Ep. 44: Por que devemos seguir o que Tito 2:1-5 diz?
Raquel: Aqui está a Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Quando nós, cristãos, dizemos que seguimos a Cristo e acreditamos na Bíblia, mas não vivemos as verdades da Palavra de Deus, acabamos desonrando a Palavra de Deus.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Mulheres atraentes adornadas por Cristo: Vivendo a Beleza do Evangelho juntas”, na voz de Renata Santos.
Por várias semanas, Nancy tem nos acompanhado e ajudado a encontrar tesouros em Tito 2:1–5. Esta passagem está cheia de sabedoria prática para as mulheres. Na verdade, é incrível que um estudo tão profundo possa ser baseado em apenas cinco versículos.
Você sabia que as pessoas com quem você interage todos os dias conseguem perceber se você permite que Escrituras como essas influenciem suas decisões diárias? Aqui está a Nancy para explicar.
Nancy: Recebi um e-mail de uma de nossas ouvintes. …
Raquel: Aqui está a Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Quando nós, cristãos, dizemos que seguimos a Cristo e acreditamos na Bíblia, mas não vivemos as verdades da Palavra de Deus, acabamos desonrando a Palavra de Deus.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Mulheres atraentes adornadas por Cristo: Vivendo a Beleza do Evangelho juntas”, na voz de Renata Santos.
Por várias semanas, Nancy tem nos acompanhado e ajudado a encontrar tesouros em Tito 2:1–5. Esta passagem está cheia de sabedoria prática para as mulheres. Na verdade, é incrível que um estudo tão profundo possa ser baseado em apenas cinco versículos.
Você sabia que as pessoas com quem você interage todos os dias conseguem perceber se você permite que Escrituras como essas influenciem suas decisões diárias? Aqui está a Nancy para explicar.
Nancy: Recebi um e-mail de uma de nossas ouvintes. Ela dizia o seguinte:
“Sou muito indisciplinada. Meus filhos também são. Eu sei o que fazer, mas não faço. Cuidar da casa e criar os filhos eram coisas tão desprezíveis na minha juventude que passei muito tempo tentando escapar delas. Existe um medo de ficar presa. Na verdade, Deus tem me mostrado que é um problema de autoridade. Eu não quero estar sob o controle de nada.”
Podemos ver aqui o resultado de um pensamento errôneo. Ela continua:
“Não tenho orado pela salvação do meu marido—porque então ele prestaria mais atenção ao meu comportamento falho e por amor iria querer que eu melhorasse. Eu não conseguiria esconder minha falta de obediência a Deus em casa, se meu marido fosse cristão. Sou boa o suficiente para manter as aparências para o mundo.”
Fiquei me perguntando, na vida de quantas mulheres isso é verdade? Elas parecem boas para o mundo, mas na família, em casa, é onde podemos ver a realidade. Ela fala mais:
“Eu consigo me levantar e fazer o esforço pelos outros, mas não pela minha família. Eu não me submeti a Deus, que me tornou mãe com responsabilidades para com meu marido e filhos. Eu sei que essa minha atitude não torna Cristo atraente ao meu marido ou qualquer outra pessoa. Sendo o tipo de cristã que sou, minha vida não mudou o suficiente para atrair meu marido ou qualquer outra pessoa. Eu nunca ganhei uma alma para Cristo.”
Essa mulher acabou de falar sobre o que vamos analisar nesta última parte de Tito 2:5. Vamos ler o trecho começando no versículo 1, onde Paulo disse a Tito, “Ensina o que está em conformidade com a sã doutrina.”
Pulando para o versículo 3: “Semelhantemente, as mulheres mais velhas devem viver de modo digno. Não devem ser caluniadoras, nem beber vinho em excesso; antes, devem ensinar o que é bom.
Devem instruir as mulheres mais jovens a amar o marido e os filhos, a viver com sabedoria e pureza, a trabalhar no lar, a fazer o bem e a ser submissas ao marido .”—por quê?—”para que a palavra de Deus não seja difamada.”
