Dia 05: Frutificando na terceira idade
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que envelhecer tem suas dificuldades ... mas também muito potencial.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Veja, o ideal não é ter uma vida saudável, próspera e cheia de energia. O ideal é que possamos ser frutíferas para que possamos apontar as pessoas para Cristo.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de A sós com Deus, Leituras devocionais diárias, na voz de Renata Santos.
Nancy: Bem, se você tem mais de sessenta e cinco anos, já deve ter passado pelo que vou contar agora. Na semana do meu aniversário de sessenta e cinco anos, recebi uma enxurrada de correspondências, e-mails e mensagens de texto. Recebi e-mails de uma empresa chamada Melhor, não mais jovem.
Eles vendem produtos de cabelo para idosas e alguns dos slogan são: “do fraco ao forte”, “abracadabra, mágica para o cabelo”. Ok, tenho que confessar que …
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que envelhecer tem suas dificuldades ... mas também muito potencial.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Veja, o ideal não é ter uma vida saudável, próspera e cheia de energia. O ideal é que possamos ser frutíferas para que possamos apontar as pessoas para Cristo.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de A sós com Deus, Leituras devocionais diárias, na voz de Renata Santos.
Nancy: Bem, se você tem mais de sessenta e cinco anos, já deve ter passado pelo que vou contar agora. Na semana do meu aniversário de sessenta e cinco anos, recebi uma enxurrada de correspondências, e-mails e mensagens de texto. Recebi e-mails de uma empresa chamada Melhor, não mais jovem.
Eles vendem produtos de cabelo para idosas e alguns dos slogan são: “do fraco ao forte”, “abracadabra, mágica para o cabelo”. Ok, tenho que confessar que eu gosto dessas coisas de mágica para cabelo. Tenho alguns dos produtos deles. São bons, mas não sei sobre essa parte do abracadabra. Eles estão sempre me enviando e-mails sobre seus produtos.
Depois, recebi um convite para participar de, abre aspas, “um evento especial para aposentados e aqueles que planejam se aposentar em breve”. Eu estava trabalhando muito naquela semana. Ainda não estava pronta para ser chamada de “aposentada”. Mas foi isso que apareceu na minha caixa de entrada. E, claro, recebi pelo correio um envelope da Associação Americana de Pessoas Aposentadas (AARP) que dizia “Feliz Aniversário, Nancy”, com um cartão de associado e uma oferta irrecusável. Talvez você já tenha recebido esses envelopes.
Recebi um folheto no correio anunciando um workshop de dois dias sobre planejamento para aposentadoria. Fiquei cansada só de ver esses “parabéns” vindos de várias fontes me lembrando do envelhecimento. Esse workshop sobre planejamento de aposentadoria oferece o “segredo para construir sua aposentadoria ideal”. E qual é o segredo? “Você é seus sonhos, sua lista de desejos, sua definição de aposentadoria ideal, sua capacidade de encontrar propósito para esta fase da vida.”
Bem, fui bombardeada com essas e muitas outras lembranças de que estava envelhecendo e que mudanças talvez fossem necessárias. Mas o que eu queria saber era: qual é a perspectiva de Deus?
Quando completei sessenta e cinco anos, queria saber o que Deus pensa sobre isso. E qual era a definição d’Ele para essa fase da minha vida? Qual era o plano d’Ele para minha vida? Foi por isso que me dediquei a estudar o Salmo 92 ao chegar nesse marco. Tenho vivido nesse texto nos últimos meses. Ele é bom para todas as fases da vida. Não é só para quem está envelhecendo.
Mas a parte que vamos explorar hoje tem uma aplicação especial para nós que estamos envelhecendo. Deixe-me ler o salmo. Temos falado sobre ele nos últimos dias. Só quero lê-lo para que você tenha uma noção do todo. Hoje, vamos focar nos dois últimos versículos do Salmo 92. Este é um cântico para o dia de sábado.
“Bom é render graças ao Senhor
e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo,
anunciar de manhã a tua misericórdia
e, durante as noites, a tua fidelidade,
com instrumentos de dez cordas,
ao som da lira
e com a solenidade da harpa.
Pois me alegraste, Senhor, com os teus feitos;
exultarei nas obras das tuas mãos.
