Dia 03: Um atalho
Nancy DeMoss Wolgemuth: Olá, eu sou Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos. Bem-vindas ao Aviva Nossos Corações.
Estamos prestes a continuar nosso estudo do livro do Antigo Testamento, Rute. Já vimos que Rute viveu em uma era corrupta e caótica, quando a maioria das pessoas ao seu redor fazia o que achava certo aos seus próprios olhos. Não parece muito diferente dos nossos dias, não é mesmo?
Você já se pegou querendo fugir da pressão? Quase todo dia, né? Preciso te contar que, na outra noite, em um intervalo de 24 horas recebi alguns e-mails que deixaram claro que eu teria muito trabalho pela frente, o que me causou um certo estresse. Era tarde da noite e eu decidi dar uma olhada em tudo que estava envolvido na resposta a essas mensagens. Aí pensei: “Acho que vou dormir. Se eu dormir, talvez quando acordar isso tudo já …
Nancy DeMoss Wolgemuth: Olá, eu sou Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos. Bem-vindas ao Aviva Nossos Corações.
Estamos prestes a continuar nosso estudo do livro do Antigo Testamento, Rute. Já vimos que Rute viveu em uma era corrupta e caótica, quando a maioria das pessoas ao seu redor fazia o que achava certo aos seus próprios olhos. Não parece muito diferente dos nossos dias, não é mesmo?
Você já se pegou querendo fugir da pressão? Quase todo dia, né? Preciso te contar que, na outra noite, em um intervalo de 24 horas recebi alguns e-mails que deixaram claro que eu teria muito trabalho pela frente, o que me causou um certo estresse. Era tarde da noite e eu decidi dar uma olhada em tudo que estava envolvido na resposta a essas mensagens. Aí pensei: “Acho que vou dormir. Se eu dormir, talvez quando acordar isso tudo já tenha sumido.”
Em pequenos ou grandes momentos, a tentação, quando estamos enfrentando pressão, dor, problemas ou situações difíceis da vida, é querer escapar. Bom, você vai ficar feliz em saber que, ao entrarmos na história de Rute hoje, você não é a única que sente vontade de correr e fugir das realidades da vida.
Estamos no primeiro capítulo do livro de Rute e ainda estamos no versículo 1. Essa história acontece na época dos juízes, um período negro na história de Israel. As Escrituras dizem:
“ Nos dias em que os juízes julgavam, houve fome na terra de Israel. E um homem de Belém de Judá foi morar por algum tempo na terra de Moabe, com a sua mulher e os seus dois filhos.”
Houve fome na terra. Quando voltamos ao Antigo Testamento, especialmente ao livro de Deuteronômio, descobrimos que, sob a antiga aliança, Deus prometeu ao Seu povo que, se eles O obedecessem, seriam abençoados e que essa bênção viria na forma de prosperidade material e física, que a terra seria frutífera, que eles seriam férteis, teriam famílias e a terra produziria.
Hoje, Deus nos abençoa de maneiras diferentes e não promete as mesmas bênçãos. Mas para a nação de Israel, Deus disse: “Se vocês Me obedecerem, a terra e suas mulheres serão frutíferas. Vocês serão prósperos.”
Ele também prometeu que, se desobedecessem às Suas leis, haveria consequências naturais e físicas por essa desobediência. Prometeu que haveria castigo, que viria na forma de fome e miséria, opressão militar e outras maneiras de correção se desobedecessem a Deus.
O propósito de Deus ao trazer essas consequências era mostrar que Ele é quem estava no controle da terra, que não eram os deuses pagãos cananeus Baal e Astarote que governavam a terra e controlavam a fertilidade, mas que Deus era o Senhor e dono da terra. Seu objetivo ao trazer a disciplina era restaurar o Seu povo a um ponto de obediência. Deus sabia que se a pressão aumentasse, o povo clamaria a Ele, e Ele poderia abençoá-los e ter misericórdia.
Penso no verso de Francis Thompson em O Cão do Céu, onde Deus diz: “Tudo que Eu tirei de você, eu fiz não para o seu mal, mas apenas para que você pudesse buscá-lo nos Meus braços.” Você vê, quando Deus envia uma fome, seja uma fome literal, espiritual ou emocional em nossas vidas, Seu propósito não é arruinar nossas vidas. Seu propósito é abrir nossos corações e mãos para receber aquilo que só Ele pode nos dar.
