Dia 05: Voltando para casa
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth destaca que toda cristã é tentada a voltar a uma maneira de viver mundana.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Mas, uma vez que você entrou no Reino de Deus, uma vez que você veio para o Reino da luz, sempre haverá algo no seu coração que nunca estará totalmente satisfeito em voltar ao mundo, porque você não pertence mais a ele.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus, na voz de Renata Santos.
A independência pode ser boa, mas quando tentamos ganhar independência de Deus para fazer as coisas do nosso jeito, isso causa muitos problemas. Como Deus lida com filhos que são indevidamente independentes? Bem, vamos descobrir na série "Rute: O poder transformador do amor redentor."
Nancy: Eu acho que uma das mensagens mais preciosas de toda a Palavra de Deus é a quantidade …
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth destaca que toda cristã é tentada a voltar a uma maneira de viver mundana.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Mas, uma vez que você entrou no Reino de Deus, uma vez que você veio para o Reino da luz, sempre haverá algo no seu coração que nunca estará totalmente satisfeito em voltar ao mundo, porque você não pertence mais a ele.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus, na voz de Renata Santos.
A independência pode ser boa, mas quando tentamos ganhar independência de Deus para fazer as coisas do nosso jeito, isso causa muitos problemas. Como Deus lida com filhos que são indevidamente independentes? Bem, vamos descobrir na série "Rute: O poder transformador do amor redentor."
Nancy: Eu acho que uma das mensagens mais preciosas de toda a Palavra de Deus é a quantidade de vezes que Ele diz: “Voltem para Mim. Voltem para Mim.” Você não ama essa mensagem?
Repetidamente, quando o povo de Deus se afasta d’Ele e O abandona, quando seguem deuses falsos e vão para a terra distante como filhos pródigos, a mensagem de misericórdia e graça de Deus é sempre: “Voltem para Mim. Voltem para Mim.”
Estamos acompanhando uma família—Elimeleque, o marido; Noemi, a esposa; e dois filhos. Eles deixam sua terra natal em Belém e viajam aproximadamente cem quilômetros para Moabe, onde achavam que conseguiriam escapar das pressões dos problemas em sua terra natal. Houve uma grande fome naquela época, e eles achavam que podiam fugir de suas circunstâncias.
Nos versículos iniciais do capítulo 1 de Rute, vemos que aquela família estava buscando fugir de suas circunstâncias. Em seguida, percebemos que, assim que fugiram do lugar de obediência, Deus começou a criar situações com o propósito de trazer essa família de volta para casa.
Deus tinha um plano e Seu plano ia muito além dessa família. Era o plano para trazer o Messias ao mundo, para trazer Cristo ao mundo, para trazer salvação.
O plano de Deus não seria frustrado. Deus sabia que a única maneira de Noemi realmente ser abençoada era se ela voltasse para o lugar onde pertencia, retornasse ao lar. Deus criou algumas circunstâncias que foram uma expressão do Seu amor, por mais duras que parecessem.
Ela perdeu seu marido. Ela perdeu seus dois filhos, que a essa altura já haviam se casado com mulheres moabitas. Mas, como resultado da mão disciplinadora e corretiva de Deus, ela agora finalmente está pronta para voltar para Belém, para voltar para sua terra natal.
Estamos no capítulo um do livro de Rute. Deixe-me ler os versículos 6 e 7.
“Então Noemi voltou da terra de Moabe com as suas noras, porque ainda em Moabe ouviu que o Senhor havia se lembrado do seu povo, dando-lhe alimento. Assim, ela saiu do lugar onde havia morado, e as duas noras estavam com ela. Enquanto caminhavam, voltando para a terra de Judá.”
Lembre-se, quando ela e seu marido partiram, dez anos antes, havia escassez em Belém, porém Noemi ficou sabendo que Deus havia visitado Seu povo.
