Ep. 9: A reverência por Deus afeta o modo como falamos e agimos

Raquel Anderson: Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Não há nenhum grau aceitável de malícia, difamação, calúnia ou fofoca entre mulheres cristãs. Precisamos ter tolerância zero para esse tipo de coisa em nossas próprias vidas.

Às vezes acho que somos só descuidadas. Mas essa é uma área que não podemos ser descuidadas, porque quando caluniamos alguém, estamos fazendo a obra do diabo.

A calúnia destrói casamentos, destrói crianças, destrói os locais de trabalho. Ela destrói igrejas, relacionamentos. Ela nos destrói. Nosso relacionamento com o Senhor pode ser destruído quando somos caluniadoras ou fofoqueiras.

Raquel: Este é Aviva Nossos Corações, com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.

Nancy tem nos conduzido por esse estudo super prático baseado em Tito 2, chamado “O Belo Design de Deus para Mulheres.” No design perfeito de Deus as nossas palavras importam muito.

Nancy: Chegamos hoje ao que, para mim, até agora tem sido um dos pontos de maior pesar e desafio do estudo. E não vejo a hora de compartilhar tudo isso com você para que você também possa se sentir pesarosa e desafiada.

Estamos analisando Tito, capítulo 2. O apóstolo Paulo disse a Tito que ele tem que “ensinar o que está de acordo com a sã doutrina” (v. 1). O que isso significa para nós como mulheres?

Bem, ele começa com mulheres mais velhas. Falamos que esses pontos devem ser verdadeiros para mulheres mais velhas; porém, mesmo aquelas que se classificam como mulheres mais jovens, também precisam cultivar essas características, ou não as terão desenvolvido quando chegarem a ser mulheres mais velhas.

O versículo 3, diz: “Mulheres mais velhas também devem ser reverentes no comportamento”. Nós falamos sobre isso no último episódio.

Em seguida, diz: “… não caluniadoras ou escravas de muito vinho.” “Mulheres mais velhas… devem ser reverentes no comportamento, não caluniadoras ou escravas de muito vinho ”(v. 3).

Conversamos sobre o que significa ter um comportamento reverente. 

O apóstolo Paulo faz duas aplicações práticas e específicas quanto ao que significa um comportamento reverente: Se você for reverente no comportamento, isso afetará a sua língua e o seu autocontrole.

A língua – não caluniadoras; um estilo de vida moderado – não escravos de muito vinho. Mulheres com comportamento reverente não são caluniadoras e são moderadas em seu comportamento.

É aqui que a sã doutrina da qual falamos semana passada pode ser aplicada. Ações práticas que estão de acordo com o que você crê.

Você não pode dizer que tem uma boa doutrina se não a coloca em prática. Você pode até saber o que é a sã doutrina em sua cabeça, mas se você não a tem em sua vida, não vale nada.

Me lembro de ter lido que A. W. Tozer (um pregador do século vinte) disse que a maldição da época dele era a seguinte: “Se achamos que sabemos algo, significa que sabemos, quando, às vezes, nada pode estar mais longe da verdade.” 

Temos muitas pessoas em muitas de nossas igrejas que conhecem a sã

doutrina, mas elas não vivem de uma maneira que esteja de acordo com o que pregam. E se você tem uma língua solta, então há algo errado com a sua doutrina ou sua aplicação da doutrina à vida. Se você não tem autocontrole em seu estilo de vida, então há algo de errado com sua aplicação da doutrina à sua vida.

Paulo diz que essas são as características que estão de acordo com a sã doutrina, que são apropriadas à sã doutrina. É isso o que transborda da sã doutrina na vida de uma mulher. É assim que se apresenta um comportamento reverente.

A reverência por Deus afeta a maneira como falamos e a maneira como agimos. A sã doutrina sempre terá como resultado um tipo específico de discurso e de comportamento em nossas vidas.

Quanto ao problema da difamação ou calúnia, também conhecida como fofoca; eu havia planejado fazer apenas uma sessão sobre isso originalmente. Mas quando entrei nesse tema, percebi que Deus estava sondando profundamente o meu coração nesse aspecto, e pensei: vamos precisar de mais do que uma seção neste assunto. 

