Ep. 46: O que precisamos fazer nos relacionamentos é ser boas ouvintes e saber como orar umas pelas outras
Raquel Anderson: Em Tito 2, as mulheres são convidadas a compartilhar sua sabedoria de vida com as mais jovens. Jessie Klein viu como isso acontece na vida real.
Jessie Klein: Diversão, risadas e comunhão são realmente feitas para unir esses relacionamentos. Não preciso estar com a Sandy, mas gosto de fazer isso porque ela é divertida. E posso rir com ela e chorar com ela – às vezes tudo ao mesmo tempo.
Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Mulheres atraentes adornadas por Cristo”, na voz de Renata Santos.
Por várias semanas, Nancy nos conduziu por Tito 2:1–5 em uma série chamada “Adornadas – Vivendo Tito 2:1-5”. Nela, abordamos muitos tópicos práticos, mas um tema principal que continua surgindo é este: mulheres mais velhas devem ensinar as mais jovens.
Hoje, Nancy conversará com três mulheres que estão vivendo esse princípio. Se você não gosta da …
Raquel Anderson: Em Tito 2, as mulheres são convidadas a compartilhar sua sabedoria de vida com as mais jovens. Jessie Klein viu como isso acontece na vida real.
Jessie Klein: Diversão, risadas e comunhão são realmente feitas para unir esses relacionamentos. Não preciso estar com a Sandy, mas gosto de fazer isso porque ela é divertida. E posso rir com ela e chorar com ela – às vezes tudo ao mesmo tempo.
Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Mulheres atraentes adornadas por Cristo”, na voz de Renata Santos.
Por várias semanas, Nancy nos conduziu por Tito 2:1–5 em uma série chamada “Adornadas – Vivendo Tito 2:1-5”. Nela, abordamos muitos tópicos práticos, mas um tema principal que continua surgindo é este: mulheres mais velhas devem ensinar as mais jovens.
Hoje, Nancy conversará com três mulheres que estão vivendo esse princípio. Se você não gosta da palavra “mentoria” ou acha que soa intimidante, ouça essa conversa descontraída. Aqui está Nancy.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Às vezes é fácil, e acho que até mesmo nossas igrejas, contribuem para colocar as pessoas em grupos segregados por idade, de modo que você perde o valor dos relacionamentos intergeracionais.
Estou aqui com um grupo divertido de três mulheres. Todas elas são muito especiais na minha vida, mas também são mulheres muito especiais na vida uma da outra.
Têm uma diferença de vinte anos entre vocês, certo? Então, não vou dizer quais são as idades agora. Claro, uma vez que você entra nesse estilo de vida de Tito 2, você não se importa que as pessoas saibam qual é a sua idade, e essas mulheres não se importam mesmo. Mas lembro-me quando a Jessie completou trinta anos. Ela era a mais jovem da turma das amigas. A Sandy estava completando cinquenta anos, e a Gayle estava completando setenta, o que é difícil de acreditar!
Mas eu adoraria ouvir de vocês mulheres. Falem sobre a amizade de vocês e o valor da amizade intergeracional. Talvez começando, Jessie, porque você é a mais jovem do trio. O que significa para você ter mulheres de diferentes fases da vida envolvidas na sua vida?
Jessie: Este é um tópico interessante para mim porque muitas vezes eu evito a palavra mentora. Não sei por quê. Ainda não consegui entender completamente todo esse conceito. Mas também sinto que minha vida é tão rica por causa da “mentoria” que essas mulheres têm me proporcionado. Eu tenho muitas mentoras diferentes em muitos lugares diferentes. Quando me mudei para esta área, a Gayle e a Sandy se tornaram mentoras instantaneamente para mim, não porque assinamos um contrato ou tínhamos horários agendados para nos encontrar, mas simplesmente porque estávamos no mesmo lugar vivendo a vida ao mesmo tempo.
Eu tinha muitas perguntas não respondidas sobre a vida que precisavam ser respondidas por alguém que soubesse do que estava falando. Nenhuma delas agia como se soubesse do que estava falando, mas sabiam. E isso foi muito atraente para mim. Elas eram humildes, e não estavam tentando me fazer ser alguém ou me fazer conformar a algo. Elas realmente se importavam com a minha vida.
Falávamos não só de assuntos pessoais, mas também profissionais. Eu me lembro dos desafios profissionais, e mudanças profissionais que tive, e me sentia encorajada e à vontade para compartilhar o que estava acontecendo comigo, o que foi muito legal.
