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Dia 02: Combatendo as mentiras com a verdade
Dannah Gresh: Hoje em dia os jovens sentem tanta pressão.
Garota: Gostaria de ter entendido, quando era mais jovem, o quão prejudicial é esse ciclo de tentar agradar a todos. Não se trata apenas de buscar aceitação; muitas vezes, quando as pessoas não me aceitavam — especialmente sendo uma menina —, percebi que, no fundo, elas também temiam o julgamento dos outros caso me acolhessem, já que eu era diferente. Tudo girava em torno de como eu poderia me adaptar. Eu não queria ser diferente, não queria chamar atenção. Só queria que todos me vissem como alguém igual a eles.
Dannah: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos, coautora do livro Mentiras em que as garotas acreditam, junto comigo Dannah Gresh, na voz de Raquel Anderson.
Você consegue se lembrar de um momento em que sentiu a pressão de se encaixar? …
Dannah Gresh: Hoje em dia os jovens sentem tanta pressão.
Garota: Gostaria de ter entendido, quando era mais jovem, o quão prejudicial é esse ciclo de tentar agradar a todos. Não se trata apenas de buscar aceitação; muitas vezes, quando as pessoas não me aceitavam — especialmente sendo uma menina —, percebi que, no fundo, elas também temiam o julgamento dos outros caso me acolhessem, já que eu era diferente. Tudo girava em torno de como eu poderia me adaptar. Eu não queria ser diferente, não queria chamar atenção. Só queria que todos me vissem como alguém igual a eles.
Dannah: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos, coautora do livro Mentiras em que as garotas acreditam, junto comigo Dannah Gresh, na voz de Raquel Anderson.
Você consegue se lembrar de um momento em que sentiu a pressão de se encaixar? Talvez quando estava rolando o feed nas redes sociais ou quando um grupo de mulheres começou a discutir sobre trabalhar fora ou ficar em casa? Todas nós já sentimos esse tipo de pressão em algum momento da vida.
Hoje vamos continuar uma conversa que Nancy e eu tivemos com Bob Lepine sobre esse assunto. Em especial, estamos falando das expectativas esmagadoras que as adolescentes enfrentam na cultura de hoje.
A pressão é tão grande que nos Estados Unidos temos até uma palavra para descrever essa sensação: FOMO. Significa “medo de ficar de fora” (Fear Of Missing Out). Descubra como você pode ajudar as adolescentes na sua vida a superar esse sentimento paralisante ouvindo nossa discussão de hoje, baseada no que aprendemos ao escrever Mentiras em que as Garotas Acreditam.
Bob Lepine, que vai guiar nossa conversa foi, por muitos anos, o co-apresentador do programa de rádio americano chamado FamilyLife Today. Ele tem sido um grande amigo do Aviva Nossos Corações desde que o ministério começou em 2001. Vamos continuar com a entrevista:
Bob Lepine: Vamos tentar entender um pouco mais a fundo, especialmente no que diz a respeito às adolescentes, exatamente onde as mentiras se infiltram nas suas vidas.
Enquanto vocês interagiram com as adolescentes e ouviram suas respostas durante a preparação do livro, conseguiram categorizar essas mentiras em alguns grupos mais amplos. São vinte e cinco mentiras diferentes mencionadas no livro, mas elas se dividem em vários temas. Como vocês as agruparam?
Dannah: Bom, agrupamos assim — algumas mentiras são sobre Deus, outras sobre mim mesma, sobre beleza e meu valor. Algumas mentiras envolvem a mídia e como ela aborda o entretenimento e questões desse tipo. Mentiras sobre relacionamentos foram uma das mais desafiadoras.
Temos até uma categoria inteira só sobre mentiras relacionadas a garotos, já que esse parece ser um tema importante para essa faixa etária. Tentamos dividir em áreas para que as meninas possam pensar nessas questões específicas enquanto começam a descobrir a verdade.
Bob Lepine: E na área de amizades, o que as meninas estão pensando? Qual é a mentira que elas acreditam sobre amizades?
Dannah: A maior que vimos provavelmente foi: “Eu não tenho amigos. Ninguém gosta de mim.” Mas depois elas corriam para o banheiro com um grupo de meninas. Então, obviamente, é uma mentira, porque elas estão cercadas de pessoas, mas isso não muda o isolamento que às vezes sentem.
