Dia 01: Um redentor
Raquel: Você sabia que a Bíblia está cheia de lindas histórias de amor? O livro de Rute mostra o amor de várias maneiras. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O amor mais importante dessa história é o incrível amor de Deus pelo Seu povo, e vemos esse amor se manifestando nas circunstâncias desesperadoras e difíceis da vida.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Quando você pensa em uma grande história, o que a torna especial? Amor? Aventura? Incerteza sobre o futuro? Um final feliz? A história de Rute envolve tudo isso e muito mais. O mais importante é que ela retrata o amor e a restauração de Deus. Nancy?
Nancy: Hoje, no Aviva Nossos Corações, vamos começar uma jornada de várias semanas por um dos meus livros favoritos de …
Raquel: Você sabia que a Bíblia está cheia de lindas histórias de amor? O livro de Rute mostra o amor de várias maneiras. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: O amor mais importante dessa história é o incrível amor de Deus pelo Seu povo, e vemos esse amor se manifestando nas circunstâncias desesperadoras e difíceis da vida.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Quando você pensa em uma grande história, o que a torna especial? Amor? Aventura? Incerteza sobre o futuro? Um final feliz? A história de Rute envolve tudo isso e muito mais. O mais importante é que ela retrata o amor e a restauração de Deus. Nancy?
Nancy: Hoje, no Aviva Nossos Corações, vamos começar uma jornada de várias semanas por um dos meus livros favoritos de toda a Bíblia, o livro de Rute.
Ao começarmos essa série, meu marido, Robert Wolgemuth, lerá uma parte do livro de Rute.
Acredito que há algo muito poderoso em ouvir as Escrituras sendo lidas. Vamos acompanhar Robert no livro de Rute.
Capítulo dois
Noemi tinha um parente de seu marido, dono de muitos bens, da família de Elimeleque, o qual se chamava Boaz.
Rute, a moabita, disse a Noemi:
— Deixe-me ir ao campo para apanhar espigas atrás daquele que me permitir fazer isso.
Noemi respondeu:
— Vá, minha filha!
Ela se foi, chegou ao campo e apanhava espigas atrás dos ceifeiros. Por casualidade entrou na parte do campo que pertencia a Boaz, que era da família de Elimeleque.
Eis que Boaz veio de Belém e disse aos ceifeiros:
— Que o Senhor esteja com vocês!
E eles responderam:
— Que o Senhor o abençoe!
Depois, Boaz perguntou ao servo encarregado dos ceifeiros:
— De quem é essa moça?
O servo respondeu:
— Essa é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe. Ela me pediu que a deixasse recolher espigas e ajuntá-las entre os feixes após os ceifeiros. Assim, ela veio e ficou aqui desde a manhã até agora. Só parou um pouco para descansar no abrigo.
Então Boaz disse a Rute:
— Escute, minha filha, você não precisa ir colher em outro campo, nem se afastar daqui. Fique aqui com as minhas servas. Fique atenta ao campo onde forem colher e vá atrás delas. Eu dei ordem aos servos para que não toquem em você. Quando você ficar com sede, vá até as vasilhas e beba da água que os servos tiraram.
Então Rute se inclinou e, encostando o rosto no chão, disse a Boaz:
— Por que o senhor está me favorecendo e se importa comigo, se eu sou uma estrangeira?
Boaz respondeu:
— Já me contaram tudo o que você fez pela sua sogra, depois que você perdeu o marido. Sei que você deixou pai, mãe e a terra onde nasceu e veio para um povo que antes disso você não conhecia. O Senhor lhe pague pelo bem que você fez. Que você receba uma grande recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio.
Então Rute disse:
— Meu caro senhor, você está me favorecendo muito, pois me consolou e falou ao coração desta sua serva, e eu nem mesmo sou como uma das suas servas.
Na hora de comer, Boaz disse a Rute:
— Venha para cá e coma do pão. Molhe o seu bocado no vinho.
Ela se sentou ao lado dos ceifeiros, e Boaz lhe deu grãos tostados de cereais. Ela comeu até ficar satisfeita, e ainda sobrou. Quando ela se levantou para ir apanhar espigas, Boaz deu esta ordem aos seus servos:
— Deixem que ela apanhe espigas até no meio dos feixes e não sejam rudes com ela. Tirem também algumas espigas dos feixes e deixem cair, para que ela as apanhe, e não a repreendam.