Deus reverteu os tempos difíceis e enviou abundância. Poderíamos dizer que ela ouviu dizer que havia um avivamento em casa.
Digo isso porque acho que deve ter havido algumas pessoas orando e se arrependendo. A fome era uma expressão da insatisfação de Deus com Seu povo desobediente, e eu creio que deve ter havido uma mudança em seus corações, que começaram a se arrepender sob a pressão da fome e a clamar a Deus.
À medida que faziam isso, Deus teve misericórdia.
Noemi ouve essa notícia e fica motivada a voltar.
Isso me lembra do filho pródigo. Deus usou as mesmas duas coisas na vida dele. Lembre-se, ele chegou a um ponto em que estava tão no fundo do poço que disse:
“O que estou fazendo aqui?”
Era uma situação desesperadora que, no final das contas, o levou de volta para casa, para seu pai. Mas também foi o pensamento do que ele estava perdendo em casa. Ele disse: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui estou morrendo de fome!” (veja Lucas 15:11–32)
À medida que compartilhamos uns com os outros os relatos do que Deus está fazendo em nossas vidas, como Deus está nos mudando, nos reavivando e nos livrando das nossas fomes, restaurando nossas vidas, esses testemunhos se tornam poderosos meios de trazer outras pessoas que ainda podem estar na terra distante de volta a um lugar de arrependimento, e voltar para casa.
O que vemos descrito aqui é realmente uma imagem de arrependimento. Noemi começa a jornada de volta para casa. Diz que ela se preparou com suas noras para retornar. Ela deixou o lugar onde estava vivendo e partiu para o caminho que a levaria de volta à terra de Judá.
Assim como o filho pródigo, que disse enquanto estava ali no meio dos porcos: “Vou me levantar e voltar para meu pai. Vou retornar para casa.”
O que estamos vendo aqui é arrependimento. É o reconhecimento de que estou em um lugar onde não pertenço, e o ponto não é tanto “Como eu cheguei aqui? Foi meu pecado? Foi o pecado do meu marido?”
Esse não é o ponto mais importante. O ponto é: não estou onde pertenço, e vou fazer a escolha de me levantar do lugar onde estive vivendo e voltar para o lugar que deixei, o lugar da bênção de Deus, o lugar da obediência.
Ela realmente teve que dar um passo para fora do lugar onde se tornou, eu acho, provavelmente confortável após dez anos vivendo em Moabe. Aquele lugar havia se tornado seu lar. O seu “Moabe” pode ter se tornado confortável para você.
Eu percebo que muitas mulheres têm vivido por muitos anos com as consequências de escolhas pecaminosas e erradas, mas se acostumaram com essas consequências. Elas se sentem confortáveis tendo seus terapeutas, seus remédios, seus conselheiros, seu álcool e seus relacionamentos ilícitos, porque isso se tornou familiar para elas.
Você precisa chegar ao ponto em que está disposta a se levantar do lugar onde esteve vivendo e voltar para casa, para seguir um caminho diferente. Esse é o passo do arrependimento. O arrependimento é apenas o começo do processo de restauração. Vamos ver que houve um longo caminho de volta.
Não há uma solução rápida, assim como não há uma solução rápida para você e para mim quando fomos para essa “Moabe.” Nós saímos da vontade de Deus. Fomos nos esconder de pressões e problemas, e não acordamos um dia e dizemos: “Deus, tu podes consertar isso para mim?” Talvez Ele escolha não fazer isso.
Há um longo caminho de volta para casa, saindo de Moabe a indo até Belém, e precisamos estar dispostas a percorrer esse caminho. O arrependimento é pôr o pé na estrada. É deixar o lugar onde estivemos, onde não deveríamos ter estado, e é pegar o caminho de volta para casa.
Eu percebo que algumas mulheres vêm a uma conferência do Aviva Nossos Corações, por exemplo, e tomam uma grande decisão. Há uma grande virada em alguma área de suas vidas, e há um verdadeiro ponto de rendição, um verdadeiro ponto de arrependimento.
