Ep. 29: Ser sophron – sensata, autcontrolada – é na verdade, ter a mente de Cristo
Raquel Anderson: Uma mulher escreveu para Nancy DeMoss Wolgemuth ilustrando como um pensamento são se desenvolve.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Ela disse: “Você me ajudou a perceber que meu espírito de ingratidão e reclamação é realmente um ataque à vida que Deus escolheu para mim, que eu tenho detestado”. Então, Deus começou a transformar o pensamento dela conforme ela ouvia a Palavra de Deus e concordava com ela. Ela disse: “Obrigada por me trazer de volta à razão e por me mostrar mais uma vez a bondade do Deus que servimos”.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Em nosso episódio anterior Nancy começou a explorar uma ideia que encontramos no livro de Tito capítulo 2. A ideia de que devemos desenvolver “um pensamento são”. Mencionamos quanto precisamos de …
Raquel Anderson: Uma mulher escreveu para Nancy DeMoss Wolgemuth ilustrando como um pensamento são se desenvolve.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Ela disse: “Você me ajudou a perceber que meu espírito de ingratidão e reclamação é realmente um ataque à vida que Deus escolheu para mim, que eu tenho detestado”. Então, Deus começou a transformar o pensamento dela conforme ela ouvia a Palavra de Deus e concordava com ela. Ela disse: “Obrigada por me trazer de volta à razão e por me mostrar mais uma vez a bondade do Deus que servimos”.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Em nosso episódio anterior Nancy começou a explorar uma ideia que encontramos no livro de Tito capítulo 2. A ideia de que devemos desenvolver “um pensamento são”. Mencionamos quanto precisamos de um pensamento são para sabermos lidar com a avalanche de informação que recebemos. Nancy falará um pouco mais sobre esse assunto.
Nancy: Sem dúvidas, os Estados Unidos são abençoados por serem a nação mais rica e próspera da história do mundo. Temos mais oportunidades, mais conveniências do que qualquer outra geração já teve. Sendo assim, eu acabo questionando alguns dos males que temos em nossa cultura.
- Por que tantas famílias estão sufocadas pelas dívidas de cartão de crédito e por empréstimos que não podem pagar?
- Por que existe um índice tão alto de doenças mentais e emocionais em nossa sociedade?
- Por que existe tanta depressão crônica, bipolaridade e TDAH em crianças?
- Por que nós somos uma cultura tão viciada? Temos um alto nível de abuso de substâncias químicas (já falamos sobre isso nesta série), a pornografia está fora do controle, distúrbios alimentares, a obesidade está nos matando, literalmente.
- Por que somos tão moralmente depravados?
- Por que temos um índice tão alto de divórcio, adultério, fornicação e perversão?
- O que explica essa cultura vulgar?
- Por que os filmes como Meninas Malvadas e as séries como “Desperate Housewives” vieram a ser tão populares?
- Por que as revistas femininas e as músicas populares celebram e promovem a agressão passional feminina como empoderamento feminino?
- Por que existem esses tipos de doenças, aflições e males em nossa cultura?
Bom, existem muitos fatores e eu não quero simplificar demais as coisas, mas eu acredito que muito do que eu acabei de descrever é o fruto da falta de uma mente sã. Nós falamos que ter uma mente sã, ser sophron, que é a palavra grega s-o-p-h-r-o-n, que significa sensatez, autocontrole, temperança. Esse pensamento são está enraizado na sã doutrina sobre Deus, Sua Palavra e Seus caminhos. Mas, em nossa cultura, de modo geral, disseminamos um pensamento que não é são e isso tem impactado a nossa maneira de viver. Pensamentos não saudáveis têm consequências em nosso comportamento, em nossos relacionamentos e em nossa cultura.
Pensamentos que não são saudáveis não nos deixam mais felizes ou produtivos como muitos comerciais prometeram. Em vez disso, nos transformam em escravos.
Ao pensar sobre a época em que Paulo escreveu o livro de Tito, que temos estudado, eu penso sobre o Império Romano. Aquela, com certeza, foi uma época conhecida por ser decadente e perversa. O abuso de substâncias químicas e imoralidade eram desenfreados, muito como nos dias de hoje.
Na verdade, quando observamos os nossos dias pensamos que nunca foi tão ruim, mas quando lemos um pouco sobre o período Romano, notamos que aquela era uma cultura altamente perversa, depravada, corrompida.