E assim Rute esteve apanhando espigas naquele campo até de tarde. Depois debulhou o que havia apanhado, e foi quase vinte litros de cevada. Ela pegou o cereal e voltou para a cidade. E a sogra viu o quanto de cereal ela havia conseguido apanhar. Rute também deu para a sogra a comida que lhe havia sobrado, depois que ela comeu até ficar satisfeita.
Então Noemi perguntou:
— Onde você foi colher hoje? Onde trabalhou? Bendito seja aquele que acolheu você com tanta generosidade!
E Rute contou à sua sogra onde havia trabalhado. E acrescentou:
— O nome do homem com quem trabalhei hoje é Boaz.
Então Noemi disse à sua nora:
— Que ele seja abençoado pelo Senhor Deus, que não deixou de ser bondoso, nem para com os vivos nem para com os mortos. E Noemi acrescentou:
— Esse homem é nosso parente chegado e um dos nossos resgatadores.
Então Rute, a moabita, disse:
— Ele também me disse que eu posso continuar com suas servas, até que terminem de fazer a colheita.
Noemi respondeu:
— É melhor mesmo que você vá com as servas dele, minha filha. Noutro campo, poderiam maltratar você.
Assim, Rute ficou na companhia das servas de Boaz, para apanhar espigas, até que a colheita da cevada e do trigo se acabou. E continuou morando com a sua sogra.
Capítulo três
Noemi, a sogra de Rute, disse:
— Minha filha, não é verdade que eu devo procurar um lar para você, para que você seja feliz? E esse Boaz, na companhia de cujas servas você esteve, não é um dos nossos parentes? Eis que esta noite ele estará limpando cevada na eira. Lave-se, ponha perfume, vista a sua melhor roupa e vá até a eira.
Mas não deixe que ele perceba que você está ali, até que ele tenha acabado de comer e beber. Quando ele for dormir, repare bem o lugar onde ele vai se deitar. Então vá, descubra os pés dele e deite-se ali. Ele lhe dirá o que você deve fazer.
Rute respondeu:
— Vou fazer tudo isso que a senhora está me dizendo.
Então Rute foi para a eira e fez conforme tudo o que a sua sogra lhe havia ordenado.
Quando Boaz terminou de comer e beber e estava já de coração um tanto alegre, foi deitar-se ao pé de um monte de cereais. Então Rute chegou de mansinho, descobriu os pés dele, e se deitou. Aconteceu que, no meio da noite, o homem se assustou e sentou-se; e eis que uma mulher estava deitada a seus pés.
Boaz perguntou:
— Quem é você?
Ela respondeu:
— Sou Rute, a sua serva. Estenda a sua capa sobre esta sua serva, porque o senhor é um resgatador.
Boaz respondeu:
— Que você seja bendita do Senhor, minha filha! Você se mostrou mais bondosa agora do que no passado, pois não foi procurar um homem mais jovem, fosse rico ou fosse pobre. E agora, minha filha, não tenha medo. Tudo o que você falou eu vou fazer, porque todo o povo da cidade sabe que você é uma mulher virtuosa.
Sim, é verdade que eu sou resgatador, mas há ainda outro resgatador que é parente mais chegado do que eu. Fique aqui esta noite. Pela manhã, se ele quiser resgatar você, muito bem; ele que o faça. Mas, se ele não quiser, eu o farei, tão certo como vive o Senhor. Deite-se aqui até de manhã.
Rute ficou deitada aos pés dele até de manhã, mas levantou-se enquanto ainda estava escuro. Porque Boaz disse:
— Que ninguém saiba que uma mulher veio até a eira.
Disse mais:
— Traga o manto que você está usando e segure-o.
Ela o segurou, ele o encheu com seis medidas de cevada e o pôs sobre os ombros dela. Então ela voltou para a cidade.
Quando chegou à casa de sua sogra, esta lhe perguntou:
— Como se passaram as coisas, minha filha?
E Rute lhe contou tudo o que aquele homem tinha feito por ela. E disse ainda:
— Ele me deu estas seis medidas de cevada e me disse: "Não volte para a sua sogra sem nada."
