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Dia 01: Questões difíceis para pré-adolescentes
Raquel Anderson: Hoje em dia as meninas estão sendo pressionadas a crescer muito rápido! Isso pode causar muita preocupação para as mães.
Mãe: Minha filha, que está no quinto ano do Ensino Fundamental I, aprendeu sobre aborto e direitos feministas. A professora tinha uma agenda política. Eu não precisava me preocupar com essas coisas quando tinha essa idade. Por que minha filha tem que se preocupar com isso?
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em Que as Mulheres Acreditam, na voz de Renata Santos.
Eu sou Dannah Gresh, na voz de Raquel Anderson.
De problemas emocionais à confusão sobre identidade de gênero, não é fácil ser uma pré-adolescente.
Dediquei boa parte da minha vida para prepará-las a conhecer a verdade e se libertarem das mensagens prejudiciais deste mundo. Além do meu papel como co-apresentadora de Nancy no Aviva Nossos Corações, …
Raquel Anderson: Hoje em dia as meninas estão sendo pressionadas a crescer muito rápido! Isso pode causar muita preocupação para as mães.
Mãe: Minha filha, que está no quinto ano do Ensino Fundamental I, aprendeu sobre aborto e direitos feministas. A professora tinha uma agenda política. Eu não precisava me preocupar com essas coisas quando tinha essa idade. Por que minha filha tem que se preocupar com isso?
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em Que as Mulheres Acreditam, na voz de Renata Santos.
Eu sou Dannah Gresh, na voz de Raquel Anderson.
De problemas emocionais à confusão sobre identidade de gênero, não é fácil ser uma pré-adolescente.
Dediquei boa parte da minha vida para prepará-las a conhecer a verdade e se libertarem das mensagens prejudiciais deste mundo. Além do meu papel como co-apresentadora de Nancy no Aviva Nossos Corações, sou fundadora do True Girl (Menina Verdadeira). Minha missão, juntamente à uma equipe de mães é encher suas filhas com tantas verdades da Palavra de Deus que não sobra espaço para as mentiras do mundo.
Antes de começarmos a conversa de hoje entre Nancy e eu, aviso que alguns dos temas que vamos abordar são delicados. Sugerimos que esteja em algum lugar longe dos ouvidinhos de crianças mais novas, pois vamos falar sobre alguns assuntos que não são pertinentes a elas. Para começar, vamos ouvir alguns comentários de mães sobre os desafios que enfrentam ao criar suas filhas.
Mãe 1: A publicidade é muito mais direcionada. Os gigantes da mídia perceberam que não estavam ganhando o suficiente e identificaram o mercado pré-adolescente. Eles estão mirando especialmente nas nossas meninas. Antes, focavam em brinquedos e jogos, mas agora é comida, maquiagem e roupas. Nossas filhas não precisam dessas coisas, mas a mídia faz elas acharem que precisam.
Mãe 2: Minha filha trouxe um livro da biblioteca que tinha um personagem com duas mães, e outro personagem – outro menino no livro – também tinha duas mães. Fiquei muito decepcionada pela biblioteca estar promovendo esse tipo de visão. Minha filha só está na segunda série do Ensino Fundamental I! Ela não deveria estar exposta a esse tipo de coisa tão cedo.
Mãe 3: Minha filha tinha oito anos, estava na terceira série do Ensino Fundamental I, e a amiga dela, que estava na quinta série, cometeu suicídio. Eu nunca tinha ouvido um caso assim antes.
Dannah: Essas são mulheres cristãs que participaram de alguns grupos de entrevista que eu conduzi enquanto me preparava para escrever Mentiras em Que as Meninas Acreditam e a Verdade Que As Liberta, junto com um guia para as mães. Elas são as vozes de mães de meninas de oito a doze anos... e estão soando o alarme para a geração de suas filhas.
Logo após o lançamento deste livro como parte da série Mentiras, sentei-me com Nancy para falar sobre ele – especificamente as mentiras que as meninas estão acreditando e a importância de ajudá-las a descobrir a verdade. Aqui está Nancy começando nossa conversa.
Nancy: Obrigada por perseverar e insistir comigo e com a nossa equipe nisso. Você sempre disse: "As meninas precisam disso; as meninas precisam disso! Elas não são jovens demais. Precisam das sementes da verdade antes que as mentiras sejam plantadas em seus corações." Elas acabam com essas questões complexas que muitas mulheres da nossa idade estão enfrentando hoje – problemas que começaram quando eram bem mais novas.
Dannah: Exatamente! Quando você escreveu Mentiras em Que as Mulheres Acreditam... Eu ouço história após história, sempre encontro mulheres que sabem que somos amigas e me dizem, "Você pode por favor dizer à Nancy como fui liberta através de Mentiras em Que as Mulheres Acreditam."
Você cogitava, quando estava escrevendo, que lançaria um livro para meninas de oito a doze anos?
Nancy: Nunca imaginei. E foi você quem realmente me ajudou a perceber que esses são problemas que começam muito cedo... e talvez hoje mais do que nunca. Você fez a pesquisa, conduziu esses grupos de entrevista, conversou com meninas e mães.
Vamos ouvir um pouco sobre o que você aprendeu durante estas entrevistas. Acho que algumas mães e avós ouvindo agora vão ficar muito surpresas.