Havia, naquele tempo, uma fome na terra, e sabemos que provavelmente Deus estava disciplinando Seu povo. Ele estava tentando restaurá-los a um ponto de obediência. Nos é dito que, em meio àquela fome, um homem de Belém, na Judéia, deixou sua terra natal, para viver no país vizinho, Moabe.
A palavra Belém significa “casa do pão.” A palavra Judéia significa “louvor.” Portanto, esse homem morava em um lugar que significava “casa de pão e louvor.” Só esse nome mostra que a fome era incomum naquela terra, que o normal era a fertilidade e a prosperidade, que Deus estava enviando a fome para disciplinar Seu povo.
Aliás, Deus pretende que nossas vidas sejam casas de pão e louvor; casas de abundância. Pode ser que nem sempre haja abundância física, mas Deus deseja que nossas vidas sejam frutíferas, cheias.
Quando desobedecemos a Deus, Ele frequentemente envia uma fome aos nossos corações e vidas de alguma forma, para que possamos perceber as áreas em que O desobedecemos. É importante que, nesses momentos, aceitemos a fome como vindo da mão de Deus.
As Escrituras dizem que esse homem deixou Belém, na Judéia, levou sua esposa e seus dois filhos e foi viver por um tempo no país de Moabe. Moabe ficava a aproximadamente 96 quilômetros de Belém. Era do outro lado do Mar Morto, se você imaginar um mapa de Canaã.
Os moabitas, você deve se lembrar, eram os descendentes de Ló, fruto de uma relação incestuosa com sua filha mais velha. Essa foi a origem dessa nação. Os moabitas eram inimigos dos judeus. Havia uma longa história de conflitos entre os moabitas e os judeus. Mas esse homem sentiu que a fome era tão severa em sua terra natal que decidiu correr, fugir para Moabe. Para ele, isso parecia melhor naquele momento.
Lembre-se, por que Deus enviava fomes naquela época? Porque Ele queria disciplinar Seu povo que O desobedecia. Se a fome era resultado da desobediência do povo de Deus, qual seria a solução para a fome? Não era correr, mas se arrepender.
Elimeleque, esse homem judeu, escolheu fugir em vez de talvez ser um instrumento de avivamento, convocando o povo a dias de oração e jejum e buscando ao Senhor, chamando o povo ao arrependimento.
De fato, sua mudança para Moabe revelou uma falta de fé e que ele não via o propósito e a mão de Deus nessa fome. Não há dúvida de que ele deveria ter ficado onde estava. Mas onde ele estava parecia tão problemático que ele pensou que ir para outro lugar resolveria seus problemas.
Em vez de permanecer onde estava, acertar sua vida com Deus, reunir sua família e outros, e buscar a Deus, ele pegou sua família e partiu para outro país achando que seria melhor lá.
É possível que ele provavelmente pretendia ficar apenas por um tempo. O texto diz que ele foi viver por um tempo. Mas, quando chegamos ao final do versículo 2, percebemos que ele permaneceu lá. Ele foi para uma viagem curta achando que voltaria, mas três dos quatro que deixaram Judá e foram para Moabe nunca voltaram.
Eles acabaram se estabelecendo em Moabe, vivendo lá, criando suas famílias lá. As consequências das quais eles tentavam fugir se tornaram ainda piores quando chegaram a Moabe.
Deixe-me dizer que o caminho para a destruição e o caminho para a amargura (vamos ver Noemi como uma mulher que sabia muito sobre amargura) começa quando tentamos escapar das consequências que Deus planejou para nos moldar, santificar e disciplinar. Quando tentamos fugir dessas circunstâncias, nos colocamos em uma situação muito pior.
Lembro-me daquele versículo em Salmo 55, onde o salmista diz: “Então eu disse: Quem me dera ter asas como a pomba! Voaria e acharia descanso. Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto. Depressa eu me abrigaria do vendaval e da tempestade.” (versos 6–8).
Você já desejou que Deus a chamasse para regiões desabitadas do mundo? Senhor, se eu pudesse ir para essa ilha deserta onde não há pessoas, sem problemas. Bem, há dias em que só queremos escapar de tudo.
Davi aprendeu a mesma coisa que a família de Noemi iria aprender: a chave não é fugir. A chave é enfrentar o problema, encarar a dificuldade, encontrar a Deus, encontrar Deus nele e caminhar pelo olho do furacão.