Então, vamos tirar os próximos dias e nos deter nesse assunto da

calúnia. Esse é um assunto sério para Deus, como você verá quando abrirmos a Palavra. É um problema sério na igreja. E é um problema sério entre as mulheres em particular.

Vamos analisar o assunto da calúnia e, em seguida, vamos falar sobre não ser escravas de muito vinho, e os problemas mais amplos de autocontrole e vícios e ver o que a Palavra de Deus tem a dizer sobre isso. Essa é a direção que vamos seguir nos próximos episódios.

As mulheres “devem ter um comportamento reverente, não caluniadoras”. Existe uma versão da Bíblia em inglês que se traduz assim: “elas não deveriam passar o tempo falando mal dos outros”. Existe uma versão em português que diz “não maldizentes.” (O Livro)

Todas essas são traduções da mesma palavra. Um comentarista sugere

o que significa “fornecedores de intriga ou escândalo”. 

Eu achei essa descrição muito forte e impactante. As mulheres não devem ser aquelas que geram – ou iniciam –  intriga ou escândalo. Não deveríamos ser essas “condutoras” de “fofocas quentinhas”. 

Na minha versão da Bíblia, a palavra que é traduzida para “caluniadoras” ou “fofoqueiras maliciosas” ou “falsas acusadoras” vem da palavra grega “diabolos”. É a palavra da qual tiramos palavra diabólica. Essa palavra vem da junção de duas outras palavras: “dia” ou “dio”, o que significa “através ou fora” e “bolos”, que significa “jogar”. “Jogar através ou jogado fora.”

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Satanás é o pai da mentira. Ele é um caluniador. Ele é chamado de “diabolos”. Trinta e quatro das trinta e oito vezes, é isso que a palavra significa. Como Satanás é um caluniador? Temos muitos exemplos. Podemos citar o início das Escrituras, quando Satanás acusou e caluniou Deus ao homem.

Por exemplo, Satanás veio até a mulher e ao homem no Jardim de Éden, primeiro a Eva e depois a Adão, e ele acusou e caluniou a Deus. Em Gênesis 3 ele disse, em essência: “Deus não disse a verdade. Deus disse com certeza você vai morrer? Você não vai morrer. Deus não está dizendo a verdade.” (vv. 1–5, parafraseado).

Ele mentiu sobre as consequências de comer o fruto e depois caluniou

a Deus, sugerindo que as restrições de Deus eram desnecessárias ou

irracionais. Ele estava atacando a verdade, a veracidade da Palavra de Deus. Ele caluniou Deus ao homem.

Não foi apenas no Jardim do Éden. Satanás ainda está caluniando e acusando a Deus. E ele faz isso conosco. Pensamentos como estes:

• Onde estava Deus quando você precisava dele?
• Você não pode confiar Nele.
• Sua Palavra não é verdadeira. 
• Você não precisa Dele. 
• Você pode fazer isso sozinho. 
• Deus na verdade não ama você. Se te amasse, Ele teria feito isso [ou] Ele não teria feito aquilo. 

O que Satanás está fazendo? Ele está caluniando Deus para nós, fazendo Deus parecer irracional, falso, infiel, desamoroso, insensato, indelicado. Ele está caluniando a Deus.

Então Satanás acusa e difama a Deus para o homem. Mas Satanás também nos acusa e nos difama diante de Deus. Ele difama o povo de Deus. Em Apocalipse 12:10 ele é chamado de “acusador de nossos irmãos” (NVI). Ele traz continuamente acusações sobre o povo de Deus diante do trono de Deus.

Temos um exemplo disso na história em Jó 1: 7-11, onde Satanás foi diante de Deus e disse: “Vamos falar sobre Jó.” Na verdade, Deus trouxe Jó e, nesse contexto, Satanás caluniou a Jó.

Ele acusou Jó de estar comprometido com Deus apenas pelo que ele poderia obter do relacionamento. “Ele é um amante pago.”

