
Dia 1: Atrás da cortina: Os milagres do Calvário
Raquel: Quando Jesus morreu, o véu do templo foi rasgado de cima a baixo. Nancy DeMoss Wolgemuth diz: se você ainda está tentando ganhar o favor de Deus através dos seus próprios sacrifícios e bom comportamento...
Nancy DeMoss Wolgemuth: ...é como se você estivesse costurando esse véu de volta, como se um evento que abalou o mundo não tivesse acontecido.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Incomparável, na voz de Renata Santos.
A morte de Jesus foi acompanhada por vários milagres. Vamos abordar cada um deles enquanto Nancy continua na série Incomparável - Com Cristo agora e para sempre.
Nancy: Enquanto temos refletido sobre a cruz de Cristo nos últimos dias, espero que você tenha percebido que a cruz é o divisor de águas da história. A cruz foi algo que abalou a terra, desafiou a morte, trouxe vida e concedeu …
Raquel: Quando Jesus morreu, o véu do templo foi rasgado de cima a baixo. Nancy DeMoss Wolgemuth diz: se você ainda está tentando ganhar o favor de Deus através dos seus próprios sacrifícios e bom comportamento...
Nancy DeMoss Wolgemuth: ...é como se você estivesse costurando esse véu de volta, como se um evento que abalou o mundo não tivesse acontecido.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Incomparável, na voz de Renata Santos.
A morte de Jesus foi acompanhada por vários milagres. Vamos abordar cada um deles enquanto Nancy continua na série Incomparável - Com Cristo agora e para sempre.
Nancy: Enquanto temos refletido sobre a cruz de Cristo nos últimos dias, espero que você tenha percebido que a cruz é o divisor de águas da história. A cruz foi algo que abalou a terra, desafiou a morte, trouxe vida e concedeu acesso a Deus. Não foi um evento pequeno, insignificante, trivial ou comum. Nunca houve nada parecido antes. Nunca houve nada assim desde então. E nunca haverá no futuro. A cruz é o divisor de águas da história.
À medida que continuamos a considerar o Cristo incomparável, vemos que Sua vida é supremamente incomparável por causa do que Ele fez por nós na cruz. Ao contemplarmos o que aconteceu no Calvário, gostaria de te convidar a refletir sobre os quatro milagres que estiveram conectados à Sua morte.
Houve inúmeros milagres relacionados ao nascimento de Cristo—muitos dos quais ouvimos desde a infância.
Também sabemos que o Seu ministério terreno começou em um casamento, onde Ele realizou um milagre — transformou água em vinho. João 2 diz: “Assim, em Caná da Galileia, Jesus deu início a seus sinais. Ele manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele” (v. 11).
Bem, os Evangelhos registram cerca de trinta e sete milagres de Jesus. Esses milagres eram sinais de que Ele era realmente o Messias prometido. Não é surpreendente—já que milagres foram evidentes desde Seu nascimento e durante toda Sua vida e ministério terrestres —que Sua morte também tenha sido acompanhada por uma série de milagres. Esses milagres eram sinais para atestar, confirmar, a importância de Sua morte.
Vou ler uma passagem de Mateus 27 que menciona os quatro milagres, e depois vamos analisá-los um por um, e pensar por que eles são importantes.
“A partir do meio-dia, houve trevas sobre toda a terra até as três horas da tarde.Por volta de três horas da tarde, Jesus clamou em alta voz, dizendo: — Eli, Eli, lemá sabactani? — Isso quer dizer: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Alguns dos que estavam ali, ouvindo isto, diziam: — Ele chama por Elias. E, logo, um deles correu a buscar uma esponja e, tendo-a embebido em vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe de beber.
Os outros, porém, diziam: — Espere! Vejamos se Elias vem salvá-lo. E Jesus, clamando outra vez em alta voz, entregou o espírito. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas se partiram; os túmulos se abriram, e muitos corpos de santos já falecidos ressuscitaram; e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.” (Mateus 27:45–53)
Vamos analisar um desses milagres de cada vez.