Muito frequentemente, quando estamos passando por um tempo de necessidade , perda, dificuldades, privação, e as circunstâncias nos pressionam—talvez seja por causa do nosso próprio pecado, talvez seja por causa dos pecados de outros, mas a fome nos afeta da mesma forma—em vez de buscar o rosto de Deus sobre o porquê de estarmos nessa condição, o que fazemos é olhar para outros campos do mundo, outros países, outros lugares, e fixamos nosso coração naquele lugar.
Muitas vezes, acho que não é porque o mundo e o lugar para onde estamos fugindo são tão atraentes, mas porque o lugar onde estávamos vivendo, a realidade do mundo onde estamos, se tornou tão seco, e pensamos que deve ser melhor lá fora.
Em vez de enfrentar a verdadeira causa da nossa secura e chegar à raiz do problema, fazemos o que Elimeleque e sua família fizeram. Fazemos o que o filho pródigo fez. Fugimos para um país distante.
Invariavelmente, estamos procurando algum substituto para o que perdemos, pensando que se pudéssemos apenas entrar em uma situação diferente, se pudéssemos apenas nos mudar, se pudéssemos apenas ter um conjunto diferente de circunstâncias, então nos livraríamos de nossos problemas. O problema é: quando fugimos de nossos problemas, abandonamos a misericórdia de Deus que Ele queria nos dar no meio da fome, no meio de nossos problemas.
Dizemos a nós mesmas: "É só por um tempinho. Eu só preciso de uma pausa. Eu só preciso me afastar por um pouco." Como fazemos isso? Bem, Moabe pode assumir muitas formas e aspectos em nossas vidas. Para mim, na outra noite, foi: “Vou me deitar. Vou dormir—fugir de tudo isso.” Não há nada de errado em dormir quando é hora de dormir, mas se estou dormindo para fugir da pressão e dos problemas, vou descobrir que isso realmente não resolve meus problemas.
Algumas de nós recorrem à comida ou vão ao shopping. Outras se refugiam no trabalho, em uma carreira. Você pode ter se encontrado em algum momento fugindo para uma localização geográfica diferente. Talvez sua família toda tenha se mudado apenas para escapar de alguns problemas e pressões que você estava enfrentando no lugar onde vivia.
Todas nós, em algum momento, acabamos correndo para os amigos. Não há nada de errado em ter amigos. Às vezes, eles podem nos dar conselhos que vêm de Deus, mas, às vezes, estamos apenas tentando encontrar alguém que nos entenda, alguém que simpatize conosco e que seja uma fuga da realidade, da dolorosa realidade das nossas circunstâncias.
Conheço mulheres que recorrem a drogas, álcool, medicamentos tarja preta. Isso se tornou uma fuga. Elas estão tentando anestesiar a dor, tentando não ter que enfrentar a realidade da sua fome.
Há mulheres que buscam os braços de um homem achando que, nesse lugar de fuga, podem escapar da dor do casamento atual, da dor de relacionamentos difíceis, e encontrar alguém que é amável, que é acolhedor, que tem um ouvido atento e que entende sua situação.
O que elas estão fazendo? Estão fugindo para Moabe. Fugindo da fome na situação atual, no casamento atual, no ambiente atual. Acho que essa é uma das razões pelas quais as mulheres de hoje, incluindo as cristãs, estão tão interessadas em romances. É uma fuga da dor, do mundo real, da vida real. É uma fuga para um mundo de sonhos.
A Internet está oferecendo muitos meios de fuga hoje—não apenas para os homens, mas também para as mulheres. Um meio de encontrar relacionamentos, atalhos por meio da dor de relacionamentos reais para esse mundo dos sonhos de relacionamentos.
Frequentemente, dizemos a nós mesmas: "Não vou ficar por muito tempo. Vou só experimentar. Vou só tocar. Vou só fazer uma pequena experiência. Vou apenas sentir um pouco de alívio. Isso vai ser só por um tempo."
Foi isso que Elimeleque disse. “Vamos para Moabe só por um tempo, só enquanto a pressão estiver forte. Vamos voltar.” Elimeleque nunca voltou. Seus filhos nunca voltaram. E, tantas vezes, acabamos ficando nesse país distante.
Recentemente participei de uma conferência e li alguns comentários de mulheres que compartilhavam sobre problemas sérios: vícios e escravidão. Elas não começaram viciadas em álcool, viciadas em pílulas para dormir, viciadas em comida. O que aconteceu? Elas achavam que estavam indo apenas por um tempinho para escapar. Mas esse tempinho se tornou um longo período. E agora elas se encontram aprisionadas em Moabe. Não conseguem escapar. Não conseguem sair.
