Dia 04: Fazendo as perguntas erradas
Raquel: Você já se perguntou por que está na situação em que está? Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Aquela pessoa, aquela situação no trabalho, aquela situação na igreja que parece tão dolorosa, e você não consegue entender: "O que eu fiz para merecer isso?" Talvez nada. Você não precisa necessariamente saber a resposta para essa pergunta.
A resposta que você já conhece é que Deus tem um propósito e um plano maior do que você.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus, na voz de Renata Santos.
Se você estivesse planejando dirigir de São Paulo ao Rio de Janeiro, não adiantaria nada olhar um mapa do Piauí. Você precisa de informações precisas baseadas no seu destino.
Bem, a mesma coisa pode ser aplicada à sua jornada espiritual. Você está confiando nas informações mais precisas sobre para onde …
Raquel: Você já se perguntou por que está na situação em que está? Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Aquela pessoa, aquela situação no trabalho, aquela situação na igreja que parece tão dolorosa, e você não consegue entender: "O que eu fiz para merecer isso?" Talvez nada. Você não precisa necessariamente saber a resposta para essa pergunta.
A resposta que você já conhece é que Deus tem um propósito e um plano maior do que você.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus, na voz de Renata Santos.
Se você estivesse planejando dirigir de São Paulo ao Rio de Janeiro, não adiantaria nada olhar um mapa do Piauí. Você precisa de informações precisas baseadas no seu destino.
Bem, a mesma coisa pode ser aplicada à sua jornada espiritual. Você está confiando nas informações mais precisas sobre para onde está indo? Nancy nos desafia a fazer as perguntas certas e buscar as respostas nos lugares certos.
Este é o quarto episódio da série "Rute: O poder transformador do amor redentor". Você pode acessar os episódios anteriores no nosso site avivanossoscoracoes.com. Aqui está Nancy.
Nancy: Uma das coisas que eu amo sobre o coração e os caminhos de Deus é que, assim que falhamos, ao sair da Sua vontade, Deus ativamente cria circunstâncias que nos tragam de volta a Ele.
Não foi assim no Jardim do Éden? O pecado de Adão e Eva não surpreendeu Deus. Ele não foi pego de surpresa. Ele não ficou lá no céu dizendo: "Oh não. Meu plano está estragado. O que eu vou fazer agora?"
Deus já tinha, desde antes da fundação da Terra, um plano para redimir o homem de suas falhas, para restaurá-lo a um lugar de obediência e relacionamento com Deus.
Estamos estudando o livro de Rute, capítulo um. Vimos nos primeiros dois versículos que Elimeleque, em um tempo de fome, pegou sua esposa e dois filhos e saiu de Belém para ir para a distante terra de Moabe.
Pensando que as coisas seriam melhores lá, ele não percebeu que estava levando sua família para um lugar onde enfrentariam dificuldades, problemas e lutas ainda maiores.
Hoje chegamos ao versículo 3 , e lemos que "Elimeleque, marido de Noemi, morreu." E aqui está ela em uma terra estranha onde seu marido a levou.
Comentamos no episódio de ontem que não sabemos se ela fez parte dessa decisão ou se apenas o seguiu por obediência, mas, independentemente disso, Deus ainda é Rei. Deus ainda estava em Seu trono.
Ela estava agora em Moabe. Sozinha com seus dois filhos e viúva. O versículo 4 diz que “os dois filhos, casaram-se com mulheres moabitas, uma chamada Orfa e a outra Rute. Depois de terem vivido lá cerca de dez anos,” lembre-se de que quando foram para Moabe, pretendiam ficar lá apenas por um tempinho.
Mas, como o pecado costuma fazer, levou-os a um lugar onde acabaram em um país estrangeiro, Moabe, fora da vontade de Deus, durante todos esses anos, agora por uma década.
“E depois de terem vivido lá cerca de dez anos,” essa mulher viúva com seus dois filhos e suas duas noras, no versículo 5 diz que: “tanto Mahlon quanto Quilion também morreram, e Noemi ficou sem seus dois filhos e seu marido.”
A história é contada de uma maneira bem objetiva. Você vê que essa era uma situação em que Noemi realmente ficou destituída e solitária, em uma situação desesperadamente difícil e dolorosa.
Eu acredito que, nesse caso, essas circunstâncias eram evidência da mão de Deus na vida daquela família, tentando restaurá-los de Moabe, onde haviam fugido, para trazê-los de volta ao lugar onde pertenciam, Belém, em Judá.