Dannah: Chocadas!
Nancy: Chocadas.
Dannah Gresh: Quando comecei a trabalhar com essa faixa etária, a idade média de uma paciente em clínicas para transtornos alimentares era quinze anos. Agora é dez, e há meninas de apenas cinco anos nessas clínicas! É uma diferença drástica.
Outro problema é o aumento incrível da depressão e da ansiedade. Meninas de hoje — pré-adolescentes e adolescentes — têm pontuações em escalas de ansiedade e depressão tão altas quanto as meninas da mesma idade que eram internadas em clínicas nos anos cinquenta.
Mas agora só dizem: “Ei, você vai ficar bem. Continue vivendo sua vida. Pode ser que você esteja um pouco deprimida; pode ser que esteja um pouco ansiosa.” Não, não! Algo está muito errado! Algo precisa ser corrigido.
Nancy: Foi por isso que dissemos que precisávamos estender a linha de livros Mentiras além das mulheres e jovens e também para o livro que meu querido marido escreveu para homens, Mentiras em Que os Homens Acreditam. O mundo está realmente direcionando conteúdo e mensagens para as meninas cada vez mais novas.
Dannah: ...conteúdos muito maduros.
Nancy: Era óbvio que queríamos falar sobre temas como beleza, amizade, pressão acadêmica... e meninos — sim, nessa idade. Mas aí você também disse: “Precisamos abordar coisas como redes sociais e questões de identidade de gênero”, e eu dei uma hesitada.
Dannah: Você hesitou!
Nancy: Eu pensei: “Estamos falando de crianças aqui!” Pensei em algumas das meninas de oito, nove e dez anos que conheço e me perguntei: Sério!? E tivemos essas conversas.
Dannah: Bem, e fico feliz que você hesitou, porque acho que agora tem mulheres, avós, que acabaram de hesitar e pensaram: “Você vai falar com minha neta sobre redes sociais? Ela nem deveria estar nas redes sociais! Você vai falar com ela sobre identidade de gênero? Acho que ela não está pronta!” Isso me obrigou a fazer uma pesquisa extensa.
Nancy: Que bom que você fez! Como foram essas entrevistas?
Dannah: Fomos para onze cidades pelo país. Também fizemos entrevistas online para incluir mulheres do Canadá e da República Dominicana.
As histórias sobre redes sociais que ouvimos repetidamente foram alarmantes! Uma mãe disse: “Não acreditamos que crianças devem estar nas redes sociais, portanto nossa filha não tinha permissão. Um dia passei perto do celular dela...” (E fiquei pensando, “Por que sua filha de menos de doze anos tem um celular?” Mas acho que, às vezes, é por segurança.)
Ela passou perto do celular da filha e uma mensagem apareceu dizendo: “Matt (ou alguém) aceitou seu pedido de amizade.” A mãe disse: “Fiquei louca! Eu pensei: ‘O quê!? Ela não pode estar nas redes sociais. Por que ela tem um pedido de amizade?’”
Mas a pesquisa também confirmou as preocupações das mães. Com uma pesquisa de mil e quinhentas meninas pré-adolescentes (entre sete e doze anos), sessenta e nove por cento se declararam cristãs, vindas predominantemente de lares evangélicos. Quarenta e dois por cento das meninas de doze anos disseram ter smartphones com acesso à Internet.
Nancy: Elas estão sendo expostas — não só por esse meio, mas por outros também — a muito mais coisas do que os pais provavelmente imaginam.
Dannah: Sim. E, às vezes, os pais tentavam protegê-las — de uma forma positiva. Como, não colocavam Internet no celular ou diziam, “Você não tem idade para estar nas redes sociais, então não entre.” Mas a pressão dos colegas que suas filhas enfrentavam era muito pesada!
E elas perguntavam, “Como eu falo para minha filha que...?” Nancy, você usa a ideia dos salmões nadando contra a corrente [contra as tendências prejudiciais da cultura]. “Como eu digo para minha filha que é bom ser um ‘salmão’, que é bom nadar contra a maré?
Eu sei que ela precisa ser lembrada de que isso a torna mais forte e melhor, porém, é muito difícil acreditar nisso por causa da pressão dos colegas. O que eu digo para ela sobre isso?”
Nancy: Você pode dar outro exemplo de como as meninas dessa faixa etária estão enfrentando conteúdos maduros que não enfrentávamos nessa idade?
Dannah: Desde questões de gênero, onde elas estão sendo expostas a perguntas. Às vezes é o que as mães chamam de “conteúdo mais assustador”, onde as crianças podem ser expostas a um vizinho que está “em transição”. Ouvimos isso nas entrevistas.
Uma mãe disse: “Tem um menino na quinta série do Ensino Fundamental I que mora na mesma rua e está em transição para ser uma menina. Como eu falo sobre isso com meu filho!?”
Outras mães traziam questões não tão complicadas, mas enfatizavam que suas filhas e filhos ouviam essa mensagem repetidamente: “Não há diferença entre homens e mulheres.”
As mães diziam: “Mas a Bíblia diz que existem diferenças, então como eu explico isso? Posso dizer isso, mesmo que seja politicamente incorreto?” Eram essas as perguntas que elas me pediam ajuda para responder.