Também sinto que a transição de solteira para casada foi super interessante nesses relacionamentos, porque muitas vezes ouço as pessoas falarem sobre a dificuldade de se conectar com mulheres solteiras quando você é casada, ou mulheres casadas quando você é solteira. Mas não senti isso com elas. Senti isso em outros relacionamentos, mas senti que a Sandy, sendo uma mulher solteira, é uma grande encorajadora para o meu casamento – ela é uma ouvinte muito boa. Ela está extremamente interessada no meu casamento, e eu gosto muito de ouvir a perspectiva de uma mulher solteira. Isso me ajuda até a aprender a ser uma esposa melhor, uma melhor apoiadora, uma melhor incentivadora. Tem sido muito útil.
Gayle e o marido dela foram nossos mentores quando estávamos namorando. Antes de me casar, tínhamos um acordo de que eu teria meu “tempo com a Gayle e com o Ed” toda terça-feira à noite. Havia uma noite de hambúrgueres em promoção por R$5,00 em um restaurante da cidade. Algumas outras garotas fizeram de tudo para fazer parte dessa reunião, mas eu disse: “Vocês podem agendar a sua própria noite de hambúrgueres com eles. Esta é a minha noite.”
Era um tempo muito especial e ininterrupto com esse casal. Passávamos cerca de uma hora e meia, duas horas, e eu tinha tempo para perguntar qualquer coisa que tivesse em mente. Íamos de coisas muito sérias para apenas brincar e contar histórias. Foi um tempo muito enriquecedor mesmo.
Então, quando comecei a namorar o James, comecei a trazê-lo para esses eventos de terça-feira. Sentimos que nosso relacionamento cresceu ao ponto de poder perguntar qualquer coisa que quiséssemos a eles durante todo o nosso namoro, e então isso meio que se transformou em aconselhamento pré-conjugal. Ainda os vemos todas as noites de terça-feira, o que é muito legal. Como consequência do meu relacionamento com a Gayle, agora o meu marido tem um ótimo relacionamento com o Ed, o marido dela. Na verdade, ele até chama o James de filho.
Então, na manhã do Dia de Ação de Graças, ele ligou para o James e disse: “Só queria falar um oi para todos os meus filhos mesmo”. Isso significa muito para o James, não apenas porque esse relacionamento tem um impacto no nosso relacionamento como um casal, mas também a importância de ter um homem investindo na vida dele e ensinando a ele o que significa ser um homem de Deus, um marido, e assim por diante.
Sandy Bixel: Eu também não gosto muito da palavra mentora porque já estive em situações em que você é designado a uma pessoa, e isso nem sempre funciona bem para mim, mas na verdade significa apenas viver a vida juntas. Quando tenho dúvida sobre alguma coisa, logo penso em procurar a Gayle – sem uma agenda real, mas tenho perguntas – e ela está sempre disposta a compartilhar o ponto de vista dela.
Uma coisa que eu aprecio demais, como mulher solteira convivendo com mulheres casadas, são os desafios que elas têm em seus casamentos. Eu saio pensando, ah, okay, minha vida não é tão ruim! Mas elas fazem isso de tal maneira que não estejam criticando seus maridos, mas estejam apenas compartilhando coisas que estão aprendendo – aprendendo a não serem tão egoístas – e eu preciso aprender isso como pessoa solteira. Então, esses tipos de relacionamentos, essa comunicação tem sido muito boa.
E a Jessie é super sábia apesar da idade. Eu aprendo muito com ela. Às vezes, penso, ah, eu não era nem de perto tão sábia quanto ela nessa idade. É muito encorajador ver essa geração mais jovem questionando – eles questionam as coisas de maneira diferente da nossa geração. Então, essa parceria fornece uma ampla variedade de perspectivas ou insights sobre o significado ou essência da vida, e acho que ter essas amigas me ajuda a me relacionar melhor com meus sobrinhos e sobrinhas.
Gayle passou por muitas coisas. Ela é ótima ouvinte. Ela tira coisas de mim que eu nem sabia que estavam lá dentro. Ela faz ótimas perguntas, e me faz parar e refletir.
Então, esses são os tipos de mentorias – Jessie está me orientando como mulher mais jovem, e Gayle também.