Então Noemi disse:
— Espere, minha filha, até que você saiba em que darão as coisas, porque aquele homem não descansará enquanto não resolver este caso, ainda hoje.
Capítulo quatro
Boaz foi até o portão da cidade e sentou-se ali. Eis que o resgatador de que Boaz havia falado ia passando. Então ele o chamou:
— Ó fulano, chegue até aqui e sente-se.
Ele foi e se sentou. Então Boaz chamou dez homens dos anciãos da cidade e disse:
— Sentem-se aqui.
E eles se sentaram. Boaz disse ao resgatador:
— Noemi, que voltou da terra dos moabitas, pôs à venda aquele pedaço de terra que foi de nosso parente Elimeleque.
Então resolvi informá-lo disso e dizer a você: compre essas terras na presença dos que estão sentados aqui e na presença dos anciãos do povo. Se você quer resgatá-las, faça isto; se não, diga, para que eu o saiba. Porque não há outro que possa resgatá-las a não ser você; e, depois de você, eu.
Então ele respondeu:
— Eu vou resgatar essas terras.
Boaz, porém, lhe disse:
— No dia em que você receber essas terras da mão de Noemi, também terá de receber Rute, a moabita, já viúva, para perpetuar o nome do esposo falecido na herança dele.
Então o resgatador disse:
— Nesse caso, não poderei fazer o resgate, para não prejudicar a minha própria herança. Faça você uso desse meu direito, porque eu não poderei fazê-lo.
Este era, antigamente, o costume em Israel, quanto a resgates e permutas: quem queria confirmar um negócio tirava a sandália do pé e a entregava ao outro. Era assim que se confirmava um negócio em Israel.
Por isso, quando o resgatador disse a Boaz: "Faça você o resgate", tirou a sandália do pé.
Então Boaz disse aos anciãos e a todo o povo:
— Hoje vocês são testemunhas de que comprei de Noemi tudo o que pertencia a Elimeleque, a Quiliom e a Malom.
E também tomo por mulher Rute, a moabita, que foi esposa de Malom, para perpetuar o nome deste sobre a sua herança, para que este nome não seja exterminado dentre seus irmãos e do portão da sua cidade. Hoje vocês são testemunhas disso.
Todo o povo que estava no portão e os anciãos disseram:
— Somos testemunhas.
E disseram a Boaz:
— Que o Senhor faça a esta mulher, que está entrando na sua família, como fez a Raquel e Lia, que edificaram a casa de Israel. E que você, Boaz, seja um homem poderoso em Efrata, e que o seu nome se torne famoso em Belém.
Que, com os filhos que o Senhor lhe der dessa jovem, a sua casa seja como a de Perez, o filho que Tamar deu a Judá.
Assim Boaz recebeu Rute, e ela passou a ser a sua mulher. Ele teve relações com ela, e o Senhor concedeu que ela ficasse grávida e tivesse um filho. Então as mulheres disseram a Noemi:
— Bendito seja o Senhor, que não deixou hoje de lhe dar um neto que será o seu resgatador.
Que o nome dele venha a ser famoso em Israel! Nele você terá renovação da vida e consolo na velhice, pois a sua nora, que ama você, o deu à luz, e para você ela é melhor do que sete filhos.
Noemi pegou o menino no colo e passou a cuidar dele. As vizinhas lhe deram nome, dizendo:
— Nasceu um filho para Noemi!
E o chamaram de Obede. Este veio a ser o pai de Jessé, pai de Davi.
E estas são as gerações de Perez:
Perez gerou Esrom,
Esrom gerou Rão,
Rão gerou Aminadabe,
Aminadabe gerou Naassom,
Naassom gerou Salmom,
Salmom gerou Boaz,
Boaz gerou Obede,
Obede gerou Jessé,
e Jessé gerou Davi.
Raquel: Dá para perceber pelo que Robert leu o quanto essa história é emocionante.
Estamos prestes a descobrir quão rica e cheia de significado prático essa história tem para nós. Aqui está Nancy.
Nancy: Parece que a cada dia que passa, estou ouvindo uma história. Converso com muitas mulheres diferentes. Recebo notícias de mulheres por meio de cartas, e-mails, mensagens de diferentes tipos e ligações. Em todo lugar que olho, parece que estou ouvindo histórias comoventes sobre o que as mulheres estão enfrentando em suas jornadas.