Nancy: E eu sei, Dannah, que ouvir essas histórias das mães sobre o que as filhas estão enfrentando foi de partir o coração para você!
Dannah: Sim. Uma mãe me contou uma história super triste, ela falou o seguinte:
Mãe 4: A amiga da minha filha usou a palavra “sexo” na escola, e minha filha ficou curiosa. Ela foi para casa e pesquisou no Google, e viu coisas horríveis! Ela viu sexo de uma forma horrível! Aquilo que foi feito para ser lindo, se tornou feio. Talvez, se eu tivesse conversado com ela antes, isso não teria acontecido.
Dannah: Preciso enfatizar, Nancy, que essa era uma mãe cristã. Essas são mães cristãs que estão enfrentando histórias de partir o coração: pornografia, obsessão por garotos, confusão de gênero. As filhas delas precisavam de ajuda!
Elas estavam me alertando, dizendo: “Por favor, avise as outras mães que elas precisam conversar com suas filhas sobre esses temas que elas temem, para que possam evitar a dor que nós sentimos!”
Mãe 4: Se nós não falarmos, o mundo vai falar! E é isso que faz elas perderem a inocência.
Nancy: Essa é uma grande e difícil responsabilidade que recai sobre mães e pais hoje em dia. Existe tanta pressão externa, inclusive com essa coisa toda das redes sociais. Como já dissemos, não enfrentamos isso dessa maneira quando crescemos. Ouvimos muito das mães sobre esse tema.
Dannah: O que é alarmante sobre tantas pré-adolescentes estarem nas redes sociais é que nos Estados Unidos existe uma lei de proteção à privacidade online chamada COPA, que proíbe a coleta de informações pessoais: nome, e-mail, idade, qualquer coisa de alguém menor de treze anos.
É por isso que a maioria das redes sociais diz: “A restrição de idade recomendada é treze anos.” Algumas até dizem dezoito. E mesmo assim, as mães dizem: “Estou respeitando esses limites. Estou respeitando essas recomendações, mas os pais das amigas da minha filha não estão.” E isso cria muito conflito e confusão nessas meninas doces e pequenas.
Essas meninas diziam para suas mães: “Mas todo mundo está nas redes sociais. Por que eu não posso estar?” E isso pressionava as mães a falarem sobre os riscos de predadores, de imagens impróprias — perigosas — que elas poderiam encontrar, e até de bullying nas redes sociais.
As mães estavam assustadas, e eu entendo isso. É difícil conversar com sua doce e inocente filha sobre esses perigos.
Nancy: Acho importante lembrar que não são apenas estatísticas, não são apenas estudos. Você leu muitos deles, fez muita pesquisa. Mas essas são mães, essas são famílias, essas são filhas, essas são amigas. Sei que uma das histórias que incluímos no Guia das Mães do Mentiras em Que as Meninas Acreditam é a história de uma amiga querida sua.
Dannah: Eu não consegui usar nomes fictícios para proteger todos. As histórias são reais, mas usei nomes fictícios. Não consegui fazer isso com essa história porque era muito próxima para mim!
Uma amiga querida veio até mim com uma foto da filha nas redes sociais. Era uma das fotos mais trágicas que já vi na minha vida! E o motivo talvez seja porque eu tenho uma foto dessa menina emoldurada no meu escritório, de quando ela está entregando o coração a Jesus em um dos meus eventos para pré-adolescentes.
Foi um momento tão doce! A mãe dessa menininha é minha amiga e uma amiga em comum foi uma das conselheiras de oração naquela noite. Eu lembro de comemorar naquela noite em que essa menina doce veio a Jesus e de ver a fé dela florescer e crescer!
Passaram-se só alguns anos e essa mãe me mostra uma foto no celular. Essa menina havia entrado no Twitter escondida da mãe, aos doze anos, e postou uma foto de automutilação. Ela tinha cortado o pulso, estava com a mão levantada, com um olhar morto, como se não estivesse sentindo nada, enquanto o sangue escorria pelo braço!
Meu coração se partiu em mil pedaços por ela naquele dia. Essa era uma mãe que respeitava os limites das redes sociais, que não conseguia imaginar a filha estando nas redes sociais — muito menos se automutilando, tirando uma foto e postando!
Não estou falando de uma família que nunca pisou numa igreja, que não tinha um amor apaixonado por Cristo, ou de uma menina não-cristã. Estou falando da pessoa que se senta ao seu lado na igreja! Essa é a família para mim.
Nancy: Bom, sabemos que o diabo vem para roubar, matar e destruir (veja João 10:10), e ele está trabalhando arduamente nesse propósito. Não podemos fechar os olhos ou fingir que situações como esta não existem. Precisamos estar alertas aos esquemas dele em nossas vidas, nas vidas de nossas famílias e daqueles que amamos.
Por mais trágicas que essas coisas sejam, e por mais determinado que o inimigo esteja em ferir, destruir e enganar pessoas como aquela menininha, o que é ainda mais poderoso é o poder da verdade! E você já viu Deus agir nessa situação para trazer um processo de redenção, porque a verdade e a luz começaram a brilhar ali.