Escuridão Misteriosa
"A partir do meio-dia, houve trevas sobre toda a terra até as três horas da tarde." (Mateus 27:45). Do meio-dia às três horas da tarde. Como o relato de Lucas nos conta, “o sol escureceu” (Lucas 23:44).
Trevas sobre a face da terra. Trevas sobre toda a terra. O sol escureceu. Lembram-se de que no nascimento de Jesus, uma hoste de anjos transformou o céu da meia-noite em dia? Agora, em Sua morte, o céu do meio-dia foi transformado em noite.
Há, a propósito, muitas evidências extra bíblicas para este evento. Já li inúmeros historiadores. Por exemplo, o apologista cristão do segundo século, Tertuliano, diz: “No momento da morte de Cristo, a luz se retirou do sol, e a terra ficou em trevas ao meio-dia.”
Isto aconteceu nas últimas 3 horas de Jesus na cruz, quando o sol normalmente teria sido o mais forte, do meio-dia até às três. No entanto, houve uma grande escuridão repentina que caiu.
Claramente foi algo sobrenatural e não poderia, como alguns sugeriram, ter sido causado por um eclipse solar. Eclipses solares duram apenas alguns minutos. Além disso, a Páscoa, que era naquele dia, sempre caía na lua nova, quando um eclipse solar não seria possível. Portanto, isso foi um ato sobrenatural de Deus. Foi a mão de Deus que trouxe essa escuridão sobre a face da terra.
Poderíamos passar um dia inteiro apenas neste milagre, mas temos quatro, então vou dar apenas vislumbres deles. Quando estudamos ao longo das Escrituras, o escurecimento do sol é muitas vezes um símbolo de julgamento.
O que vem à mente quando você pensa em escuridão e julgamento? Que tal as dez pragas enviadas sobre a terra do Egito quando Deus queria libertar Seu povo? A propósito, em todas as Escrituras você verá julgamento e salvação andando juntos. Não se pode ter salvação sem julgamento. Onde há julgamento, também há salvação.
Vemos isso de forma clássica no livro de Êxodo. A nona praga enviada ao Egito foi uma escuridão total. Uma escuridão que podia ser sentida sobre a terra por três dias (veja Êxodo 10:21–23). Este foi o julgamento justo antes da última praga, a morte dos primogênitos. Percebem o processo? O julgamento de Deus, o precursor de Seu julgamento final—a escuridão—foi o penúltimo julgamento que precedeu aquele julgamento último da morte dos primogênitos.
Em Amós, lemos sobre julgamento e destruição sendo profetizados contra Israel:
“Naquele dia", diz o Senhor Deus, "farei com que o sol se ponha ao meio-dia e com que a terra se cubra de trevas em pleno dia.” (Amós 8:9).
Isso parece com o que acabamos de ler sobre o Calvário, não é? Foi um sinal de julgamento. No livro de Apocalipse, vemos como a ira e o julgamento final de Deus são desencadeados sobre aqueles que se recusaram a crer no evangelho e se arrepender. Apocalipse 16 nos diz: “O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta. O reino da besta ficou em trevas...” (16:10).
Vemos essa mensagem repetidamente no livro do Apocalipse. A escuridão faz parte da ira e do julgamento final de Deus.
No dia em que Cristo morreu, o sol escureceu-se. Por quê? Porque a cruz foi um lugar de julgamento. Jesus estava sob o julgamento de Deus ao carregar nossos pecados em Seu corpo. Ele morreu em nosso lugar. Ele suportou o julgamento que nós merecíamos e a ira de Deus foi derramada sobre Ele.