Hoje, estou olhando nos olhos de algumas de vocês e conheço algumas das suas histórias. Algumas de vocês passaram por situações muito difíceis, dolorosas e complicadas. Encontrei uma mulher na semana passada. Nunca tinha visto ela antes. Ela me disse quem era, e eu perguntei: “O que seu marido faz?” achando que era apenas uma pergunta simples para nos conhecermos.
Ela começou a me contar uma longa e dolorosa história sobre a infidelidade do marido, que acabou levando à morte dele de uma maneira horrível, e depois surgiram problemas complicados com os filhos, que eram pequenos na época, mas agora já estão crescidos. Há toda uma história de múltiplas gerações de abuso sexual, imoralidade e divórcio.
Você ouve essas histórias e, às vezes, é tentada a pensar: Não há esperança para essa situação. É tudo muito complexo. Como isso pode se tornar algo bonito ou bom?
Talvez você pense que a sua situação, algo na sua família, algo que está próximo da sua vida ou que você está enfrentando pode ser complicado demais, bagunçado demais, talvez como se não houvesse esperança. Ou talvez esteja se perguntando: “Onde está Deus quando preciso de Sua ajuda?”
Neste mês, vamos olhar para a história de duas mulheres—mulheres que, com base nas suas circunstâncias e no seu passado, poderiam ser extremamente disfuncionais.
Mas é uma história que me dá muita esperança porque vemos como Deus transformou uma situação sem esperança em alegria, como Ele faz brotar beleza das cinzas; e tudo isso tem a ver com o fato de que Deus, de fato, tem um plano soberano.
No meio das situações mais desesperadoras da vida, Deus está realizando os Seus propósitos. Vamos descobrir nesta história que é um redentor, Cristo Jesus, que faz toda a diferença em como a nossa história termina.
Estamos falando sobre o livro de Rute, a história de Rute e sua sogra, Noemi. Acho que a maioria aqui sabe que Rute é um dos dois livros da Bíblia que leva o nome de uma mulher. (O outro é Ester.)
Ester era uma mulher judia que se casou com um rei gentil, pagão. Rute é uma mulher gentil que se casou com um judeu rico. Ambas essas mulheres são exemplos incríveis de fé e obediência. Ambas foram usadas por Deus de maneira significativa.
Como vocês sabem, Ester foi usada para salvar a nação judaica da destruição. Rute fez parte do plano de Deus para trazer o Messias, o Salvador, ao mundo. Ela se tornou uma ancestral do Messias.
Nos próximos dias gostaria de encorajá-las a lerem o livro de Rute por conta própria e não apenas me ouvir contando a história. São mais de oitenta versículos, quatro capítulos curtos. Eu li e reli o livro de Rute várias vezes na última semana enquanto me preparava para esta série de transmissões.
Embora eu tenha lido o livro muitas vezes antes, ao me aprofundar nele novamente, a história tem sido nova para mim em muitos aspectos. Deus trouxe novas percepções e novas emoções sobre a maravilha dessa história.
A história de Rute é uma das mais lindas histórias de amor de todos os tempos, e é um amor em muitos níveis diferentes. Vemos nesta história sobre o amor de uma jovem por sua sogra viúva e enlutada—um amor sacrificial que Rute demonstra.
Também há o amor surpreendente de um rico proprietário de terras, chamado Boaz, por uma jovem viúva pobre—uma imigrante, uma estrangeira—e como esse judeu rico começou a amar essa jovem mulher que vivia na pobreza.
Descobrimos nesta história o amor simples de uma mulher pelo seu Deus; alguém que não começou a vida conhecendo esse Deus, mas que passou a conhecê-Lo, e sua devoção a Ele é notável.
O amor mais importante de todos nesta história é o incrível amor de Deus pelo Seu povo, e vemos esse amor se manifestando nas circunstâncias desesperadoras e difíceis da vida.
Essa história mostra o incrível poder do amor para transformar uma vida. Sem o amor de Deus, a história de Rute e Noemi nunca teria um final feliz. Mas é o amor de Deus que trouxe integridade, cura e esperança para suas vidas.