Dannah: Minhas amigas não estabeleceram limites e consequências de imediato – elas fizeram isso depois – mas, como essa amiga tinha lido Mentiras em que as Mulheres Acreditam, ela sabia: “Há uma mentira no coração dessa menininha querida. Existe uma razão para ela estar agindo assim.”
Nancy: Ela não reagiu apenas ao comportamento, mas ela perguntou...
Dannah: “Por quê!? Por que você fez isso, minha doce e linda filha?” Ela a abraçou. A filha estava com raiva por ter sido descoberta. Queria fugir, mas a mãe a segurou com firmeza e amor, e disse: “Eu te amo! Não sei por que você fez isso, mas vamos descobrir juntas.”
Meu pastor estava na casa dentro de algumas horas, investigando. Essa doce menina tinha sido intimidada e estava ouvindo palavras horríveis – palavras que eu nem consegui colocar no livro – palavras que nenhuma mulher, nem nenhuma menininha, deveria ouvir. Ela começou a acreditar naquelas palavras, internalizá-las e achar que eram verdadeiras sobre ela. Elas se tornaram rótulos e mentiras em seu coração.
Naquela noite, minha amiga pegou a Bíblia e começou a banhar a filha com a verdade. Ela encontrou versículos que eram o oposto daquelas mentiras, e começou a inundá-la com a verdade. Já se passaram alguns anos, e elas continuam se apegando à verdade da Palavra.
Estou vendo essa menina ser transformada! Essa faixa etária é capaz de passar por uma transformação espiritual profunda! Não é só o inimigo que pode moldar seus pensamentos, emoções e sentimentos...
Nancy: Mas o Senhor também pode!
Dannah, sei que uma das razões pelas quais você está tão comprometida em ajudar essas meninas a se libertarem das mentiras é porque, quando você se tornou adolescente, o inimigo realmente tentou destruir aquele sentimento de chamado de Deus que você tinha desde criança.
Dannah: Eu estava tão apaixonada por Jesus! Eu estava obedecendo a um chamado que Ele colocou no meu coração aos oito anos de ser missionária, professora da Bíblia... ou veterinária! (Eram algumas coisas!) Mas eu sentia muito fortemente: “Ensine a Palavra. Ensine a Palavra.” E eu estava fazendo isso.
Eu ensinava uma turma de escola dominical para crianças de três e quatro anos. Eu era missionária da Aliança Pró Evangelização das Crianças. E a mentira que acreditei foi que eu estava imune a alguns dos pecados e tentações que muitos adolescentes estavam enfrentando. Eu realmente achava que isso nunca aconteceria comigo.
E, no meio disso, fui pega de surpresa pela tentação e pelo pecado sexual... e passei a acreditar que Deus jamais poderia me usar!
Eu renunciei ao ensino na escola dominical; me afastei do grupo de jovens; me sentei no fundo da igreja; deixei meu cargo voluntário na Aliança Pró Evangelização das Crianças. E por dez anos, alimentei a mentira: “Deus jamais poderá me usar.”
Mas sabe, Nancy? Sou tão grata pelas sementes que minha mãe plantou em mim quando eu era pré-adolescente. Porque, apesar de Deus ter usado muitas coisas, no final das contas, o que ela e o Senhor plantaram em mim quando eu era pequena foi o que me resgatou.
Nancy: Essa é a verdade que é muito mais poderosa que as mentiras! E chegou o momento em que Deus trouxe seu coração de volta para aquela verdade que confrontava a mentira de que Deus nunca poderia usá-la, e foi isso que a libertou!
Dannah: Sim. Um dos meus versículos favoritos é 2 Coríntios 1:3-4. Ele diz: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo ... que nos consola em toda a nossa tribulação...” Não só as que os outros nos trouxeram, mas as que nós mesmas causamos, para que possamos consolar os que estiverem em qualquer espécie de tribulação.”
E sabe, seu pecado, sua pureza, seu testemunho – por mais difícil, complicado ou feio que possa ser – quanto mais conforto você precisar do Senhor, mais você terá esse conforto para derramar sobre os outros. Comecei a olhar para as coisas de forma diferente porque tive uma mãe que dizia: “A verdade não é o que você está sentindo, a verdade não é o que você está experimentando. A verdade é o que está escrito neste Livro.” E eu me voltei à essa verdade.
Nancy: E agora você está plantando essas sementes da verdade na vida de mães e suas filhas. Estou tão feliz, Dannah, que você tenha passado pelo difícil processo de “dar à luz” a esse livro Mentiras em Que as Meninas Acreditam e a Verdade que Liberta, junto com o Guia das Mães.
Esses são dois recursos incríveis! É um conjunto; você precisa deles juntos. Queremos que as mães percorram esse caminho com suas filhas. Esses livros – eu gostaria que você pudesse vê-los – são lindos! São divertidos; são criativos; são lindamente projetados; estão repletos de verdade.
Eles são baseados em uma pesquisa extensa e conversas com mães e filhas, e vamos falar muito mais sobre isso nos próximos dias.
Dannah: Às vezes as mães acreditam em mentiras que as impedem de perceber que suas filhas estão em perigo. Depois que terminei de escrever Mentiras em Que as Meninas Acreditam, esperamos para lançar o livro até que o Guia das Mães estivesse pronto.
Nancy: Por que você sentiu que era tão importante termos os dois?