Naquela cultura, em seu ponto mais alto, Jesus nasceu, viveu, morreu, ressuscitou, enviou o Seu Espírito Santo e deu início à Igreja. A Igreja de Jesus Cristo nasceu em uma cultura caída, pervertida, corrupta e sombria e, no meio de toda essa escuridão, conforme os autores do Novo Testamento, escreveram as epístolas, as cartas para as igrejas primitivas, para os primeiros cristãos. Aqueles seguidores de Cristo foram chamados a serem sophron – temperados, a terem mentes sãs, possuírem autocontrole.
O chamado deles foi para que se sobressaissem. E isso aconteceu porque eles possuíam pensamentos sãos em um mundo que tinha ido à loucura e eles fizeram a diferença. Suas vidas refletiram a beleza, o equilíbrio, a estabilidade que o evangelho traz a uma mente, a uma vida, a um lar e até a uma cultura.
Então, em Tito capítulo 2, temos estudado como as mulheres mais velhas são chamadas a ensinar as mulheres mais novas a serem sóbrias, a terem uma mente sã. O que isso significa? Significa que elas devem amar seus maridos, seus filhos e que elas devem ter autocontrole, ser sensatas. Nós dizemos que isso é fundamental para que possamos colocar em prática nossas outras obrigações, deveres e responsabilidades como mulheres.
Ao pensar sobre o que significava ter uma mente sã, ter autocontrole, ser sensata, dependendo da sua tradução, que é aquela palavra grega sophron, mente sã; o Senhor trouxe à minha mente um acontecimento dos evangelhos.
Abra sua Bíblia no capítulo 5 de Marcos. É um acontecimento relatado em todos os 3 evangelhos sinóticos, Mateus, Marcos e Lucas, mas vamos nos debruçar na versão de Marcos, capítulo 5. Quero começar pelo final para depois voltarmos ao início. No final da história vemos uma palavra relacionada a sophron, juízo perfeito, sensato, autocontrolado.
Veja o versículo 15 de Marcos capítulo 5 que nos fala sobre como as pessoas da cidade se aproximaram e viram aquele homem “assentado, vestido, em perfeito juízo”.
Esta palavra “perfeito juízo” é a palavra sophronetto… sophron… sophronetto. Era um homem que estava em seu perfeito juízo.
Pode ser que você leia esta descrição e pense: “Não tem nada demais aí. Ele estava sentado ali, vestido e em seu juízo perfeito. Não é assim que todo mundo deve ser?”
Porém, o que torna essa descrição, ao final da história, tão extraordinária é que ela representa uma mudança chocante na condição daquele homem em relação ao início da história.
Então, vamos voltar ao versículo 1 e lá vemos a descrição vívida de um homem que é qualquer coisa menos sophron, qualquer coisa menos um homem de juízo perfeito. Versículos 1 e 2, capítulo 5, diz assim:
“Eles atravessaram o mar e foram para a região dos gerasenos. Quando Jesus desembarcou, um homem com um espírito imundo veio dos sepulcros (esta é a nossa primeira pista) ao seu encontro.”
No evangelho de Lucas, no capítulo 8, nos é dito que ele era um endemoniado. Não vou me aprofundar sobre o que isso significa, ou falar sobre demônios e como eles podem afetar pessoas, isso é assunto para um estudo completamente diferente.
Mas, vejam que demônios afligiam esse homem e que Satanás, que é o príncipe de todos os demônios, trabalha por meio de nossas mentes. Ele engana, distorce a verdade e, quando acreditamos em suas mentiras, nossos pensamentos ficam deformados. Ficam destruídos e, no fim, nós nos tornamos irracionais. Nós paramos de pensar corretamente. Abandonamos o juízo perfeito quando começamos a ouvir as mentiras de Satanás.
Longe de estar em perfeito juízo, esse homem estava fora de si e isso afetava toda a sua vida.
O versículo 3 nos fala que ele vivia entre os sepulcros. Vamos ler a passagem paralela de Lucas, capítulo 8. É assim que ela descreve o homem:
“Fazia muito tempo que aquele homem não usava roupas, nem vivia em casa alguma, mas nos sepulcros”.
