Ep. 30: Nossa forma de pensar determina nossa forma de viver
Raquel Anderson: Sua forma de pensar sobre um problema pode se tornar parte do problema. Ouça o que Nancy DeMoss Wolgemuth diz sobre isso.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Precisamos nos lembrar de que a batalha acontece na mente. Nós achamos que o campo de batalha são nossas emoções, nossas circunstâncias ou as outras pessoas e às vezes essas coisas fazem parte do combate. Mas, no fim das contas, tudo se resume à nossa maneira de pensar.
Raquel Anderson: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
No último episódio tivemos uma pequena aula de Grego quando estudamos sobre ser sophron – ou ter um pensamento são, como parte da série Adornadas: Vivendo Tito 2:1-5.
Nancy: Vamos continuar ainda mais um pouco com este conceito de ser sophron, que é uma palavra encontrada várias vezes no livro …
Raquel Anderson: Sua forma de pensar sobre um problema pode se tornar parte do problema. Ouça o que Nancy DeMoss Wolgemuth diz sobre isso.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Precisamos nos lembrar de que a batalha acontece na mente. Nós achamos que o campo de batalha são nossas emoções, nossas circunstâncias ou as outras pessoas e às vezes essas coisas fazem parte do combate. Mas, no fim das contas, tudo se resume à nossa maneira de pensar.
Raquel Anderson: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
No último episódio tivemos uma pequena aula de Grego quando estudamos sobre ser sophron – ou ter um pensamento são, como parte da série Adornadas: Vivendo Tito 2:1-5.
Nancy: Vamos continuar ainda mais um pouco com este conceito de ser sophron, que é uma palavra encontrada várias vezes no livro de Tito.
Na NVI ela é traduzida como “sensata”. É uma palavra que significa “pensamento são; que possui uma mente sã”. É uma mente segura, sadia, uma mente refreada, que é refreada pela verdade da Palavra de Deus.
Olhando para nós mesmas podemos ver como esse conceito afeta tudo. Nossa forma de pensar determina nossa forma de viver. Se tivermos uma mente sã, nossas emoções, apetites, paixões, pensamentos, palavras – tudo será sadio também. Nossas decisões e comportamento seguirão a nossa forma de pensar.
E se não temos uma mente sã, nosso comportamento, palavras, atitudes, emoções – tudo seguirá essa mente que não é sã. E é aí que mora o perigo.
Falamos sobre essa palavra baseada no versículo de Tito 2 a respeito das mulheres mais velhas que devem ensinar as mulheres mais jovens a serem – sophronizo. Elas devem ensinar essas jovens a pensar corretamente.
Todas nós podemos lembrar… aquelas de nós que já não são mulheres mais jovens podem lembrar o quanto, quando éramos mulheres mais jovens, precisávamos de alguém às vezes para caminhar ao nosso lado e dizer: “Você não está pensando direito.”
Na verdade, nós que somos mulheres mais velhas ainda precisam de pessoas que caminhem ao nosso lado em certos momentos e digam: “Você não está pensando direito”, e nos ajudem a aconselhar nossos corações de acordo com a verdade da Palavra de Deus.
Assim, as mulheres mais velhas devem instruir as mulheres mais jovens a serem sóbrias – a terem autocontrole, mente sóbria, a pensarem com mentes sãs – para que possam amar seus maridos e seus filhos, serem puras, serem donas de casa dedicadas, serem gentis e se submeterem aos seus maridos. Tudo o mais sobre nossos papéis e responsabilidades na vida decorre, em certa medida, de termos um pensamento sadio.
Porém, conforme temos discutido sobre ter uma mente sóbria, a própria palavra “sóbrio” ou “sã” soa muito séria. Fico um pouco preocupada que algumas possam pensar que essa mulher “sophron” – essa mulher de mente sã e sóbria – nunca se diverte ou que ela é chata, rígida, tensa, legalista, sempre disciplinada, contida e restrita, toda racional e sem coração.