Dannah: Bom, a verdade é que eu terminei o livro dentro do prazo – é uma sensação tão boa, né? Terminar um projeto no prazo!!(risos) Mas o guia de estudo ficou um pouquinho atrasado.
Entao conversei com a editora sobre lançá-los separadamente, mas a editora Moody, disse: “Não, não, não.” Às vezes, um livro que você escreve sai como um prato principal... e tem um livro como acompanhamento, um guia de estudos, por exemplo.
Mas não é isso nesse caso. Estamos tratando de dois pratos principais. Você precisa dos dois juntos.
Fiquei refletindo sobre, e de fato. Essas duas ferramentas são essenciais, porque eu não posso moldar a vida espiritual da sua filha ou da sua neta ou das meninas nas suas igrejas. Somente Deus pode fazer isso. Mas o acompanhamento será através da mãe, da avó, da líder do grupo pequeno, da professora da escola dominical.
Nancy: Alguém que está vivendo a vida com elas.
Dannah: Sim. Alguém que está presente em suas vidas, que pode discipulá-las e ajudá-las com esse crescimento. Queríamos garantir que esses livros fossem lançados juntos, e realmente queremos encorajar mães e avós a usá-los em conjunto, não apenas comprar Mentiras em Que as Meninas Acreditam para suas meninas e e deixar que elas leiam sozinhas.
Nancy: Bom, à medida que você montou esses grupos, percebeu que, à medida que as mães viviam a verdade, suas filhas eram mais propensas a fazer o mesmo. Houve alguma história em particular que deixou esse fato bem claro para você?
Dannah: Ah, com certeza. Houve um grupo, que a mãe dirigia uma boa distância para participar do grupo. Era muito importante para ela.
Ela era uma mãe solteira. No livro, o nome dela aparece como Carla. Esse não é o nome real dela, porém sua história é real e cativante. Vamos ouví-la:
Carla: Eu tive minha filha quando tinha apenas dezessete anos. Nós basicamente crescemos juntas. No ensino médio eu estava namorando um cara cristão muito bom. Ele me tratava com amor e respeito, mas eu fugi dele. Eu não achava que merecia ser tratada assim.
Eu engravidei de outro cara. Meu namorado cristão ainda ofereceu casamento, mas meu coração estava despedaçado, e eu fugi novamente.
Dannah: Agora, antes de continuarmos, eu deveria te contar que o lado positivo, Nancy, é que ela decidiu ficar com seu bebê, sua preciosa menininha. Mas, à medida que essa doce menina crescia, ela começou a perceber sinais de que sua filha estava acreditando em mentiras, e percebeu que eram mentiras que ela mesma tinha plantado como mãe.
Carla: Eu era obcecada por garotos, mas não queria que minha filha encontrasse sua identidade nos meninos da mesma forma que eu encontrei. Ela não se submetia nem obedecia. E tudo isso voltava a ela observar minha vida e aprender com minhas ações. Na escola, ela se destacou, e a única reclamação que eu escutava da professora era sobre obediência e submissão.
Dannah: Essa doce menina – como muitas outras – tinha muita dificuldade em se submeter, obedecer e fazer boas decisões na vida dela. Mas não foi até que Carla passou por um momento realmente difícil em sua vida, após um relacionamento particularmente ruim, que essa mãe finalmente clamou a Deus por ajuda.
Carla: Quando você está no meio da escuridão, a luz de Deus brilha mais forte.
Dannah: Naquele buraco escuro, naquela solidão, naquela desesperança, Deus enviou um pastor para a Carla, um pastor e sua esposa, e eles a apresentaram a Cristo. Ela decidiu segui-Lo, mas disse a eles: “Olha, eu estou bem perdida aqui. Sou complicada.”
Esse pastor e sua esposa convidaram Carla e sua filha para morar com eles e começaram um processo de reeducar seu coração e sua mente a acreditar na verdade, em vez das mentiras que tinham dirigido seu comportamento quase toda a sua vida.
Eles não apenas disseram: “Ei, sem meninos,” embora isso fosse parte, “nada disso, nada daquilo.” Eles disseram: “Não, não. A primeira coisa que você precisa é encher seu coração da verdade.” E, aos poucos, isso começou a transformar a mente da Carla, e era basicamente versículo após versículo das Escrituras, como essa mãe me contou.
E à medida que seu coração era transformado, ela começou a perceber como seu estilo de vida impactou sua filha.
Carla: Mesmo que ela tivesse me visto namorar no passado, eu decidi parar de namorar completamente para poder ser um exemplo para ela.
Eu era cabeleireira em tempo integral e a única provedora da minha família. Mas eu sentia que precisava entrar na sala de aula dela para reforçar a necessidade de ela respeitar a autoridade e se submeter.
Arranjei um trabalho em uma empresa de vendas de cosméticos para poder trabalhar de casa e ser voluntária na escola dela.
Dannah: Essa mãe tomou algumas ações radicais. Ela decidiu parar de namorar, mesmo que em seu coração quisesse se casar. Ela queria um pai para sua filha. Mas ela sentia que precisava demonstrar um estilo de vida e um padrão diferentes.
Ela saiu do emprego. Conseguiu ser a provedora da família trabalhando em casa, principalmente para poder ir à escola da filha, ser voluntária e ajudá-la com o problema de submissão e obediência.