Isso não soa muito como uma pessoa normal. Essa não é uma pessoa normal. Ele não é um homem que está pensando claramente. Ele tem um espírito imundo, ou como diz Lucas, ele é um endemoniado. Ele vivia no cemitério. E Lucas nos fala que por um bom tempo ele não usou roupas e ele não viveu em uma casa, mas entre os sepulcros.
Continuando em Marcos capítulo 5, versículos 3-5:
“Esse homem vivia nos sepulcros, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com correntes; pois muitas vezes lhe haviam sido acorrentados pés e mãos, mas ele arrebentara as correntes e quebrara os ferros de seus pés. Ninguém era suficientemente forte para dominá-lo. Noite e dia ele andava gritando e cortando-se com pedras entre os sepulcros e nas colinas.”
Esta é uma situação trágica. John MacArthur em seu estudo Bíblico diz que andar gritando descreve um clamor sobrenatural cheio de emoções intensas, e que as rochas com as quais ele se cortava eram provavelmente bem duras e afiadas.
Este é um homem que está em uma situação extremamente ruim e veja a condição dele! Não é uma condição temporária. Não é como se ele estivesse deixando sua sensatez de lado apenas por um momento. Essa é uma condição crônica. As escrituras nos falam que isso esteve acontecendo por um longo tempo. “Noite e dia ele andava gritando e cortando-se com pedras entre os sepulcros e nas colinas.” Essa era a sua situação de vida. Ele perdeu o juízo. Ele é um homem selvagem, estava desgovernado, descontrolado.
Ele estava sob a influência e sob o controle de poderes demoníacos de forma extrema. Ele perdeu a cabeça, estava louco, insano.
O que lemos aqui é o que alguns hoje em dia chamariam de “doença mental”. Sua condição mental é influenciada por demônios, e o que nós não sabemos é como ele pode ter dado espaço para os demônios entrarem. Não temos essa informação.
Mas, pelo tempo em que ele se encontrava nessa situação, com essa condição mental, a falta de uma mente sã resultou em um comportamento muito bizarro, estranho e errático.
Este é um homem que saía correndo completamente nu. Não morava em uma casa, mas vivia no cemitério. Há corpos enterrados lá.
Ele estava separado de qualquer relacionamento, isolado, sozinho. Por estar próximo aos sepulcros ele foi considerado imundo, de acordo com as leis judaicas porque os Judeus não podiam tocar em cadáveres. Portanto, ele estava excluído de qualquer relação com os judeus que seguiam as leis.
Ele era violento, um perigo para si mesmo e para os outros. Ele tinha que ser acorrentado, mas ele constantemente arrebentava as correntes.
Esta é a imagem de alguém que está vivendo uma grande angústia mental e emocional, ele se corta, é violento e possui comportamento destrutivo.
Você pode pensar: “Nossa, essa é uma situação extrema. Eu não consigo imaginar nada assim”. Na verdade, esse é um retrato de como muitas mulheres vivem hoje, em maior ou menor grau.
Mulheres vivendo com depressão crônica, em tormento mental e emocional. Em muitos casos, elas agem de maneiras que as colocam em perigo e os outros ao seu redor.
Nos dias de hoje, temos ouvido sobre o ato de se cortar, e eu preciso dizer que isso não ocorre somente com adolescentes, acontece com mulheres maduras, adultas, esposas, mães.
Existem mulheres que, com distúrbios alimentares ou atos de se autoflagelarem, machucam seus próprios corpos; ou com comportamentos problemáticos, extremos e bizarros, talvez tenham ameaçado a vida de outros.
Este problema pode acontecer em graus variáveis e de diferentes maneiras. Pode ser que grande parte de nós não esteja tendo comportamentos tão extremos como esses que lemos em Marcos 5.
Mas, em menor ou maior grau, em algum momento, todas nós mostramos comportamentos que evidenciam uma mente que não é sã, ou que não estamos em perfeito juízo. Eu vejo isso nos e-mails que recebemos aqui no Aviva Nossos Corações de vez em quando.
Deixe-me ler alguns e-mails para vocês. Este primeiro é um exemplo de algo que não é tão extremo, mas sei que muitas mulheres podem se identificar com ele. Uma mulher escreveu recentemente e disse:
“Eu acabei de explodir com a minha filha que ainda está na pré-escola. Me dói pensar nisso. Ultimamente, sinto-me incapaz de controlar a minha comunicação com ela ou com os meus outros filhos. Eu cresci em uma casa em que minha mãe estava sempre levantando a voz com frustração por conta de alguma coisa que eu fazia. E me pego fazendo a mesmíssima coisa que eu odiava em minha mãe, mas por alguma razão eu fico muito irritada.
