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Dia 02: Como alertar suas filhas do perigo
Dannah Gresh: Um dos principais mitos que eu vejo as mães acreditarem é que é cedo demais para falar com suas filhas sobre qualquer coisa que elas consideram um “assunto difícil.” Uma mãe me disse o seguinte:
Mãe 5: “Aqui está minha teoria. Se eu não falar com a minha filha sobre: sexo, identidade de gênero, redes sociais, depressão e transtornos alimentares, então uma mentira não vai ter a chance de se apresentar.”
Dannah: Quando ela disse isso, eu pensei, “Sério? Sério?! Como você sabe? Se você não discute um certo assunto com sua filha, como você sabe o que ela acredita ou não?”
Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos, coautora do livro Mentiras em que as garotas acreditam, junto comigo Dannah Gresh, na voz de Raquel Anderson.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Qual é o momento certo para abordar temas maduros …
Dannah Gresh: Um dos principais mitos que eu vejo as mães acreditarem é que é cedo demais para falar com suas filhas sobre qualquer coisa que elas consideram um “assunto difícil.” Uma mãe me disse o seguinte:
Mãe 5: “Aqui está minha teoria. Se eu não falar com a minha filha sobre: sexo, identidade de gênero, redes sociais, depressão e transtornos alimentares, então uma mentira não vai ter a chance de se apresentar.”
Dannah: Quando ela disse isso, eu pensei, “Sério? Sério?! Como você sabe? Se você não discute um certo assunto com sua filha, como você sabe o que ela acredita ou não?”
Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos, coautora do livro Mentiras em que as garotas acreditam, junto comigo Dannah Gresh, na voz de Raquel Anderson.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Qual é o momento certo para abordar temas maduros ou difíceis com sua filha? Bom, o Aviva Nossos Corações de hoje vai ajudar você a responder essa pergunta com cuidado, seja você uma mãe, avó ou mãe espiritual de uma jovenzinha na sua vida.
Dannah: Nancy, você e eu nos sentamos para conversar sobre como ajudar jovens a enfrentar temas difíceis logo depois que escrevi o livro Mentiras em que as meninas acreditam e a verdade que as liberta. E deixe-me dizer para quem nos ouve, se você perdeu a primeira parte dessa conversa ontem, você pode encontrar o episódio no nosso site avivanossoscoracoes.com.
Nancy: E, Dannah, eu só quero dizer um “muito obrigada” enorme em nome dessas mães e suas filhas. Essas meninas vão crescer e te agradecer por ter derramado seu coração—sangue, suor e lágrimas—nesse longo processo de elaborar cuidadosamente, de pesquisar com cuidado, de avaliar bem as Escrituras.
Obrigada por fazer todos esses estudos, esses grupos de entrevista, por investir na vida dessas garotas e das mães que tentam guiá-las.
Dannah: Foi um prazer, Nancy. Obrigada por me deixar fazer parte dessa série. Eu não fiquei tão animada em lançar um livro desde o meu primeiro livro lá em 2000. E acho que parte disso é porque eu vi o quão frutífero foi o Mentiras em que as mulheres acreditam e o Mentiras em que as garotas acreditam.
Tivemos uma mãe cuja filha participou da nossa pesquisa online (mil e quinhentas meninas participaram da pesquisa para preparar esses livros), e quando ela respondeu a perguntas sobre como se tornar uma cristã, percebeu: “Não sei se sou!” E ela correu para a mãe e disse: “Mãe, acho que não sou cristã!”
Sua mãe conversou com ela, compartilhou o evangelho, e perguntou: “Você está pronta para entregar seu coração a Cristo?” E, claro, a mãe já tinha visto evidências e frutos de que essa decisão estava chegando, mas isso foi o catalisador. Essa mãe pôde sentar-se e orar com a filha, e imediatamente escreveu para mim sobre o fruto.
Nancy: Uau! E o Espírito estava trabalhando, mesmo enquanto aquela garotinha preenchia a pesquisa que fez parte da pesquisa para esse livro.
Dannah: Isso é muito empolgante para mim!