Mas elas voltam para casa e os problemas continuam ali, seja com o marido, com os filhos, os sogros, ou uma circunstância no trabalho, ou situação na igreja. Talvez nada tenha mudado em casa.
Elas têm que voltar daquela conferência para a vida real e caminhar o longo caminho da restauração. É um processo de cura, um processo de desenvolver uma maneira e um pensamento arrependidos de viver.
Sou muito grata que Noemi nos demonstra como pegar essa estrada e permanecer nela, na estrada da restauração. Imagine se ela tivesse parado pela metade e dissesse: “Essa estrada é muito longa. Eu sou muito velha. Não acho que quero fazer essa trajetória.”
Ela poderia começar a se perguntar se as pessoas de casa a aceitariam e como seria depois de todos esses anos. O medo poderia tê-la impedido da jornada. Seu apego às pessoas em Moabe poderia ter feito com que ela fosse até a metade do caminho e dissesse: “Acho que vou voltar para minha Moabe.”
Muitas pessoas se arrependem assim. Não é realmente arrependimento. Parece que estão se arrependendo, mas entram na estrada e depois voltam. A verdade é que você e eu nunca encontraremos nosso Redentor, que restaura a situação quebrada de nossas vidas, até estarmos dispostas a voltar ao lugar onde deixamos a vontade de Deus, onde fugimos de nossas circunstâncias.
Não há restauração; não há redenção; não há avivamento sem arrependimento—levantar-se do lugar onde estamos, deixar aquele lugar e voltar para Deus. Vejam, nossa Moabe são aqueles lugares, aquelas coisas, aquelas pessoas para as quais podemos ter recorrido em um esforço de suprir nossas necessidades, substitutos de Deus em nossas vidas.
Ao olhar para sua vida, você pode apontar para um momento de fome espiritual, dificuldades, onde tentou preencher o vazio com algo feito pelo homem, em vez de olhar para Deus. Você se contentou com substitutos.
Sua Moabe pode ter sido seu trabalho—um lugar que você procurou para realização e afirmação. Pode ter sido coisas, compras, posses. Pode ter sido relacionamentos. Você se voltou para o seu marido ou seus amigos para suprir suas necessidades. Pode ter sido relacionamentos ilícitos.
Falamos sobre como comida, álcool e drogas se tornam para tantas pessoas uma fuga. Qualquer que seja o motivo, até mesmo o trabalho da igreja pode se tornar nosso Moabe. Estamos fugindo de ter que enfrentar a verdadeira realidade de nossa situação em nossas vidas.
Essas coisas não são todas erradas, mas essas coisas não podem nos satisfazer. Elas não nos trazem felicidade. Em alguns casos, podem trazer ainda mais dor, sofrimento e tristeza.
O que devemos fazer? Passamos algum tempo na última semana e meia reconhecendo que temos nossos "Moabes", reconhecendo que estamos fugindo. Como voltamos para casa?
Uma palavra: arrependimento. Nos arrependemos. Dizemos: “Não vou viver nesta Moabe por mais tempo. Não vou ficar aqui.
Sim, ela se tornou confortável. Sim, isso se tornou familiar. Não tenho certeza do que vou enfrentar quando voltar àquele lugar de obediência. Estou com medo do que pode ser exigido de mim. Estou com medo dos desafios que posso enfrentar.
Não importa. Deus providenciou pão lá em casa, e estou voltando para o lugar da bênção de Deus. Estou disposta a me arrepender, a entrar nessa estrada, a voltar para Deus, a voltar para a Sua vontade para minha vida.
Essa mensagem, retornar, está ao longo deste livro—essa palavra retornar e retornar a mim. Ao longo do Antigo Testamento, Deus diz ao Seu povo: “Sim, vocês se desviaram, mas eu quero que voltem.”