Essa mulher disse, “O tipo de cristã que sou não tem feito Cristo ser desejado pelo meu marido ou por qualquer outra pessoa.”
Então, deixa eu perguntar: Por quê? Por que estudar a fundo, como fizemos com esses poucos versículos, esse trecho? Isso tudo é realmente importante? Esse ensinamento faz diferença? Por que as mulheres precisam aprender e praticar todas essas coisas sobre as quais temos falado? O que está em jogo?
Em Tito 2, como dissemos, vemos instruções para os crentes em várias fases da vida. Para homens, mulheres, idosos, jovens, empregados, pessoas em diferentes fases e posições da vida. E em cada caso, o apóstolo diz, “É assim que o evangelho é apresentado nesta sua fase da vida.”
Então, nos primeiros dez versículos de Tito 2, enquanto ele fala com essas pessoas em diferentes fases e posições da vida, ele apresenta três “cláusulas de propósito”. Acabamos de ler a primeira delas. Depois de dizer como as mulheres mais velhas e mais jovens devem ser e fazer—como seu caráter deve ser, suas vidas e relacionamentos—qual é a cláusula de propósito? “Para que a palavra de Deus não seja difamada.”
No versículo 8, há uma segunda cláusula de propósito. Paulo diz a Tito, começando no versículo 7, “Você mesmo deve ser exemplo da prática de boas obras. Tudo que fizer deve refletir a integridade e a seriedade de seu ensino”—por quê?—”Então os que se opõem a nós ficarão envergonhados e nada terão de ruim para dizer a nosso respeito.”
Esse é o propósito: para aqueles que rejeitarem a Palavra de Deus ou a verdade da Palavra de Deus não possam citar você como motivo para rejeitar a Cristo.
Vamos ler os versículos 9 e 10: “Quanto aos escravos, devem sempre obedecer a seu senhor e fazer todo o possível para agradá-lo. Não devem ser respondões, nem roubar, mas devem mostrar-se bons e inteiramente dignos de confiança.” Por quê? “Assim, tornarão atraente em todos os sentidos o ensino a respeito de Deus, nosso Salvador.”
Eles devem tornar o evangelho crível. Assim como todos nós, em diferentes fases da vida, à medida que vivemos o evangelho.
Existem dois trechos semelhantes no livro de 1 Timóteo. Paulo diz: “Portanto, aconselho que essas viúvas mais jovens se casem de novo, tenham filhos e tomem conta do próprio lar.” Isso é o que o evangelho faz por uma mulher nessa fase da vida. Por quê? “¹⁴ Então o inimigo não poderá dizer coisa alguma contra elas.” 1 Timóteo 5:14
E depois 1 Timóteo, capítulo 6, versículo 1: “Os escravos devem ter todo o respeito por seus senhores,” este é o exemplo de como se vive o evangelho como empregado. Por quê? “Para que o nome de Deus e o ensino não sejam difamados.” 1 Timóteo 6:1
Como podemos atestar através das Escrituras, há muito mais em jogo, quando vivemos o evangelho e suas verdades, do que somente nossas vidas individuais. Paulo diz em Romanos 14, “Pois não vivemos nem morremos para nós mesmos.” (v. 7)
Nossas vidas têm um efeito dominó. Então, se você ama ou não o seu marido, ama os seus filhos, é pura, gentil e submissa ao seu marido, cuida da casa e tem autocontrole—se você faz ou não, isso não afeta apenas você. E não afeta apenas a sua família, embora certamente afete. Afeta muitas pessoas. E isso não afeta apenas a visão delas sobre você; afeta a visão delas sobre Jesus. Afeta a compreensão delas do evangelho e a disposição delas em recebê-lo.
De volta a Tito 2:5, “Para que a palavra de Deus não seja difamada.” Essa palavra “difamada” em grego é “blasphemeo”. Soa familiar? É a palavra da qual vem a nossa palavra em português “blasfêmia”. E significa exatamente isso—”blasfemar, difamar, desonrar ou falar mal”.