Eu leio sobre pais que maltratam seus filhos, e me pergunto se eu também sou capaz de fazer isso. Eu não quero que meus filhos sintam que estão sempre pisando em ovos, se perguntando quando o vulcão entrará em erupção novamente.”
Pode ser que isso descreva um padrão em sua vida ou, talvez, só descreve alguns momentos dela, e pode ser que algo seja um gatilho para que isso aconteça, mas existem momentos em que você, como mulher, apenas sente que perdeu o controle.
Quem sabe, pela graça de Deus, você seja capaz de se controlar na questão das ações, mas todas nós passamos por isso.
Não me olhem como se não soubessem do que eu estou falando. Se você é uma mulher, você sabe do que estou falando. Existem instantes em que você sente que “se Deus não me segurar agora, eu vou perder totalmente a cabeça”. Algumas vezes nem notamos a ação de Deus nos alertando e segurando. Nós nos desvencilhamos Dele e perdemos o controle em nosso tom de voz, no que dizemos, como dizemos ou como nos comportamos.
Recebemos outro e-mail de um homem falando o seguinte: “Vocês poderiam orar pela minha esposa?” Não vou ler toda a carta, mas este é um homem que está profundamente consternado e preocupado com alguns problemas em seu casamento. Só vou ler uma parte que creio que descreve situações que algumas de nós vivenciamos em algum momento. Ele disse:
“Ela vive tendo altos e baixos, ataques de pânico, ansiedade, e toma atitudes que são dolorosas em relação a si mesma, a mim e à nossa família. Durante nosso casamento tivemos curtos períodos de paz, e eles foram ótimos, mas a maioria dos anos foram repletos de tumultos e problemas espirituais, é como viver com o inimigo, quase como que se todo dia eu tivesse que convencer alguém a sair da beira do precipício. Isso acaba comigo.”
Esta é uma situação extrema e esse casamento está, obviamente, em crise. Isso não aconteceu da noite para o dia. Mas acabo de citar o caso de duas mulheres que não possuem uma mente sã. Elas não são sophron e suas vidas saíram do controle porque suas mentes não estão sob o controle do Espírito Santo e da Palavra de Deus.
Voltando ao homem que vivia nos sepulcros em Marcos capítulo 5, a Bíblia diz que ninguém podia subjugá-lo ou contê-lo. Ninguém podia ajudá-lo. Conforme eu penso nas mulheres que escrevem para nós no Aviva Nossos Corações, existem muitos diagnósticos psicológicos hoje, e mulheres estão sendo tratadas de várias formas diferentes, há muitos métodos e maneiras diferentes.
Mas, o que eu vejo em muitas dessas mulheres é que ninguém é capaz de ajudá-las. Elas não estão recebendo ajuda. Elas vão a um terapeuta, a um médico. Procuram um conselheiro ou o seu pastor. Elas procuram uma amiga, mas não estão conseguindo ajuda. Ninguém é capaz de ajudá-las a serem sensatas e a terem mentes sãs. Em muitos casos elas não estão mudando.
Essa era a realidade daquele homem. Então, aquele homem que estava sendo tão oprimido e afligido por essas ações demoníacas e por esse descontrole, por essa irracionalidade e esse pensamento e comportamento bizarro; então, aquele homem encontra Jesus e Jesus é a sua única esperança. O que quero dizer é que, seja o seu comportamento tão extremo como o daquele homem, ou sejam apenas pequenas doses diárias de falta de sophron em sua vida, Jesus é a sua única esperança. O poder de Jesus foi a única coisa que poderia confrontar, superar os demônios e restaurar a sanidade daquele homem.
O versículo 6 nos fala que “quando ele viu Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele”, e isso é o que muitas de nós, como mulheres, precisamos fazer. Buscar a Jesus. Correr para Ele. Prostrar-se diante Ele. Mas ainda há uma batalha acontecendo. Veja o versículo 7: “e gritou em alta voz (este é, na verdade, o demônio gritando de dentro dele): ‘Que queres comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te por Deus que não me atormentes!’”