Essa descrição se encaixa para algumas mulheres. E pode ser que algumas de vocês se encaixem nessa descrição. Podemos ser mulheres que querem fazer o que é certo, que querem agradar ao Senhor e que são conscientes e responsáveis – principalmente aquelas entre nós que são primogênitas são especialistas nisso. Vocês querem fazer tudo certo, querem colocar os pingos nos “is”. As primogênitas são assim.
Podemos acabar sendo muito disciplinadas, mas não ter nenhuma alegria e não ser uma benção para os outros. Não é sobre isso que estamos falando. Deus não nos chama para isso. Estamos falando sobre uma qualidade, uma característica que está viva, que é vital, vibrante e pulsante. Essa qualidade, essa sensibilidade espiritual – essa mente sensata, autocontrolada ou sadia – é gerada, produzida e capacitada pela graça de Deus.
Não é algo que possamos fabricar. Não é algo que fazemos acontecer apenas com pura força de vontade. Contudo, há força de vontade envolvida. Há escolhas de nossa parte. Temos um papel a desempenhar, e temos responsabilidade.
Mas somos dependentes do começo ao fim da graça de Deus para nos fazer querer ser esse tipo de mulher, para colocar essa mente de Cristo dentro de nós e viver esse estilo de vida gracioso e sophron em nós.
Como eu sei isso? Bom, temos lido e estudado o capítulo 2 do livro de Tito sobre mulheres serem sophron, terem autocontrole. Mas leiam o versículo 11 no capítulo 2 de Tito. O apóstolo Paulo está falando sobre como homens mais velhos, homens mais jovens, mulheres mais velhas, mulheres mais jovens, servos etc., devem viver o evangelho e como fazer isso. E ele continua mencionando o autocontrole, sophron, não apenas para as mulheres, mas para homens mais velhos e mais jovens também.
Depois de falar sobre tudo isso, Paulo fala nos versículos 11 e 12:
“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata [aqui a palavra é sophron], justa e piedosa nesta era presente.”
Somos dependentes do poder do Espírito Santo e da graça de Deus. Como Paulo fala para Timóteo em 2 Timóteo 1:7 “Pois Deus não nos deu espírito de covardia,” – que é a falta de uma mente sophron – “mas de poder, de amor e de equilíbrio.” – sophronismos, ou de “moderação”, como fala a versão ARA – Almeida Revista e Atualizada.
De onde vem isso? Quem nos deu essa mente? Foi Deus. Nós não a temos naturalmente; nós não pensamos de forma correta naturalmente. É a graça de Deus dentro de nós que nos capacita a pensar de maneira sensata.
Portanto, se o tipo de autocontrole e pensamento sensato sobre o qual estamos falando é produzido pela graça de Deus e pelo Espírito de Deus, essa pessoa não será tensa, rígida e legalista, mas sim alguém cativante, persuasiva, bela e livre – livre para viver dentro dos parâmetros que Deus projetou para nossas vidas. Ter essa mentalidade “sophron” ou ser “sophron” aumenta nossa capacidade de orar, amar e servir aos outros.
Conforme pensamos sobre como desenvolver um estilo de vida sophron, como desenvolver esse tipo de pensamento sensato precisamos nos lembrar de que a batalha acontece na mente. Nós achamos que o campo de batalha são nossas emoções, nossas circunstâncias ou as outras pessoas e às vezes essas coisas fazem parte do combate. Mas, no fim das contas, tudo se resume à nossa maneira de pensar.
É por isso que em Filipenses 4:8, Paulo fala que devemos pensar nas coisas verdadeiras, nobres, amáveis e de boa fama.
Em Colossenses 3:2, Paulo diz: “Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas”.
O Capítulo 8 de Romanos diz o seguinte: “Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. [Estes são aqueles que são Sophron.] A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz;” (Vs. 5, 6)
Isaías 26:3: “Tu guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia.”