Talvez vocês estejam pensando: "Você continua dizendo isso todos os dias. Continua falando sobre Jesus morrer em nosso lugar." Sabe por que eu continuo falando sobre isso? Nós esquecemos. E algumas que já ouviram isso muitas vezes nunca se afastaram de seus pecados e colocaram sua fé em Cristo como o substituto adequado e aceitável para seus pecados.
Talvez a minha maior esperança é que, se eu disser isso mais uma vez, talvez uma pessoa que nunca entendeu antes, entenda. Deus julgou Jesus na cruz por meus pecados. Foi um lugar de julgamento.
O grande compositor de hinos, Isaac Watts, expressou isso desta forma:
“Bem poderia o sol esconder-se nas trevas e encobrir Suas glórias,
Quando Deus, o poderoso Criador, morreu pelo pecado da criatura.”
Era apropriado que naquele momento, quando a ira de Deus foi derramada sobre Seu Filho, julgando-O por nossos pecados, que o sol deixasse de brilhar.
Bem, Mateus 27:46 nos conta sobre o clímax dessa escuridão: “Por volta de três horas da tarde, Jesus clamou em alta voz, dizendo: — Eli, Eli, lemá sabactani? — Isso quer dizer: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?".
O véu do templo sendo rasgado
Vou continuar no versículo 50, onde vemos a cena preparada para o segundo milagre. Não apenas a escuridão misteriosa, mas agora o véu sendo rasgado
“E Jesus, clamando outra vez em alta voz, entregou o espírito. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo.” (Lucas 23:50–51)
Vejam, essas coisas acontecem em rápida sucessão. Jesus clama: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Ele clama: “Tenho sede.” Ele clama: “Em Tuas mãos entrego o Meu Espírito.” A escuridão permaneceu sobre a terra por três horas, e agora o véu do templo é rasgado em dois, de cima a baixo.
No mundo antigo, como talvez vocês já tenham ouvido, rasgar as vestes era uma forma de expressar intenso pesar e luto. Ao ver o véu sendo rasgado, é como se o próprio templo estivesse rasgando suas vestes em lamento pelo assassinato do santo Filho de Deus—Aquele cuja presença invadiu o templo. É como se o próprio templo estivesse de luto.
Vamos falar sobre esse véu por um momento. Ele separava o Santo Lugar do Lugar Santíssimo, às vezes chamado de Santo dos Santos. Esse véu era magnífico. Ele era bordado com fios azuis, escarlates e púrpura. Era decorado com querubins—anjos que estavam associados à majestade e glória de Deus. Era um véu gigantesco.
Tinha aproximadamente 18 metros de altura por nove metros de largura. Josefo, o historiador do primeiro século, disse que o véu tinha dez centímetros de espessura e que cavalos amarrados de cada lado não poderiam rasgá-lo. Portanto, vemos claramente que esse rasgar do véu foi sobrenatural; que somente a mão de Deus poderia ter feito isso.
O Lugar Santíssimo—que é o lugar que era protegido por esse véu, essa cortina—era o lugar onde a presença e a glória de Deus habitavam—a glória shekinah de Deus. Era o lugar onde a Arca da Aliança ficava. E em cima daquela arca estava o propiciatório. E em cima do propiciatório estavam os querubins com suas asas estendidas.
Aquele véu servia como uma barreira entre pessoas pecadoras e um Deus santo. E ninguém tinha permissão para entrar naquele lugar sagrado, sob ameaça de morte, exceto o sumo sacerdote, que uma vez por ano, no Dia da Expiação, levava o sangue de um animal inocente. Ele o levava para aquele Lugar Santíssimo e o oferecia em nome do povo. Um homem, uma vez por ano, oferecendo sacrifícios em seu próprio nome e em nome dos pecados do povo. Ele aspergia aquele sangue sobre o propiciatório, e por mais um ano isso significava que os pecados do povo seriam expiados. Claro, isso era apenas uma imagem, um símbolo, um prenúncio do Calvário, esperando pelo Cordeiro de Deus que derramaria Seu sangue pelo pecado do mundo.