Nancy: Já estamos vendo frutos na vida das mães e suas filhas! Eu acho tão precioso facilitar essa conversa entre mães e filhas. E tenho que te contar uma coisa, quando eu era uma garotinha de oito a doze anos (e olha que eu tenho pais piedosos, pais bons), mas não sei se eu poderia ter tido esses tipos de conversas com minha mãe, com meus pais.
Nem sei por quê. Alguns tipos de conversa não faziam parte da nossa família. Não sei se sabíamos como fazer isso. Acho que muitas mães podem se sentir assim: “Eu simplesmente não sei como falar sobre certos assuntos.”
E o que você fez? Você escreveu o livro para as meninas, mas também escreveu uma espécie de “pegar na mão da mãe” e ajudá-la a caminhar com a filha através desse conteúdo. Você é uma mãe espiritual, através desse recurso, para as mães que querem ser mães espirituais para suas filhas.
Dannah: Nada me daria mais alegria do que sentar e tomar um café com cada uma dessas mães e orientá-las da maneira que eu gostaria de ter sido orientada quando meus filhos tinham essa idade. É difícil quando seus filhos estão nessa faixa dos oito aos doze anos. Em algum momento, você passa por esse momento em que percebe: “[pequeno suspiro] Não sei se estou pronta para a próxima fase!”
Nancy: E você não está pronta!
Dannah: “Lembro de pensar: “Eu não sei se sei como ter essas conversas” e sentar à mesa quando nosso primeiro filho estava nessa faixa etária, e eu não conseguia vê-lo ali como um menino do ensino fundamental 2. Eu só conseguia ver ele como meu menininho brincando de carrinho.
Nancy: Tipo, congelado naquela imagem.
Dannah: Como aquele menino doce, fofo... e lembro-me de conversar com Bob naquela noite no nosso quarto, “Eu não consigo imaginar que ele está lidando com algumas das mesmas coisas,” que Bob e eu enfrentamos quando tínhamos essa idade. Às vezes a gente só precisa de um pouquinho de orientação, e é isso que o Guia das Mães para as Mentiras em que as Meninas Acreditam oferece.
Nancy: E o incrível é que não depende de você ou de mim—ou das mães ou das filhas—fazer isso acontecer. Esse é o trabalho do Espírito de Deus, que está preparando o coração dessas meninas. Nós duas lembramos de como o Espírito tocou nossos corações quando éramos meninas, nos atraindo para a verdade, nos chamando para Cristo, nos conscientizando do pecado e da necessidade de um Salvador.
Por isso acreditamos que Deus fala com crianças! E Deus usa os pais, usa Sua Palavra. Você forneceu os recursos, mas, no fim, a paz e a confiança de uma mãe—quando ela se sente com medo sobre a criação dos filhos—é saber que é o Senhor quem faz a obra! Este é um filho que você dedicou ao Senhor, e o Senhor está trabalhando no coração dessa criança... e você pode confiar nisso.
A jornada do seu filho vai ser diferente da de outras pessoas. Não há uma fórmula padrão para fazer seus filhos entenderem a verdade. Por isso você precisa ouvir o Senhor, ouvir seu filho, perseverar em oração, e ser sensível à forma como Deus está abrindo o coração daquela criança.
Dannah: A história de Ana e Samuel me veio à mente.
Nancy: E é uma ilustração maravilhosa.
Dannah: Ou seja, se ela não tivesse ouvido o Senhor, começando com aquele momento em que disse: “Senhor, se Tu me deres o filho que eu sonho, eu o entregarei de volta a Ti.” Depois, Ana cumpre essa promessa—ouvindo o Espírito de Deus, obedecendo ao Espírito.
Naquela época as meninas geralmente eram educadas em casa, aprendendo a cuidar da família, coisas assim. E os meninos faziam um tipo de aprendizado com o pai ou o avô.
Nancy: Aprendendo uma profissão.
Dannah: Mas ninguém mandava seu filho para “um internato” para viver com Eli, o sacerdote...
Nancy: ... no templo.
Dannah: Sim, exatamente! Mas Ana ouviu o Senhor.