Como são grandes, Senhor, as tuas obras!
Os teus pensamentos, que profundos!
O tolo não compreende,
e o insensato não percebe isto:
ainda que os ímpios brotem como a erva,
e floresçam todos os que praticam a iniquidade,
serão destruídos para sempre.
Mas tu, Senhor, és o Altíssimo eternamente.
Eis que os teus inimigos, Senhor,
eis que os teus inimigos perecerão;
serão dispersos todos os que praticam a iniquidade.
Porém tu exaltas o meu poder como o do boi selvagem;
derramas sobre mim o óleo fresco.
Os meus olhos veem a derrota dos inimigos que me espreitam,
e os meus ouvidos escutam os gritos dos malfeitores
que contra mim se levantam.
O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro no Líbano.
Plantados na Casa do Senhor,
florescerão nos átrios do nosso Deus.
Na velhice ainda darão frutos,
serão cheios de seiva e de verdor,
para anunciar que o Senhor é reto.
Ele é a minha rocha,
e nele não há injustiça."
Essa é a Palavra do Senhor. Senhor, como Te louvamos pelas Tuas promessas, pela Tua Palavra, pelo que ela significa para nós, em nós e por meio de nós. Oro para que Tu despertes nossos corações e ouvidos. Que possamos estar prontas para receber e responder ao que Tu tens para nós hoje, seja qual for a fase da vida em que estamos. Oramos em nome de Jesus, amém.
O versículo 14 do Salmo 92 diz: “Na velhice ainda darão frutos.” Essa palavra “velhice” está relacionada com cabelos grisalhos. Acho que me encaixo nisso. Comecei a ter cabelos brancos quando estava na casa dos vinte. Pintei por um tempo. E, por volta dos trinta e poucos anos, posso dizer que o dia mais feliz da minha vida foi o dia em que larguei a tintura de cabelo. Foi quando finalmente cheguei ao ponto de dizer: “Sabe de uma coisa? Eu mereci esses cabelos brancos. Vou mantê-los.”
Essa história de velhice, de “cabelos grisalhos”, me toca profundamente. Quando o salmista diz que ainda darão frutos na velhice, eu presto muita atenção. Esse “dar frutos” tem a ver com germinar, com florescer, com produzir frutos, com trazer alegria, com aumentar. É florescer, crescer, prosperar. Não é apenas ficar estagnadas. Essas pessoas com cabelos grisalhos ainda darão frutos; serão cheias de seiva e de verdor.
Outra tradução diz “que eles serão ‘gordos e vigorosos’”. Não sei se gosto tanto dessa tradução. Mas a palavra “saudável” realmente significa “ser gordo ou rico ou fértil”. Outra versão diz “que eles serão ‘frescos e viçosos’ ou que eles estarão ‘sempre cheios de seiva e verdes’”. A NVI diz que eles “continuarão cheios de vigor e verdejantes”.
Você entendeu a ideia. Eles não estão morrendo. Sim, nossos corpos estão se deteriorando e morrendo. Mas o nosso homem interior está sendo renovado dia após dia. E as pessoas na terceira idade, com cabelos grisalhos, ainda darão frutos; serão saudáveis e cheias de vigor.
Agora, pare um pouco. Porque, ao pensar sobre essa passagem, dar frutos, ser saudável, ser vigoroso na velhice, não é exatamente como descrevemos ou pensamos sobre a velhice. Pensamos nos jovens como sendo frutíferos e tendo filhos.
Pensamos na velhice como sendo mais associada à esterilidade; o corpo se seca; os olhos se tornam turvos; ficamos com dificuldades auditivas; a pele seca; a memória falha—qualquer coisa menos saudável e vigoroso.
Na verdade, se você quer uma descrição um pouco mais deprimente da velhice, vá para o capítulo 12 de Eclesiastes. Lá, você pode ver, metaforicamente, muitas imagens usadas para descrever as pessoas idosas. Elas estão caminhando para seu lar final.
Porém, há esperança no livro de Eclesiastes, porque onde há o evangelho, há sempre esperança. Mas não pensamos na velhice como sendo a época em que estamos cheias de vigor, dando frutos, sendo saudáveis, frescas e verdes.