E é o amor de Rute por sua sogra viúva (e, posso acrescentar, amargurada)—é o amor de Rute por essa mulher difícil de amar que trouxe integridade e cura para ela. Assim, vemos como o amor de Deus por nós transforma nossas vidas e como esse amor pode fluir através de nós, e trazer graça para a vida das pessoas que amamos.
Essa é uma história sobre relacionamentos. Vivemos em um mundo onde as pessoas estão famintas por relacionamentos. Elas estão desesperadas para se conectar e anseiam por relacionamentos que durem, porque muitos dos relacionamentos que temos hoje não perduram.
Você cresce sabendo que seu pai foi embora; ele abandonou a família. Ou sua mãe deixou seu pai, ou seu marido te deixou, ou seus filhos saem de casa com raiva ou rebeldia. Temos tantos relacionamentos destruídos hoje.
Mas essa é uma história sobre como os relacionamentos podem ser curados, podem ser inteiros e íntimos. Aprendemos muito sobre como desenvolver os tipos certos de relacionamentos nessa história.
Uma das coisas que aprecio na história de Rute é que, por toda a parte desse pequeno livro, está retratada quase todas as fases da vida que uma mulher pode atravessar, quase todas as experiências que uma mulher pode ter na vida—certamente aquelas mais comuns para nós.
Lemos, é claro, sobre namoro e casamento, todo o processo de escolher um parceiro.
Lemos o que acontece quando uma mulher tem um marido que toma uma decisão errada e isso traz consequências que toda a família tem que enfrentar.
A situação da perda de um cônjuge, o luto, a viuvez... há algumas aqui que já passaram por isso.
Todo o aspecto do novo casamento, o segundo casamento, e como lidar com essa situação.
Tem também a fase da esterilidade, da falta de filhos, que algumas aqui já experimentaram. Isso acontece no livro de Rute.
E há a fase do nascimento, dar à luz uma nova vida, e as mulheres dessa história vivenciam essa alegria.
Tem a fase de educar filhos mais velhos e filhos que seguem seu próprio caminho, que nem sempre fazem o que você os treinou para fazer.
E depois vem a dor e a tristeza de perder um filho. Algumas passaram por isso, e vemos isso na história.
O aspecto de várias gerações vivendo juntas—avós, filhas e netos, e alguns dos desafios dessa fase da vida.
A fase de cuidar de pais idosos.
A fase de envelhecer e se perguntar: Quem vai cuidar de mim quando não tiver mais família?
Toda a fase de fazer uma mudança significativa—geograficamente, para uma nova área. Ser desarraigada; vivenciar insegurança e mudança.
Há momentos nesta história em que os personagens principais vivenciam prosperidade financeira e abundância, e depois há momentos em que perdem tudo e ficam na pobreza.
Tantas emoções que vivemos como mulheres estão presentes nesta história: luto, depressão, solidão, isolamento, raiva.
Recentemente tenho ouvido muitas mulheres falarem sobre raiva: raiva de Deus, raiva de um parceiro, raiva de uma situação na vida sobre a qual não têm controle. Encontramos raiva nesta história.
Encontramos raiva que se transforma em amargura, e vamos falar nas próximas semanas sobre como lidar com as circunstâncias da vida que nos levam a ficar amarguradas.
Há toda a emoção do medo. Há uma mulher nesta história que enfrentou perigo no trabalho, e como ela lidou com isso. A luta de relacionamentos difíceis e dolorosos, de ser casada com um não cristão. Isso é abordado neste livro.
As emoções ligadas a desejos não realizados. Essas são fases da vida de confusão—não saber qual direção seguir. Há a necessidade de orientação.
Essas mulheres entenderam o fracasso, fizeram escolhas erradas, e escolhas que trouxeram consequências em suas vidas, e algumas delas muito dolorosas.
Lidando com a culpa. O desejo por um relacionamento mais íntimo com Deus... e é por isso que estamos aqui hoje, porque temos esse anseio em nossos corações, como filhas de Deus, de ter um relacionamento mais íntimo com Ele.
Essas emoções que vêm com a dúvida sobre Deus, se perguntando se Ele cometeu um erro. Nossa teologia nos diz que Ele não comete erros, mas não é verdade que, às vezes, em nossas emoções, pensamos: Isso simplesmente não faz sentido!?