Elas não têm coração para Deus, não têm coração para o povo de Deus. E as consequências em Moabe são muito piores do que aquilo que estavam tentando escapar quando estavam em casa. Um lugar que muitas vezes pensamos que traria alívio, liberdade da pressão e dos problemas, acaba se tornando um lugar de ainda maior tristeza... e, às vezes, até morte.
É interessante, ao ler a história, sermos lembradas de que, quando deixamos a vontade de Deus, quando saímos do lugar que Deus desenhou para nossa santificação, raramente saímos sozinhas. Diz que esse homem saiu e levou sua esposa e seus dois filhos com ele. Sem dúvida, levamos outros conosco quando deixamos a vontade de Deus.
Pode ser que não tenhamos a intenção de magoar os outros, mas nossas decisões afetam outras pessoas. Na verdade, tudo o que fazemos—nossas atitudes, nossas ações, nossas escolhas—afeta a vida da nossa família e das pessoas ao nosso redor. A vida delas pode ser arruinada pela nossa desobediência, ou podem ser abençoadas pela nossa obediência. Nossas vidas têm influência.
Não pense por um momento que as escolhas que você faz, que parecem tão pequenas e insignificantes, não têm impacto nas pessoas ao seu redor.
Eu me pergunto se Elimeleque tivesse sido capaz de ler a história que lemos e saber o que ia acontecer com sua família... Suponho que ele era um homem que se importava com sua família. Ele os amava. Não acho que ele quisesse levá-los a um lugar onde suas vidas seriam destruídas.
Mas aparentemente ele não parou para pensar sobre o que essa decisão de fugir poderia significar para aqueles que amava, sem mencionar o que poderia significar para sua própria vida.
Você e eu podemos ser o instrumento de ruína e destruição para as vidas daqueles ao nosso redor. Mas quando escolhemos obedecer a Deus, nossas vidas podem ser instrumentos de bênção e avivamento.
Muitas vezes, infelizmente, são as crianças que são afetadas por nossas decisões e que pagam as consequências.
Fico impressionada com os pedidos de oração que as mulheres entregam em nossas conferências. Com que frequência as mulheres aparentemente não percebem a conexão entre suas próprias escolhas e onde seus filhos estão espiritualmente. Vi alguns casos em que as mulheres diziam: "Eu tenho essa escravidão a um hábito de pecado, uma área onde não tenho autocontrole. Por favor, orem por mim." E, em seguida, no próximo pedido, dizem: "Orem por meus filhos que estão vivendo vidas de imoralidade aberta e flagrante." Elas não estão fazendo a conexão.
Ao escolher viver vidas descontroladas e não viver vidas entregues a Deus, criaram um ambiente onde é mais fácil para seus filhos se aprofundarem em seus pecados e em seus estilos de vida destrutivos.
Acho que uma das coisas que torna isso mais desafiador—era verdade no passado e continua sendo verdade hoje—é que havia tão pouca diferença mensurável naquela época entre Moabe, o país pagão, e Israel, onde o povo de Deus vivia. O povo de Deus havia se aprofundado tanto nas maneiras do mundo que não acho que Moabe realmente parecia tão distante de um ponto de vista espiritual.
Moabe era um lugar idólatra e pagão que oferecia sacrifícios de crianças. Praticava-se uma religião perversa. Mas os judeus estavam fazendo muitas das mesmas coisas.
Assim, hoje, quando as igrejas se tornam tão parecidas com o mundo, quando nos mudamos para aquele país distante, aquele lugar de fuga, muitas vezes podemos não achar que é um grande problema. Não percebemos o quão longe nos afastamos dos caminhos de Deus.
A sugestão aqui é que Elimeleque levou sua família e os conduziu a Moabe. Isso levanta a questão: E se seu marido leva você e sua família por um caminho errado? Noemi foi parcialmente responsável aqui? Quem é o culpado e o que uma esposa deve fazer se seu marido disser: "Vamos para Moabe"?
Permita-me fazer algumas sugestões que não vêm diretamente desse texto, mas que servem como aplicação. Acho que a primeira é garantir que sua própria consciência esteja limpa como esposa.