Deixe-me dizer rapidamente que nem toda circunstância dolorosa em nossas vidas é resultado do pecado. Alguns tentarão te dizer que, na perda de um cônjuge, algumas aqui já passaram por isso, na perda de um pai, na perda de um filho, que isso é porque você pecou contra Deus.
Isso é o que os amigos de Jó tentaram lhe dizer. A verdade é que, às vezes sim e às vezes não, as dificuldades são resultado do nosso pecado.
A morte é sempre o resultado do pecado num ccerto sentido, porque vivemos em um mundo pecaminoso, mas às vezes é a consequência direta de nossas escolhas erradas. Às vezes, temos vivido uma vida de obediência e, ainda assim, passamos por tempos difíceis.
A coisa maravilhosa sobre os caminhos de Deus é que ainda existe um Deus que está no controle, cumprindo Seus propósitos e que tem propósitos para a sua vida, independentemente de como você chegou a essa situação.
Naquele caso, a família havia deixado a vontade de Deus, eu acredito, fugindo da fome e indo para Moabe. Deus imediatamente começou a criar circunstâncias para trazê-los de volta.
Essas circunstâncias, por mais dolorosas que fossem, eram uma expressão do amor de Deus, do compromisso de Deus com essa família.
Você pode pensar: “Isso parece uma maneira estranha de mostrar amor, uma maneira estranha de demonstrar compromisso.” Mas Deus sabia exatamente o que seria necessário para trazer essa família de volta para casa.
E na sua vida Deus sabe exatamente o que será preciso para moldá-la, santificá-la e conformá-la à imagem de Cristo. Às vezes, as circunstâncias são resultado do seu pecado. Às vezes, são apenas o resultado de viver em um mundo caído, onde doenças e mortes têm suas consequências.
De qualquer forma, Deus está trabalhando e expressando Seu amor.
O que acontece conosco quando vamos ao lugar de fuga, as circunstâncias nas quais acabamos, são planejadas por Deus para nos trazer de volta para casa, para nos levar ao arrependimento de nossas escolhas erradas e nos colocar no ponto em que permanecer no país distante parece muito menos atraente, onde o lar parece ser o melhor lugar para estar.
Quando buscamos escapar do plano de Deus para a nossa vida, os desafios ou situações que encontramos podem estar sendo moldados por Deus para nos trazer de volta ao caminho “de casa”.
Essas circunstâncias têm o propósito de nos encorajar à reflexão, e nos levar ao arrependimento por escolhas erradas e, por fim, a atração de permanecer "em um país distante" (ou de continuar em um estado de rebeldia ou escapismo) diminui, tornando o "lar" muito mais desejável.
A tentação, nesses momentos, é ver essas circunstâncias como vindo da mão de um Deus zangado, em vez de ver o amor e a misericórdia de Deus ao criar essas circunstâncias em nossas vidas.
Vamos ver que houve duas coisas que trouxeram Noemi de volta para Belém. Vamos falar sobre o primeiro motivo hoje, e sobre o segundo amanhã.
A primeira foi a mão disciplinadora de Deus. Noemi teve que perceber, assim como nós, que as circunstâncias que estava enfrentando não eram para punição, mas sim para treinamento, para ensinar. Esse é o propósito da disciplina.
Quando estamos em tempos de adversidade, pressão e problemas, a pergunta importante não é tanto “Por que isso está acontecendo comigo?”, mas sim “O que Deus está querendo me ensinar através dessa circunstância?”
Muitas vezes, o que Ele quer nos ensinar está relacionado a alguma área em que nos desviamos e precisamos ser restaurados. Precisamos que nosso coração volte para casa. Podemos estar cegas para nossa necessidade ou para nossa falha, e Deus quer abrir nossos olhos para nos ensinar.
Agora, neste caso, a morte de Elimeleque não foi suficiente para trazer Noemi de volta para casa. Ela continuou em Moabe. Talvez ela tenha pensado: "Estou tão sozinha. Não consigo fazer essa viagem de volta." Talvez ela tenha pensado: "Fiz amigos aqui. Acho que vou ficar." Não sabemos o que ela pensou, mas sabemos que Deus sabia exatamente o que seria preciso para trazê-la de volta ao seu país natal.
Noemi ficou em Moabe tempo suficiente para que seus filhos se casassem com mulheres moabitas. Não era expressamente proibido por Deus que os judeus se casassem com moabitas. Eles eram proibidos de se casar com cananeias.
Deus não havia dito que você não pode se casar com moabitas, mas havia alertado Seu povo: "Se você se casar fora da sua fé, é provável que seja levado à idolatria e religiões pagãs."