Até mesmo a tendência de culpar a Deus. “Se Deus tivesse feito isso ou não tivesse feito aquilo ou tivesse impedido isso, as coisas seriam diferentes na minha vida.” É tentador pensar assim, e vamos conhecer duas mulheres que tiveram esses mesmos sentimentos, essas mesmas tentações.
Essas são duas mulheres de origens muito diferentes—Rute e sua sogra, Noemi—mas ambas são troféus da graça de Deus. Elas são vitrine do que Deus pode fazer quando permitimos que Ele seja Deus em nossas vidas.
Existem ilustrações incríveis do amor redentor e do poder de Deus, que pega nosso mundo e nossas circunstâncias de cabeça para baixo e, à sua maneira, no seu tempo, se deixarmos, é capaz de transformar tudo isso em algo belo.
Vejo em Rute um modelo lindo que realmente toca meu coração e desperta meu interesse, que me desafia sobre o que significa ser uma mulher de Deus. Há tantas qualidades raras e preciosas nessa mulher. Ela é um retrato da feminilidade piedosa. Olho para ela e digo: “Essas são as qualidades que Deus deve desenvolver em minha vida.”
Acima de tudo, esta é uma história sobre redenção e sobre o Redentor. É uma história que, uma vez que você se familiariza com ela, fará você ver sua salvação de uma maneira diferente, talvez como nunca viu antes. Você perceberá quão precioso é o que Cristo fez ao nos redimir de uma forma que supera as perdas e os fracassos causados por nossos pecados.
Essa história nem sempre chega a um final rápido. A beleza que brota das cinzas, a alegria que vem depois das lágrimas, não acontece, como todos sabemos, imediatamente. Na verdade, Paulo diz em Romanos 8 que estamos em processo de redenção, e que, enquanto estamos nesse processo, há gemidos que acontecem. Vejo algumas cabeças acenando, porque conhecemos as fases de gemidos.
Ele diz que "toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora." (v. 22) Mas por quê? Porque está aguardando a redenção que está acontecendo e que Deus está trazendo para o nosso mundo.
Enquanto vivemos esse processo de redenção, Paulo diz que devemos confiar. Olhamos para frente, para o capítulo final, focamos no final da história, e vendo o final, podemos nos alegrar, mesmo enquanto estamos gemendo e sofrendo com a dor que a vida neste planeta nos traz.
Esta é uma história de redenção, e como resultado, tem um final feliz. Não é bom ter histórias com finais felizes? A história da redenção, tem um final feliz. E a sua história também terá, se você permitir que Deus seja Deus em sua vida e use o que está acontecendo de forma redentora.
Haverá alegria no final da jornada. Não posso dizer quando isso acontecerá ou quanto tempo levará para chegar lá, mas a história de Rute diz que haverá esse final feliz. Haverá alegria. Haverá beleza brotando das cinzas. Até mesmo nossas circunstâncias desesperadoras podem se transformar em frutos em nossas vidas.
Deus tem uma maneira incrível de pegar os pedaços bagunçados, confusos e desordenados de nossas histórias e tecê-los em algo muito bonito e precioso, que traz grande glória a Cristo, que é nosso Redentor.
Raquel: Este foi o primeiro episódio da série “Rute - experimentando uma vida restaurada". Aqui Nancy DeMoss Wolgemuth nos ajuda a entender que Deus está moldando cada uma de nossas vidas em uma linda história. Essa mensagem está cheia de esperança.
Talvez você possa compartilhá-la com alguém que precisa dessa perspectiva. Uma maneira de fazer isso é com um livro intitulado Rute - experimentando uma vida restaurada, da série Mulheres da Bíblia. Considere formar um pequeno grupo de amigas. Você pode solicitar a sua cópia ainda hoje no nosso site e acompanhar esses podcasts com esse estudo bíblico. Acesse nosso site www.avivanossoscoracoes.com.
Juntas, vocês vão explorar a história de Rute em seis capítulos. Descubram como Deus restaurou a vida de Rute da desesperança para uma confiança renovada, e vejam como Ele está trabalhando em suas vidas hoje.
Amanhã vamos abordar o tema da vergonha. Você se sente envergonhada por algo em seu passado? Bem, a resposta para quem é honesta é sim. Encontre alívio da vergonha e esperança na humilhação, no episódio de amanhã, enquanto Nancy continua no livro de Rute.
Aguardamos você amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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