Quando você está voltando, você não está apenas voltando para sua vida antiga. Você está voltando para Ele. Você está voltando para um lugar onde há um Redentor esperando por você.
Veremos isso na história de Noemi e em Rute como em Belém elas encontram "A Casa do Pão", elas encontram o "Pão da Vida." Seu nome é Jesus. O redentor que elas vão descobrir lá em Belém é realmente uma imagem de Cristo.
Por meio do arrependimento, o que realmente estamos fazendo é dizer: “Senhor Jesus, estou voltando para Ti. Estou voltando para um lugar de obediência, rendição, e para descobrir que Tu és aquele que me satisfaz e supre minhas necessidades.”
Você já percebeu que, às vezes, quando toma a decisão de se arrepender, de voltar ao jeito de pensar e viver de Deus, há frequentemente vozes que entram em sua vida, pessoas que entram em sua vida, dizendo todas as razões pelas quais você não deveria, todas as razões pelas quais deveria voltar atrás?
Vamos ler Rute capítulo um, começando no versículo oito. “Noemi disse às suas duas noras," Rute e Orfa, duas mulheres que se casaram com os filhos de Noemi, que agora estavam falecidos, ela “disse às suas duas noras: 'Vão agora e voltem cada uma para a casa de sua mãe. E que o Senhor seja bondoso com vocês, assim como vocês foram bondosas com os que morreram e comigo. O Senhor faça com que vocês sejam felizes, cada uma na casa de seu novo marido.” (versos 8–9)
Note o que Noemi está buscando aqui. A palavra descanso é encontrada no livro de Rute várias vezes, e você pode ver que Noemi está buscando descanso, não apenas para sua alma, mas para seus familiares enlutados. Ela, erroneamente neste ponto, pensa que elas encontrarão esse descanso em casa, sob a proteção, de outro marido.
Ela está buscando segurança. Naquela época, isso não era surpreendente, pois as viúvas eram extremamente sozinhas naquela cultura. Muitas vezes, elas ficavam destituídas. Deus fez provisões para as viúvas. Vamos ver isso, mas muitas vezes as viúvas eram mulheres negligenciadas.
Ela estava dizendo às suas noras: “A única maneira de realmente atender às suas necessidades, a única maneira de ter descanso para o seu coração, a única maneira de estar segura nesta vida é se conseguir encontrar outro marido.” Ela deve ter pensado: Não há como, sendo mulheres moabitas, vocês encontrarem outro marido em Belém, então talvez seja melhor vocês ficarem aqui em Moabe.
O que vamos aprender conforme a história se desenrola é que, naquela época e agora, o verdadeiro descanso para nossos corações não é encontrado em nenhuma pessoa. Não está em um marido. Não está em uma casa. Está sob as asas de Deus, tomando abrigo, nosso lugar n'Ele, mas Noemi ainda não havia descoberto isso.
“E deu um beijo em cada uma delas. Elas, porém, começaram a chorar alto e lhe disseram:
— Não! Nós iremos com a senhora para junto do seu povo [“Vamos ficar com você.”].
Mas Noemi disse:
— Voltem, minhas filhas! Por que vocês iriam comigo? Vocês acham que eu ainda tenho filhos em meu ventre, para que casem com vocês? Voltem, minhas filhas! Vão embora, porque sou velha demais para ter marido.
E ainda que eu dissesse: "Tenho esperança", ou ainda que casasse esta noite e tivesse filhos, será que vocês iriam esperar até que eles viessem a crescer? Ficariam tanto tempo sem casar? Não, minhas filhas! A minha amargura é maior do que a de vocês, porque o Senhor descarregou a sua mão contra mim.” (versos 9–13)
Esse parágrafo provavelmente parece um pouco estranho se você não está familiarizado com uma lei do Antigo Testamento chamada a lei do levirato. É uma lei encontrada no livro de Deuteronômio. É uma provisão que Deus fez para as viúvas.