Um comentarista disse: “Significa que a Palavra de Deus não sofra escândalo.” É por isso que devemos viver dessa maneira. Para que a Palavra de Deus não sofra escândalo. Esse é o propósito de vivermos vidas piedosas: garantir que ninguém possa reprovar a Palavra de Deus.
Quando nós, cristãos, dizemos que seguimos a Cristo e acreditamos na Bíblia, mas não vivemos a mensagem da Palavra de Deus, então fazemos com que a Palavra de Deus seja desrespeitada. Podemos ver mais sobre isso na carta aos Romanos, capítulo 2, versículo 24, onde Paulo diz: “Não é de admirar que as Escrituras digam: “Os gentios – ou os descrentes- blasfemam o nome de Deus por causa de vocês.” Por causa dos crentes. Romanos 2
Quando não vivemos conforme a Palavra de Deus, fazemos com que a Palavra de Deus seja desrespeitada.
E o que eles fizeram para fazer com que o nome de Deus fosse blasfemado entre os descrentes? Se você ler todo o capítulo em Romanos 2, começando no versículo 21, você verá que eles eram hipócritas. Eles professavam saber algo — até ensinavam isso aos outros — mas não viviam de acordo com o que ensinavam.
“Pois bem, se você ensina a outros, por que não ensina a si mesmo? Diz a outros que não roubem, mas você mesmo rouba? Afirma que é errado cometer adultério, mas você mesmo adultera? Condena a idolatria, mas rouba objetos dos templos?” (v. 21 e 22).
Paulo estava afirmando que eles não estavam vivendo consistentemente com a Palavra de Deus que estavam proclamando aos outros.
Então, nós apresentamos o evangelho e dizemos: “Este é o evangelho de Jesus Cristo. Ele irá te mostrar como viver. Ele irá te mostrar que tipo de esposa ser. Ele irá te mostrar como ter um casamento do jeito de Deus. Ele irá te mostrar como ter os filhos que Deus quer que você tenha.” Mas e se isso não é verdade na sua vida? Se as pessoas de fora veem a mesma taxa de divórcio na igreja do que no mundo, o que isso faz à opinião das pessoas sobre as Escrituras? Desonra; faz com que a Palavra de Deus seja blasfemada.
Paulo diz em Filipenses 2:15 que “de modo que ninguém possa acusá-los. Levem uma vida pura e inculpável como filhos de Deus, brilhando como luzes resplandecentes num mundo cheio de gente corrompida e perversa.”
Nossas vidas têm que ser um brilho. Não estamos aqui apenas como “troncos inertes”, parados e aguentando essa vida, não importa por quanto tempo estivermos na Terra. Deus colocou em nós a essência da vida de Cristo, a vida excepcional de Cristo nesses corpos frágeis, e essa luz deve brilhar no mundo para mostrar a luz de Jesus nas trevas do pecado.
Ele diz: “Por isso, nesta geração corrompida e depravada, suas vidas devem ser irrepreensíveis, puras, como crianças inocentes de Deus que vivem a Palavra de Deus.”
Encontramos esse mesmo conceito em 1 Pedro 2:9. “Vocês, porém, são povo escolhido, reino de sacerdotes, nação santa, propriedade exclusiva de Deus. ” — por quê? Para que vocês tenham essas vidas felizes e santas? Não. Deus derrama Sua graça em vocês para que ela possa fluir para os outros. Ele diz: “Assim, vocês podem mostrar às pessoas como é admirável aquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz.”
Nossas vidas devem ser como holofotes na glória, e grandeza de Cristo e Seu evangelho. Portanto, é por isso que importa que você ame seu marido, ame seus filhos, seja pura, autocontrolada e boa dona de casa.
É por isso que importa que você viva o evangelho, não apenas quando está em estudos bíblicos e na igreja, mas nos quatro cantos de sua casa, porque é lá que as pessoas veem a realidade do evangelho vivido em você.