No entanto, os caminhos de Deus e a Palavra de Deus vão justamente contra o que seria comum e natural em nosso pensamento.
Recentemente, desde que fiz sessenta e cinco anos, percebi que Abraão e Sara, ou Abrão e Sarai, tinham setenta e cinco e sessenta e cinco anos quando Deus os chamou para deixar sua próspera terra natal, onde haviam vivido a vida toda, e se mudarem para uma nova vida.
Eu disse a Robert: “Querido, Abraão tinha setenta e cinco anos e Sara tinha sessenta e cinco. Você tem setenta e cinco; eu tenho sessenta e cinco. Aperte o cinto, meu amigo. Estamos prestes a entrar no chamado de Deus.
Não sei se isso significa que vamos ter filhos!! Duvido muito. Mas estamos pedindo ao Senhor que nos torne produtivos e frutíferos nesta fase da nossa vida, quando tantas pessoas se veem em declínio—espiritualmente, emocionalmente e em termos de produtividade. Estamos dizendo: “Senhor, tens algo para nós que seja novo, fresco, que esteja crescendo, que seja um chamado?” Estamos levantando nossas mãos e dizendo: “Senhor, estamos aqui. Somos teus servos. Faz em nós, por nós e por meio de nós, o que quiseres nesta fase da vida.”
Há outro casal idoso e piedoso nas Escrituras, no Evangelho de Lucas. Tenho me referido a este casal algumas vezes em conversas recentes com Robert. Você se lembra de Isabel e Zacarias, o casal mais velho que orou por um filho durante anos. Deus deu a Zacarias, o sacerdote, a promessa de que ele teria um filho, e esse filho seria João Batista. Eles viveram uma vida frutífera. E Isabel ministrou na vida de Maria de Nazaré.
Eu amo esse casal. Gosto muito deles. Já disse a Robert várias vezes: “Querido, eu quero que sejamos Zacarias e Isabel à medida que envelhecemos. Quero que tenhamos o espírito deles, a atitude deles na velhice, para crescer como eles cresceram e sermos frutíferos. Isso não é natural. Isso é sobrenatural, mas é o que o Espírito de Deus quer fazer e pode fazer em e por meio de nós.
Então, o que significa ser frutífera na terceira idade? Quando estamos frágeis, quando estamos fracas, quando estamos velhas? Como será para muitas, se não para a maioria de nós, em algum momento. Isso significa que devemos continuar trabalhando no mesmo ritmo que tínhamos aos quarenta? Significa que devemos continuar a todo vapor? Significa que sempre temos que ter coisas para fazer? Como é isso? O que isso significa?
Acho que é importante entendermos que a frutificação será diferente em diferentes fases da nossa vida. Robert e eu estamos observando amigos e familiares que estão envelhecendo, alguns deles bem idosos. No ano passado, participamos do velório de dois amigos que tinham noventa e poucos anos, que viveram vidas preciosas e frutíferas, mas que tinham um ritmo diferente em seus oitenta e noventa anos em comparação aos seus cinquenta, quarenta ou trinta anos. Vimos eles nesses últimos anos com suas capacidades mentais e físicas diminuindo. Foi difícil assistir e muito difícil para eles passarem por isso.
Estamos refletindo sobre o que significa continuar a dar frutos na velhice. E não estou falando apenas dos sessenta e poucos anos. Estou falando dos setenta, oitenta, noventa anos, ou talvez até mais, confiando em Deus para o que quer que esteja à nossa frente. Dizendo: “Senhor, queremos ser frutíferas na velhice.”
Hoje, quero dar alguns exemplos de pessoas que me inspiraram, que foram frutíferas na terceira idade, e ver se podemos aprender algo com suas vidas, ver se podemos ser inspiradas a permitir que Deus cumpra essa promessa de que os justos ainda darão frutos na velhice.
Corrie ten Boom, cujo nome você já deve ter ouvido, foi a autora do best-seller O Refúgio Secreto. Esse livro conta a história de como ela e sua família esconderam judeus durante a Segunda Guerra Mundial na Holanda, até serem traídos, presos pelos nazistas e enviados para a prisão. Sua irmã Betsie foi morta. Após a guerra, Corrie imigrou para os Estados Unidos e iniciou um ministério mundial de viagens e palestras. Ela foi enérgica e frutífera até seus oitenta anos. Tocou milhões de vidas.