Gayle Villalba: Tenho certeza, Nancy, que você fala sobre isso em seu livro – minuciosamente – mas uma coisa que aprendi sobre ser uma mulher mais velha com mulheres mais jovens é, novamente, estamos usando a palavra mentora, mas quando penso em mentora, penso em um estudo bíblico semanal, prestação de contas, algo realmente complexo e que consome tempo. Com nosso relacionamento, tudo o que fazemos é fazer perguntas, ouvir e orar umas pelas outras. E isso é algo fácil de fazer.
Acho que, principalmente, o que precisamos fazer nos relacionamentos é ser boas ouvintes e saber como orar umas pelas outras. Há outras pessoas nesta sala com as quais tenho esse tipo de relacionamento. É uma confiança mútua. Sabemos que o que dizemos uma à outra não vai sair dali. E confrontamos umas às outras com amor quando necessário. Mas, sim, não é muito complexo.
Estou super ansiosa para ler seu livro.
Nancy: Eu vejo em algumas de nós, mulheres mais velhas. Pessoas como a Jessie, que é quarenta anos mais jovem do que nós, trazem… Meu marido disse que quando estou com a Jessie, quando ele nos vê juntas, ele diz: “Você fica radiante porque ela traz algo realmente especial.” E Sandy, ele fala sobre como você ilumina uma sala.
Meu marido ama minhas amigas, e fico tão feliz por isso.
Você pode achar que não seja tão legal estar com alguém quarenta anos mais jovem que você, mas é muito divertido!!
Gayle: Ah, com certeza. Eu acho que é um segredo vital para as mulheres mais velhas. Convivemos com pessoas mais jovens, e isso nos mantém jovens de coração.
Mas eu queria dizer algo mais que acho muito importante. Tivemos um ano muito difícil em relação à saúde e à morte do nosso filho. E foram essas mulheres que estavam ao meu lado, me apoiando. Assim que ficaram sabendo, elas estavam à nossa porta, ministrando e cuidando de nós. Não somos nada especiais. Apenas passamos tempo juntas. A gente precisa de pessoas assim em nossas vidas.
Temos uma jarrinha de vidro lá em casa com uma plaquinha onde está escrito: “Um lugar de graça”, por causa disso, temos chamado nossa casa de “Um lugar de graça”. Depois de perdermos nosso filho, pensei: O que fazer com essa jarrinha? Era um pote pequeno de vidro e não dava para colocar flores nele.
E então me veio à mente que nossa casa era “Um lugar de graça” por causa de vasos de graça como essas pessoas que vieram ministraram, ligaram, mandaram mensagens, e de todas as formas imagináveis demonstraram graça.
Então, passei um tempo escrevendo uma lista com os nomes de algumas pessoas que estiveram lá conosco e coloquei esses nomes dentro dessa jarrinha. E quando eu me esqueço e começo a sentir pena de mim mesma, eu tiro um desses nomes, ou vários desses nomes daquela jarrinha, e agradeço ao Senhor pelas pessoas que foram vasos de graça em nossas vidas. E essas mulheres aqui são apenas duas dessas pessoas.
Nancy: O que você acabou de compartilhar também ilustra bem como esse relacionamento é uma via de mão dupla. Não é que um tem todas as respostas e o outro tem todas as necessidades e perguntas. Bom, também pode haver esse tipo de relacionamento.
As mulheres mais jovens vêm até você com perguntas e querendo sabedoria em relação ao namoro e orientação pré-conjugal, mas quando você e o Ed tiveram uma necessidade, essas foram as mulheres que… a situação foi invertida de certa forma.
Gayle: Completamente.
Nancy: E foi quando você precisou de oração e encorajamento. Nem sempre é tão claro assim. A Jessie se casou, o que foi, cerca de um ano antes de Robert e eu nos casarmos, um ano e meio?
Jessie: Sim, um ano e meio.
Nancy: Na verdade, a Jessie estava morando na minha casa há várias semanas antes de se casar porque ela tinha vendido a casa dela. Então, tive a alegria de tê-la por perto. Já éramos amigas próximas, mas tê-la por perto… Na verdade, a família dela ficou na minha casa durante a semana do casamento, o que também foi uma grande alegria.
E então, um ano e meio depois, quando eu estava me casando… Bom, sou bem mais velha do que você. Eu não consigo fazer a conta disso.