Na cultura judaica, era muito importante que se preservassem o nome da família e a herança da família, as terras da família. Na perda de um cônjuge, onde não havia mais potencial para que um filho nascesse e a linhagem familiar continuasse para outra geração, ou na perda das terras da família em caso de pobreza, Deus estabeleceu algumas leis que faziam provisões.
Você verá nas leis do Antigo Testamento, que muitas vezes pensamos que são duras e proibitivas, que elas são realmente leis de misericórdia e graça. Elas são as maneiras de Deus de prover para pessoas necessitadas.
Essa lei em particular, a lei do levirato no Antigo Testamento, é uma palavra em latim que significa "irmão do marido". A lei era a seguinte: Quando um homem morria sem filhos, o irmão do falecido tinha a responsabilidade de casar-se com a viúva e tomá-la como sua esposa. O primeiro filho que eles tivessem como resultado dessa união, carregaria na verdade o nome do homem falecido, para que sua linhagem familiar, seu nome familiar, pudesse continuar na próxima geração.
Esse filho, gerado pelo irmão, teria o nome do irmão e herdaria as terras do irmão. Esta é a provisão de Deus, e Noemi está dizendo: “Se eu tivesse outro filho ou mais filhos que pudessem assumir como suas viúvas— mas já passei da idade de ter filhos. Não vou ter outro filho, e mesmo que tivesse um filho esta noite, vocês iriam esperar até que esse filho tivesse idade suficiente para se tornar seu marido?”
Ela está dizendo: “Não vejo esperança para vocês aqui.” Essa é a essência desse parágrafo. Não há esperança, então simplesmente voltem para Moabe.
“Então, de novo, choraram em alta voz. Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela. Então Noemi disse:
— Veja! A sua cunhada voltou para o seu povo e para os seus deuses. Vá você também com ela.
Porém Rute respondeu (um texto que é muito lido em casamentos:
— Não insista para que eu a deixe nem me obrigue a não segui-la! Porque aonde quer que você for, irei eu; e onde quer que pousar, ali pousarei eu. O seu povo é o meu povo, e o seu Deus é o meu Deus. Onde quer que você morrer, morrerei eu e aí serei sepultada.
Que o Senhor me castigue, se outra coisa que não seja a morte me separar de você.
Quando Noemi viu que Rute estava mesmo decidida a acompanhá-la, deixou de insistir com ela.” (versos 14–18)
Observe, aliás, que quando as pessoas veem que você está determinada a andar com Deus e a obedecê-Lo, a ser moralmente pura, a manter a Palavra de Deus e os caminhos de Deus, elas param de tentar seduzi-la a ir pelo caminho do mundo.
Acho que muita tentação entra em nossas vidas porque as pessoas percebem que não estamos totalmente convencidas sobre qual caminho estamos seguindo. Se elas perceberem que sua vida é baseada em convicções sobre a Palavra de Deus, você verá que elas param de tentar convencê-la a permanecer no mundo.
Quero que vejamos neste parágrafo um contraste muito importante entre essas duas cunhadas, Orfa, que fica em Moabe, e Rute, que decide ir com sua sogra para Belém.
Orfa inicialmente indicou que também iria para Belém. Elas duas disseram primeiro a Noemi: “Nós vamos com você”, mas note que a decisão de Orfa foi uma decisão emocional, em vez de um verdadeiro compromisso.
Note no versículo 9 que este é um momento de choro, e as meninas disseram a ela com lágrimas: “Vamos para Belém com você.” Isso parecia uma certeza, mas Orfa, uma vez que percebeu o custo, foi facilmente convencida a mudar sua decisão. Não era um compromisso verdadeiro.
Ela percebeu que se fosse para Belém, isso provavelmente significaria que nunca teria um marido, que não teria filhos, e começou a perceber: “Isso vai me custar muito caro.”
