a igreja.
Mas, mulheres, eu acho que muitas vezes nós somos mais verbais ou comunicamos mais o nosso descontentamento ou frustração e isso pode destruir um casamento de forma sistêmica. O meu marido sabe que é a minha profissão editar textos. Ele às vezes faz graça dizendo que eu consigo pegar um erro tipográfico numa placa ou outdoor enquanto a gente dirige a 120 km/h na rodovia.
Ou, eu consigo abrir um livro – essa habilidade é lendária – e pegar imediatamente o único erro tipográfico. Eu sou treinada para perceber erros e apontá-los. Esse é o meu trabalho. Mas não é esse o meu trabalho no meu casamento!
Então, vez ou outra, quando eu entro no modo editora, o Robert me diz baixinho e docemente, “Você está me editando?” Ai! Isso não quer dizer que num casamento saudável não somos honestos um com o outro. É óbvio que precisamos ter essas conversas.
Eu e o Robert já tivemos momentos que começaram difíceis, mas que se tornaram preciosos. Momentos de conversas doces em que fomos sinceros sobre como um estava afetando o outro, momentos em que conversamos sobre áreas nas quais poderíamos nos tornar mais fáceis de conviver se fizéssemos certos ajustes.
Vocês precisam ter essas conversas, mas tome cuidado para não se tornar a crítica do seu marido – a editora dele. Se você segue o Aviva Nossos Corações há um tempinho, já deve ter nos ouvido falar sobre o “Desafio de 30 dias de encorajamento ao marido”. Vamos falar muito mais sobre ele no próximo episódio. Mas quero só mencioná-lo aqui. Uma mulher nos escreveu dizendo:
“Por favor, orem por mim. Estou fracassando nesse desafio de encorajar o marido. Estou lutando contra um hábito de negatividade que já dura 9 anos. Parece que eu não dou conta de ficar nem um dia sem criticar o meu marido!”
Talvez essa seja a realidade de alguém que está nos ouvindo agora. É por isso que algo como esse desafio de 30 dias pode te ajudar a começar novos padrões – um novo passo de dança – no seu casamento.
Alguém de outro ministério, compartilhou uma carta que eles receberam de uma ouvinte. Quero ler só alguns parágrafos desta carta para vocês. A ouvinte escreveu assim:
“Quando você disse que nossas palavras poderiam ser como talhadeiras, aquilo falou muito comigo! Houve um tempo em que eu tinha a intenção de que as minhas palavras fossem usadas dessa forma. Assim como uma talhadeira, as minhas palavras eram uma ferramenta. De alguma forma, eu pensava que, enquanto mulher, eu tinha o papel te pegar esse grande bloco amorfo de madeira – também conhecido como meu marido – e esculpi-lo em algo mais agradável.
Então, eu pegava a minha talhadeira – as minhas palavras – e recortava as arestas ásperas e as imperfeições desse bloco. Eu não conseguia entender porque a minha “ferramenta afiada” não estava dando conta do trabalho! Minhas palavras não estavam sendo ouvidas.
Talvez se eu tentasse mais – ou usasse uma talhadeira maior. Por que é que esse bloco não toma forma? No final, algumas mulheres trocam a talhadeira por um maçarico e acabam com um monte de cinzas. Pode ser perigoso tentar esculpir uma criação que não pertence a você!”
Dona Ruth Graham disse certa vez que foi um grande dia na vida dela quando ela percebeu que não era trabalho dela mudar o marido. Ela disse, “O meu trabalho era amar o Billy Graham. Era o trabalho de Deus transformá-lo.” Na minha opinião, ela disse tudo.
Eu penso na Elisabeth Elliot. Ela sabia alguma coisinha sobre casamento – ela foi casada 3 vezes. Os dois primeiros maridos faleceram antes dela, depois ela foi casada por muitos anos com Lars Gren. Ela escreveu assim:
“Uma esposa, se ela for muito generosa, talvez permita que o seu marido atinja, quem sabe, 80% das suas expectativas. Mas sempre tem aqueles outros 20% que ela gostaria de mudar. Ela pode tentar consertar a porcentagem restante durante toda a vida de casados deles sem conseguir reduzir muito essa margem. Ou ela pode simplesmente decidir desfrutar dos 80%…e ambos serão felizes.”
Você vê que perspectiva diferente? É tão fácil apontar defeitos, falhas e imperfeições naqueles ao nosso redor, especialmente em nossos cônjuges. Mas quero nos lembrar, independente de qual seja a deficiência dele – as falhas, os pecados – não é um pecado menor da nossa parte responder a ele de forma crítica, áspera e fria.
Nós temos essas escamas nos nossos olhos. Dizemos, “Nossa, os pecados dele são ruins demais. Eu só estou tentando ajudar com as minhas palavras.” Não. Suas palavras críticas, frias, ásperas e inoportunas são tão pecado quanto qualquer coisa que você está tentando apontar nele.