Aquele véu que os sacerdotes abriam para entrar uma vez por ano significava: "Fique de fora! Não há admissão. Sem entrada! Proibida a entrada"! Por quê? Porque Deus é santo e o povo era pecador. Um Deus santo tinha que ser separado de pessoas pecadoras.
Hebreus 10 nos diz o que aconteceu quando Jesus veio:
“Portanto, meus irmãos, tendo ousadia para entrar no Santuário [aqueles judeus nunca foram ensinados a que poderiam entrar; foram ensinados a não entrar; manter distância; não entrar], pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, pela sua carne.” (versos 19–20)
Sua carne foi rasgada ali no Calvário, e agora, momentaneamente, Seu espírito seria separado de Seu corpo. Seu espírito para ir a Deus, Seu corpo para ir ao chão, ser enterrado, nos dando confiança para entrar naquele Lugar Santíssimo porque Ele abriu o caminho para nós.
Jesus morreu às 15h. Esta é a hora em que os judeus se reuniam no templo para oferecer seus sacrifícios noturnos—sacrifícios que estavam oferecendo naquela noite especificamente por causa da Páscoa. Imagine que você é um dos sacerdotes oficiando no templo naquele dia—os cordeiros estão sendo mortos, o sangue está jorrando por toda parte, e de repente a terra treme, e você ouve um som de rasgo alto, e o véu maciço é rasgado ao meio, de cima a baixo.
E de repente o Lugar Santíssimo se tornou visível a todos, esse lugar que ninguém jamais havia visto, exceto aquele sumo sacerdote uma vez por ano. (A propósito, sabemos que o sumo sacerdote naquela época era um homem pecador, não um homem santo. Foi pela misericórdia de Deus que ele não foi morto quando entrou lá.) Mas agora, de repente, o Santo dos Santos, que ninguém jamais havia visto, exceto aquele sumo sacerdote, é exposto. A arca da aliança, o propiciatório e os querubins ficam à vista de todos.
O rasgar do véu significou o fim da antiga aliança e a inauguração da nova. O sistema sacrificial foi encerrado. Não era mais necessário porque não havia mais separação entre Deus e a humanidade. Cristo se ofereceu como sacrifício no lugar das pessoas pecadoras, e todos que crerem n'Ele agora podem se aproximar de um Deus santo sem temor.
Hoje, em vez de uma barreira entre nós e Deus, há um acesso, uma entrada. Jesus é este acesso e essa porta. A placa não diz mais “Fique fora!” Agora, ela diz: “Entre! Aproxime-se! Venha com ousadia! Seja bem-vinda!” Agora temos acesso à própria presença de Deus. Se você ainda não deu um glória a Deus, vou ter que dizer isso mais alto e mais rápido. Isso não te dá vontade de louvá-lo? Sim!
Oswald Sanders diz em seu livro, O Cristo Incomparável, que, “A tradição diz que os sacerdotes, relutantes em aceitar o que significava esse ato divino, costuraram o véu e retomaram seu ritual, como se nenhum evento que abalou o mundo tivesse acontecido.”
Não sei se essa tradição é verdadeira ou não, mas preciso fazer a pergunta: "Será que é assim que estamos vivendo?"
- Que diferença o véu rasgado faz na sua vida?
- Você ainda tem medo de entrar na presença de Deus? Ainda está apavorada?
- Você ainda se sente envolvida em culpa e vergonha, tentando pagar penitência e fazer sacrifícios e boas ações, tentando conquistar o favor de Deus?
Se for assim, você está vivendo como se tivesse costurado aquele véu, como se aquele evento que abalou o mundo não tivesse acontecido.
No momento em que Cristo morreu e o véu foi rasgado, houve mais dois sinais divinos que atestaram a natureza sobrenatural do que aconteceu no Calvário. Quero colocar esses dois milagres juntos porque acredito que estão conectados.