Se você não viver isso, você pode fazer com que seus amigos blasfemem ou rejeitem a Palavra de Deus. Você pode fazer com que seus colegas de trabalho, seus vizinhos e membros da igreja desonrem a Palavra de Deus e rejeitem a verdade dela.
Mas eu acho que o impacto mais trágico, talvez, que pode acontecer se sua vida não estiver de acordo com a Palavra de Deus — como uma mulher mais velha ou mais jovem — pode ser dentro das quatro paredes de sua própria casa. O impacto mais trágico pode ser em sua própria família, em seus filhos.
Mulheres, isso é algo sério . . . Vocês já me ouviram dizer antes, mas é algo muito alarmante que um grande número de jovens estão deixando nossos lares cristãos — tendo crescido em grupos de jovens e em escolas cristãs ou educados em casa ou escolas públicas — e estão se formando do ensino médio e abandonando a fé e rejeitando a Cristo: uma porcentagem enorme. E por quê?
Podemos falar sobre todos os hipócritas na igreja. Podemos falar sobre a cultura. Mas quero te dizer, eu acredito que em muitos, muitos casos, é porque eles não viram a Palavra de Deus sendo vivida por suas mães e pais.
Você não pode fazer seu marido viver a Palavra, mas você pode vivê-la. O peso disso sobre seu marido, o impacto, quer ele seja salvo ou não, é enorme.
Eu não costumo ler longos segmentos ou histórias no Aviva Nossos Corações, mas muitos de vocês estão familiarizados com minha amiga de longa data Kim Wagner, que é esposa de pastor e tem participado conosco no ministério. Vocês a ouviram nesta série de Tito 2 algumas vezes.
Tenho visto Kim abraçar os caminhos de Deus e a feminilidade bíblica durante todos esses anos. Tenho visto seu coração responsivo e sensível ao Senhor.
Ela foi muito aberta e honesta sobre a diferença que esse ensinamento fez em seu casamento e o impacto que causou quando ela não estava vivendo as verdades de Deus direcionadas às mulheres. Ela escreveu sua história para mim alguns anos atrás e eu perguntei se eu poderia compartilhar aqui?”
Então, com a permissão da Kim e de seu marido, acompanhe essa história porque acho que demonstra muito bem o que temos falado aqui. Ela diz assim:
“O dicionário que está na minha mesa tem como segunda definição para megera “uma mulher com um temperamento violento, briguento ou resmungão; uma briguenta.”
Eu não conheço nenhuma mulher que se descreveria como uma megera. Certamente, eu não gostaria de ser apresentada como “Esta é minha esposa Kim. Ela é uma megera.” Mas por trás dos meus sorrisos e comportamento adequado espreitava a megera.
A única coisa que me impedia de deixar meu marido era meu compromisso com Cristo. Nós estávamos casados há quase quinze anos, e muito desse tempo tinha sido cheio de dor e de desesperança. ‘Se ao menos meu marido mudasse’ era o foco contínuo dos meus pensamentos.
Quando LeRoy e eu nos conhecemos na faculdade, ele era um jovem muito simpático e extrovertido. Ele tinha o tipo de personalidade carismática que atraía as pessoas para ele, e tinha a habilidade incrível de se comunicar facilmente com qualquer tipo de pessoa. Pessoas que ele nunca tinha visto antes se sentiam à vontade para abrir suas lutas mais profundas depois de passar apenas alguns momentos com ele.
Como pastor, LeRoy não apenas ouvia com empatia, mas também dava conselhos sábios e ponderados. Aqueles que passavam tempo com ele, muitas vezes saíam se sentindo encorajados.
Mas ao longo dos anos, meu marido mudou. Ele não sorria muito mais. Eu não o ouvia rir mais . Era um grande esforço para ele ter uma conversa com alguém, estar perto de pessoas, ou mesmo sair da cama de manhã. Parecia que ele tinha ressentimento de mim. Ele não tinha explosões de raiva. Era mais um frio profundo e subjacente que resultava em uma depressão silenciosa, distante e escura. Ele agia como um homem completamente derrotado, e eu não conseguia entender qual era o problema dele.