Nancy: Esses foram passos bem radicais que ela estava tomando. Foi sua obediência radical e desejo de seguir a Cristo e a verdade com paixão que foram necessários para que ela visse Deus agir na vida da filha.
Dannah: Sim, absolutamente, e ela sabia disso. Essas não eram decisões feitas por legalismo. Eram verdadeiras: “Eu preciso que você resgate minha filha, Deus, e eu vou contigo para resgatá-la.”
Nancy: Ela precisava que seu próprio coração fosse resgatado, e isso é o que Deus estava fazendo. O foco não estava apenas em “O que eu faço para resgatar minha filha?”, mas em “O que Deus está fazendo para me resgatar?”
Dannah: Sim, exatamente. E Ele estava trabalhando na vida delas duas.
Enquanto essa doce mãe solteira não estava namorando ninguém, aquele menino cristão com quem ela tinha saído no ensino médio soube que Carla tinha conhecido Cristo e que sua vida estava mudando.
Ele correu um grande risco e se correspondeu com ela, dizendo: “Eu sempre te amei. Eu ainda te amo. Há alguma chance de que isso possa...”
Eles começaram a se corresponder. O pastor e sua esposa estavam cuidadosamente orientando. Havia muitas decisões sobre “Isso é bom para minha filha? É o momento certo?”
E aqui está o que me impressionou, Nancy, é por isso que a história se destaca para mim: Carla ia se casar naquele sábado, mas estava sentada comigo em um grupo para falar sobre as mentiras que as meninas acreditam. E eu disse: “O que você está fazendo aqui?”
E isso é o que ela me disse: “Porque eu estou livre.”
Carla: Estou totalmente livre do pecado que me prendia, e quero que outras mães saibam que elas também podem ser livres. Pode ser que sejam necessárias algumas decisões drásticas, mas elas podem ser livres. E a liberdade delas vai aumentar dramaticamente a capacidade de suas filhas andarem na verdade.
Nancy: Uau. Acho que precisamos ser rápidas em dizer que nem toda história tem esse tipo de final de conto de fadas – embora tenha sido uma longa jornada e processo pelo qual Deus a fez passar. Olhamos para o final e dizemos: “Uau! Isso terminou muito bem.”
Mas essa mãe teve que tomar algumas decisões difíceis. Ela teve que não apenas se concentrar na obediência da filha e em segui-Lo, mas dizer: “O que Deus está dizendo a mim?” E a mudança que aconteceu na vida da filha, no final das contas, foi o fruto da mudança que Deus trouxe à vida dela.
Dannah: Lindo. Sim. E aquela doce menina que conheci, ela não era obcecada por meninos. Ela era obcecada por Deus. Eu não conseguia imaginar essa doce menina, obediente, sendo desobediente e tendo problemas com submissão. E Carla disse: “Olha, você está testemunhando, você está vendo um milagre. Essa não é a mesma garotinha que eu tinha alguns anos atrás.”
Nancy:Isso então cria uma fome, uma sede, um apetite na vida daqueles que somos responsáveis por liderar.
Mãe, você está guiando sua filha para a verdade. Você não está apenas contando a verdade a ela. Você está modelando a verdade – ou acreditando em mentiras.
Dannah: E modelando isso.
Nancy: E modelando isso.
Dannah: De muitas maneiras, você não acha, Nancy, que a verdade é mais facilmente captada do que ensinada?
Nancy: Com certeza. A gente vê isso. E eu vou te dizer uma coisa: as pessoas que nos seguem sentem quando estamos dizendo algo que é diferente do que estamos vivendo. Mesmo que elas não saibam colocar isso em palavras, elas buscam integridade. Elas querem autenticidade. Elas esperam que nossas vidas reflitam nossa mensagem.
Dannah: Eu acho que as crianças são pequenos detectores de mentira. (risos)
Nancy: É verdade.
Dannah: Elas realmente são, e elas sabem quando o que você está dizendo não é o que você realmente acredita.
É por isso que eu senti que era tão importante, no livro "O Guia das Mães para Mentiras que as Meninas Acreditam", destacar quais são as três mentiras mais comuns que os grupos das mães revelaram que acreditavam.
E eu preciso confessar que me senti um pouco convicta quando comecei a perceber essas mentiras se manifestando nas mulheres. Enquanto eu estava apontando o dedo para elas, percebi que uma montanha de dedos estava apontando de volta para mim.
Nancy: Vamos mergulhar em uma dessas mentiras que, Dannah, você encontrou sendo comumente aceita pelas mães—e, na verdade, há dois lados dessa mentira. Algumas tendem a acreditar mais de um lado, e outras mais do outro. Uma dessas mentiras é: "Eu posso controlar como meus filhos vão ser. Se eu fizer isso certo, se eu ensinar isso, se eu tiver a fórmula certa, então meus filhos vão acreditar nas coisas certas; eles vão sair bem."
Agora, um lado oposto dessa mentira seria as crianças agirem de forma decepcionante, e você dizer: "Eu não tenho controle sobre isso. Não consigo influenciar. Não tenho nada a ver com a maneira como meus filhos agem."