Nancy: E foi naquele lugar onde ela entregou seu filho que o próprio Senhor falou com ele, guiou seu coração e revelou o plano e a mensagem que Ele tinha para ele. Deus está trabalhando na vida de pais e filhos. Conforme eles ouvem a Ele, Ele fala e guia.
Dannah: Sim. Voltando ao que você disse há pouco, Deus fala com crianças. Deus falou com aquele pequeno e doce Samuel, e isso revolucionou—mudou—toda a condição espiritual de uma nação!
Nancy:Que presente o Espírito Santo é para pais e filhos em todo esse processo de criação. Isso realmente alivia os medos, o estresse. Acho que muitos pais se sentem pressionados, tanto por expectativas externas sobre como seus filhos devem ser e como devem criá-los.
Mas ao confiar no Senhor e no fato de que Ele tem um plano para seu filho ou filha; que Ele os ama; que Ele quer que eles O conheçam e O amem, você se torna um instrumento cooperando com o Espírito Santo nesse processo.
Dannah: Sim. E esse é um bom momento para compartilhar um dos maiores pesos no meu coração que tive ao conversar com mães de todo o país, fazendo grupos focais para identificar: “Que mentiras nós, como mães, podemos estar acreditando que estão nos impedindo de ensinar nossas filhas a caminhar na verdade?”
E a mentira específica é, “É cedo demais para falar com minha filha sobre ‘preencha-o-espaço’—garotos, gênero, redes sociais.”
Nancy: Conversamos sobre isso porque, no início, quando você listou essas mentiras, eu disse, “Dannah! Algumas dessas meninas foram protegidas; não foram tão expostas. Não queremos plantar ideias de mentiras na cabeça delas que talvez elas ainda não tenham tido.”
Você fez uma pesquisa cuidadosa, ouviu as mães com atenção, estudou essas meninas, e percebeu que, é claro, há uma idade apropriada e nem todas as crianças estão prontas para todos os temas ao mesmo tempo... Mas ficou bem claro para você que elas estão mais prontas em uma idade mais jovem do que a maioria de nós percebe.
Dannah: Sim, e acho que uma das estatísticas alarmantes e bem conhecidas é que a idade média da primeira exposição à pornografia agora é de cerca de onze anos!
Nancy: Essa é a média, o que significa que, para muitas, é mais cedo que isso!
Dannah: Durante os grupos de entrevista com essas mães cristãs falando sobre suas filhas, muitas me contaram histórias de que a filha teve que lidar com esses temas bem antes dos onze anos.
Nancy: E eram essas as mães que sabiam!
Dannah: Sim, exatamente. Acho que esse é o ponto. Se você não está tendo essas conversas com sua filha... Por exemplo, pornografia pode ser abordada sem falar diretamente sobre pornografia. Você pode dizer: “Existem fotos boas e fotos ruins na internet. Se você algum dia ver uma foto que acha que pode ser ruim, me avise, porque eu posso te ajudar.”
Essa é uma conversa bem inocente, não acha? Você acha que eu estaria tirando a inocência de alguém com essa conversa, Nancy?
Nancy: E o que eu amo no guia para as mães é que você dá esse tipo de linguagem, esse tipo de ajuda e orientação para as mães que dizem: “Eu não sei como explicar isso! Eu não sei como falar sobre isso!” Você já passou por isso. Seus filhos já cresceram. Você aprendeu muito nesse processo conversando com outras mães.
Através desse guia você as ajuda com algumas palavras, algumas frases. Acho que muitas mães vão dizer: “Obrigada, esse é um recurso super útil!”
Dannah: Espero que sim!
Nancy: Falamos sobre isso no começo da semana, mas quero voltar a esse ponto. Um tema que eu realmente achava prematuro abordar profundamente era toda essa questão das redes sociais. Eu fico pensando: “O que meninas de oito anos estão fazendo com acesso às redes sociais?”
Você foi bem minuciosa em determinar: “Será que meninas de oito, nove, dez, onze anos estão realmente enfrentando um problema nessa área?” Nos conte o que você descobriu.
Dannah: Bem, em primeiro lugar, foram as mães que disseram: “Por favor, fale sobre isso!” E às vezes, não era porque a filha estava nas redes sociais, mas porque estava sendo pressionada a estar nelas.