Eu precisava me afastar, pensar, me esconder por um tempo. Então, eu disse a LeRoy que iria passar alguns dias na praia para trabalhar na redação de um estudo bíblico para as mulheres de nossa igreja. Ironicamente, o estudo era de 1 Pedro. Embora eu ensinasse um estudo bíblico semanal para mulheres, discipulasse mulheres e sempre fizesse o meu devocional, meu coração estava endurecido e, acredito que eu chegava até a ter ódio do meu marido.
Nossas conversas eram enrijecidas e breves. Eu já não o respeitava mais. Na verdade, eu nem mesmo gostava dele.
Eu sabia que meus sentimentos em relação a ele estavam errados e a minha atitude me incomodava, mas justificava minha revolta toda vez que via seu semblante sombrio. Eu continuava orando para que sua depressão se dissipasse, pensando: “Se ele se acertasse com Deus, poderíamos ter um casamento feliz.”
Nunca me imaginei como uma megera. Amava a Deus. Amava meu marido. Só queria que ele fosse o tipo de homem que eu achava que ele deveria ser. Instruía mulheres que deveríamos nos submeter à liderança de nossos maridos e que fomos criadas para ser ajudantes dos nossos maridos. E, eu realmente estava determinada a “ajudar” o meu marido.
Como jovem esposa, não percebi que toda vez que questionava suas decisões, desde como ele estacionava o carro até a quem ele escolhia para preencher posições na escola dominical, estava minando a masculinidade dele.”
O que a Kim relata, eu acredito, é provavelmente verdade em maior ou menor grau na maioria dos casamentos. Isso não significa que todos os casamentos estão se desfazendo, mas acredito que se perguntássemos aos maridos, e se eles fossem completamente honestos, eles diriam que há coisas que suas esposas fizeram que estão minando sua masculinidade. Mulheres, isso é algo que, em maior ou menor grau, se fizermos isso com os homens, precisamos nos arrepender e buscar o perdão de Deus por diminuir aqueles servos que foram criados à imagem de Deus — não apenas maridos, mas homens em geral. Ela continua:
“Eu estava minando sua confiança para liderar. Eu estava arrancando seu coração como homem. Mas pior que tudo isso, eu estava indo perigosamente ao encontro do temível aviso de Tito 2:4–5: “para que instruam as jovens recém-casadas a amarem seus maridos e seus filhos, a serem sensatas, puras, cuidadosas em casa, bondosas e sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada.”
A palavra “difamada” é traduzida como “blasfemada” na versão Almeida. Que acusação temerosa: blasfemar a Palavra de Deus. E mesmo assim, era isso que eu estava fazendo.
Ensinava e dava voz à verdade das Escrituras de que meu marido deveria ser honrado como líder e cabeça espiritual de nosso lar. Mas na prática, eu estava determinada a ser o pescoço que girava ele na direção que eu queria que as coisas fossem.
Meus motivos eram bons; eu sempre estava focada na melhoria e no crescimento espiritual. Mas eu era a pessoa na posição de líder, não meu marido.
Sou tão grata por Deus ter me resgatado em sua infinita misericórdia.
Ao começar a desfrutar daquele momento de solitude na praia, abri a minha Bíblia e notei um pequeno livreto que estava dentro da minha Bíblia. O título do livreto era “Um Retrato Bíblico da Feminilidade”, de Nancy Leigh DeMoss.
Curiosa, abri o livreto, e imediatamente o Espírito Santo começou a usar as citações das Escrituras e as perguntas de diagnóstico para examinar meu coração. Ele abriu meus olhos para o meu espírito teimoso e atitudes orgulhosas.
Ele me permitiu ver como estava tratando meu marido com desrespeito pelo tom de voz, pela comunicação crítica e até mesmo com minhas expressões faciais. Eu discuti muito com Deus nas primeiras horas desse processo doloroso. Contestava o tempo todo enquanto Deus trazia à tona tudo o que estava dentro de mim: “Meu marido não era o problema? Se nosso casamento está sofrendo, então é culpa dele. Como líder espiritual, ele é o responsável.”