De onde vem essa paz? Da mente, sophron, que está focada em Deus.
1 Timóteo capítulo 5 descreve uma mulher que é viúva. Ela estava completamente sozinha, mas ela depositou sua esperança em Deus e continuou em súplicas e orações dia e noite (versículo 5). Ela vive uma vida sophron. Ela poderia ter muitos motivos para se desesperar, ficar deprimida, melancólica, desencorajada, centrada em si mesma ou exigente. Mas não: Ela coloca sua esperança em Deus. Então, o que ela faz? Ela usa seu tempo de maneira proveitosa orando, em um ministério de intercessão.
Em seguida, no versículo seguinte, Paulo descreve a mulher que não é sophron. A outra viúva é indulgente consigo mesma. Essa mulher que não é sophron, ele diz, está “morta mesmo estando viva” (versículo 6). Ela não experimenta a vida e a paz que vêm de uma mente focada nas coisas do Espírito. Precisamos renovar nossas mentes, transformadas pela Palavra de Deus.
Eu estava conversando com uma amiga há alguns dias que acabou de ter um novo neto nascido com um grave defeito de nascimento. A criança tem tido convulsões e ainda não está fora de perigo, então não temos certeza exatamente qual será o resultado. Mas minha amiga tem acompanhado sua filha ao longo desse processo.
Sua filha já tem, acho que 3 ou 4 outros filhos, então obviamente ela já tem bastante trabalho. Além disso ela faz ensino domiciliar e agora está lidando com esse pequenino que está constantemente precisando de cuidado e atenção e que pode de repente parar de respirar. Então, não é como se ela pudesse virar as costas ou não prestar atenção no bebê. Ele precisa de cuidado 24 horas por dia. É um momento assustador, difícil e exaustivo de suas vidas.
Mas a minha amiga, Susan, que é a avó nessa situação, aprendeu ela mesma a ser sophron nesses tipos de crise. Sabe como ela aprendeu? Há 30 e pouco anos, ela teve um bebê com uma séria deficiência que necessitava de cuidados 24 horas por dia.
Susan passou noite após noite, noite após noite, por dias, semanas, meses e anos, cuidando de seu filho. No processo, ela me disse: “Eu não tinha para onde recorrer, a não ser o Senhor.” Ela disse: “Eu não tinha uma mulher em minha vida para me ensinar a fundamentar meu pensamento na Palavra de Deus. Mas eu estava desesperada. Fui ao Senhor, e Deus firmou meu coração e minha mente em Sua Palavra.”
E o que ela está fazendo agora? Décadas depois, ela é a mulher mais velha que já esteve nessa situação. Ela sabe como é exaustivo e entende bem todos os temores. Ela sabe como tudo em uma situação como essa pode nos paralisar e podemos pensar: “Eu não consigo dar nem mais um passo”.
Agora, como mãe de uma filha adulta, ela está ensinando a mulher mais jovem a ser sophron, a ter uma mente sã. Ela está direcionando sua filha para a Palavra de Deus, e a está ajudando a ter um pensamento sadio nessa situação.
É algo lindo de se ver, mesmo em meio a uma situação tão difícil, o poder de uma mulher mais velha ao lado de uma mulher mais jovem, a ensinando a ser sophron.
Posso também testemunhar sobre uma querida amiga que foi diagnosticada com leucemia aguda e estava se preparando para ir para o hospital, para passar por uma quimio bem intensa. Nas semanas seguintes, essa mulher estaria recebendo doses massivas de quimio para tentar lidar com a leucemia.
O prognóstico, falando humanamente, foi assustador. Enquanto conversávamos e orávamos juntas com essa mulher, algo que me emocionou foi o seguinte: Conheço essa mulher há muito tempo, e essa não é a primeira situação difícil que ela enfrenta. Eu a vi, através das provações, mergulhar na Palavra de Deus e tornar-se sophron.