Eu comecei a pesquisar e fiquei alarmada ao ver o aumento relatado em ansiedade, insônia, solidão e preocupações que coincidem com o primeiro uso de celulares. Também podemos ver um aumento dramático na depressão entre adolescentes e pré-adolescentes desde que as redes sociais chegaram ao mercado.
Nancy: E não apenas pré-adolescentes. Posso dizer que também afeta adultos. Mas começa cedo!
Dannah: Existe até uma nova palavra no dicionário norte americano, uma sigla: FOMO. A sigla FOMO vem da expressão em inglês “fear of missing out”, que traduzida para o português significa “medo de ficar de fora” Essa é uma emoção nova que os conselheiros não tinham identificado antes. As meninas pré adolescentes estão sentindo isso ao ver fotos de festas do pijama para as quais não foram convidadas, ou eventos depois da escola dos quais não estão participando.
Elas têm um medo paralisante de perder algo socialmente. E temos um novo problema nas mãos!
Nancy: São pressões que corações jovens não foram feitos para enfrentar.
Dannah: Não.
Nancy: Ao decidir quais mentiras deveríamos abordar e quais tópicos deveríamos discutir, fizemos essa pergunta: Poderíamos escrever sobre esses assuntos de uma maneira que não expusesse esses jovens corações a temas que eles ainda não estão prontos para enfrentar?
Deixe-me começar dizendo que toda mãe precisa, em oração e com cuidado, determinar para sua própria filha: “Minha filha está pronta para isso?” Por isso você diz: “Não entregue o livro diretamente para sua filha, mas leia com ela. Use o guia para mães, ele vai te ajudar a determinar... Talvez sua filha de oito anos não esteja pronta para um determinado capítulo.”
Dannah e eu não temos essa sabedoria, mas como mãe [da sua filha], é a você que Deus dá essa sabedoria. Acho que a resposta para essa pergunta: “Podemos escrever sobre esses temas de maneira a não expor prematuramente as meninas a coisas para as quais elas ainda não estão preparadas?” é, “Sim!”
Dannah: Sim.
Nancy: E você faz isso com tanto cuidado, Dannah. Fiquei feliz com o resultado dessa questão importante. Uma das coisas que você fez, que achei muito sábia, foi incluir um time de mães e avós, e mães espirituais teologicamente treinadas, que nos ajudaram a navegar cuidadosamente a linguagem que deveriamos usar para introduzir a verdade para as meninas sem expô-las desnecessariamente às mentiras, à enganação. Dá para fazer, e você fez lindamente.
Dannah: Sim, dá pra fazer. Bem, sim, graças a Deus, fiz isso com muita ajuda. Acho que o objetivo não é contar aos nossos filhos sobre as falsificações, mas torná-los tão familiarizados com a verdade e com o que é genuíno, que, quando forem expostos a uma falsificação, eles reconheçam de cara, saibam que algo não está certo!
Nancy: Para que tenham discernimento...
Dannah: Sim, exatamente. Voltando ao livro de Gênesis, que foi nosso modelo para toda a série de mentiras (Mentiras em que as mulheres acreditam, Mentiras que as garotas acreditam), eu analisei a passagem onde Adão e Eva são tentados no pé da árvore do conhecimento do bem e do mal, e olhei através da perspectiva de um pai.
Percebi que, quando Deus avisou eles sobre a árvore, Ele disse: “Não comam dela”, e “Se comerem, certamente morrerão.” Mas Ele não deu todos os detalhes sobre a serpente, como ela era, o que ela falaria, nem sobre como seriam as consequências da morte ou sobre como seria o parto.
Ele não falou sobre todas essas coisas porque não queria tirar a inocência deles, mas Ele deu limites; Ele os encheu de verdade para prepará-los para aquele momento.
Nancy: Você está dizendo que é possível fazer isso sem despertar curiosidade ou expor cedo demais. Lembremos que os anos mais importantes para introduzir a verdade moral são antes dos doze anos.
Dannah: Sim, e isso é assustador para muitos pais que têm medo de falar sobre coisas como gênero e sexualidade antes dos doze anos. Eles querem esperar, mas as pesquisas mostram que, se você esperar, pode perder um momento fundamental.