Nancy DeMoss Wolgemuth: É aí que entra essa ideia de que a percepção é metade da realidade. Às vezes eu sorria comigo mesma enquanto lia algumas das pesquisas e os relatórios dos grupos de discussão e pensava: não são só as adolescentes. Essas são questões que acho que as mulheres em geral enfrentam, lutas em termos de relacionamentos.
Eu frequentemente aconselho mulheres que dizem: “Ele disse, ela disse, eles disseram” e “Eu me sinto sozinha e isolada.” Nós fomos feitas para nos relacionar. Quando sentimos que as coisas não estão se conectando nos relacionamentos, há um vazio, uma fome. Um desejo de conexão.
No fim das contas, o que sabemos é que essa fome, esse desejo não vai ser satisfeito por nenhum relacionamento humano de forma plena. É uma fome por Deus. Acho que foi isso que tentamos ajudar as meninas a entender.
Dannah: Você mencionou que as mulheres também enfrentam isso. Como alguém que viaja para ministrar, eu preciso priorizar que, quando não estou viajando, minha família seja onde passo meu tempo de amizade. Eu passo muito pouco tempo com outras mulheres.
Para o benefício das mulheres que te ouvem todos os dias, Nancy, posso arriscar e perguntar se você já precisou levar isso para Deus como uma mulher em posição de liderança?
Nancy: A vida é corrida, e eu não consigo manter a profundidade e a qualidade dos relacionamentos que eu gostaria.
Mesmo assim, Deus tem sido muito gracioso e colocou outras mulheres na minha vida que realmente tocam o meu coração, e eu me sinto muito abençoada nesse sentido. Mas quem nunca, eu inclusive, teve momentos em que parece que ninguém entende?
Isso não acontece só nas amizades entre mulheres. Eu ouço isso de mulheres casadas também, que dizem que seus maridos não se conectam verdadeiramente com o coração delas. Acho que Deus criou nossos corações com esse enorme vazio, que nenhum ser humano consegue preencher de verdade. Sempre vai haver desejos que ficam insatisfeitos.
Isso pode soar meio desanimador, a menos que a gente deixe que isso nos leve para o nosso relacionamento mais importante: com Deus. Quando eu cultivo essa amizade com Ele, não preciso olhar para as outras amizades como a coisa que vai me satisfazer completamente.
Bob Lepine: Certo, agora vocês estão indo muito rápido para a verdade. Quero puxar vocês de volta porque acho que as adolescentes diriam:
"Ok, eu sei que devo ter esse relacionamento com o Senhor e que essa deve ser minha maior amizade.
Mas você não sabe como é o ensino médio. Não sabe como é a cultura. Não sabe sobre as meninas terríveis da minha escola. Não sabe como, diariamente, me fazem sentir sem valor, e até mesmo aquelas garotas que eu considero amigas me traem. Elas dizem coisas cruéis sem nem perceber."
"É fácil se sentir sozinha e insegura. Sim, eu levo isso para o Senhor, eu oro e peço que Ele preencha esse espaço, mas às vezes eu preciso de Jesus em forma humana, e sinto que não tenho isso."
Nancy: Deus nos criou para relacionamentos, portanto esse desejo é algo criado por Ele. Acho que a mentira começa quando pensamos: "Como estou tentando preencher esse desejo?"
Dannah: Acho que é aí que a gente, como mulheres, entende o que é se sentir um pouco isolada. Mas, ao mesmo tempo, é onde a gente perde a sensibilidade de entender a intensidade da batalha que nossas filhas enfrentam.
Quando sua filha chega em casa no fim do dia e todo mundo na escola sabe que colocaram um bilhete no armário dela dizendo o quão feia e hipócrita ela é, e isso acontece em uma escola cristã, é aí que a verdade e a mentira se chocam.
Porque Satanás pode voltar a esse dia por décadas e trazer de volta as palavras — por anos ela vai lembrar exatamente como aquelas palavras pareciam no papel. Se você não tem empatia e não consegue abordar isso com a verdade, você precisa dizer: “Sim, foi um dia difícil. Vamos chorar juntas.”