Jessie: Eu sou mais velha que você em tempo de casamento. (risos)
Nancy: Isso é verdade! Você disse algumas das coisas mais sábias e úteis para mim na preparação para o casamento. Você não sabia que estava fazendo isso. Foi durante conversas informais. Não foi em nenhum momento que eu disse: “Jessie, você pode me ajudar a me preparar para o casamento?” Mas, conforme estávamos caminhando juntas, o Senhor fazia a Jessie dizer coisas realmente sábias — e isso vale para outras pessoas desta sala também. Você já tinha passado um ano ou mais a mais do que eu estava passando, e você tinha experimentado algumas coisas que eu estava prestes a experimentar, e você trouxe encorajamento e graça para minha vida.
Então, aqui estava eu, uma mulher mais velha, porém recém-casada, e uma mulher mais jovem, que estava há apenas um ano à minha frente, derramando graça na minha vida. Então, é esse o fluxo, via de mão dupla.
Sandy, temos trabalhado juntas há muito tempo. Trabalhamos juntas, mas Deus nos dá oportunidades às vezes apenas por e-mail, às vezes pessoalmente, de conseguirmos uma conversa para nos conectar, para nos encorajar. Muito desse conceito de Tito 2 que estamos falando acontece no contexto da amizade.
Eu não vejo nenhuma dessas mulheres muito frequentemente, ou regularmente, mas quando nos encontramos, interagimos, compartilhamos a vida. “Olha só o que Deus está fazendo em minha vida. O que está acontecendo na sua vida?” Fazer boas perguntas é provavelmente tão importante quanto ser uma boa ouvinte. Você precisa de ambos, porque se você não perguntar um ao outro: “O que está acontecendo? Como está indo?” Então, não vai realmente extrair… O que é? Provérbios 20:5, diz: “Os bons conselhos ficam no fundo do coração, mas a pessoa sensata os traz à tona.”
E assim, há coisas nos corações de nossos amigos, sejam eles mais jovens ou mais velhos, que podemos extrair se fizermos boas perguntas e depois ouvir as respostas.
Jessie: Tem algumas coisas que eu gostaria de compartilhar: Eu me casei e logo em seguida fiz trinta anos . E antes de todas vocês me dizerem como sou jovem, só quero que saibam que chegar aos trinta realmente me ajudou a refletir sobre a vida, porque, via de regra, quando você completa trinta anos, a maioria das suas principais escolhas de vida já foram feitas. Sou imensamente grata a Deus porque vejo a graça de Deus em minha vida, me ajudando a tomar as decisões que tomei. Eu não era sábia o suficiente para fazer essas escolhas. Vejo como o Senhor foi bom. E ao longo do caminho, vejo mulheres de Deus, que tiveram grande impacto em cada uma dessas escolhas.
Também sinto que um dos principais motivos na escolha dessas mulheres de Deus em minha vida foi a facilidade de rir e me divertir com elas. Antes de me importar com o que elas sabem, eu só quero saber que posso relaxar e me divertir. Não quero espiritualizar demais, mas acho que isso é uma parte muito linda dessa vida: a diversão, o riso e a comunhão são, sem dúvida, destinados a unir e nutrir esses relacionamentos.
Não preciso necessariamente me encontrar com a Sandy, mas gosto de fazer isso porque ela é divertida. Eu posso rir e chorar com ela – às vezes os dois ao mesmo tempo! E o mesmo acontece com a Gayle. Podemos fazer isso juntas, e ambos os elementos, rir e chorar, são realmente importantes para relacionamentos duradouros que não são agendados. Só que eu me importo o suficiente com elas para ter certeza que agendamos e reservamos um tempo especial para nos encontrarmos.
A outra coisa é apenas refletir sobre a vida. Penso na primeira mulher — minha mãe — que me ensinou a beleza de envelhecer bem. Todo ano ela se alegra por estar completando mais um ano. Até hoje, ela mal pode esperar por outro aniversário. Acho isso tão lindo – a alegria dela em ficar mais velha. Ela mal podia esperar até que o cabelo do meu pai ficasse grisalho, e ela mal podia esperar para ficar velha, e hoje ela está tão feliz por ser avó. A alegria dela é tão linda e tenho buscado colocar um pouco dessa alegria em meu pensamento.
Elisabeth Elliot foi uma outra mulher com a qual aprendi através de seus livros quando era jovem, no começo da minha caminhada cristã. Eu queria aprender com ela o que significava ser uma missionária e uma pessoa que impactava o mundo com o Reino.
Penso em pessoas diferentes que me orientaram no ministério e em pessoas como Sandy que tornam a solteirice tão bonita para mim. A feminilidade dela e como ela a define não se baseiam em estar casada ou solteira. É baseado em quem Deus a criou para ser.