Algo que me fez entender isso é que tenho um amigo, George Barna, que fez muitas pesquisas para a comunidade cristã. Há muitos anos ele fez um estudo que revelou que o que acreditamos até os treze anos é, geralmente, o que morremos acreditando.
Nancy: E nem precisamos do George Barna para descobrir isso. Em Deuteronômio, capítulo 6, Deus diz
“ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força. Estas palavras que hoje lhe ordeno estarão no seu coração. Você as inculcará a seus filhos, e delas falará quando estiver sentado em sua casa, andando pelo caminho, ao deitar-se e ao levantar-se.” (Deuteronômio 6:6-7)
Proclamar verdades deve fazer parte do seu dia a dia e do relacionamento dentro do seu lar... o tempo todo falando sobre essas coisas, e não apenas quando você se senta para uma conversa estruturada. Claro que você pode ter esses momentos, mas também deve falar sobre isso no carro, em casa, nas refeições, no dia a dia. Esses são os anos formativos.
Esses são os anos em que a inclinação e o coração das crianças estão sendo moldados. É por isso que precisamos de um recurso como esse, para dizer: “Qual é a verdade que essas crianças precisam ter em suas almas para que, quando crescerem, possam reconhecer, ‘Opa, isso não é verdade.’”
Dannah: Sim, eu amo esse versículo. Ele me lembra, como mãe, que “tempo de qualidade” sem “quantidade de tempo” é um mito. Deus nos chama, nesse trecho, para “sentar, andar, levantar”. Dá a sensação de estar sempre disponível para seu filho, porque você nunca sabe quando as perguntas vão surgir.
Nancy: Momentos de aprendizado.
Dannah: Sim, exatamente. O que eu oro para que aconteça com esse recurso é que, de uma forma mais formal, você guie suas filhas por esses temas. No meio do estudo, elas podem não dizer: “Eu tenho uma pergunta sobre isso.”
Mas, quando você estiver no carro, na próxima semana, sua filha pode pensar: “Ah, eu tenho uma dúvida sobre aquele capítulo.” E você está lá; você está lá para responder e colocar a verdade no coração delas.
Nancy: Mas eu ainda acho que algumas mães têm medo de discutir coisas como gênero, depressão, distúrbios alimentares, meninos e outros temas de forma apropriada e baseada na verdade.
Dannah: Eu me identifico com isso, porque tive um grande medo de falar com meus filhos sobre sexo, porque meu coração já tinha sido muito machucado. Meu pecado como adolescente, sair daquele relacionamento pecaminoso e ficar diante de Deus dizendo: “Deus, me ensina a viver uma vida de pureza!” E eu vivi uma vida de pureza depois disso!
Mas lembro de, aos dezenove anos, sem ter conhecido meu marido ainda, escrever no meu diário de oração: “Senhor, por favor, não deixe minha filha conhecer a dor que eu conheci.” E acho que, quando meus filhos estavam crescendo e o tema precisava ser abordado, eu tinha tanto medo, porque minha própria cura ainda não estava completa.
Eu sentia: “Se eu falar sobre isso, vou estragar tudo!” ou “Se eu falar sobre isso, será que aumenta o risco deles?” O medo é algo muito grande! Nos grupos de entrevista com mães, percebi que, se elas tinham problemas com distúrbios alimentares, não queriam falar com suas filhas sobre alimentação e controle de peso.
Se tinham problemas com sexo e limites sexuais e pecados sexuais, não queriam falar sobre sexo com suas filhas. Se tinham histórico de confusão de gênero na família, de qualquer forma, tinham muito medo de falar sobre isso com as crianças.
Nancy: E uma das coisas que Deus quer fazer através desse recurso, acredito eu, é libertá-las desses medos.
Dannah: Sim. Um dos meus trechos favoritos para me libertar do medo, e que me ajudou a abrir meu coração para falar com meus filhos sobre sexualidade, é 2 Timóteo 1:7, que diz que “Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.”