Acho que quando virmos Jesus ao final da nossa jornada – quando chegarmos ao Céu – Ele não vai perguntar para a gente, “O seu marido tinha fraquezas?” A resposta é, é óbvio que ele tinha – é óbvio que ele tem.
Acho que a pergunta seria outra: “Você amou o seu marido? Você era amiga dele? Você era a companheira dele? Você era a encorajadora dele?” Por isso, não faça tempestade em copo d’água por causa de pequenas coisas que você gostaria de mudar, em vez disso, exalte as coisas que são dignas de elogio – mesmo se elas parecerem pequenas.
Todos nós florescemos com encorajamento, com a água do elogio. E não fique só pensando essas coisas sobre ele – diga, dia a ele! Muitas vezes nós pensamos, “Ah, mas é lógico que ele sabe que eu me sinto assim por ele.” Ora, ele não vai saber se você não disser. “Obrigada. Eu valorizo você. Eu te respeito por isso. Eu te amo. Obrigada por me escolher.”
Filipenses 4, versículo 8, diz “tudo o que for puro, amável, bom, verdadeiro, de boa fama – pense nessas coisas”. E, então, diga essas coisas para o seu marido. Esse é o objetivo desse desafio de 30 dias. Eu espero que muitas ouvintes desse programa se disponham a colocá-lo em prática.
Agora, vamos dar um zoom nisso aqui e deixar mais pessoal: você tem a tendência de concentrar sua atenção no que o seu marido está fazendo errado ou naquilo que você gostaria que ele fizesse diferente, ou você concentra a sua atenção nas qualidades dele que são dignas de elogio?
E quando você percebe necessidades na vida dele, você é mais rápida para apontá-las ou para orar por ele e conversar com Deus a respeito dessas coisas? Quem você acha que é mais capaz de tratar dessas coisas com o seu marido: você ou o Senhor?
Daí eu repito, não quero dizer que você não deva conversar sobre essas coisas. O que eu quero dizer é que esse tipo de conversa precisa ser pensada com cuidado, dirigida pelo Espírito Santo, colocada na hora certa e precisa estar envolvida pelo dom do encorajamento. Assim, quando certas coisas precisarem ser ditas por qualquer um dos dois, vocês vão saber que estão sendo ditas num contexto de amor, afirmação e encorajamento. Seu marido vai saber que vocês estão do mesmo lado.
Você não está trabalhando contra ele; você não é o adversário. Ele não é o inimigo. Você é amiga dele; você o ama.
Você diz palavras de encorajamento, admiração e afirmação para o seu marido?
Aqui vai mais uma: Você é tão rápida para fazer concessões pelo seu marido quanto você é para fazê-las por outros homens na igreja ou no seu ambiente de trabalho ou até mesmo por visitas que vêm até à sua casa? Infelizmente (e todas já fizemos isso), muitas pessoas tratam as visitas muito melhor do que elas tratam o seu parceiro. Isso não deveria acontecer! Ame o seu marido.
Seu marido se sente que está livre para falhar, fracassar em algo (em coisas grandes ou pequenas) – sem medo de crítica ou rejeição? Sou relembrada de que eu não sou a editora dele, não sou o Espírito Santo dele, não sou a mãe dele! Se eu começar a assumir qualquer um desses papéis, eu não vou abençoar esse homem e não vou ajudar a construir um casamento forte.
Você elogia e fala bem do seu marido para outras pessoas – para os seus filhos, para a sua mãe, para as suas colegas de trabalho? Esse negócio de colegas de trabalho ficarem falando dos maridos de forma desrespeitosa é um perigo mortal!
Fale bem do seu marido para os outros. Essa é uma forma de amá-lo.
Nesses últimos 2 episódios nos dirigimos às mulheres casadas. Paulo diz que as mulheres mais velhas devem ensinar as mais jovens a amarem os próprios maridos. Mas deixa eu falar uma coisa, esse princípio pode ser aplicado – por extensão – à mulheres em vários períodos da vida.
Temos mulheres aqui hoje que são solteiras – que talvez nunca tenham se casado – e vocês também podem amar bem o seu futuro marido desde agora (se for da vontade de Deus que você se case) através dos tipos de relacionamentos que vocês têm com o sexo oposto – a forma como vocês falam sobre os homens no seu ambiente de trabalho e na igreja.
No Aviva Nossos Corações, nós sempre dizemos: “Aqui não vamos permitir ataques de crítica aos homens.” É claro que também não defendemos ataques de crítica às mulheres. Mas, em muitos círculos, é politicamente incorreto que homens falem negativamente sobre as mulheres, enquanto as mulheres podem ficar à vontade para fazer tudo o que elas quiserem – protestar nas ruas, levantar cartazes, gritar e berrar, falar sobre como os homens são uns idiotas ou fazer piadas às custas deles ou – o pior de tudo – falar desse jeito sobre o próprio marido.