Há muitas coisas assim – a alegria da Gayle aceitando tudo o que lhe aconteceu com eles neste ano – o que Deus lhes deu e o que Ele tirou. Há muitas coisas assim que aprendo com as mulheres, não porque estão se encontrando comigo em horários agendados.
Nancy, muitas vezes envio cartas de agradecimento na organização com a qual trabalho agora, porque estou na área de desenvolvimento de doadores. Aprendi muito com você sobre isso, e penso em você frequentemente ao longo do dia sobre como falar palavras de bondade e gentileza, como expressar gratidão às pessoas. Há muitas coisas nessa situação e em outras que você me ensinou ao longo dos anos.
E eu sempre me pergunto… Trabalho com pessoas em situação de pobreza todos os dias, e vejo as consequências de não ter mulheres assim em suas vidas e a falta de direção que isso traz para mulheres da minha idade, mulheres que estão esgotadas, perdidas e sem esperança. Então, tenho refletido muito sobre isso agora que estou com trinta e um anos. Esses são momentos de graça que vejo Deus me dando por meio das pessoas, e tem sido muito rico.
Nancy: Essas são três mulheres incríveis e preciosas. São mulheres que estão conectadas com o “Aviva Nossos Corações”. Somos um ministério para mulheres. Fazemos podcasts, produzimos recursos e livros e realizamos conferências. Você vê o que é mais visível.
Mas o que eu amo é ver tudo isso em ação. É ver mulheres para as quais não é um trabalho discipular ou mentorear. Não é nada estruturado. O relacionamento da Sandy com seus sobrinhos é natural. É possível ver outras mulheres se achegando à mesa dessas mulheres e orarem juntas, serem encorajadas ou simplesmente rir. É o modelo. É o exemplo. É o que as pessoas acham atraente e que as fazem se aproximar, e é viver a vida intencionalmente, ser relacional.
Robert e eu tivemos a chance de sair com a Carrie e o Dennis outro dia, e estávamos conversando sobre algumas dessas coisas e o chamado que Deus colocou no coração da Carrie pelas mulheres. Agora, os filhos dela estão crescidos. Ela é avó. Ela tem envolvimento com a família, assim como a Gayle, mas elas também estão atentas às mulheres que Deus colocou ao redor delas – não apenas passando por elas e pensando: “Outra pessoa vai ministrar a elas”. E todas nós podemos ser assim.
Gayle, eu amo… Primeiro de tudo, não consigo acreditar que você tem setenta e um anos – não que você seja uma anciã, porque a sua aparência é tão jovem – você tem envelhecido com beleza. Tem envelhecido com graça. Tenho certeza que o segredo disso é estar com mulheres mais jovens em sua vida.
Você e o Ed não estão apenas curtindo a aposentadoria em uma cadeira de balanço. Ed teve problemas de saúde, e você teve perdas, está sempre ocupada e com netos a quilômetros de distância. As pessoas podem entender se vocês disserem: “Vamos focar na nossa vida”. Mas vocês disseram: “A vida é curta demais. Vamos continuar investindo em outras pessoas.”
Então, vocês se encontram como casais. Eu realmente não sei como vocês conseguem encontrar tempo para fazer tudo isso, sinceramente, mas vocês arranjam tempo. Você cria espaço em sua vida para outras pessoas. Acho que isso é parte do que os mantém vibrantes e energizados. É o seu derramar, mas também é o que eles devolvem a vocês.
Gayle: Oh, estamos recebendo muito mais do que estamos dando, Nancy. Às vezes, até nos sentimos egoístas quando passamos tempo com as pessoas, porque nos traz tanta alegria! Nos alimenta. É isso o que faz, nos alimenta. E somos tão gratos que, mesmo em nossa idade, o Senhor ainda nos está usando. Isso nos surpreende o tempo todo. Somos gratos.
Sandy: Isso é tão lindo! Acho que, como solteira, talvez não fosse a vida que eu escolheria, mas houveram outras mulheres solteiras que foram um exemplo tão importante para mim. E ter mulheres mais velhas que estão modelando o que significa envelhecer com graça, é lindo. Então eu quero ser assim. Quero ser como a Gayle quando ficar mais velha. Ou, quero ser como a Nancy.