Porém, aos oitenta e cinco anos, ela sofreu o primeiro de uma série de derrames que a deixou paralisada e incapaz de falar durante os últimos cinco anos de sua vida.
Há muitos anos, li um livro que me impressionou muito ao pensar nessa fase mais idosa da vida. O livro se chama Os Cinco Anos Silenciosos de Corrie ten Boom. Foi escrito por sua companheira e cuidadora de longa data. O livro fala sobre como Deus usou Corrie mesmo quando ela não podia falar. Ela estava acamada, mas Deus a usou no ministério da intercessão silenciosa. O livro também descreve como ela se comunicava com os olhos com os visitantes que vinham vê-la em sua casa. As pessoas saíam de lá renovadas, encorajadas por essa mulher que não conseguia dizer uma palavra.
Recentemente, li sobre outra mulher, uma viúva sem filhos de noventa e um anos na Índia, chamada Jenny. Jenny vive sozinha em uma casinha que alguém dividiu de sua própria casa. Um cômodo dessa casa, que na verdade é apenas um corredor. Seu minúsculo quarto tem goteiras, e o proprietário não pode consertar o telhado, e ela dorme na pequena sala de estar.
Ela tem muito pouco dinheiro, uma casa minúscula com vazamentos, e nenhuma família, mas essa mulher é alegre e feliz. Ela disse aos visitantes que escreveram sobre essa ocasião: “Quando acordo de manhã, agradeço a Jesus por tudo.” Ela disse: “Eu leio minha Bíblia o tempo todo.” Ela é positiva, animada. Com sua voz trêmula devido à idade, ela cantou para esses visitantes uma canção sobre contar suas bênçãos.
Ao ler sobre mulheres como Jenny, penso na música “10,000 Razões”. Quero estar cantando quando a noite chegar. É isso que quero fazer. Quero estar cantando. Quero estar louvando o Senhor. Quero ministrar graça. Quero ser uma fonte de graça para os outros. Quero estar dando frutos na velhice.
Estou pensando em outra mulher que ainda está viva e está cantando até a noite chegar. Ela é tia do Robert. Tia Lois tem noventa e dois anos. Ela perdeu o marido durante a COVID. Ela mesma enfrentou múltiplos problemas de saúde. No ano passado, ela se mudou para o outro lado do país para estar perto de sua filha e genro. Quando ligamos para ela, esperamos talvez poder animá-la ou levantar seu ânimo.
Ela sempre pergunta como estamos. Ela quer saber como está o Aviva Nossos Corações. Ela é centrada nos outros. É animada, cheia de graça. É uma mulher que é frutífera na velhice, e posso acrescentar que ela acompanha todos os esportes que você pode imaginar, todos os times que você possa imaginar. Ela sabe como eles estão, o que estão fazendo. Ela torce. Ela não está se acomodando, resmungando ou se queixando na velhice. Ela está sendo frutífera.
Mas não se trata apenas das coisas pelas quais ela se interessa. São as pessoas e o Senhor que a fazem prosperar. Ela está interessada nos outros e em como pode abençoá-los. Ela está doando financeiramente com os recursos que o Senhor confiou a ela. Ela está se derramando, é uma doadora de vida. É uma mulher frutífera que está exibindo o fruto do Espírito na velhice.
Há um casal com quem servi no ministério por muitos anos. Recentemente, li a última atualização do boletim mensal de Dan. Ele disse: “Vicki e eu estamos ambos na casa dos oitenta. Não temos planos de nos aposentar. Mas nosso suporte financeiro caiu cerca de 50%.” Durante todas as décadas em que serviram ao Senhor, pessoas os apoiaram financeiramente como missionários. Ele disse:
“Queremos continuar doando para os outros e mantendo nosso estilo de vida atual. Portanto aceitei um emprego em uma empresa local fazendo um trabalho de consultoria. Este emprego envolve de cerca de oito horas por semana. Ainda terei três a quatro dias por semana para servir neste ministério. [Onde ele esteve por muitos anos.] Estou animado com este novo desafio.”