Ela começou a fazer caminhadas para poder memorizar e meditar nas Escrituras. Por anos, ela já fazia isso porque esteve desesperada. Era uma necessidade. Ela vem renovando sua mente com a Palavra dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano.
E lá estava ela naquele momento, passando por sua maior crise física, uma questão de vida ou morte. Só Deus sabia o que passava em seu coração, sabendo que, humanamente falando, ela não iria passar por uma situação agradável, pelo menos não nas semanas seguintes. Mas ela é sophron.
Sim, ela foi tentada a sentir medo; ela tem emoções. Tudo isso é muito real. Ela não está fugindo da realidade. Mas sua mente está tão enraizada na Palavra de Deus que quando as pressões surgem e uma crise se aproxima, seu padrão é pensar em confiar em Deus, ter um coração firme, louvar ao Senhor, como lemos em uma sessão anterior.
Portanto, vemos a importância da meditação nas Escrituras, preenchendo sua mente e coração. E não espere até entrar na crise para fazer isso, porque se você esperar até lá, não terá quando precisar.
Nós temos estado estudando sophron — pensamento autocontrolado, sensato, com mente sã — a partir do livro de Tito. Mas eu gostaria que nós nos voltássemos por alguns momentos para o livro de 1 Pedro, onde você vê esse mesmo conceito. Há três referências no livro de 1 Pedro capítulo 1 sobre a mente sóbria e o autocontrole. Leia os versículos 13 e 14:
Pedro diz: “Portanto” — e o “portanto” está se referindo ao que acabou de ser mencionado, que é a maravilhosa obra de salvação que ele acabou de descrever. Por causa do que Deus fez e dessa obra incrível de salvação, “preparando as vossas mentes para a ação, e estando sóbrios, fixai a vossa esperança completamente na graça que vos será trazida na revelação de Jesus Cristo.”
Pedro está dizendo: “Se você tem um pensamento sadio sobre o evangelho e prepara sua mente para a ação com base no que você sabe ser verdadeiro, então você terá uma vida santa em vez de ceder às suas paixões naturais e carnais.”
É isso que ele continua a descrever nos versículos 14 e 15: “Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem.”
Portanto, o pensamento sadio – preparar as nossas mentes, sermos mentalmente equilibradas – resulta em viver de forma santa.
Preste atenção nessa frase: “prontos para agir”. É essa a tradução que encontramos na NVI, que é a versão que estamos usando. Mas a frase literal no grego original seria algo como: “cingindo os lombos de sua mente”. Na verdade, é assim que encontramos em algumas versões.
Cingindo os lombos de sua mente ou estarem prontos para agir, faz referência a uma prática antiga de levantar e amarrar a túnica, para que todo o pano ficasse acima dos joelhos, a fim de que a pessoa pudesse correr ou entrar em uma batalha.
Isso se aplica à nossa forma de pensar, cingindo as pontas soltas de seus pensamentos – amarrando seus pensamentos – para que vocês possam rejeitar os pensamentos errados e a atração da tentação e do que é mundano para que possam viver vidas santas porque as suas mentes estarão cheias de pensamentos sadios.
Fazer isso, estar cingidas em nossas mentes, ter a mente sóbria, estar preparando nossas mentes para a ação, requer esforço e vigilância. E toda essa ideia de disciplina não é um conceito popular. Não soa divertido.
Nós queremos os resultados finais — um corpo em forma, um casamento feliz e relacionamentos saudáveis. Mas não queremos nos disciplinar ou trabalhar para chegar lá. Queremos poder tomar um comprimido ou ligar para um número 0800 e que tudo aconteça magicamente.
Mas Pedro diz, em 1 Pedro 4:7: “O fim de todas as coisas está próximo. Portanto, sejam criteriosos” – sophroneo; aí está a nossa palavra de novo – “e estejam alertas; dediquem-se à oração”. A Nova Versão Transformadora diz: “Portanto, sejam sensatos e disciplinados em suas orações”.