É importante para as pessoas terem modelos. Essa é a minha oração quando tento fazer isso por sobrinhos ou sobrinhas ou outras pessoas em minha esfera de influência – não para eu receber a glória, mas para que o Senhor receba a glória – para que as pessoas vejam que a vida pode ser gratificante. A vida apresenta seus desafios em todas as fases, mas pode ser gratificante em qualquer fase, se você permitir, onde Deus te colocou. Usar o que se tem é o meu desafio.
Nancy: E aqui está outra observação: Todas essas mulheres, a Carrie e eu, e todas na sala, eu conheço essas mulheres muito bem. Todas passaram por momentos super difíceis na vida, circunstâncias. Há situações que poderiam te deixar em pedaços. Certo? Todas nós seríamos um caos completo sem a graça de Deus.
Mas esses tipos de amizades intencionais, invasivas, propositais, divertidas e centradas em Cristo, eu acho que isso ajuda as mulheres, mais do que qualquer outra coisa, a serem saudáveis – emocionalmente, mentalmente, espiritualmente em suas almas.
Acho que poderíamos dispensar muito aconselhamento e terapia profissional. Não estou dizendo que todos, porque existem alguns tipos de problemas que realmente precisam de um tipo especializado de cuidado. Mas acredito que muito daquele cuidado para a alma pode ser tratada no contexto dos relacionamentos antes que se tornem debilitante.
Tenho visto essas mulheres passarem por anseios não realizados pelo casamento, relacionamentos que não eram a vontade de Deus para o casamento, morte de um membro da família – não estou citando nomes – problemas com filhos e situações que poderiam as levar ao hospital se vocês permitissem. Não é que essas mulheres sejam apenas fortes e que elas aguentem e digam: “Vamos seguir em frente”. É que existe uma rede de apoio – e não é apenas um relacionamento. Estou olhando para essas três mulheres loiras e lindas – uma quarta aqui – e digo que é por causa desses relacionamentos contínuos.
Três dessas mulheres são casadas. Elas têm bons maridos. Elas têm casamentos bons. Mas o seu marido não pode ser a única pessoa em sua vida. As mulheres também precisam de outras mulheres, em relacionamentos saudáveis, puros, doces e centrados em Cristo.
Tenho observado essas mulheres. Conheço todas essas mulheres agora há anos. Gayle e eu, nós temos uma longa história juntas. Já passamos por muita vida juntas. Essas são mulheres que eu admiro, respeito. São mulheres em quem me espelho. Eu quero ser como essas mulheres quando eu crescer. Elas me encorajaram. Elas me ajudaram em momentos difíceis. Mas fazemos isso juntas. Vivemos a beleza do evangelho juntas.
Então, o meu desejo é que você também tenha uma rede de relacionamentos como essa e possa ver a beleza e o valor disso.
Raquel: Ouvimos uma conversa prática sobre como mulheres mais velhas podem se envolver na vida de mulheres mais jovens. Nancy DeMoss Wolgemuth conversou com Gayle Villalba, Sandy Bixel e Jessie Klein. Elas descobriram a alegria de se envolver em relacionamentos de discipulado na vida real. São o tipo de relacionamentos que Nancy DeMoss Wolgemuth descreveu em sua série “Adornadas: Vivendo Tito 2:1-5”.
Uma jovem mãe nos acompanhou durante toda a série com seu grupo de estudo bíblico. Elas ouvem em casa e depois se reúnem para discutir a série. Ela escreveu o seguinte:
“Tenho visto e experimentado amizades crescerem e serem restauradas desde que começamos esse estudo. Então, obrigada por esta série e pelas aplicações práticas que ela oferece. Estou lendo o livro de Nancy, “Mulheres atraentes adornadas por Cristo”, e amando cada página.”
Você pode encontrar onde comprar este livro acessando o nosso site www.avivanossoscoracoes.com, clicando em recursos e, em seguida, em livros.
Ao ler esse livro, você terá uma compreensão mais ampla desses versículos importantes em Tito 2. E, como essa ouvinte, você ficará pronta para se envolver em relacionamentos mais profundos com outras mulheres no Corpo de Cristo.
Outro tópico importante que surgiu durante esta série é a importância das esposas respeitarem seus maridos. Amanhã ouviremos Robert, marido de Nancy. Eles vão falar sobre o que faz um homem se sentir respeitado. Esperamos você para mais um episódio aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth acredita que mulheres mais velhas devem ensinar as mais jovens. Assim cada geração pode experimentar a liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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