Terremoto e Aparição dos Santos Mortos
"E a terra tremeu, e as rochas se partiram." A palavra schizo é o mesmo verbo usado no versículo 50 em relação ao véu que foi "rasgado" em dois. Agora as rochas foram partidas. Primeiro o véu, agora as rochas. "Os túmulos se abriram, e muitos corpos de santos já falecidos ressuscitaram; e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.” (versos 52–53)
Esse terremoto não foi um pequeno tremor. O próximo versículo nos diz que os soldados romanos ficaram “possuídos de grande temor.” (v. 54)
Terremotos na história redentora são frequentemente um sinal da presença e atividade de Deus. Um que me vem à mente no Antigo Testamento está descrito em Êxodo 19, quando Deus apareceu no Monte Sinai para dar Sua lei ao Seu povo. “e todo o monte tremia com violência.” (v. 18).Este é o sinal da presença e da atividade redentora de Deus.
Terremotos na literatura profética nas Escrituras geralmente estão conectados ao julgamento justo de Deus. Por exemplo, mencionamos anteriormente as sete taças de julgamento no livro de Apocalipse:
“Então o sétimo anjo derramou a sua taça pelo ar ... E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu um grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra, tal foi o terremoto, forte e grande.” (16:17–18).
Um terremoto associado ao julgamento justo de Deus. Assim, o terremoto do Calvário primeiro acentua o fato de que a cruz foi um lugar onde o julgamento de Deus foi derramado sobre Cristo. Depois, é um aviso de que um dia Seu julgamento será derramado sobre aqueles que se recusarem a crer em Cristo e buscar refúgio n'Ele.
E, finalmente, esse terremoto aponta para o poder transformador e devastador da morte de Cristo na cruz, onde Ele conquistou o pecado, a morte e Satanás—uma vitória que será consumada em Sua segunda vinda.
Temos o terremoto, e no versículo 52 vemos que esse terremoto resultou na abertura de túmulos de pedra, que eram comuns naquela área—sepulturas que eram escavadas em rochas. A passagem nos diz que “e muitos corpos de santos já falecidos ressuscitaram; e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.” (versos 52–53)
Existem muitas incógnitas e perguntas sem resposta relacionadas a esse milagre. Como, quem eram esses santos que foram ressuscitados dos mortos? Há muitas perguntas sobre esse texto: “Eles foram ressuscitados com os mesmos corpos terrenos que tinham quando morreram, ou com novos corpos glorificados, como o corpo de Jesus após Sua ressurreição? Eles morreram novamente em algum momento, como Lázaro, depois de ser ressuscitado dos mortos, ou seus corpos glorificados foram eventualmente levados ao céu?”
A resposta para todas essas perguntas é que não sabemos. Há muitas hipóteses. Existem algumas teorias interessantes. Sabemos que esses eram santos; eles eram cristãos em Cristo. A palavra literalmente significa “santos”. Eles eram aqueles que haviam colocado sua fé no Cristo que ainda estava para morrer. Eles morreram antes de Cristo. Eram cristãos do Antigo Testamento, de algum tipo. Se eram aqueles que haviam morrido recentemente ou aqueles que haviam morrido anos antes, não sabemos. Alguns dizem que eram mártires do Antigo Testamento. A maioria dos comentaristas acredita que provavelmente apareceram apenas para outros cristãos, assim como Cristo foi visto apenas por cristãos após Sua ressurreição, antes de Sua ascensão de volta ao céu.
Pensem no que isso significaria para aqueles que viram essas pessoas que eles conheciam, e ouviram falar que saíram dos túmulos e entraram em Jerusalém. Esses jovens na fé, cristãos que ainda estavam vivos na época de Cristo, sua fé seria grandemente provada nos dias seguintes. Eles iam sofrer muito por serem seguidores desse carpinteiro crucificado que afirmavam estar vivo.