Tito 2:4–5: “para que instruam as jovens recém-casadas a amarem seus maridos e seus filhos, a serem sensatas, puras, cuidadosas em casa, bondosas e sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada.” O Pai continuou me trazendo de volta à essa Palavra. Tive que admitir que estava difamando a Palavra de Deus pela forma como estava me comportando como esposa.
Deus precisou me quebrantar. As profundezas do meu coração pecaminoso precisavam ser expostas antes que eu admitisse que meu marido não era o problema. Eu era o problema.
Tive que render o controle do meu marido, do meu casamento e dos meus desejos completamente ao Pai. Não era minha responsabilidade consertar meu marido, mas eu era responsável pelo meu próprio coração.
Quando voltei para casa, pedi uma conferência em família. Sentei-me com meu marido e nossos filhos e confessei que tinha vivido em desobediência à Palavra de Deus, não honrando o pai deles e não caminhando em submissão à liderança dele.
Pedi perdão a eles e fiz um compromisso com eles e com Deus de que me submeteria à autoridade de Sua Palavra, honrando meu marido. Esse foi o ponto de virada em minha vida.
As coisas não se tornaram de repente mais fáceis. Tem sido uma longa batalha contra minha carne pecaminosa. Mas à medida que cresci no Senhor e em níveis mais profundos de submissão, Ele começou a substituir um espírito duro por ternura, um coração orgulhoso por contrição e humildade, uma atitude de saber tudo por uma atitude ensinável.
Meu marido eventualmente se sentiu seguro o suficiente para se abrir e confiar em mim novamente, pois por anos ele tinha se sentido intimidado por mim e até com medo de mim. Sua depressão era, em grande parte, o resultado de uma crise de fé provocada pela incapacidade de reconciliar a questão do poder de Deus para transformar.
Veja, meu marido me via começar o dia de joelhos em oração e em estudo diligente da Palavra. E, no entanto, eu era um terror no convívio.”
Antes que você pense que essa é apenas a história da Kim, não é não. Quantas vezes e em quantos lares isso poderia ser dito? Quantas crianças estão pensando, quantos maridos estão pensando: “Sim. Todo mundo pensa que ela é tão espiritual. Mas eles não moram com ela.”
Sei que isso pode ir para ambos os lados. Mas não pregamos para maridos no Aviva Nossos Corações, certo? Apenas pedimos a Deus que examine nossos corações como mulheres.
E a Kim continua:
“Meu marido começou a questionar como a Palavra de Deus poderia ser tão ineficaz em transformar meu caráter. Era motivo de grande angústia para ele o fato de que Deus parecia não ouvir suas orações para que um milagre acontecesse em nosso casamento.
Ele tinha começado a questionar se Deus sequer ouvia ou se importava de verdade. A força mais destrutiva que se opõe ao poder do evangelho é o testemunho de uma vida não transformada.
Eu era uma cristã. Eu tinha um profundo amor pelo Senhor e o desejo de glorificá-Lo com a minha vida, mas eu era uma esposa indelicada e rebelde. Meu comportamento levou meu marido a questionar sua fé no poder do evangelho para transformar uma vida. Isso é o que significa blasfemar a Palavra de Deus, e era isso que eu estava fazendo.”
Deus transformou a vida da Kim, e como resultado tem agido não só na vida da Kim, como na de LeRoy e em seu casamento. O Senhor está agora usando os dois de maneiras belas e poderosas para tocar outras vidas. Ela diz assim:
“Minha maior alegria tem sido ver Deus respondendo a tantas das minhas orações por meu marido em nosso casamento, em Seu tempo e sem minha ajuda. Meu marido não é mais frio e distante. Ele sorri e rimos muito juntos.