Aqui está um homem na casa dos oitenta e poucos anos que está ansioso para ver quais novos desafios Deus pode ter para ele.
Ele está fisicamente em um lugar onde ainda pode fazer isso, não no mesmo ritmo que tinha aos cinquenta. E pode chegar o momento em que ele não poderá sair de casa. Mas enquanto ele puder servir, ele vai trabalhar para a glória de Deus e o bem de outras pessoas. Ele está ansioso por um novo desafio, mesmo estando na casa dos oitenta.
Minha amiga de longa data, Barbara Rainey, se matriculou em um seminário aos setenta e dois anos. Ela está fazendo cursos de seminário à distância, online. Ela terá setenta e seis ou setenta e sete anos quando se formar. Por que ela fez isso? Perguntei a ela isso. E ela me respondeu o seguinte:
“Eu amo estudar a Bíblia desde que comecei décadas atrás com alguns estudos bíblicos estruturados. Eu sabia que nunca pararia de estudar. Toda essa experiência tem sido tão boa para mim. Meus olhos foram abertos para a amplitude e profundidade do conhecimento sobre nosso Salvador. Não tenho arrependimentos por ter encarado isso tão tarde na vida. [E ela disse que quer ser frutífera.] Precisamos de um exército de adultos experientes, modelando para as gerações mais jovens a importância de continuar buscando Jesus com todo o nosso coração, alma, mente e força.”
Essa é uma mulher que está florescendo. Ela está prosperando. Está dando frutos na velhice, aos seus setenta e poucos anos. Bem, a velhice pode ser muito mais avançada do que isso. Mas aqui está uma mulher que está envelhecendo e que diz: “Quero continuar avançando. Quero continuar buscando Jesus. Quero continuar a fazê-lo conhecido. Quero continuar a compartilhá-lo com os outros.”
E então minha amiga de longa data, a preciosa Kim Wagner, que você já ouviu falar aqui no Aviva Nossos Corações. Ela tem sido frutífera de maneiras diversas. Ela e seu marido LeRoy têm sido meus amigos desde o início do Aviva Nossos Corações. Trocamos algumas mensagens e e-mails nas últimas semanas, quando ela soube que eu estava ensinando sobre o Salmo 92. Eu queria ouvir mais sobre como essa passagem falou com ela, o que ela tem significado em sua vida.
Ela disse: “Há alguns anos, adotei o Salmo 92:12–15,” a última parte do salmo que estamos analisando. Ela disse:
Adotei essa passagem como aquela que pedi a Deus para cumprir em nossos anos dourados. Mas nosso florescimento e frutificação não foram nada do que eu esperava e, certamente, nada do que eu gostaria.
Deixe-me abrir um parêntese aqui. Em 2017, o marido de Kim, LeRoy, foi acometido por uma doença complexa e difícil de diagnosticar, que o deixou com dores excruciantes desde então e muito limitado fisicamente. Eles foram a vários médicos, consultas e tratamentos, e fizeram todos os esforços, obtendo algum alívio, mas a vida nunca mais foi a mesma para eles. Ele era pastor, cuidava do povo de Deus e, aos cinquenta e poucos anos, foi atingido por essa aflição e agora está tentando entender como é florescer e prosperar à medida que envelhecem.
Ela disse: “Desde 2017, pareceu que nossa temporada de dar frutos havia passado, pois tivemos que viver em isolamento durante grande parte desse tempo.” Seu marido tem uma imunidade muito baixa. Eles não conseguem sair livremente. Precisam ser muito cautelosos quando o fazem. Ela disse:
“Mas ainda tenho esperança de que, mesmo em pequenas maneiras, estejamos dando frutos nesta estação, mesmo que seja apenas cuidando da minha mãe e de outras pessoas de maneiras simples e investindo em membros da família.”
Não vou entrar em detalhes, mas ela tem feito isso—de maneiras discretas e não compartilhadas publicamente. Ela tem sido frutífera e próspera ao cuidar não apenas de seu marido, mas também de sua família. Ela disse que tem sido extremamente difícil.