Portanto, essa foi definitivamente uma escolha tola por parte daqueles jovens. Deixe-me dizer, aliás, mães, que quando você leva seus filhos a viver no sistema do mundo, quando você permite coisas em sua casa, quando você leva sua família a maneiras de pensar, viver práticas mundanas, não se surpreenda quando seus filhos crescerem atraídos pelo mundo.
Esses filhos estavam aparentemente confortáveis o suficiente em Moabe para decidirem se estabelecer lá e ter esposas. Mães, isso é algo que precisa ser ensinado a suas filhas e seus filhos— a tolice de se casar fora da sua fé. Quantos têm naufragado sua própria fé por terem se casado com um jovem ou uma jovem que não tem um coração para Deus.
Nesse caso, os filhos perderam suas vidas, mas mesmo isso tendo acontecido, quero que você perceba, ainda foi um ato da misericórdia de Deus. O que Deus estava tentando fazer? Ele estava tentando trazer Noemi e sua família de volta para casa, de volta a um lugar de obediência, e não apenas por causa deles.
Veja, Deus tinha um plano maior, um propósito maior que tinha a ver com redenção. Tinha a ver com um Messias. Tinha a ver com uma linhagem de santidade e pureza que Deus estava querendo criar, que traria salvação para o mundo.
Deus tem propósitos que são maiores do que o meu conforto, minha conveniência e meu bem-estar. Eu preciso estar disposta a deixar Deus cumprir esses propósitos, custe o que custar para a minha própria vida.
Quando os filhos de Noemi morreram, ela ficou em uma situação em que não tinha herdeiro para o nome de seu marido. A linhagem familiar foi interrompida.
Não haveria continuidade desses nomes. Não haveria garantia de sua herança. Essas eram duas coisas muito importantes na cultura judaica: o nome da família e a herança da família— as terras da família.
Ela havia perdido tudo. Alguém disse que um bom resumo dessa parte da história é que o pecado te leva mais longe do que você gostaria de ir; ele te mantém por mais tempo do que você gostaria de ficar, e custa mais do que você gostaria de pagar. O pecado te leva mais longe do que você gostaria de ir, te mantém por mais tempo do que você gostaria de ficar, e custa mais do que você gostaria de pagar.
Na vida de Noemi, vemos que ela experimentou dor, ela enfrentou perdas. Vemos que escolhas têm consequências. Às vezes, são nossas escolhas que trazem essas consequências. Às vezes, temos que sofrer as consequências das escolhas erradas de outra pessoa. Mas, independentemente disso, Deus tem propósitos nas consequências.
O objetivo de Deus é restaurar. Seu objetivo é construir uma linhagem familiar, um legado e uma herança piedosa. Noemi pensou que havia perdido tudo, e parecia que sim.
Eu me pergunto se você já se encontrou em algum momento da sua vida em que parecia que, por causa das suas próprias falhas ou das falhas de algum membro da sua família, não havia mais chance de você ter uma linhagem familiar que agradasse a Deus.
Você pensou: “Nós simplesmente não conseguimos ser uma família piedosa.” Parecia que toda a esperança estava perdida no caso de Noemi. Mas esta é a história de como Deus pega uma linhagem familiar destruída, ímpia, com escolhas erradas e muitas falhas, e a redime para que se torne uma linhagem que leva a Cristo.
Há esse tipo de esperança para a sua família. E isso significa que você precisa estar disposta a abraçar as circunstâncias que Deus usa para te restaurar. Elas podem ser dolorosas. Podem trazer lágrimas. Podem envolver, até mesmo, em algumas ocasiões, algo tão severo quanto a morte.
Mas lembre-se de que é sempre uma expressão do amor de Deus, que essas circunstâncias em nossas vidas são, na verdade, expressões de Sua misericórdia, que são destinadas à nossa instrução.
Isso não significa que é culpa de Deus quando escolhas são feitas. Vivemos em um mundo pecaminoso, e as consequências entram neste mundo que o pecado ordenou.
Mas isso significa que, quando pecamos e quando outras pessoas pecam, Deus ordena circunstâncias—circunstâncias e situações da vida, quando as coisas parecem tão fora de controle, quando estamos sofrendo dificuldades.
Penso em uma jovem que conheço, que perdeu o pai aos oito anos. Quando era adolescente, teve um irmão que foi morto. E quando ela estava na faculdade, na noite antes de voltar para casa nas férias de Natal, um homem entrou em seu apartamento e ela foi violentada—uma experiência terrível e horrível.