Bob Lepine: Como uma adolescente pode equilibrar essa necessidade legítima por relacionamentos humanos com uma dependência exagerada neles? Sabe a diferença que estou falando, né?
Dannah: Eu estava pensando que essa mentira está muito conectada à maior mentira do livro. Talvez não seja a mais poderosa, mas foi a primeira que decidimos abordar, que é: Deus não é suficiente.
Porque quando ouvimos as garotas falarem, elas diziam: “Sim, se meus pais estivessem juntos, eu seria feliz. Sim, se eu tirasse só nota dez, eu seria feliz. Se eu conseguisse entrar no time de futebol, eu seria feliz. Se eu fosse presidente do grupo de jovens, eu seria feliz.”
Mas, no geral, a principal coisa que elas diziam sobre Deus não ser suficiente era: “Contanto que eu tenha meus amigos, Deus é suficiente.” Então, obviamente, é difícil falar sobre essa mentira de não ter amigos sem antes abordar isso. Porque se você fizer dos amigos como sua fonte de sustento, eles vão te decepcionar.
Bob Lepine: Às vezes os pais podem olhar objetivamente e dizer: “Eu sei que minha filha diz que não tem amigos, mas ela tem muitos amigos.” Outros pais, no entanto, veem a situação e dizem: “Eu sei que minha filha diz que não tem amigos e, de fato, ela não tem muitos amigos.”
Nancy: E é aí, Dannah, que acho que uma das coisas que tentamos abordar nesse livro é que você nos desafiou a sermos amigas dos outros e a enxergar a necessidade deles. Quando você se sente carente, é difícil enfrentar essa sensação de rejeição e dizer: “Tem alguém se sentindo ainda mais rejeitado. Tem alguém se sentindo sozinho também. Quem eu posso ajudar?”
Quantas vezes já vimos isso em nossas próprias vidas? Quando estendemos a mão para alguém que está sozinho e, depois, olhamos para trás e dizemos: “Encontrei uma amiga.” Deus preencheu meu coração enquanto eu estava disposta a fazer isso.
Dannah: Estávamos em um dos nossos eventos de jovens há alguns meses, e minha colega de trabalho, Susie, estava conversando com uma menina que se parecia muito com isso. Ela realmente não era uma jovem muito fácil de gostar. Era aquele tipo de garota.
A Susie disse para ela: “Aqui está o que você precisa fazer. Esta semana, na escola, eu te desafio a olhar ao redor e encontrar alguém que esteja mais solitária do que você, e pedir a Deus o que fazer com isso.”
Bom, alguns dias depois ela viu uma jovem, na hora do almoço, sentada sozinha como sempre e pensou: “Ela senta sozinha no almoço todos os dias. Eu vou sentar com ela.”
Algumas semanas depois, ela escreveu para Susie e disse: “Encontrei minha melhor amiga porque parei de perguntar quem vai ser minha amiga e comecei a olhar ao redor e perguntar quem precisa de uma amiga.”
Bob Lepine: Às vezes, é difícil fazer uma garota de catorze anos pensar mais nos outros do que em si mesma. A gente, naturalmente, tende a ser egoísta. Como você ajuda uma jovem a se focar mais nos outros em vez de ficar tão centrada em si?
Dannah: Acho que uma das coisas que, como mães, erramos é correr logo para as soluções e para a verdade, em vez de parar e dizer: “Nossa, isso dói mesmo, não é? Você realmente teve um dia ruim” ou “Sabe, sua amiga disse algumas coisas bem injustas sobre você.”
Às vezes, se pararmos e chorarmos um pouco com elas, em vez de logo mudar a forma como elas deveriam estar pensando, isso vai abrir os corações delas para ouvir o nosso conselho.
Nancy: Claro, o equilíbrio é fazer isso de um jeito que você não acabe pegando a ofensa pela sua filha e projetando amargura, culpa ou raiva. Isso é fácil de acontecer. É uma coisa alguém magoar a mãe, mas magoar o filho dela...
Dannah: A "mamãe urso" aparece.
Nancy: Exatamente.