Gostaria de reconhecer que essa não é uma fase fácil da vida. Envelhecer não é para os fracos. Há coisas que param de funcionar e partes de nós que ficam cansadas e exaustas. Não podemos nos mover tão rápido ou com tanta energia, talvez, como podíamos no passado. Às vezes, envelhecer pode ser muito difícil. Ela disse:
“Essa fase não tem sido fácil. Tem sido extremamente difícil. Mas, ao mesmo tempo, Deus nos deu tesouros na escuridão. [Essa é uma frase do livro de Isaías.] Tesouros na escuridão que eu jamais teria conhecido sem esta fase. Eu quero sempre permanecer na videira em Cristo, dizendo, “Sim, Senhor,” para o que quer que Ele tenha.
É nesse lugar que a plenitude da alegria é encontrada. É onde prosperamos e florescemos, na presença de Deus, na velhice. Plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão cheios de seiva e de verdor.
Então, qual é o objetivo de tudo isso, só para que possamos ter uma velhice próspera?
Bem, o objetivo é claro. Está no último versículo do Salmo 92:
"Na velhice ainda darão frutos ...
para anunciar que o Senhor é reto.
Ele é a minha rocha,
e nele não há injustiça." (versos 14 & 15)
Veja, o ideal não é ter uma vida saudável, próspera e cheia de energia. O ideal é que possamos ser frutíferas para que possamos apontar as pessoas para Cristo, para que possamos exaltá-lo. Podemos nos gabar Dele. Podemos, se não pudermos mais falar, apontar as pessoas para Sua Palavra. Se, como Corrie ten Boom, chegarmos a um ponto onde não possamos falar e nem apontar, podemos orar.
Qualquer que seja a capacidade que Deus nos der em qualquer idade, a ideia é apontar as pessoas para Jesus. Não para declarar que eu sou grande, ou que eu sou boa, ou que eu sou frutífera, ou que eu estou tendo uma vida próspera. Mas que o Senhor é justo, Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.
Falamos no versículo 2 sobre declarar aos outros a benignidade, a fidelidade e o amor leal do Senhor. E agora estamos declarando aos outros que Ele é bom. Ele é fiel. Ele é firme, e nós o adoramos.
No meu aniversário de sessenta e cinco anos, escrevi um tweet. Acho que eles não chamam mais de tweets agora. Eles chamam de... como chamam? Um "X"? Costumava ser Twitter, costumava ser um tweet. Escrevi alguns pensamentos enquanto meditava nessa passagem. E nesta fase da minha vida em que estou entrando nos sessenta e cinco anos, e, se Deus permitir, aos setenta e cinco ou oitenta e cinco, ou quantos anos o Senhor me der; espero que haja percepções novas e frescas.
Mas isso foi o que estava no meu coração no meu aniversário de sessenta e cinco anos, com base no Salmo 92:
Semana de Aniversário
Sessenta e cinco anos
Doces ajuntamentos
Amigos de longa data
Comida, risos
Ricas memórias
Canto, oração
Profunda gratidão
Plano do mundo:
Aposentadoria à frente
Plano de Deus:
Ainda florescendo
Ainda crescendo
Ainda frutífera
Ainda servindo
Ainda proclamando
Sua Palavra
Sua fidelidade
Sua bondade
Seu evangelho
Avançando
Derramada
Por Ele
Para outros
Fortalecida, sustentada
Pela graça
Pela fé
Sim, Senhor!
Sim, Senhor. Salmo 92:12–15
“O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro no Líbano.
Plantados na Casa do Senhor,
florescerão nos átrios do nosso Deus.
Na velhice ainda darão frutos,
serão cheios de seiva e de verdor,
para anunciar que o Senhor é reto.
Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.”
Essa é a minha oração para mim mesma. E essa é a minha oração para você, tendo você vinte e dois, quarenta e dois, sessenta e dois, oitenta e dois, ou, como a Tia Lois, noventa e dois. Posso orar por você?
Oh, Senhor. Obrigada porque liberdade, plenitude e abundância são encontradas em Cristo. Obrigada porque podemos florescer e crescer em todas as estações da vida. No meio da adversidade, no meio dos incêndios, no meio de um mundo em chamas, podemos florescer e crescer porque Cristo está em nós e Ele nunca deixa de florescer e nos ajudar a crescer.