Conforme eu estudava essa passagem, me ocorreu que um dos motivos de eu ter tanta dificuldade com minhas orações pessoais é porque a minha mente começa a divagar. Eu me distraio com muita facilidade. Então eu pensei: “Se eu não aprender a cingir os lombos da minha mente, não tiver uma mente sã, sophron, disciplinada, não controlar a minha mente, uma das coisas que será prejudicada será a minha vida de oração”.
Isso vai atrapalhar a minha vida de oração. E eu penso: “O que Deus pode querer fazer através das minhas orações? O que Ele pode querer fazer através das suas orações como esposa, como mãe, como uma mulher no local de trabalho? Mas a gente não consegue orar porque estamos muito distraídas”.
Existe outra razão para nos tornarmos sophron. E sermos sophron não somente nos capacita a orar, mas, também nos capacita a amar de forma correta. Leiam os versículos 8-9.
“Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados. Sejam mutuamente hospitaleiros, sem reclamação” (NVI).
Como uma mulher no padrão de Tito 2, você será chamada a dar, a servir, a amar, a entregar a sua vida quando não é fácil, 24 horas por dia, 7 dias por semana, quando o seu bebê está chorando ou aquela criança fica doente no meio da noite. Como é que você irá lidar com isso?
Você tem que ser sophron para poder amar bem e oferecer a sua hospitalidade – primeiro para os que são da sua própria família – sem reclamar. Isso começa tendo autocontrole e tendo uma mente sadia.
1 Pedro 5:8 diz: “Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar”. Se nós não tivermos uma mente sã, sophron e não estivermos vigilantes, nós não teremos nenhuma defesa espiritual.
Provérbios 25:28 diz: “Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se.”
Vocês se lembram no começo dessa série quando eu dei um exemplo sobre um experimento que foi conduzido por um pesquisador de Stanford? Ele colocou crianças de 4 anos de idade dentro de uma sala e mostrou a cada uma delas um marshmallow.
Ele disse: “Eu vou sair um pouco e vou ficar fora por 20 minutos. Enquanto eu estiver fora, se você não pegar e não comer esse marshmallow, quando eu voltar eu vou te dar outro marshmallow e você poderá comer os dois”.
Então ele saiu da sala e ficou observando o que essas crianças faziam. Algumas dessas crianças eram tão impulsivas que não conseguiram se controlar. Elas comeram imediatamente o marshmallow.
E algumas até tentaram se aguentar por algum tempo, mas elas não conseguiram se controlar por muito tempo. Mas, finalmente cederam e comeram o marshmallow.
E então, mais ou menos um terço das crianças esperaram até o homem voltar. Elas controlaram os seus impulsos e conseguiram a recompensa que era o segundo marshmallow.
Quatorze anos depois, os pesquisadores estudaram essas mesmas crianças, quando elas tinham 18 anos, e mostraram os diferentes rumos que suas vidas tinham tomado. Eles compararam as que tiveram autocontrole com as que não tiveram. Se você ouviu esse episódio, vai se lembrar desse exemplo.
Isso me veio à mente enquanto estudava 1 Pedro e Tito a respeito desse assunto de mente sóbria e autocontrole. Tanto Pedro quanto Paulo, no livro de Tito, ligam o autocontrole à recompensa futura, a uma esperança futura.
Veja o capítulo 2 de Tito, versículo 11-13: “Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, [Qual é a chave?] enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.”
Isso não traz à nossa mente aquela criança esperando o homem voltar para que ela possa ganhar o outro marshmallow? Nós estamos esperando por algo mais maravilhoso do que as nossas mentes podem compreender. É isso que manterá as nossas mentes sadias, autocontroladas, nossos pensamentos sadios: aguardarmos pela bendita esperança.
Pedro diz a mesma coisa em 1 Pedro 1:13: “Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para agir; estejam alertas e ponham toda a esperança na graça que será dada a vocês quando Jesus Cristo for revelado”.