Satanás afirmou que se Deus tirasse as coisas que eram preciosas para Jó, então Jó amaldiçoaria Deus em Sua face. Ele caluniou a Jó.

E ele nos calunia. Ele ataca. Ele acusa os irmãos diante do trono de Deus.

Então, diabolos – trinta e quatro vezes no Novo Testamento se refere a Satanás que é o caluniador, o acusador. As três outras vezes que esta palavra é usada, refere-se a uma pessoa que calunia ou acusa falsamente outras pessoas.

Vamos ler outro exemplo. Abra sua Bíblia em 1 Timóteo 3, aqui veremos dois usos dessa palavra no mesmo contexto. A Palavra grega “diabolos” é usada 3 vezes nos versos 6-11. Primeiro ele está falando sobre aqueles que serão líderes espirituais na Igreja. 

Versículo 6: “Não pode ser recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o diabo.” [Essa é a palavra diabolos.] 

Versículo 7: “Também deve ter boa reputação perante os de fora, para que não caia em descrédito nem na cilada do diabo.” [diabolos]. Versículo 8 e 11: “Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos. As mulheres igualmente sejam dignas, não caluniadoras [diabolos], mas sóbrias e confiáveis em tudo.”

Então você vê duas vezes nessa passagem, “diabolos” está se referindo a Satanás. A terceira vez, refere-se a uma mulher que fala de tal maneira que torna-se demoníaca, diabólica. Ser caluniadora, fazer falsas acusações, ser maliciosa e fofoqueira é ser diabólica. É ser como o diabo. É participar das obras e do caráter do próprio Satanás. 

Quando caluniamos aos outros, estamos cumprindo as ordens de Satanás e cumprindo seus propósitos. Quando caluniamos aos outros, estamos cumprindo as ordens de Satanás e cumprindo os seus propósitos.

Agora você percebe porque eu disse que calúnia não é pouca coisa e porque Deus leva isso tão a sério e por que é tão mortal e destrutivo na igreja de Jesus Cristo?

É interessante que duas das três vezes em que diabolos se referem à calúnia, fala especificamente para mulheres. Acho que é porque, como mulheres, este é um problema em que somos mais propensas a ser tentadas e onde estamos mais inclinadas a pecar com nossas línguas.

Agora, o que é calúnia exatamente? Legalmente, calúnia é uma declaração falsa sobre uma pessoa que prejudica ou difama sua reputação. É sustentar testemunho falso com a intenção de prejudicar outra pessoa ou a sua reputação.

Existe uma palavra relacionada no Novo Testamento. Em grego é a palavra blasphemia, da qual extraímos nossa palavra  blasfêmia. Essa é a palavra grega que é mais comumente traduzida como “calúnia” ou “maldade no falar” em nossas Bíblias.

Essa palavra significa “injuriar; ferir a reputação ou ferir com relatórios ou palavras; [para] falar mal de alguém.” É uma palavra intimamente relacionada a essa palavra diabolos.

Existem vários pecados relacionados à língua que entram em jogo

aqui, e eu acho que todos eles estão sob a aba da calúnia.

• Pode ser dar um falso testemunho sobre alguém.
• Pode ser espalhar informações prejudiciais sobre outra pessoa, que é o que a Escritura chama de “mexeriqueiro”. 
• Pode ser relatar a verdade com a intenção de causar dano.

Você percebe as nuances aí?

• • Pode ser um relatório falso – algo que não é verdade. 
  • Pode ser algo que seja informação prejudicial sobre outro que nós espalhamos – contando histórias. 

• Pode até mesmo ser o dizer a verdade com a intenção de prejudicar ou danificar a reputação de alguém.

Então, quando Paulo diz que as mulheres mais velhas devem ser reverentes no comportamento e não caluniadoras, isso significa que elas devem se recusar a ouvir ou espalhar relatórios ou histórias sobre outras pessoas que são falsas (não são verdadeiras) ou prejudiciais – que  podem ser prejudiciais para aquela pessoa ..