Senhor, queremos ser frutíferas. Queremos ser frutíferas em todas as idades. Oro por minha amiga que está ouvindo hoje. Oro por uma vida frutífera, uma vida próspera, uma vida florescente. Não oro por uma vida sem problemas. Penso na minha doce amiga Michelle, que hoje enfrenta os desafios de cuidar de Blair, sua filha de quatro anos com necessidades especiais. Oro para que ela floresça, para que ela prospere.
Oro pela Tia Lois, nos seus noventa anos, para que ela floresça, para que ela prospere, para que ela dê frutos.
E oro por quem está ouvindo agora, para que encontre um lugar de frutificação, para que Tu possas receber toda a glória, e para que juntas possamos declarar ao mundo: Deus é grande. Deus é bom. Ele é fiel. Ele nos ama. Ele é quem nos fez. Oro em nome de Jesus.
Raquel: Você pode ser frutífera em todas as estações. Como Nancy DeMoss Wolgemuth nos mostrou hoje, frutificação não tem limite de idade; você pode continuar a florescer em Cristo e viver os propósitos Dele para sua vida, independentemente da sua idade.
Nancy compartilhou bastante hoje sobre como o Salmo 92 ressoou com ela de maneiras novas quando ela completou sessenta e cinco anos.
Nancy: Sendo jovem ou idosa, solteira ou casada, com filhos pequenos ou em uma fase de filhos crescidos, estamos sempre encorajadas ao ouvir sobre o fruto do trabalho do Senhor na vida das mulheres por meio deste ministério. Aqui está uma mulher chamada Sarah que nos contou como ela foi impactada por um recente ensino do Aviva Nossos Corações.
Sarah: Como mãe de sete bênçãos preciosas, de cinco a quatorze anos, quero agradecer do fundo do meu coração pela sua mensagem sobre criar filhos com discernimento, como parte da sua série de Apocalipse. Fui tão encorajada e edificada enquanto ouvia Holly e Kim discutirem sobre as maneiras importantes de defender a verdade de Deus.
Holly Elliff: Nossos filhos já estão enfrentando pressões que jamais experimentamos nessa idade. E, por isso, precisamos criar filhos que tenham discernimento, que olhem para uma questão com base na realidade da Palavra de Deus, e não na cultura atual. Se eles não conseguirem discernir entre essas duas coisas, estarão mergulhados em águas profundas.
Sarah: Houve vários momentos em que eu quis me levantar e aplaudir ao ouvi-las defender a verdade em diferentes situações e rejeitar as filosofias do mundo. Vejo tantos pais cristãos abrindo mão das verdades pouco a pouco, mal percebendo que isso está acontecendo. Obrigada por nos lembrar de permanecer firmes na verdade, sem comprometer, e de ouvir aquele leve toque em nossos espíritos. Meu marido tem um ditado enquanto criamos nossos filhos: “Sarah, nunca podemos tirar o pé do acelerador.” Obrigada por nos encorajar a manter nossos pés no pedal do acelerador da verdade. Nossos olhos, corações e mentes estão sempre alertas.
Nancy: Obrigada, Sarah, por compartilhar esse doce encorajamento. Sabe, cada programa que produzimos, como aquele que foi tão poderoso para Sarah, é possível graças a pessoas como você—ouvintes que se unem a nós por meio de suas orações e apoio financeiro para ajudar as mulheres a se tornarem frutíferas em todas as estações.
Raquel: Somos super gratas pelo seu apoio tanto em oração quanto financeiro. Para fazer a sua doação, acesse o nosso site avivanossoscoracoes.com e clique na aba “Doações”.
Também ficamos com os nossos corações cheios de alegria quando recebemos testemunhos de como o Senhor tem usado esse ministério para abençoar a sua vida. Envie o seu testemunho para contato@avivanossoscoracoes.com
Encerramos hoje a série “Prosperando a cada estação”. E na segunda-feira iniciaremos a série “...Lhes nasceu o Salvador” em preparação à celebração do nascimento do nosso amado e querido Salvador Jesus Cristo.
Aguardamos você na próxima semana aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.