Pedro diz: “O fim de todas as coisas está próximo. Portanto” – em virtude do que está vindo, em virtude da nossa esperança futura, de nossa recompensa futura – “sejam criteriosos e estejam alertas; dediquem-se à oração.”
Pode ser que algumas de vocês tenham lido A viagem do Peregrino da Alvorada, que é um dos livros da saga As Crônicas de Nárnia. Nesse livro, Edmundo, Lúcia e Caspian estão em uma viagem saindo de Nárnia, indo para o leste em direção ao país de Aslan no fim do mundo.
Em um ponto em sua longa viagem, seu navio, o Peregrino da Alvorada, é ancorado próximo da terra e todos descem do navio. Nesse momento alguns dos marinheiros estavam cansados da longa jornada. Eles queriam parar e passar o inverno ali onde estavam e então, na primavera, irem para o oeste e retornar para casa, para Nárnia. Foi dito a eles que se eles ficassem ali, eles ganhariam uma ceia digna de um rei todas as noites. Isso os deixou ainda mais relutantes em continuar até o fim do mundo em direção ao país de Aslan.
Enquanto isso acontece, Caspian e Edmundo estão tentando pensar em uma maneira de motivar os marinheiros para que eles continuem em direção ao destino final.
Havia um personagem chamado Ripchip, que era um nobre rato falante. Ele diz o que ele pensa da situação e expressa a sua determinação de ir adiante não importa o que aconteça. Ripchip diz o seguinte:
“Meus planos estão feitos. Enquanto puder, eu navego para o leste no Peregrino da Alvorada. Quando ele me falhar, remarei para o leste em meu pequeno barco, e quando ele afundar, nadarei para o leste com minhas quatro patas. E quando eu não puder mais nadar, se eu não tiver alcançado o país de Aslan, afundarei com o meu nariz voltado para o leste.”
Preparem suas mentes para a ação e estejam sóbrias. Depositem completamente sua esperança na graça que lhes será dada na revelação de Jesus Cristo. Vivam vidas autocontroladas, justas e piedosas na era presente — esperando, ansiando, anelando, antecipando com entusiasmo, aguardando nossa bendita esperança, a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo.
Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth a chama a disciplinar a sua mente para que você esteja preparada para encarar qualquer desafio futuro.
E, Nancy, você passou muitos anos estudando Tito 2:1-5 conforme escrevia o seu livro Mulheres atraentes adornadas por Cristo. Existe algo específico nesta passagem que causou o maior impacto em sua vida?
Nancy: Eu não sei se posso falar de apenas uma coisa. Existem tantos tópicos e temas importantes em todo o livro. Conforme eu trabalhava em cada capítulo, ele se tornava algo novo e muito importante em minha vida naquele momento.
Mas agora que o livro está completo e tenho conversado com mulheres e falado sobre o livro neste podcast, eu me tornei cada vez mais convencida sobre o poder, o poder vivificador e transformador de viver essa mensagem — de mulher para mulher, vida a vida, mais velha para mais jovem, mas também nós, mulheres mais velhas, precisando das mulheres mais jovens em nossas vidas também.
Eu realmente acredito que se nós pudéssemos ver esses paradigmas vividos na igreja, não somente como um ensino formal, mas como um modo de vida para todas nós, mulheres de Deus; eu acredito que todas nós seríamos mais saudáveis espiritualmente, mais vibrantes, vivas, frutíferas e aproveitaríamos mais o que Deus está fazendo para que o evangelho seja conhecido ao redor do mundo.
Essa passagem de Tito 2:1-5 está cheia de conselhos práticos, significativos e úteis para nós mulheres. Eu espero que você continue a explorá-la comigo e descubra como Deus quer usar essa passagem em sua vida, em seus relacionamentos e em sua comunidade da igreja.
Raquel Anderson: Em um mundo em que parece que as mulheres enlouqueceram, o livro de Tito nos dá lições muito práticas. Continue aprendendo conosco.
O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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