Então, mulheres solteiras, se desde já vocês forem respeitosas ao falar dos homens e com os homens e o Senhor algum dia te conduzir ao casamento, você vai ter investido bem nesse futuro relacionamento por ter praticado isso desde já.
Nós também temos algumas viúvas aqui nesta sala. Você pode falar boas coisas sobre o seu falecido marido. Talvez não tenha sido um casamento incrível. Talvez tenha sido um casamento muito, muito difícil. Mas você pode demonstrar respeito pelo seu marido na forma como você fala dele agora. Ao falar coisas boas, você não está negando aquilo que foi difícil e desafiador.
Em 1979, minha mãe tinha 40 anos quando o marido dela, o meu pai, caiu morto de um ataque cardíaco aos 53 anos de idade. Uma das coisas que admiro muito na minha mãe é que durante toda a vida de casada, e durante todos os anos posteriores, eu nunca escutei ela dizer uma palavra negativa ou rude sobre o meu pai!
Isso não quer dizer que eles não tinham problemas – eles tinham. Não vou contar para vocês quais eram porque daí eu estaria, de certa forma, contradizendo o que estou tentando comunicar. Mas ela respeitava aquele homem, ela o respeita até hoje. Agora, já sendo uma senhora, ela continua a falar de forma tão amorosa, bondosa e terna sobre as memórias dele. Isso é amar bem o seu marido!
Temos mulheres divorciadas hoje aqui. O seu casamento acabou por algum motivo. Talvez você não quisesse o divórcio. Talvez o que você queria era, de alguma forma possível, ver Deus manter o seu casamento, mas o seu marido foi embora. Ele foi infiel. Quaisquer que tenham sido os motivos…Deixa eu te dizer que você ainda pode, de certa forma, amar esse homem com o amor de Cristo.
Cristo ama os que não são dignos de amor. Cristo ama os fracassados e miseráveis. É claro que existem limites para esse amor, mas você ainda pode encontrar coisas nesse homem que te atraíram a ele e falar sobre essas coisas.
Isso não significa ser falsa, forçada ou artificial. Existe espaço para, como mulheres maduras, falar honestamente sobre certas coisas que acontecem em nossos casamentos para ajudar mulheres mais novas que estejamos discipulando ou instruindo.
Veja bem, não estou dizendo que você nunca deva mencionar coisas negativas, mas que se você o fizer, que você o faça de uma forma que intencione ser redentora e respeitosa, que não tenha o objetivo de atacar o seu marido ou ex-marido, destruí-lo ou criticá-lo.
É importante notar que o tipo de amor no casamento que estamos falando aqui é um amor de natureza exclusiva. Mulheres devem sentir um tipo de afeto pelos seus maridos que, consequentemente, elas não podem sentir por outros homens. Existe uma exclusividade num relacionamento conjugal: o seu marido é o objeto do seu afeto. Você não divide esse tipo de afeto ou amizade com nenhum outro homem.
Alguns amigos queridos nos presentearam no nosso casamento com um livro chamado The Home Beautiful, (A beleza de um Lar, em tradução livre) publicado em 1912 por um autor chamado J. R. Miller. Outro dia, eu estava dando uma olhada nele e me deparei com uma citação que achei muito preciosa em relação a esse assunto. Diz assim:
“Esposa nenhuma pode superestimar a influência que ela exerce sobre o seu marido, ou em que medida o caráter dele, sua carreira e o seu próprio destino estão dispostos nas mãos dela para que ela os molde. A força com que ela age sobre ele é a força do amor, a qual é uma força poderosa e irresistível.”
Então vamos parar um minutinho aqui, enquanto nós finalizamos o episódio, para falar com aquelas que dizem: “Eu simplesmente não amo mais o meu marido – e não sei se algum dia vou conseguir.” Talvez você tenha sido ferida e machucada profundamente. Você fala assim, “Eu não imagino que possa existir amor nesse casamento de novo.”
Bem, me permita compartilhar algumas palavras. Primeiro de tudo, se você não ama o seu marido – por qualquer que seja o motivo – reconheça perante Deus que você é quem não o ama mais. Talvez ele não ame você. Você não pode confessar o pecado dele, mas você pode confessar o seu pecado, porque as Escrituras dizem que as mulheres devem amar os seus maridos.
Apenas concorde com Deus e assuma a sua responsabilidade: “Eu não amo o meu marido.” Depois disso, você poderia pedir ao Senhor que Ele te dê um amor sobrenatural pelo seu marido? O amor vem de Deus. Reconheça que você não consegue amá-lo por conta própria.