Bob Lepine: Já que estamos nesse assunto, uma das mentiras que você mencionou que as adolescentes acreditam está relacionada à mãe e ao pai, ao relacionamento delas com os pais. Qual é a principal mentira que você encontrou nesse aspecto das relações entre adolescentes?
Nancy: Bom, é uma mentira que não é só dos adolescentes, mas de todos nós, e é: “Eu sou minha própria autoridade.” Desde o Jardim do Éden, desde a Queda, é uma tendência natural resistir à ideia de estar sob autoridade.
Claro, falamos sobre a rebeldia dos adolescentes em todas as gerações. Isso sempre foi discutido, mas acho que hoje não é diferente. Na nossa cultura, acho que é ainda mais verdade que haja essa rejeição geral da autoridade. Existe essa sensação de que, não importa sua idade, você sabe do que está falando e não precisa fazer o que alguém te diz para fazer.
A gente já nasce com essa resistência dentro de nós. E muitas vezes isso é porque as pessoas em posições de autoridade e liderança não têm sido respeitáveis, não têm sido bons modelos. E aí fica mais difícil.
Muitas dessas jovens viram seus pais se separarem. Elas viram seus pais vivendo de maneiras que não são consistentes com o evangelho. E acham que podem ignorar essa autoridade com alguma justificativa, e não só a autoridade dos pais. Dannah, falamos sobre essa ideia de: “Eu posso quebrar as regras. Elas não se aplicam a mim.”
Dannah: Sim. Tem uma palavra que eu vi na internet algumas vezes. Não sei se vai pegar ou não, mas é “minimização da autoridade.” É um novo fenômeno que está relacionado a essa geração — jovens de vinte e um anos ou menos — e que é alimentado pela internet. Eles entram no mundo da internet, e quem está no comando ali? Ninguém.
Bob Lepine: Exato.
Dannah: E eles tomam suas próprias decisões. Eles dizem o que quiserem dizer. Ninguém os impede de dizer essas coisas. Eles se comportam como quiserem, veem o que quiserem ver, vão aonde quiserem ir, e ninguém realmente os restringe. Isso acaba se refletindo nas outras áreas da vida deles.
Será que nós nos rebelamos contra a autoridade dos nossos pais quando tínhamos treze anos? Sim. Mas será que isso é ainda mais complicado para nossos filhos hoje, entender essa questão de submissão e respeito aos pais por causa do mundo em que eles vivem? Acho que sim. Eu realmente acho que é.
Bob Lepine: Você diria que os adolescentes de hoje se sentem desconectados dos pais ou que há mais raiva e hostilidade, ou será que os filhos e os pais estão se dando bem?
Dannah: Tivemos dificuldade em decidir como abordar isso no livro, porque muitas pesquisas indicam que os pais hoje têm um relacionamento melhor com seus filhos do que talvez tinham uma geração atrás; que os pais estão mais abertos, mais dispostos a ouvir o que os filhos realmente estão enfrentando.
Acho que isso é verdade. Penso que as pessoas que cresceram na minha geração, nós somos mais transparentes sobre seja o que for que estamos lutando do que talvez nossos pais eram. Mas, por outro lado, isso não resolve tudo completamente.
O objetivo para nossos filhos não é que sejamos amigas deles, mas que os ensinemos a responder à autoridade. Ficamos meio indecisas sobre isso no livro, mas onde decidimos focar foi, primeiro, entender os medos deles em se submeter.
Talvez isso seja algo que as mães precisem ouvir hoje. Nossos filhos têm medo de se submeter porque, às vezes, nós não somos tão sensíveis e protetoras sobre o que eles estão enfrentando.
Bob Lepine: Explique o que você quer dizer com isso.
Dannah: Corremos logo para o pai e dizemos...
Bob Lepine: “Conserta isso.”
Dannah: “Conserta, pai. Olha o que sua filha está fazendo. Vai lá e resolve.” Ou corremos para a nossa melhor amiga e dizemos: “Sua filha é um ano mais velha que a minha e passou por isso no ano passado, o que eu faço com minha filha este ano?” Ouvir essas meninas nos grupos de discussão tão abaladas por isso me fez pensar em quanta cautela e sabedoria eu preciso ter ao tentar resolver os problemas da Lexi.