Sou tão grata quando ele fala sobre a diferença que vê em mim. Mas mais do que qualquer coisa, sou grata por que ele pode ver o poder do evangelho em ação na minha vida, conforme Deus, de forma misericordiosa, continua a trabalhar em mim.”
Um filósofo alemão do século XIX disse: “Mostre-me sua vida redimida, e talvez eu esteja inclinado a acreditar no seu Redentor.”
Mostrem suas vidas redimidas, mulheres, esposas, mães—e seus filhos, seu marido, seus vizinhos, seus amigos, pessoas na sua igreja e pessoas no seu local de trabalho talvez fiquem inclinados a acreditar no seu Redentor.
Não basta apenas ouvir essa história e dizer: “Ah, é super legal o que Deus fez no coração e na vida da Kim.” Porque eu sei que estou falando com mulheres que estão em uma situação muito parecida com a que a Kim estava quinze anos após o casamento dela. E eu sei que estou falando aos corações e ouvidos de mulheres que precisam se arrepender assim como Kim fez naquela casa da praia, tantos anos atrás.
Você não precisa ir à praia. Se Deus está falando ao seu coração agora, você pode ajoelhar-se, dobrar-se à vontade de Deus e dizer: “Sim, Senhor. Tenho sido uma esposa indelicada e rebelde.”
Talvez você não seja alguém que grita. Talvez ninguém que olhe de fora diria: “Ah, ela é uma megera.” E talvez você realmente não aja assim em sua casa. Pode ser de maneiras sutis, maneiras subjacentes, mas você está minando a masculinidade do seu marido, mostrando desrespeito, tomando as rédeas e desafiando a liderança dele nas muitas maneiras diferentes que podemos fazer isso com nossas diferentes personalidades.
Eu não sei o que Deus falou a você, mas pedimos a Deus para falar hoje, e eu acredito que Ele falou.
- Seja o que for que Deus está dizendo a você, apenas concorde com Ele. Arrependa-se. Diga: “Sim, Senhor.”
- Se for necessário, vá até o seu marido, seus filhos e talvez outros que foram expostos ao fato de você não estar vivendo o evangelho como uma verdadeira mulher, uma mulher de Tito 2, e diga: “Eu desonrei a Palavra de Deus e Sua verdade.”
- Seja específica sobre o quê Deus a convenceu.
- Então diga: “Você me perdoa?”
- Peça a Deus pelo poder do Seu Espírito Santo para começar a fazer algumas mudanças em sua vida. Não tente mudar por esforço próprio, porque essa mudança se resumiriam a apenas obras e automotivação.
Peça ao Espírito Santo para começar a transformá-la por meio da Sua Palavra de dentro para fora e para torná-la o tipo de mulher que realmente dá reverência, amor e submissão a Deus e ao seu marido. Então, observe a Palavra de Deus começar a ser honrada, respeitada e reverenciada por pessoas que veem a sua vida transformada.
“Mostre-me sua vida redimida, e talvez eu esteja inclinado a acreditar no seu Redentor.”
Raquel: Você está exibindo uma vida transformada hoje? Nancy DeMoss Wolgemuth trouxe esse lembrete importante como parte da série “Adornadas”.
Se esse e outros ensinos que você recebe através do ministério Aviva Nossos Corações, tem te ajudado a crescer e se você deseja que mais e mais mulheres tenham acesso a esse crescimento, você poderia nos apoiar ajudando financeiramente? Graças às doações de ouvintes fiéis podemos arcar com as despesas relacionadas à produção de podcasts e impressão de materiais. Para contribuir com qualquer valor, visite o nosso site www.avivanossoscoracoes.com
Como você passará os seus anos de aposentadoria? Estejam eles próximos ou num futuro bem distante, essa é uma pergunta importante e que revelará algumas das prioridades do nosso coração. Nancy nos ajudará a pensar sobre isso na semana que vem quando concluiremos nossa série atual “Adornadas” e começaremos uma nova série chamada “Quebrantamento: O Coração que Deus Reaviva”. Não deixe de nos acompanhar na próxima semana e tenha um ótimo fim de semana.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.