Eu me agarrei a esse versículo bíblico várias e várias vezes, até que meu coração ficou forte o suficiente para superar o medo e falar com meus filhos sobre os assuntos que eu tinha receio de abordar. Não estou dizendo, Nancy, que não há discernimento envolvido: “Será que meu filho está pronto para essa conversa? Está pronto para esse tema?”
Nancy: Claro.
Dannah: Mas quero mesmo desafiar as mães a se certificarem de que, quando dizem “não, eles não estão prontos”, isso venha de um discernimento do Espírito de Deus...
Nancy: ...e não de medo.
Dannah: ...e não de medo.
Nancy: Ao conversar com as mães, você percebeu que algumas delas pensavam: “Minha filha não corre risco, como as outras garotas”?
Dannah: Ah, esse era o terceiro engano! Nas primeiras sessões de grupos de entrevista, perguntei: “Vocês acham que as meninas de hoje estão mais propensas a acreditar em mentiras do que vocês estavam quando tinham a idade delas?” Oitenta por cento disse “Sim!”, o que achei bem preciso.
Então perguntei: “E quanto à sua filha? Ela está mais propensa a acreditar em mentiras do que você estava?” Oitenta por cento disse “Não!”
Nancy: Então, as filhas das outras pessoas estavam mais vulneráveis, mas não as delas!
Dannah: Eu pensei: “Isso não pode estar certo!” E no terceiro ou quarto grupo, disse à equipe: “Vamos tentar algo diferente! Vamos fazer essas mesmas perguntas, mas de outra forma.” Perguntei, “E quanto à sua filha? Como ela lida com temas como submissão e obediência?”
E foi aí que as portas se abriram. As mães começaram a contar histórias: “Minha filha trata meu marido como se fosse irmão, não como pai!” “Minha filha faz birra quando tentamos impor limites.” Muitas problemas com submissão e obediência!
Perguntei sobre o futuro: “O que sua filha acredita sobre o valor de ser esposa e mãe?” Essas mães, elas amam ser mães! Acham que é o melhor trabalho do mundo. E é de partir o coração quando elas dizem: “Sim, o mundo está convencendo minha filha de que não é bom ser mãe.”
Depois de discutir isso por uns quinze minutos, eu perguntava novamente: “Sua filha está mais propensa a acreditar em mentiras do que você estava?” E de repente a resposta mudava e elas percebiam: “Ah... sim... ela está!”
Isso me mostrou que, como mães, podemos ter um orgulho inconsciente, pensando: “As filhas dos outros estão em risco, mas a minha, não!”
Nancy: Talvez seja ingenuidade, uma falta de atenção. Deus quer que você, como mãe, tenha os olhos abertos para saber como guiar sua filha.
Dannah: Quero dizer que, se você acreditar nessa mentira, vai acabar perdendo sinais importantes para identificar onde as mentiras estão atuando na vida da sua filha.
Nancy: É por isso que você, como mãe, avó, ou mãe espiritual na vida de alguma jovem, vai perceber que “Mentiras em que as meninas acreditam” e “Guia das mães para mentiras que que as meninas acreditam” são recursos incríveis para ajudar a identificar onde as mentiras estão afetando a vida dessas meninas e para ajudá-las a reconhecer essas mentiras e, mais importante, a verdade que as liberta.
Dannah: Nancy DeMoss Wolgemuth e eu estamos conversando sobre como ajudar suas filhas e jovens na sua vida a discernir a verdade. Como compartilhei hoje, escrevi Mentiras em que as meninas acreditam e o Guia das mães como uma forma de ajudar sua filha a identificar as mentiras que são lançadas contra ela.
Bom, quando eu estava escrevendo o livro Mentiras em que as meninas acreditam, fiz uma pesquisa nacional com mais de mil e quinhentas meninas para descobrir as mentiras mais comuns em que garotas de oito a doze anos acreditam.
Encomende a sua cópia do livro e do guia para mães no nosso site, avivanossoscoracoes.com.
Nancy: Amanhã, você vai ouvir um pouco sobre as respostas delas. Vamos falar sobre três das mentiras mais comuns que elas acreditavam e, mais importante, sobre a verdade que pode libertar essas meninas. Não deixe de voltar para o Aviva Nossos Corações.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.