Alguns dos medos delas sobre submissão são legítimos. Acho que, como pais, se quisermos ser eficazes em ensinar que a submissão é um fator de segurança e que é bom para elas, vamos precisar lidar com esses medos.
Bob Lepine: O que você está dizendo, pelo que parece, é que mães e pais precisam aprender a arte de liderar e ao mesmo tempo ajudar, servir seus filhos. Estamos em uma posição de autoridade sobre eles, mas, de alguma forma, não pensamos que essa liderança precisa ser uma liderança que também serve nossos filhos; muitas vezes pode ser altamente autoritária. A gente simplesmente dá as ordens e espera que eles obedeçam.
Esse tipo de liderança autoritária é o que Jesus disse: “Isso não é característica de quem Me segue, mas aquele que quiser ser o primeiro deve ser o servo de todos.” (Marcos 9:35, em minhas palavras)
É difícil para uma mãe ou pai parar e pensar: “Eu devo servir meus filhos enquanto os instruo? Bom, estou servindo ao dar moradia. Estou servindo ao colocar comida na mesa. Mas o resto do tempo eles precisam obedecer.” Estamos falando de uma orientação e liderança gentil e compassiva que pais sábios usam.
Nancy: Não provocar seus filhos à ira. Outra coisa importante é o exemplo de submissão. Acho que temos que perguntar às mães: se seus filhos aprendessem sobre submissão observando a forma como você se submete à autoridade instituída por Deus, como eles se submeteriam?
Qual é a nossa atitude, como adultos, em relação à autoridade? Somos rápidas em criticar ou falar mal de tudo, desde o presidente até o pastor, o marido ou o professor da escola? Qual é a nossa postura em relação à autoridade?
Eu já vi pais — e tenho certeza de que eles nem tinham ideia do que estavam mostrando aos filhos — burlando a lei, mentindo sobre a idade da criança para entrar num parque de diversões. Isso é rebelião contra a autoridade.
Se a mãe que revira os olhos quando se trata da autoridade do marido e é uma esposa descontente, e aí quer que os filhos obedeçam com um coração feliz e uma boa atitude? A atitude dos seus filhos é absorvida pelo seu exemplo.
Quando essa geração mais jovem nos vê honrando a Palavra de Deus e respeitando a autoridade, e percebem as bênçãos e recompensas em nossas vidas e a paz que isso traz, vai ser muito mais convincente do que só dizer: “Você precisa se submeter à autoridade.”
Dannah: Isso mesmo.
Bob Lepine: Aí é onde chegamos à verdade. Se a mentira é: “Eu sou minha própria autoridade.” A verdade é: Não, todos nós estamos sob o senhorio de Cristo, quer nos ajoelhemos diante Dele ou não. E, sob Sua autoridade, Ele colocou mães e pais, professores, autoridades governamentais e diferentes estruturas de autoridade.
Às vezes é difícil acreditar que, se eu me submeter ao que essas pessoas estão pedindo, minha vida vai ser melhor. Na verdade, parece que, se eu me submeter à minha mãe e ao meu pai, aos professores e à polícia e outros em liderança, parece que eu não vou poder ter nenhum tipo de diversão na minha vida e eu vou estar perpetuamente entediada. É assim que uma adolescente pensa, não é?
Dannah: Claro. É assim que elas se sentem. Elas acham que você não entende. E, às vezes, mães e pais, nós realmente não entendemos.
Uma das coisas mais interessantes sobre este projeto para mim foi estar sob a autoridade da Nancy. Aprendi novamente que submissão nunca é fácil. Mas quando uma autoridade diz: "Escreva esse capítulo de novo", isso dói.
Acho que as mães precisam lembrar como é difícil. Quantas vezes, quando sua filha se submete, você diz: “Estou muito impressionada com sua atitude”? Quantas vezes oferecemos encorajamento e reforço positivo quando elas obedecem?
Somos muito rápidas em dizer: você não está se submetendo, não está obedecendo. Mas quando foi a última vez que você disse para sua filha: “Eu fiquei muito orgulhosa da sua atitude nessa situação”?
Bob Lepine: Vamos imaginar por um momento que eu sou uma adolescente. Me convença de que a vida realmente vai ser melhor. Me ajude a entender a verdade que eu preciso acreditar aqui, porque parece que, mesmo sabendo o que a Bíblia diz que eu deveria fazer, isso vai acabar com a minha vida.