Há algumas coisas que não nos são ditas nesta história. Não sabemos, por exemplo, se Noemi influenciou Elimeleque a ir para Moabe. Foi essa a ideia dela? Como Sara fez dizendo a Abraão para se deitar com Hagar e assim ter filhos.
Noemi estava tão miserável e infeliz e reclamando tanto que Elimeleque disse: "Vamos sair daqui. Não vou aguentar mais essa mulher reclamona. Vamos para Moabe"! Não sabemos.
Noemi estava com medo? Estava descontente? Ou, talvez, nada disso. Quando viu seu marido prestes a tomar uma decisão errada, ela o aconselhou? Ela orou por ele? Ela o encorajou a considerar as consequências? Qual era sua atitude? Ela orou para que Deus mudasse seu coração?
Ela era uma vítima ou era parcialmente responsável por essa decisão?
Aqui está o desafio: Quando você vê alguém em uma situação difícil, em um casamento difícil, por exemplo, não presuma que você sabe todos os fatos.
Olho para alguns casamentos e ouço uma parte contando a história e penso: "Oh, meu Deus. Não posso acreditar que essa esposa teve que suportar essa situação naquele casamento!" Mas o fato é que não sabemos todos os fatos.
Não sabemos se Noemi era inocente nisso ou não.
Mas, tratando-se do X da questão, quer ela fosse inocente ou culpada, ainda havia graça disponível. Primeiro, como esposa, certifique-se de que sua própria consciência esteja limpa. Tenha cuidado ao tirar conclusões sobre os negócios de Deus na vida de outras pessoas.
Pode parecer muito óbvio para nós que uma esposa é a parte inocente, mas a verdade é: não sabemos. Não sabemos o que acontece por trás das quatro paredes de um lar.
Já ouvi tantas histórias em que primeiro ouvi o lado de um parceiro e pensei que toda a culpa estava no outro parceiro. Depois ouvi o outro parceiro, e teria pensado que o primeiro parceiro estava totalmente errado. Frequentemente a verdade está em algum lugar no meio. Raramente temos todos os fatos.
Certifique-se de que sua consciência como esposa esteja limpa, que você tenha tido uma atitude piedosa, um espírito correto, que sua desobediência não esteja contribuindo para a família ir na direção errada, que seu marido não esteja reagindo à sua reclamação, seus medos e seu descontentamento. Já vi maridos tirarem suas famílias do ministério, de uma igreja, da vontade de Deus em resposta a uma esposa reclamona, rixosa.
E ele parece o vilão. Não estou dizendo que ele não tenha seus próprios problemas. Estou apenas dizendo que, como esposa, se sua família está indo na direção errada, certifique-se de que não foi seu pecado que contribuiu, mesmo que em parte, para essa decisão.
Depois, lembre-se de que Deus não a responsabiliza pelo pecado do seu marido. Deus a responsabiliza por suas escolhas, por seu pecado, por suas reações, por suas respostas.
Lembre-se de que pode haver momentos em que você terá que seguir seu marido em uma situação que pode não ser a vontade ideal de Deus para sua família. Quando você faz isso, em obediência a Deus e em obediência ao seu marido, pode haver momentos em que você terá que sofrer as consequências com o resto da sua família por causa da decisão errada de alguém.
Digamos que seu marido faça uma mudança de carreira ou uma mudança geográfica, e não seja feita na vontade de Deus, e você tenha que se mudar com ele. Você pode acabar com seu marido em Moabe, sem ter pecado, mas tendo que seguir e ter que experimentar algumas das consequências de suas escolhas erradas.
Mas o que acontece quando você acaba lá? Lembre-se de que não pode controlar as decisões dele. Você não pode controlar as escolhas dele, mas ainda pode estar em paz perante Deus. Você ainda pode fazer escolhas corretas em termos de suas reações e respostas.
Quando seu marido a leva para essa situação—e, a propósito, isso pode funcionar de ambos os lados. Não quero pegar no pé dos maridos aqui, porque muitas esposas fazem escolhas erradas que afetam os maridos também. Estamos em um grupo cheio de mulheres aqui. Lembre-se de que quando seu marido faz—como fará em alguns momentos—escolhas erradas, você ainda pode responder de uma maneira piedosa.
Você não pode culpar suas respostas erradas—suas reclamações, suas queixas, suas palavras maldosas sobre seu marido—pela decisão do seu marido. Você é responsável por suas escolhas, por como você responde a essa situação.
Temos aqui um homem que tomou uma decisão, uma esposa que seguiu, quer ela tenha sido parte daquela escolha ou não, não sabemos.