Conforme você lê a passagem, se lembrará que Jesus manda esses demônios para a manada de porcos que estavam pastando por perto. Os porcos atiraram-se precipício abaixo no mar e se afogaram. Mas o que nós vemos nessa passagem assim que chegamos ao seu fim no versículo 14 é que um encontro com Jesus é transformador. Ele muda tudo. O resultado desse homem e desses demônios terem encontrado a Jesus, é que os demônios foram expulsos e a mente desse homem foi colocada sob o controle de Jesus. O encontro com Jesus foi transformador. A mente desse homem foi colocada sob o controle de Cristo.
Eu não quero que a sua mente seja levada a pensar sobre como as atividades demoníacas podem envolver você ou esse homem ou outros, esse não é o ponto que eu quero tirar dessa passagem. O ponto é que esse homem foi trazido de volta à sanidade porque Jesus veio e trouxe o controle de volta à sua mente.
Leia o versículo 14: “Os que cuidavam dos porcos fugiram e contaram esses fatos na cidade e nos campos, e o povo foi ver o que havia acontecido”. Preciso dizer que quando as mulheres colocarem seus pensamentos sob o controle do Espírito Santo de Deus, haverá uma mudança tão grande que as pessoas virão para ver o que aconteceu. Elas vão querer saber: “O que aconteceu com você? Que aconteceu?” Elas ficarão surpresas, maravilhadas.
Falando sobre a última parte deste relato, deixe-me citar o que Lucas fala sobre isso no capítulo 8, versículo 35:
“…e o povo (isto é: as pessoas da cidade e dos campos) foi ver o que havia acontecido. Quando se aproximaram de Jesus, viram que o homem de quem haviam saído os demônios estava assentado aos pés de Jesus, vestido e em perfeito juízo.”
Este pequeno detalhe de que ele estava sentado aos pés de Jesus é um detalhe que não temos no evangelho de Marcos. Marcos apenas nos diz que ele estava sentado vestido e em perfeito juízo, mas Lucas nos diz onde ele estava sentado, aos pés de Jesus, vestido. Aquele homem, que vivia correndo completamente nu por anos, ou por um bom tempo pelo menos, está vestido e em perfeito juízo. Isso levou 10 anos de terapia? Não. Em um momento, Jesus restaurou a sua mente – sophronetto – sophron – seu juízo perfeito.
A notícia se espalhou rápido. Todos souberam sobre a mudança daquele homem.
O inimigo está aprontando tanto com as mentes das mulheres hoje, até com as mentes de mulheres cristãs. Nós compramos a forma de pensar que não é sã e, como resultado, damos espaço para o inimigo fazer a festa em nossas mentes e vidas. Muitas vezes, nos sentimos sem controle porque o nosso pensamento não está são, mas glórias a Deus pelo poder de Jesus que nos restaura os pensamentos sãos. Então, ser sophron – sensata, autocontrolada – é, na verdade, ter a mente de Cristo.
Deixe-me ler um exemplo para vocês. Ele não um exemplo dramático, mas é uma ilustração de uma situação que muitas de nós vivemos. Uma ilustração de como Cristo pode transformar a mente e a falta de juízo em um juízo perfeito.
Uma mulher nos escreveu o seguinte:
“Há nove meses, meu marido foi chamado para um ministério e nossa família teve que se mudar para outro estado. Nossos ganhos financeiros sofreram um corte de 50%, perdemos 50% de espaço, e eu perdi 50%, ou mais, da minha alegria. Nos últimos nove meses mantive um coração cheio de reclamação e constantemente expressava isso em voz alta pelas coisas que não tínhamos mais ou pelas coisas que eu desejava ter. Eu tenho cobiçado (o que temos aqui é uma batalha mental) quase todas as posses materiais imagináveis e tenho me sentido completamente miserável com a vida que Deus me deu de forma tão graciosa.”
Então, temos aqui uma mulher cujos pensamentos não têm sido sãos, e o resultado disso é que ela tem estado infeliz e, com certeza, tem tornado miseráveis as vidas dos outros ao seu redor. Ela continua:
“Você me ajudou a perceber que meu espírito de ingratidão e reclamação é realmente um ataque à vida que Deus escolheu para mim, que eu tenho detestado.”
Então, Deus começou a transformar o pensamento dela conforme ela ouvia a Palavra de Deus e concordava com ela. Ela disse:
“Obrigada por me trazer de volta à razão (sophron) e por me mostrar mais uma vez a bondade do Deus que servimos.”