Eu acho que o inimigo pode nos prender e nos desanimar se formos por qualquer um desses dois caminhos.
Dannah: Oh, sim. E algumas mães podem acreditar em um ou outro. Mas eu me sentia como uma bolinha de pingue-pongue às vezes, indo e voltando entre eles.
Houve momentos em que eu me sentia merecedora do prêmio de "Mãe do Ano" por ser uma ótima mãe cristã. E eu estava fazendo um monte de coisas—dava aula na escola dominical, fazíamos memorização da Bíblia em casa, eu plantava a verdade. Eu estava com tudo sob controle.
E, em outros momentos, eu me sentia como se estivesse em coma. Eu literalmente me sentia assim quando meus filhos enfrentavam um dilema ou tomavam uma decisão que eu sabia que não estava alinhada com as Escrituras, especialmente quando eles se tornaram pré-adolescentes e adolescentes—essa sensação de que "eu não posso fazer nada sobre isso. Não tem nada que eu possa fazer para impedir isso, e não posso mudar."
O estado de estar em "coma" é na verdade interessante, porque é assim que eu descreveria como me sentia. E essa palavra continuava aparecendo nesses grupos enquanto as mães descreviam suas experiências.
Nancy: Eu acho interessante—ambos os lados vêm de uma sensação de autoproteção e orgulho. Primeiro, sentir que "se estou fazendo isso e isso e isso, então vou ter um resultado garantido. Se meus filhos forem bem sucedidos, posso levar algum crédito por isso." A gente não diria isso, mas sentimos aquela satisfação de que fizemos algo certo, e que tudo saiu bem.
Mas daí você experimenta aquela frustração, aquela sensação de impotência, de que "não importa o que eu faça, parece que isso não influencia o resultado."
E, no fundo, para mães, pais, avós, isso é um caminho de humildade. É um caminho de fé.
Você percebe que não existe fórmula. Não há uma correspondência de um para um. Nas Escrituras você tem ilustrações de pais piedosos que tiveram filhos ímpios. Você tem pais ímpios que tiveram filhos piedosos. E todas nós podemos pensar em exemplos disso.
As Escrituras nem sempre nos dizem: "Isso é por isso. Elas erraram aqui, então seus filhos estão tomando decisões erradas," ou "Elas acertaram, então os filhos delas estão indo bem."
É tudo, tudo graça, e é Cristo.
O objetivo da maternidade... e você me ensinou muito sobre isso, Dannah, enquanto eu assistia você passar por situações com seus filhos.
Mostramos que falhamos. Que não fazemos tudo perfeitamente. Que não somos Deus. Não somos o Salvador. Pecamos. E precisamos de graça. Precisamos do evangelho.
Eu acho que isso impacta mais as crianças—ver seus pais falharem e chegarem à cruz em humildade, buscando a graça de Deus—do que dizer: "Ah, meus pais nunca erraram."
Dannah: Oh, sim. Bob e eu definitivamente nunca poderíamos dizer que nunca erramos como pais. Estávamos muito conscientes de quão falhos éramos.
O que me vem à mente é como Deus não controlou Adão e Eva. Ele não optou por controlá-los. Ele deu a eles a escolha, para que as decisões comportamentais que eles tomassem fossem reais. Elas vinham de dentro deles.
Nancy: Ele poderia ter feito isso. Ele queria ser amado. E não queria amantes forçados ou pagos.
Dannah: Ele poderia ter feito um fosso ao redor daquela árvore. Certo?
Nancy: Com certeza.
Dannah: Ou Ele poderia ter feito a árvore não dar frutos. Ele queria guiá-los, ou não teria dito: “Ei, não coma daquela árvore, porque você vai morrer assim que o fizer.” Havia limites, e mesmo assim Ele deu a eles a escolha de obedecer e se submeter ou não.
E quando agimos como mães, “Oh, eu estou no controle.” Uau! A gente é melhor que Deus, porque Ele deu a eles a oportunidade de escolher andar com Ele.
Nancy: Ou de se afastar.
Dannah: Ou de se afastar.
Quando penso em pais e filhos, se controlar ou não, e se afastar, lembro de Eli, o sacerdote.
Os filhos dele estavam fora de controle. Eles não estavam sob o controle de ninguém—nem mesmo, eu acho, da própria autodisciplina. Deus não ficou decepcionado com Eli porque os filhos dele não eram perfeitos. Parece nas Escrituras que Ele está abordando o fato de que Eli não tentou fazer nada para lidar com o pecado e o comportamento inadequado deles.
Nancy: Parecia que ele estava sendo complacente como pai. Ele tinha sua caminhada com Deus, mas ele não disciplinou seus filhos, segundo as Escrituras. Ele não os segurou. Ele não os desafiou nem confrontou quando pecaram. E a questão não era que ele não pudesse fazer seus filhos piedosos. A questão era que ele estava sendo complacente e não estava oferecendo a liderança de que eles precisavam.
Na verdade, estamos enfatizando a importância dos pais serem intencionais.
Dos pais dizerem: “Isso não é uma fórmula. Eu não estou determinando como meus filhos vão ser, mas ainda preciso modelar a piedade para eles.”
E, como mães—biológicas, adotivas, espirituais—não podemos ser orgulhosas, pensando que, se fizermos desse jeito, teremos filhos incríveis.