Calúnia é um assunto sério para Deus. É um dos dez Mandamentos. Êxodo 20:16 diz: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”

Êxodo 23:1 diz: “Não admitirás falso rumor, e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa.” Não faça isso. Não faça parte disso.

Provérbios 6:16 diz: Há seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que Ele abomina:”, e então no versículo 19 diz: “a testemunha falsa que espalha mentiras e aquele que provoca discórdia entre irmãos.”

É uma abominação para Deus.

Aliás, nessa mesma lista está uma pessoa que espalha discórdia entre

irmãos. Esses dois geralmente andam de mãos dadas – espalhando a discórdia e sendo uma falsa testemunha que espalha mentiras.

Pessoas que caluniam os outros geralmente o fazem com a intenção de dividir. 

Mesmo que essa não seja a intenção, esse é o efeito. Elas acabam semeando discórdia, divisão, criação de rusgas e barreiras entre as pessoas usando suas línguas para caluniar.

Efésios 4:31 diz: “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia [calúnia], bem como de toda maldade.”

Paulo diz: “Livre-se disso”.

Não há grau aceitável de malícia, calúnia, difamação ou fofoca entre mulheres cristãs. Isso é algo que precisamos ter tolerância zero em nossas próprias vidas.

Conforme eu estudava e meditava sobre isso essa semana, eu tive que me confrontar  se eu realmente tenho tolerância zero para isso em minha própria vida. Tenho certeza que não o suficiente.

E a intenção nem sempre é maliciosa. Às vezes acho que somos apenas descuidadas. Mas essa é uma área em que não podemos ser descuidadas, porque quando caluniamos alguém, estamos fazendo a obra do diabo.

• Ela destrói casamentos. 
• Destrói crianças. 
• Destrói os locais de trabalho. 
• Ela destrói igrejas. 
• Destrói relacionamentos. 
• Nos destrói.
• Nosso relacionamento com o Senhor pode ser destruído quando somos caluniadoras ou fofoqueiras.

Em Tito 2, que é a passagem que estamos vendo, o versículo 3 diz que mulheres piedosas , mulheres mais velhas, não devem ser caluniadoras. No próximo capítulo, Paulo diz: Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo o que é bom, não caluniem a ninguém…” Tito 3:1,2.

A palavra usada nesse versículo não é, de fato, a palavra diabolos. É a  palavra blasphemia – falar mal; blasfemar. Ele diz que não devemos “falar mal ”de ninguém.

O que isso significa, “ninguém”? Não falar mal de ninguém.

Tiago 4:11 diz: “Não falem mal uns dos outros, irmãos.” Aqui é usada outra palavra grega katalaleo, a qual é uma palavra semelhante. Isto significa “falar contra, permitindo que palavras impensadas sejam faladas”. 

Como eu disse, às vezes é impensado; são palavras descuidadas. Tiago diz, “Não faça isso. Não falem mal uns dos outros. Não permitam que aquelas palavras impensadas sejam faladas. ”

Aqui está um versículo que afirma isso claramente, diz assim: “Quem profere calúnia é um tolo ”(Provérbios 10:18).

Quem é um tolo? Um tolo não é alguém com deficiência intelectual. Um tolo é alguém moralmente deficiente. Tolo é quem vive sua vida como se Deus não existisse.

Provérbios diz que se você proferir calúnias contra ou para os outros, você é um tolo. Você está ordenando sua vida como se não houvesse Deus ao qual você terá que prestar contas.

Mas o fato é que existe um Deus e seremos responsáveis ​​por cada palavra vã ou vazia ou inútil ou caluniosa. “Quem profere calúnia é um tolo.”

Seremos responsáveis ​​por todas as palavras vãs ou vazias ou inúteis ou caluniosas que dizemos.

No Antigo Testamento, a punição era muito dura. Deixe-me ler uma

passagem de Deuteronômio 19:16-20:

“Se uma testemunha falsa quiser acusar um homem de algum crime,

os dois envolvidos na questão deverão apresentar-se ao Senhor, diante dos sacerdotes e juízes que estiverem exercendo o cargo naquela ocasião.