Eu me pergunto se Deus realizou esse milagre para fortalecer a fé desses primeiros cristãos, para dar-lhes esperança, para lembrá-los de que através de Sua morte, Cristo havia derrotado a morte; para lembrá-los de que Ele era a ressurreição e a vida.
Talvez tenha sido ao ver esses santos ressuscitados, que saíram dos túmulos, que aqueles jovens na fé, os primeiros cristãos, foram encorajados com uma prévia de sua própria ressurreição corporal final. Estes são os primeiros frutos. Isto é o que nos espera. Esta é apenas uma amostra do que acontecerá com nosso corpo na ressurreição final.
Bem, enquanto refletimos sobre esses milagres associados ao Calvário e à morte de Cristo, vamos ler o versículo 54 e vejam a reação daqueles que presenciaram o que aconteceu:
“O centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: — Verdadeiramente este era o Filho de Deus.”
Isso me faz pensar: será que a cruz se tornou algo comum aos nossos olhos ou em nossos corações? Estamos “cheias de temor”, como os soldados ficaram? Ou perdemos a noção da importância do que aconteceu naquele dia? Naquele dia que celebraremos amanhã, a Sexta-Feira Santa. Será que perdemos a confiança no que Deus pode fazer? Esses milagres mostram o poder sobrenatural de Deus. Os soldados ficaram maravilhados. O centurião ficou maravilhado. Nós deveríamos estar maravilhadas ao acreditar no que Deus pode fazer para transformar vidas, conceder perdão e fazer todas as coisas novas.
Deixe-me encerrar com esta palavra de Charles Spurgeon, de seu comentário sobre o Evangelho de Mateus. Ele diz:
“Esses primeiros milagres relacionados à morte de Cristo foram tipos, símbolos de maravilhas espirituais que continuarão até que Ele venha novamente. Corações de pedra são partidos, sepulcros de pecado são abertos, aqueles que estavam mortos em transgressões e pecados e enterrados em sepulcros de luxúria e maldade são vivificados e saem de entre os mortos."
Não há nada difícil demais para Deus, não é? Nesses milagres do Calvário, temos a prova do poder da cruz, do poder do que Cristo fez naquele dia e da importância disso para nossas vidas hoje!
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth tem descrito os milagres que acompanharam a morte de Cristo. Não é incrível quanto significado há em cada um deles? Sou tão grata que Nancy tenha dedicado tempo para explicá-los hoje.
Os ouvintes do Aviva Nossos Corações já esperam programas como este, onde sabem que vão receber um ensino sólido da Palavra, um ensino que explica claramente as passagens bíblicas. Depois de um estudo como este, entendemos melhor como viver as verdades que descobrimos. Mulheres estão sendo transformadas por esse ensino, e Nancy se sente encorajada quando elas nos escrevem para contar seus testemunhos. Ela está aqui para falar sobre uma carta que recebeu de uma ouvinte.
Nancy: Sou tão grata pela maneira como Deus continua a usar o Aviva Nossos Corações na vida das mulheres. Uma ouvinte nos escreveu o seguinte testemunho: “O Aviva Nossos Corações me ajudou muito no último ano. Estou passando por uma batalha agora na minha igreja.” Ela descreveu alguns dos conflitos que está enfrentando, e contou como o Aviva Nossos Corações foi um meio de encorajamento durante esse período de turbulência. Ela terminou dizendo: “Significa mais do que você pode imaginar.”
Raquel: Eu amo isso! Por causa das orações e do apoio financeiro dos parceiros e parceiras deste ministério, podemos proclamar a Palavra de Deus dia após dia para mulheres que precisam desesperadamente ouvi-la. Mulheres como essa querida mulher de Indiana.
Amanhã é um dia para desacelerar e refletir de maneira especial sobre o que Cristo fez na cruz. Espero que você se junte a nós enquanto Nancy deixa as Escrituras contarem a história da Sexta-Feira Santa.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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