Amy Carmichael compôs esses lindos versos:
Ame através de mim, amor de Deus,
Em mim, não há amor algum
Ó fogo do amor, acenda o amor
Que queima perpetuamente
Você deseja o amor de Deus em seu casamento? Peça a Deus por isso. E então comece a investir em seu marido. Você pode aprender a amá-lo e você vai crescer nisso se você começar a praticar atos de amor por ele. Daí você me responde, “Não, o nosso amor está morto!” Bem, nós temos um Deus que ressuscita os mortos!
Quero encerrar compartilhando a estrofe de um hino. Não é muito conhecido. Foi escrito por Fanny Crosby em 1869. Já compartilhei ele várias vezes com mulheres que se encontravam em casamentos totalmente vazios de vida. Diz assim:
Bem no fundo do coração humano, esmagado pelo tentador,
Há sentimentos enterrados que a graça pode restaurar;
Tocados por um coração de amor, despertados pela bondade,
Cordas que estavam quebradas, vibrarão uma vez mais.
Ah, Senhor, como elevo meu coração e voz ao Senhor neste dia, por todas nós que estamos ouvindo a esse programa e somos mulheres casadas – que o Senhor nos ensine a amar bem os nossos maridos.
Quero orar, em especial, por aquelas mulheres que nesse momento dizem: “Eu simplesmente não amo mais o meu marido. Não sei se eu jamais conseguiria amá-lo de novo. Aquele amor foi destruído. Aquilo que já sentimos um pelo outro está enterrado tão fundo que não sei se poderia ser restaurado algum dia.”
Pai, eu oro para que o Senhor envolva essas mulheres na certeza de que, conforme suas vidas são tocadas pelo Teu Amor e cobertas pela Tua bondade, que as cordas que foram quebradas possam novamente vibrar em seus corações.
Talvez elas digam: “Meu marido nunca vai me amar.” Não podemos ter certeza, não podemos responder a isso, mas eu creio – e quero orar por essas mulheres – que a graça pode restaurar o amor nesses casamentos enquanto essas mulheres forem tocando seus maridos com um coração de amor e os despertarem com bondade.
Por favor, faça com que cordas que já estão partidas há tanto tempo em muitos e muitos casamentos vibrem de novo, restauradas pelo Teu incrível amor e graça redentora. Por isso eu oro, em nome de Jesus.
Raquel: O tempo que você passa com seu marido – mesmo ele sendo um marido imperfeito – é um verdadeiro presente. Às vezes, é difícil ver isso na monotonia e laboriosidade da vida. Mas a Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos ajudado a ver que o hoje é uma oportunidade de pronunciar palavras de encorajamento – mesmo quando é difícil.
Quando algo é importante, mas desafiador, você precisa de ferramentas para te ajudar. Por isso, te encorajamos a visitar o nosso site e acessar o “Desafio de 30 dias de encorajamento ao marido”. Uma ouvinte do Aviva Nossos Corações escreveu para a Nancy para nos contar como Deus usou esse recurso na vida dela.
Nancy: Pois é. Foi uma mensagem tão encorajadora. Ela disse assim:
“Acabei de fazer o desafio dos 30 dias de encorajamento ao marido. Desde o ano passado, meu casamento estava numa situação muito ruim. Eu realmente não via por que continuar. Eu sentia que tinha um colega de quarto frio em vez de um parceiro. Mas eu sabia que um divórcio destruiria minha família. Eu não queria isso! Mas eu queria um casamento que tivesse amor. Mal sabia eu o que Deus tinha reservado para nós.”
Ela continua e fala que ouviu do desafio de 30 dias do Aviva Nossos Corações. Ela escreveu:
“Decidi que eu não poderia mudar o meu marido. Eu nem podia conversar com ele sobre os nossos problemas. Mas eu podia mudar a mim mesma! Então, eu venho trabalhando nisso. Obrigada por salvar o meu casamento! Por favor, ore para que eu continue a trabalhar nele.”
Agora, sabemos que foi o Senhor que salvou o casamento dessa mulher e continua ajudando ela e o marido, dia após dia. Mas eu fico tão empolgada pela forma como Ele usou o desafio de 30 Dias de Encorajamento ao seu Marido. Independente da situação do seu casamento hoje, eu creio que Ele também possa usar esse material de forma poderosa para abençoar o seu relacionamento.
Visite ainda hoje o nosso site www.avivanossoscoracoes.com
E por que você deveria encorajar o seu marido? Vamos ouvir mais motivos convincentes no próximo episódio enquanto continuamos a estudar Tito 2 aqui no Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth está comprometido com casamentos saudáveis, chamando mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Todos os trechos da Bíblia são tirados da versão NVI.
Clique aqui para o original em inglês.