Os juízes investigarão o caso e, se ficar provado que a testemunha mentiu e deu falso testemunho contra o seu próximo, dêem-lhe a punição que ele planejava para o seu irmão. Eliminem o mal do meio de vocês. O restante do povo saberá disso e terá medo, e nunca mais se fará uma coisa dessas entre vocês.”

Por que você acha que Deus leva isso tão a sério? Porque é tão semelhante a Satanás mentir, enganar, dar falso testemunho, acusar falsamente. É tão divisivo, mortal. É destrutivo. Deus sabe que isso destrói a comunidade de fé. Ele sabe que destrói

e divide relacionamentos. Então Ele diz, se você está disposto a fazer  falsas acusações, se você está disposto a dizer coisas que não são verdade, então você tem que estar disposto a prestar contas de suas palavras.

Agora, estou feliz que eles não usem este sistema hoje em dia. Mas Deus disse, você vai colher o que semear. E o que quer que você

pretendia fazer à outra pessoa, o que quer que sua intenção fosse fazer a ela, isso é o que vai acontecer com você.

Isso é na verdade o que Jesus reforçou no Novo Testamento. É o que vamos experimentar. Os misericordiosos vão experimentar misericórdia. Mas aqueles que julgam os outros, aqueles que têm intenções maliciosas ou falam maliciosamente de outros, eles colherão o que eles semearam.

Nossas palavras voltarão para nos assombrar. Nem sempre a colheita

é imediata. Mas vamos colher o que plantamos um dia. Então Deus diz: “Isso é algo que precisa ser expurgado de seu meio. Não deveria ter espaço para tais coisas na igreja de Jesus Cristo.”

É algo que precisamos examinar, avaliar e pesar. Nós precisamos nos perguntar: “Existe calúnia? Existe uma fofoca maliciosa? Há algo verdadeiro sendo dito com a intenção de prejudicar, pelas costas dos outros, para outras pessoas, trazendo outras pessoas para a conversa que não fazem parte do problema ou parte da solução? ”

Estamos dizendo coisas sobre outras pessoas que não são produtivas? Que não são verdadeiras? Se essas palavras não são edificantes elas não estão construindo, elas estão destruindo.

Deus diz para não fazer isso. Expulse o mal de seu meio. “E quando os outros virem as consequências, eles temerão, e nunca mais se fará uma coisa dessas entre vocês.”

A comunidade de fé, o corpo de Cristo, deve ser um lugar seguro para os pecadores que estão em processo de redenção.

Mas quando falamos palavras de maneira maliciosa, descuidada ou irrefletida que destroem, que difamam, que são enganosas ou falsas ou prejudiciais na intenção, estamos desfazendo a obra que o Espírito de Deus está tentando fazer nas pessoas.

“A morte e a vida estão no poder da língua” (Provérbios 18:21). Nós podemos construir com nossas línguas. Podemos encorajar as pessoas nesse processo de santificação, ou podemos dizer palavras que destroem.

Eu acredito que não há uma pessoa ouvindo essas palavras que

não diga: “Houve momentos em que pequei com minha língua 

dessa maneira.”

Então o que precisamos fazer? O primeiro passo é sermos honestas. Apenas concorde. Reconheça: “Senhor, tenho sido caluniadora. Eu difamei a outros.”

Nos próximos episódios, vamos falar mais sobre o que a calúnia faz e porque é tão mortal, e também o que podemos fazer sobre isso.

Mas podemos começar apenas dizendo: “Senhor, não é meu irmão, não é minha irmã, sou eu, ó Senhor, que necessito de oração”, e reconhecendo:” Senhor, eu pequei com a minha língua. ”

Quer você seja uma mulher mais velha ou mais jovem, diga: “Eu não tenho sido reverente no meu comportamento na maneira como falo dos outros.” 

Talvez você não tenha dito essas coisas em grandes ambientes públicos, mas apenas um a um. Você sabe como podemos mascarar essas coisas como pedidos de oração, como questões de preocupação. Em algumas dessas situações estamos realmente forçando a barra, e se tivermos alguma dúvida ou qualquer dúvida se deveriamos compartilhar, provavelmente não deveríamos. Se não tivermos certeza que trará algum benefício ou encorajamento. . .