Ela decidiu voltar para seu povo, para seus deuses, para seus costumes. Por quê? Porque é onde seu coração estava. Era o que ela conhecia. O coração dela estava inclinado para isso...
Vejo em Orfa uma imagem de tantas pessoas hoje que vão à frente em um convite em um culto ou em uma reunião especial. Elas fazem algum curso na igreja. Assinam no papel e dizem: “Sim, eu vou seguir a Cristo.”
Pode até ser uma decisão feita com lágrimas e emoção. Parece uma decisão genuína, mas, em algum momento, são convencidas a voltar. Elas voltam para o mundo e nunca realmente vivem para Cristo. Elas nunca entram na família de Deus. Rute é uma imagem, para mim, do significado da verdadeira conversão, não apenas uma decisão emocional, mas uma mudança de coração, vida e direção.
Rute pesou o custo, assim como Orfa, e na mente de Rute—agora sabemos o final da história. Sabemos que ela encontra um marido lá - mas Rute não sabia essa parte da história. Em sua mente, quando decidiu ficar com Noemi e ir para Belém, isso provavelmente significava que nunca teria um marido. Ela nunca teria filhos.
Ela estava fazendo um compromisso que era uma conversão total. Era uma rendição total. Era uma ruptura completa com seu passado.
E com isso, ela estava dizendo: "Estou disposta a renunciar à minha antiga vida e, com isso, estou renunciando a todos os deuses falsos, à minha herança pagã.
Estou deixando tudo isso para trás para assumir uma nova vida, um novo lar, um novo povo, um novo Deus, uma nova família, um novo Senhor da minha vida.
Estou assumindo as leis de Yahweh como minhas leis. Ele será meu Senhor, meu Rei. Este será meu povo. Terei uma nova família. Terei novas lealdades." Ela está realmente dizendo: “Sou uma nova criatura”, e a conversão não é exatamente sobre isso?
Paulo diz em 2 Coríntios capítulo 5: “Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (v. 17). Ela está dizendo: “Estou seguindo o caminho da cruz. Estou seguindo o caminho de Cristo.”
Ela não conhecia Cristo. É claro que a cruz ainda não havia acontecido, mas ela é uma imagem de alguém que rompe com sua antiga vida e se converte a um novo modo de pensar e viver.
Não é apenas uma mudança externa. Entrar na igreja ou caminhar por um corredor da igreja não muda você por dentro. Pode fazer você parecer mais religiosa, mas não a torna uma cristã.
Muitas pessoas que têm a aparência externa da religião nunca tiveram uma conversão interna do coração. É por isso que, embora pareçam cristãs, falem como cristãs, conheçam a linguagem, saibam quando sentar, quando levantar e o que fazer, não há realmente um coração para as coisas de Deus.
O coração delas pertence a este mundo porque
Mesmo quando sua cunhada voltou, Rute não foi persuadida a mudar de ideia. Ela estava convertida. Ela iria para Belém. Ela estava indo pelo caminho de Deus.
Ela disse, em essência: "O mundo fica para trás, a cruz está diante de mim, sem voltar atrás. Mesmo que ninguém me acompanhe, ainda assim eu seguirei. Sem voltar atrás."
À medida que olhamos para a Palavra de Deus, esse compromisso permanente e vitalício com Cristo é realmente uma evidência de conversão genuína. Incluído no Novo Testamento está a certeza de que, uma vez que nos tornamos de Cristo, iremos perseverar em nossa fé.
Deus prometeu no Antigo Testamento, no livro de Jeremias: "... porei o meu temor no coração deles, para que nunca se afastem de mim." E Ele afirma isso no Novo Testamento, onde a perseverança é uma evidência de conversão verdadeira. Em Hebreus 3, o autor diz: " Porque temos nos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até o fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos."
O Novo Testamento nos chama a examinar a nós mesmas, a ver se estamos na fé, e uma das provas é: Temos perseverado em nossa lealdade e compromisso com o caminho que dissemos que iríamos escolher?