Nancy: Acho que tudo isso — seja você uma jovem ou uma mulher mais velha, seja homem ou mulher — volta para o nosso relacionamento com o Senhor e para reconhecer que fomos criadas para nos submeter a Deus. Deus é soberano. Ele é o Senhor. Ele nunca está errado. Então, sim, é um pouco mais fácil, talvez, se submeter à Sua autoridade.
A vida funciona melhor quando vivemos de acordo com a vontade de Deus, quando O glorificamos, agradamos e obedecemos. Ele estabeleceu essas estruturas de autoridade na vida. Não precisamos gostar delas, nem concordar com elas ou entendê-las.
Mas se você confia em Deus, confia que Ele sabe o que está fazendo. Ele é o autor da vida. Ele nos criou. Ele quer nos abençoar. E você sabe que a bênção virá quando estivermos sob Sua autoridade.
Lidar com autoridades humanas é um assunto quase impossível para alguém como eu, porque eu sempre acho que estou certa. Não quero que ninguém me diga o que fazer. Essa é minha tendência natural. Mas quando eu vejo isso como uma questão de me submeter à autoridade de Deus, o Criador do universo, e Deus diz...
Em uma certa fase da sua vida seus pais serão a autoridade, em outra fase, será o seu chefe, ou o conselho administrativo da empresa. Não se trata de concordar com eles ou se a atitude deles foi certa, o que pode nos levar a justificar nossa resistência à autoridade. A questão é: você confia em Jesus o suficiente para deixar que Ele aja na vida das suas autoridades e se colocar sob essa autoridade?
No final das contas, tudo se resume à nossa submissão a Deus. Quando eu vejo as coisas dessa forma, não importa muito se a autoridade está certa ou errada, se é agradável ou desagradável.
Lembro da minha reação muitas vezes ao jeito que um dos meus pais lidava com uma situação específica. Quando você tem seis adolescentes em casa, como era o nosso caso, não importa o quão santificados seus pais sejam, vai ter momentos em que as atitudes deles não serão tão santificadas assim, e eles vão tirar conclusões precipitadas ou tomar uma decisão errada.
Eu reagia ao exagero ou à forma como uma ordem ou decisão era dada. E lembro do meu pai me puxando de lado e dizendo: “Deus não te responsabiliza por como eu ou a sua mãe disse isso ou se ela estava certa ou errada. Essa é a nossa responsabilidade perante Deus, e nós vamos lidar com isso. Mas a sua responsabilidade perante Deus é em relação à sua atitude e sua reação.”
Isso me trouxe muita clareza e acabou sendo uma grande lição de vida. Eu não vou ter que prestar contas a Deus pelo que outra pessoa, que está numa posição de autoridade, fez ou por como lidou com a situação, mas eu vou ter que prestar contas por ter sido obediente ou não.
Quando escolho o caminho da obediência, estou seguindo os passos de Cristo, que foi obediente à vontade do Pai Celestial. Quando resisto à autoridade, estou seguindo os passos de Satanás, que é o rebelde supremo e diz: “Eu serei o meu próprio deus.”
Então, isso me ajuda a ver a questão de uma forma mais clara. Não torna tudo mais fácil o tempo todo, mas me faz enxergar do ponto de vista de Deus.
Dannah: Assim encerramos essa conversa com Nancy DeMoss Wolgemuth, Bob Lepine e comigo, Dannah Gresh, sobre a questão mais profunda da vida: quem está no controle? As jovens com quem você convive precisam lidar com essa questão, mas, no final das contas, todas nós precisamos.
É tão fácil acreditar na mentira de que estamos no comando da nossa própria vida. Essa crença leva a um mundo de dor, sofrimento e pensamentos errados — exatamente onde o inimigo quer que a gente esteja.
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Amanhã falaremos sobre como lidamos com as circunstâncias difíceis que enfrentamos neste mundo quebrado? Não vivemos mais em um mundo de Gênesis 2—um paraíso perfeito e sem pecado. Não perca esses próximos 2 episódios de assuntos tão relevantes para os dias de hoje. Aguardamos você amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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