Parecia que havia uma coisa após a outra na vida dessa jovem. Bem, já se passaram cerca de dez anos desde aquela fase, e agora, se você pudesse conhecer essa jovem, diria que, por mais difíceis e dolorosas que as circunstâncias tenham sido em sua vida—que aliás ela não tinha controle sobre nenhuma delas — “Aqui está uma jovem que conhece a Deus.”
Ela foi ensinada nos caminhos de Deus. Há uma liberdade e uma fragrância que surgiram em parte como resultado de algumas das dores e circunstâncias que ela enfrentou na vida.
Deus usa a aflição para propósitos de disciplina e correção. Hebreus 12 fala sobre isso. O autor de Hebreus está falando a cristãos que estão passando por perseguições, enfrentando tempos difíceis como cristãos por causa da sua fé.
Ele está escrevendo para encorajá-los, e parte do que ele diz é: “Lembre-se de Jesus. Em seu sofrimento, lembre-se de Jesus. Não se esqueça de que há alguém que sofreu mais.” Na verdade, ele diz nesta passagem: “Vocês ainda não resistiram até o sangue. Vocês não sofreram até o ponto de derramar sangue” (Hebreus 12:3–4, parafraseado).
Mantenham os olhos em Jesus. Depois ele fala sobre algumas coisas que nos dão uma perspectiva sobre esse assunto da disciplina de Deus.
O autor de Hebreus diz no versículo 5, capítulo 12: “E vocês se esqueceram da exortação que lhes é dirigida, como a filhos.” Agora, há momentos na vida onde precisamos de uma palavra de encorajamento.
Algumas de vocês nesta sala hoje precisam de uma palavra de encorajamento sobre o que está acontecendo em sua vida, em sua família, em sua situação.
O escritor aqui diz: “Vocês se esqueceram de algo que precisam ser lembrados.”
Aqui está o encorajamento. Ele cita o Antigo Testamento e diz: “Filho meu, não despreze a correção que vem do Senhor, nem desanime quando você é repreendido por ele; porque o Senhor corrige a quem ama e castiga todo filho a quem aceita” (Hebreus 12:5–6).
O escritor está dizendo que a disciplina é uma expressão do amor de Deus. Você provavelmente já disse isso a seus filhos: “Estou fazendo isso porque te amo. Isso não é fácil para mim”, e a disciplina não é fácil de receber. Não é fácil de aplicar, mas você, como mãe, sabe disso (e Provérbios fala sobre isso caso você não saiba), se você ama seus filhos, você os disciplinará.
As Escrituras estão dizendo aqui em Hebreus 12 que temos um Pai amoroso que disciplina Seus filhos, e que essa disciplina é uma expressão do Seu amor. Diz que Ele disciplina todos os que aceita como filhos.
Logo abaixo no versículo 8, diz assim: “Todos passam por disciplina”, todo filho de Deus. Na verdade, o fato de você experimentar aflição e correção e disciplina é uma evidência de que você é uma filha de Deus.
Se você nunca experimentou disciplina na sua vida, é melhor perguntar a si mesmo: “Eu sou realmente uma cristã?” Porque as Escrituras dizem que todos os que Deus reivindica como Seus filhos, Ele disciplina.
Você não disciplina os filhos do seu vizinho. Você disciplina seus próprios filhos, e Deus disciplina Seus filhos. Se somos uma de Suas filhas, experimentaremos essa disciplina.
Essa passagem continua a nos falar sobre como devemos responder nesses tempos de disciplina. Ele diz no versículo 7: “É para disciplina que vocês perseveram.” Não diz aqui qual é a causa da dificuldade.
Não diz que a dificuldade foi resultado do seu pecado ou resultado do pecado de outra pessoa. De certa forma, não importa. Ele diz: “É dificuldade. Suporte-a! Aceite-a. Não fuja dela. Não se ressinta. Não a resista, mas suporte-a.”
Suportar sugere que há um longo percurso envolvido aqui. Sugere que há uma corrida que não é uma corrida curta. É uma corrida de resistência. Ele nos dá outra maneira de responder.
Estou pensando em uma trilha que fiz. Uma amiga me chamou para fazer essa trilha numa montanha aqui na área. Não conseguimos subir pela rota mais fácil porque a trilha estava em manutenção e aquela parte não estava aberta. Então, fomos pelo lado de trás da montanha e fizemos o que eu não consideraria uma caminhada. Eu diria que era escalada em rocha.