Realmente nos afastamos de Moabe, do mundo, em direção a Deus, a Seus caminhos? Ele está dirigindo nossas vidas? Somos uma nova pessoa? Temos uma nova lealdade? Uma nova aliança? Um novo Senhor? Estamos nos submetendo a Ele? Estamos em Seu reino? Fomos transferidas do reino das trevas para o reino da luz? Uma evidência de que isso aconteceu é que perseveramos.
Isso não significa que, ao entrarmos no reino da luz, nunca pecamos. Não significa que nunca fazemos escolhas momentâneas de voltar aos nossos velhos caminhos, mas, uma vez que você entrou no reino de Deus, uma vez que veio para o reino da luz, sempre há algo em seu coração que nunca estará totalmente satisfeito em voltar e viver no mundo, porque você não pertence mais a esse lugar.
Você é uma nova criatura; você é uma nova pessoa. Você não tem mais um coração voltado para o mundo. Você pode ceder à sua carne, como todas nós fazemos às vezes, mas sempre haverá aquela puxada, aquela convicção, aquele chamado.
Vou te contar uma coisa: se você é filha de Deus, não pode voltar ao mundo e permanecer lá desfrutando. Não pode! Porque não pertence àquele lugar. Você é uma peregrina. Você é um alienígena. Você é uma estranha para os padrões do mundo.
As Escrituras dizem: Se examine. Veja se você realmente está na fé.
Raquel: Você foi transformada através de Cristo? Essa é Nancy DeMoss Wolgemuth nos lembrando da certeza que toda cristã pode ter. Ela está nos guiando pelo livro de Rute em uma série chamada "Rute: O poder transformador do amor redentor." Nancy se juntará a nós novamente em um momento para orar.
À medida que ouvimos a história de Rute se desenrolar, percebemos muitos tópicos úteis para nós hoje. Este livro da Bíblia oferece sabedoria prática para seguir ao Senhor e, nele, vemos um retrato do amor que Deus tem por nós.
Vamos analisar mais de perto a vida de Rute nas próximas semanas. E, à medida que fazemos isso, você pode aprofundar ainda mais em sua história com o estudo do Aviva Nossos Corações, da série Mulheres da Bíblia, Rute -experimentando uma vida restaurada. É um estudo de seis semanas projetado para guiá-la através da narrativa de Rute.
Você mergulhará no contexto daquele período, conectará os detalhes a um quadro maior do plano de redenção de Deus e experimentará a restauração de Cristo em sua própria vida. Não deixe de encomendar a sua cópia ainda hoje. Faça o seu pedido através do nosso site avivanossoscoracoes.com
Muitas vezes, a conveniência e o conforto a impedem de desfrutar das melhores coisas da vida. Descubra por quê quando retornarmos ao estudo de Rute na próxima semana, aqui no Aviva Nossos Corações. Para fechar, Nancy está aqui para orar.
Nancy: Pai, obrigada por nos dar, em Rute, um exemplo do que significa abandonar o mundo e seguir a Cristo. Acredito que há pessoas ouvindo esta história hoje que demonstram evidência externa de religião, que disseram, talvez com uma decisão emocional, “Eu vou seguir a Cristo”, mas seu coração ainda está no mundo.
Elas não são novas pessoas. Nunca realmente se arrependeram e vieram seguir a Jesus Cristo de todo o coração. Elas não se afastaram de seus velhos caminhos. Não abandonaram seu passado. Elas ainda são criaturas antigas que parecem religiosas.
Eu oro, ó Deus, que este possa ser o dia, o momento de salvação para alguém, para algumas—que possam dizer com Rute: “Estou indo pelo caminho de Deus, custe o que custar, seja o que for que eu tiver que deixar para trás. Ele está atraindo meu coração, e eu quero ir com Ele.”
Que este seja o dia da verdadeira conversão para muitas que, até este ponto, foram apenas religioso
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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