E não podemos ser complacentes dizendo: “Não posso fazer nada, eles têm que tomar suas decisões.”
Precisamos ser intencionais em plantar a verdade nos corações deles. Vou me arriscar a dizer que—e, Dannah, você e eu já conversamos sobre isso. Fico perplexa às vezes ao ver pais que parecem não ser intencionais em estabelecer limites para seus filhos.
Eu vi algumas das escolhas que suas filhas estão fazendo—e estou falando de meninas pré-adolescentes e adolescentes, não de filhas adultas. Isso é um conjunto diferente de circunstâncias.
Mas eu fico pensando: Será que essa mãe, esse pai percebem que podem estar preparando seus filhos para o fracasso e para a dor por não estabelecer limites que essa criança precisa, que essa criança que não tem maturidade nem sabedoria para estabelecer por conta própria?
Dannah: Sim. Vemos isso modelado no Jardim, onde Deus deu a Adão e Eva aqueles limites. É algo saudável. O oposto dessa mentira é que “eu não posso controlar. Eu não estou no controle.” O oposto não é “Sim, você deve controlá-los ou não deveria tentar.” Você deve estabelecer limites. Você deve criar limites, limites piedosos que ajudem a protegê-los, que ajudem a ensinar a viver dentro da verdade.
Mas, no final das contas, é Deus quem está no controle dessas crianças, e são seus filhos que receberam a escolha.
Nancy: O Espírito de Deus precisa abrir os olhos deles e fazer com que eles desejem Cristo como o tesouro supremo, aquele que eles querem seguir. E é por isso que, talvez, o maior ministério de uma mãe na vida da filha é a oração. “Senhor, poderias agir com Teu Espírito no coração dela?”
Hoje, mais cedo, você e eu interagimos nas redes sociais com uma mulher que expressou preocupação com uma garota de dezesseis anos que estava se envolvendo em comportamentos super perigosos e destrutivos. E a mãe queria saber: “Que livro eu posso dar para ela ler?”
E nós dissemos: “Vamos começar orando. Vamos nos voltar para o Senhor, que é o único que pode realmente abrir os olhos dessa garota e dar a ela um senso da preciosidade de Cristo e do desejo de Cristo, e que pode tirá-la das mentiras e da enganação.”
Dannah: Um livro pode delinear regras e limites, mas o que essa garota realmente precisa é de relacionamento.
A Bíblia nos diz que Deus andou com Adão e Eva. Você consegue imaginar? Deus andou com eles no frescor do Jardim.
Nancy: É isso que você está convidando as mães a fazerem com suas filhas, ao escrever Mentiras em que as Meninas Acreditam para pré-adolescentes, de oito a doze anos, juntamente com o "Guia das Mães".
Você está ajudando as mães a cumprirem sua responsabilidade de plantar sementes de verdade em seus filhos, sem sentir o peso e o fardo de que “é tudo por minha conta como meus filhos vão sair.”
Dannah: Sim, ou “não posso evitar.”
Eu acho que o objetivo não é restringir o comportamento deles, mas ter um relacionamento que os ajude a entender o que é a verdade. É isso que vemos modelado no Jardim do Éden. Deus andou com eles. Ele tinha relacionamento. Ele não os restringiu. Ele disse quais eram os limites, mas andou com eles para que entendessem Seu amor e o relacionamento que poderiam ter com Ele.
Nancy: Ele fez perguntas a eles. Ele ouviu suas respostas. E eu acho que isso é algo que às vezes é difícil nessa questão da maternidade, saber quando é hora de dar uma direção—faça isso ou não faça aquilo. Às vezes isso precisa acontecer.
Dannah: Às vezes isso é obviamente necessário. “Não faça isso. Você vai morrer. Não atravesse essa estrada de dezoito pistas. Você vai morrer.”
Queremos fazer isso com a mesma urgência em algumas dessas questões morais que nossos filhos estão enfrentando hoje, porque sabemos do perigo.
Mas se você não reservar um tempo para explicar àquela criança o que vai acontecer enquanto está dizendo “não corra pela estrada”, ela nunca vai, no final, deixar de correr pela estrada quando você não estiver por perto. Temos que fazer as mesmas coisas com limites morais: o porquê, qual é o perigo, o que vai acontecer. Mas depois deixá-los livres, com o Espírito de Deus, para escolher andar com Ele.
Nancy: Oh, Dannah, eu acho que as mães, e no final das contas suas filhas, vão ser muito ajudadas por esses dois recursos que você escreveu. Tive a alegria de participar do processo editorial com eles, então estou muito familiarizada com o conteúdo. E você se baseou nas coisas que ensinamos em Mentiras em que as Mulheres Acreditam e Mentiras em que as Garotas Acreditam, que escrevemos juntas.
Dannah: Como mencionamos antes, você pode obter uma cópia de "Mentiras que as Meninas Acreditam" no nosso site, avivanossoscoracoes.com
, como saber quando é o momento certo para abordar esses assuntos com suas filhas?
E você pode estar pensando que meninas de oito a doze anos são um pouco jovens para falar sobre alguns desses tópicos.
Bem, vamos discutir essa pergunta desafiadora no próximo episódio. Aguardamos você amanhã, aqui no Aviva nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.