Veja, quando ela não estava pensando corretamente, ela estava focando nas coisas que ela não tinha. Quando ela estava passou a pensar corretamente, ela começou a focar na bondade de Deus. Quando ela não estava pensando corretamente, ela se sentia miserável. Ela cortou a sua porcentagem de alegria pela metade, mas quando ela voltou a pensar corretamente, a alegria retornou, e foi isso que ela disse. “Esse pequeno apartamento” (as circunstâncias dela não mudaram; ela ainda vive com a metade do espaço que tinha antes, mas) “Esse pequeno apartamento agora estará cheio de alegria a cada dia, conforme eu agradeço ao Senhor por tudo que Ele escolheu para mim.”
Ele restaura as nossas mentes. Um encontro com Jesus irá restaurar as nossas mentes ao juízo perfeito.
John Greenleaf Whittier foi um poeta do século 19. Em 1872 ele escreveu um longo poema narrativo chamado “A Fermentação de Soma”. Este poema épico descreve como alguns sacerdotes Hindus tentam invocar uma experiência religiosa entrando na floresta e bebendo, ao ponto de ficarem bêbados, com uma mistura chamada Soma. É um poema estranho. Você provavelmente não o conhece como eu também não o conhecia até que eu me deparei com ele na internet no outro dia.
Mas depois de imaginar essa cena bizarra desses sacerdotes tentando beber até saírem do estado de consciência, Whittier escreve um hino a partir desse longo poema que é mais familiar para muitas de nós. E esse hino pode ser mais relevante hoje do que era há 140 anos quando ele foi escrito. No nosso contexto contemporâneo, ele fala a uma cultura que é dependente de substâncias químicas e experiências emocionais, e nos chama a encontrar a sanidade e a paz através de Cristo.
O hino diz assim:
Querido Senhor e Pai da humanidade,
Perdoe nossos tolos caminhos;
Nos revista de juízos perfeitos,
Que vidas puras o Vosso serviço encontre,
Louvores em profunda reverência.
Em confiança simples como daqueles que ouvem,
Além do mar Sírio,
O chamado gracioso do Senhor,
Deixe-nos, como eles, sem qualquer palavra,
Nos levantar e Vos seguir.
Derrame o Vosso orvalho silencioso,
Até que todo o nosso esforço cesse,
Tome de nossas almas toda a tensão e estresse,
E deixe que nossas vidas ordenadas confessem
A beleza de Vossa paz.
Expire pelo calor de nossos desejos
Vossa frescura e Vosso bálsamo;
Que os sentidos emudeçam, que a carne se retire,
Fala através de terremoto, vento e fogo,
Ó tranquila, suave voz de calmaria.
Ó Pai, oro para que o Senhor, pelo poder de Cristo, o nome acima de todo nome, Aquele diante de quem os demônios devem se prostrar e fugir, no poder de Teu nome, que o Senhor nos revista de mentes sãs, e com nossas vidas rendidas confessemos a beleza da Tua paz. Eu peço, em nome de Jesus, amém.
Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth te convida para uma bela vida repleta de paz, não por seu próprio trabalho árduo, mas tendo uma mente sã.
Conseguimos essa mente sã através da Palavra de Deus. E Ele também utiliza outras mulheres no corpo de Cristo para nos ajudar a crescer através da leitura e aplicar isso em nossas vidas. O valor disso também pode ser visto no livro de Nancy: Mulheres atraentes adornadas por Cristo. E Nancy, queremos encorajá-la com o testemunho de uma leitora que disse: “Conforme eu ia lendo Adornadas, eu senti como se uma velha amiga sentasse comigo e me ensinasse pessoalmente. Não perca esse livro!”
Nancy: Isso é um grande encorajamento! Tito 2 nos mostra o valor que existe em uma mulher ensinar a outra, e se isso está acontecendo através deste livro, eu sou muito agradecida a Deus por me deixar ter o privilégio de participar um pouco disso. Oro para que as mulheres não só recebam ensinamentos através desse livro, mas que elas também passem adiante para outras mulheres o que elas aprenderam e comecem a ensinar outras.
Raquel Anderson: Ninguém além de você pode ver o processo interno silencioso que se desenvolve para adquirir uma mente sã. Mas esse processo silencioso pode se tornar visível e uma demonstração externa de sucesso. Aprenda mais em nosso próximo episódio.
O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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