Cerca de metade do caminho, estávamos ofegantes e nos perguntando se sobreviveríamos àquela dificuldade. Continuávamos olhando para o que esperávamos ser o topo e dizendo: “Parece que há um céu lá em cima em algum lugar.” Mas, no processo de ir de baixo para cima, havia dificuldades. A necessidade era de suportar.
Ele diz no versículo 9—deixe-me ler, começando no versículo 7:
“É para disciplina que vocês perseveram. Deus os trata como filhos. E qual é o filho a quem o pai não corrige? Mas, se estão sem essa correção, da qual todos se tornaram participantes, então vocês são bastardos e não filhos. Além disso, tínhamos os nossos pais humanos, que nos corrigiam, e nós os respeitávamos. Será que, então, não nos sujeitaremos muito mais ao Pai espiritual, para vivermos?” (Hebreus 12:7–9)
“Qual é a resposta?” ele está dizendo? Não só suportá-la, mas respeitar Deus por isso e se submeter a Ele se você quiser obter vida através dessa disciplina. Submeta-se. Isso é o que você está dizendo aos seus filhos quando os disciplina.
Submeta-se à instrução. Submeta-se à disciplina. Submeta-se à sua vontade. Quando você disciplina seus filhos, saberá que a disciplina foi eficaz se eles se submeterem.
E Deus coloca disciplina em nossas vidas até que nos submetamos, até que não haja mais resistência, nos tornando maleáveis e moldáveis em Suas mãos.
Ele continua dizendo no versículo 10: “Pois eles [nossos pais físicos] nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para o nosso próprio bem, a fim de sermos participantes da sua santidade”.
Ele está falando aqui sobre o objetivo de Deus, o propósito de Deus. É importante ter isso em mente quando você está passando pela disciplina, que há um propósito nisso. Qual é o objetivo de Deus?
É para o nosso bem! Isso é para a nossa bênção. Isso é para o nosso benefício. E o propósito é que possamos compartilhar de Sua santidade. Uma tradução diz que possamos ser participantes de Sua santidade.
Deus está comprometido em nos transformar para que sejamos mais parecidos com Jesus. Esse é um processo, pois não começamos dessa forma. Há tanto em meu coração, em minhas atitudes, na maneira como trato as pessoas e nas minhas reações à vida que ainda não refletem a essência de Cristo.
Então, o que Deus faz? Ele envia dificuldades. E essa dificuldade pode tomar muitas, muitas formas diferentes. Pode ser as pequenas coisas da vida que simplesmente nos atrapalham ao longo do dia. Pode ser crises grandes e monumentais, mas o objetivo é sempre que nos tornemos participantes da santidade de Deus, que nos tornemos como Jesus.
Ele continua dizendo no versículo 11: “Na verdade, toda disciplina, ao ser aplicada, não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza.” Se não é triste e doloroso, não é disciplina. Não nos importaríamos em ser disciplinados por Deus se não doesse. Mas o objetivo da disciplina é que é dolorosa. Ela machuca. Não é agradável. Nenhuma disciplina é agradável no momento.
Seus filhos não se aproximam de você e dizem: “Eu gostaria de ser disciplinado. Dê-me mais dificuldades. Dê-me mais tarefas. Dê-me uma palmada.” Nós não pedimos disciplina.
Não é agradável, mas as Escrituras dizem que produz algo que é agradável. Algo que faz valer a pena toda a dificuldade. Ele diz: “Porém, mais tarde, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.” (Hebreus 12:11).
Mas a mudança não acontece imediatamente. Você não coloca sementes no solo e de repente surge uma colheita. Ele diz: “Por um tempo, temos que passar por essa disciplina e mais tarde ela produz uma colheita.”
Você pergunta: “Quanto tempo? Quando mais tarde?” Eu não sei. Você não sabe, mas conhecemos Alguém que sabe. Deus sabe, e Ele está dizendo: “Aguente firme! Não desanime com isso. Seja encorajada e saiba que em sua vida está sendo produzida justiça.”
Tenha a certeza de que se você suportar, se você se submeter à disciplina, haverá uma colheita de justiça se estivermos dispostas a ser treinadas pela disciplina.
A disciplina nem sempre tem o resultado desejado. Se resistirmos, se nos opormos a ela, se fugirmos dela, então apenas recebemos a disciplina, mas não obtemos a colheita de justiça.