Vamos também falar sobre momentos em que é apropriado dizer algo sobre outra pessoa que precisa ser dito para que sua vida seja tratada de uma forma redentora. 

Mas queremos lidar primeiro com aquela atitude do coração que nos causa amarguras ou raiva ou comparação ou ciúme ou apenas orgulho pecaminoso para caluniar os outros, para rebaixá-los, falar coisas que não são verdadeiras, ou falar coisas prejudiciais intencionalmente. 

Curvemos nossos corações diante do Senhor por um momento. Permita que o Espírito Santo sonde o seu coração. Ele talvez esteja trazendo à mente conversas ou situações ou pessoas que você caluniou. Se o Espírito de Deus trouxe convicção em seu coração. . . e Ele pode estar fazendo isso nesse momento. Você poderia se render a Deus e dizer: “Eu pequei contra o Senhor ao usar a minha língua para caluniar. Eu percebi hoje que o Senhor leva isso muito a sério, e eu quero levar isso a sério também.  

Senhor, oro para que o Senhor sonde o meu coração e me mostre a raiz do problema e o porquê do meu coração produzir este fruto horrível e diabólico de calúnia, e que o Senhor me ajude a não apenas lidar com os problemas superficiais, mas a de fato cortar o mal pela raiz do que pode estar em meu coração que pode causar a calúnia. 

Pai, nos constranja no nosso dia-a-dia, conforme saímos desse lugar e entramos em conversas corriqueiras. Eu oro, Senhor, que o Senhor encha nossas bocas com palavras que são edificantes e proveitosas e valiosas e benéficas, palavras que irão encorajar, fortalecer e dar vida àqueles sobre quem ou com quem estamos falando. 

Senhor, que sejamos mulheres reverentes que Te honram e glorificam ao Senhor com nossas línguas. Eu oro em nome de Jesus, amém.”

Raquel: Eu nunca havia pensado em fofoca e calúnia como Nancy DeMoss Wolgemuth descreveu hoje. Este estudo em Tito 2 foi tão prático, e espero que você passe mais tempo em Tito 2 por conta própria.

Uma maneira de descobrir ricos tesouros nesta passagem é lendo

O novo livro de Nancy, Mulheres atraentes adornadas por Cristo: Vivendo a beleza do evangelho juntas. E Nancy, no livro você fala em detalhes sobre calúnia e fofoca.

Nancy: Sim, e que grande problema nós temos com isso. A tentação de caluniar ou ouvir calúnia está em toda parte. Uma vez tivemos um convidado aqui no Aviva Nossos Corações e uma ouvinte nos escreveu expressando preocupação sobre aquele convidado e enviou um link para um site que explicava em detalhes as suas  supostas falhas. O que eu descobri que era uma rede de sites que parecia se dedicar a expor ministérios e líderes cristãos por supostas transgressões. No meu livro, compartilho essa história com mais detalhes e explico por que isso é 

um exemplo de calúnia e por que é tão, tão perigoso.

A instrução de Paulo em Tito 2 tem enormes ramificações em nossos dias em que a calúnia e falsas acusações podem se espalhar como um incêndio com um simples clique em nosso laptop ou nosso telefone quando “twittamos”, postamos, curtimos e compartilhamos alguma informação.

Precisamos ter certeza de que não estamos espalhando calúnias – especialmente no ambiente virtual tão contencioso quando parece que as pessoas estão se dividindo em campos de guerras sobre tantos temas. 

Como seguidoras de Cristo, devemos ser contra o normal e aceitável, culturalmente falando, não somente nesta área mas em todas as áreas na verdade. No livro, meu objetivo é que pensemos sobre esse problema da calúnia e deixemos que a Palavra de Deus guie nossos pensamentos, nossas palavras, nossos textos e a maneira como interagimos online.

Raquel: No próximo episódio, aprenda sobre homicídio verbal. O que isso significa? Te esperamos aqui no Aviva Nossos Corações.

O ministério Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.