Mesmo que ela tenha sido uma vítima da decisão errada de seu marido, há um momento nesta história em que ela tem que assumir a responsabilidade por sua própria vida e voltar para Belém. Ela não precisa passar a vida como prisioneira das escolhas erradas dele. Chega um momento em que ela é capaz, em nome da família, de se arrepender, voltar a Judá, deixar Moabe e tomar decisões corretas.
Isso me diz que você e eu podemos fazer escolhas certas e piedosas. Independentemente do nosso passado, independentemente do que fizemos ou do que nos foi feito, podemos ter um relacionamento certo com Deus.
Independentemente de onde sua família esteja espiritualmente. Independentemente de seu marido andar com Deus ou não, você pode andar com Deus.
Mesmo que seu marido a leve a Moabe e você o siga em obediência a Deus e reverência pelo seu marido, você pode ter um relacionamento íntimo, pessoal e correto com Deus. No final, à medida que você espera no Senhor e se entrega a Ele, você vai experimentar o que Noemi acabou experimentando, que é a alegria da restauração, vendo que Deus realmente pode trazer o bem do mal.
As Escrituras dizem que Ele fará até mesmo a ira dos homens O louvar. Que as decisões erradas dos outros, à medida que afetam nossas vidas, podem, em última análise, acabar se tornando para a glória de Deus. Se estivermos dispostas a manter nosso lugar, a nos colocarmos diante do Senhor em humildade e obediência e dizermos:
"Senhor, eu escolho, independentemente das escolhas que outras pessoas possam fazer, eu escolho andar contigo e confiar que Tua presença e Tua provisão serão suficientes para mim neste lugar."
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth compartilhou insights de Rute, capítulo 1. Ela estará de volta para concluir, mas hoje nos faz considerar como às vezes fugimos de nossos problemas como Elimeleque e Noemi fizeram. Você já passou por isso? Já fez isso? Quando somos tentadas a escapar do desconforto ao nosso redor. Quais pressões você deseja escapar ou evitar?
Talvez você sempre tenha gostado da história de Rute e queira se aprofundar um pouco mais. Nós temos tudo o que você precisa. Você pode ouvir a história de Rute com Nancy, aqui mesmo no Aviva Nossos Corações nas próximas semanas. Você pode obter sua própria cópia do estudo Mulheres da Bíblia sobre o livro de Rute. Chama-se Rute - experimentando uma vida restaurada.
Nele, você ganhará uma compreensão mais profunda do contexto cultural da época. Não só aprenderá com os personagens, pessoas reais nessa história, mas também verá o tema geral da restauração de Deus. Peça hoje mesmo a sua cópia no nosso site avivanossoscoracoes.com
Você está fazendo as perguntas certas? Bem, você nunca encontrará a resposta certa se não fizer as perguntas certas. Vamos considerar isso amanhã enquanto Nancy retoma a história de Rute. Ela está de volta agora com algumas palavras finais.
Nancy: Eu me pergunto se há alguma situação que vem à sua mente em que outra pessoa tomou uma decisão errada e isso afetou sua vida. Talvez seja seu marido. Talvez sejam seus pais. Talvez um chefe. Talvez o pastor da sua igreja. E você acabou experimentando algumas consequências por causa das escolhas erradas de alguém.
Você reconheceria diante de Deus a verdade de que é possível viver uma vida piedosa e andar com Ele mesmo em meio a essas circunstâncias? Se você tem se ressentido e resistido, reclamando, se queixando, falando mal de alguém por causa das escolhas que eles fizeram, você poderia, mesmo agora em seu coração, se arrepender e dizer: Senhor, não é apenas o pecado deles, é meu pecado também. É como eu respondi. É como reagi em meu espírito, em minhas palavras, em minhas ações.
Eu não esperei em Ti. Eu não confiei em Ti. Você pediria o perdão de Deus por suas reações erradas ou por qualquer parte que você possa ter tido em contribuir para essa decisão errada? Você não pode escolher por outra pessoa, mas pode escolher andar com Deus.
Senhor, poderias começar, neste momento, a derramar Tua graça e criar circunstâncias para trazer restauração para as mulheres que podem estar em um Moabe hoje por causa de uma decisão errada de alguém? Poderias dar a elas um senso de esperança e fé de que ainda estás no controle e que farás essas circunstâncias trabalharem para o bem delas e para a Tua glória. Eu oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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