Como seria melhor dizer: “Sim, Senhor. Eu abraço isso.” Talvez tenha sido sua culpa; talvez não tenha sido sua culpa. Talvez alguém tenha te colocado nesse problema. Talvez tenha sido circunstâncias que você não pôde controlar, mas, seja o que for, ter um coração ensinável que diz: “Senhor, eu quero conhecer você e seus caminhos através dessa circunstância. Eu me submeto a este exercício. Estou disposta a ser treinada por isso.” E você tem a promessa de que haverá uma colheita de justiça e paz.
Você olhará para trás e dirá: “Obrigada, Senhor. Sabias de coisas que eu não sabia. Tinhas um bom objetivo em mente. Tinhas um propósito, para me fazer como Jesus. Te agradeço por todas as escolhas que fizeste, por mais dolorosas que tenham sido, agora eu posso ter uma comunhão e uma comunhão contigo que é mais rica e doce do que eu poderia ter desfrutado sem essa disciplina.”
Você está passando por algum tipo de disciplina agora? Acho que todas nós podemos lembrar de momentos em que passamos, mas me pergunto se há alguém passando por algum tipo de disciplina agora?
Eu sei que estou. Até mesmo o desenvolvimento do ministério Aviva Nossos Corações é uma disciplina na minha vida. Não está relacionado ao pecado, eu não acho, mas é um ato do amor e da expressão da misericórdia de Deus. Há aspectos de Deus me colocando em um novo tipo de ministério que são desafiadores e dolorosos.
A questão não é: “Será que isso vai acontecer?” Haverá dificuldades. A questão é: “Eu vou suportar? Vou submeter minha vontade a Deus? Vou abraçar a dificuldade? Vou abraçar Seus propósitos, e vou deixar Deus me ensinar através da disciplina?”
Você vai deixar Deus te ensinar através da disciplina, das dificuldades, dos desafios? Aquela pessoa, aquela situação no trabalho, aquela situação na igreja que parece tão dolorosa, que você não consegue entender: “O que eu fiz para merecer isso?” Talvez nada. Você realmente não precisa saber a resposta para essa pergunta.
A pergunta sobre a qual você sabe a resposta é que Deus tem um propósito e um plano que é maior do que você. É maior do que o que você pode ver. Ele está cumprindo isso. Ele vai realizar Seus propósitos. E quando você tiver sendo provada, você sairá refinada como ouro. Você sairá como ouro puro.
Raquel: Você está enfrentando alguma circunstância difícil? Nancy DeMoss Wolgemuth tem compartilhado esperança sobre como responder em tempos de dificuldade. Ela está nos conduzindo por uma série chamada “Rute: O poder transformador do amor redentor.”
A história de Rute está cheia de esperança para tempos de grande desespero. Para ter uma visão melhor desse tipo de esperança, confira nosso estudo sobre o livro de Rute na série Mulheres da Bíblia: Rute - experimentando uma vida restaurada. Você passará seis semanas caminhando pelo livro de Rute e assistindo à história da restauração de Deus se desenrolar em sua vida. Através de sua história, você verá uma imagem do amor redentor de Cristo por nós. Encomende a sua copia hoje mesmo no nosso site avivanossoscoracoes.com
Se você tivesse um filho que fugiu, você o aceitaria de volta em casa? Ouça sobre um pai que respondeu a essa pergunta amanhã. Aguardamos você aqui no Aviva Nossos Corações. Agora, Nancy está de volta para orar.
Nancy: Pai, eu só quero parar e Te agradecer pela Sua mão disciplinadora. Eu geralmente não amo a disciplina, mas hoje eu Te amo mais por causa dessa disciplina. Eu sei que hoje há áreas da minha vida que estão mais parecidas o Senhor por causa da Sua disciplina em minha vida.
A ideia de mais disciplina não me agrada, mas de certa forma, eu a acolho, porque sei que isso é uma expressão do Seu amor, uma expressão do Seu relacionamento, do Seu compromisso comigo. Senhor, eu quero, em meio a esses momentos de disciplina, suportar, submeter minha vontade, ser ensinada, ser humilde, ser conformada à Sua imagem.
E eu oro agora por uma das minhas irmãs nesta sala, ou mais, que estão passando por um tempo de aflição, disciplina, talvez por suas próprias escolhas erradas, talvez por causa das escolhas erradas de outras pessoas. Pode ser circunstâncias que o Senhor tem planejado porque deseja moldá-las à imagem de Cristo. Poderias encorajar os corações delas? Fortalecê-las? Ajude-as a olhar além da disciplina para a colheita de justiça e paz que o Senhor prometeu àqueles que são treinados atraves da disciplina. Eu oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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