
Dia 09: Usando suas palavras para curar
Nancy DeMoss Wolgemuth: Mary Kassian diz que, em qualquer situação você pode focar no lado negativo e reclamar, ou pode encontrar o lado positivo e ser grata.
Mary Kassian: E uma escolha ou outra acabará se tornando um padrão, um estilo de vida. Se você escolher o lado negativo, é isso que você vai se tornar. E se escolher o lado positivo, assim você será.
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Nancy: Durante toda a semana, minha amiga Mary Kassian tem sido nossa palestrante convidada, falando sobre maneiras de glorificar a Deus e encorajar outras pessoas através da nossa fala. Ela falou sobre ouvir, resolver conflitos, incentivar os outros e evitar reclamar.
Se você perdeu alguma parte dessa série tão útil, pode acessar os episódios anteriores no nosso site www.avivanossoscoracoes.com
Como Mary tem ensinado essa série, tivemos uma plateia ao …
Nancy DeMoss Wolgemuth: Mary Kassian diz que, em qualquer situação você pode focar no lado negativo e reclamar, ou pode encontrar o lado positivo e ser grata.
Mary Kassian: E uma escolha ou outra acabará se tornando um padrão, um estilo de vida. Se você escolher o lado negativo, é isso que você vai se tornar. E se escolher o lado positivo, assim você será.
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Nancy: Durante toda a semana, minha amiga Mary Kassian tem sido nossa palestrante convidada, falando sobre maneiras de glorificar a Deus e encorajar outras pessoas através da nossa fala. Ela falou sobre ouvir, resolver conflitos, incentivar os outros e evitar reclamar.
Se você perdeu alguma parte dessa série tão útil, pode acessar os episódios anteriores no nosso site www.avivanossoscoracoes.com
Como Mary tem ensinado essa série, tivemos uma plateia ao vivo aqui no nosso estúdio. Hoje Mary vai ter um tempo de perguntas e respostas com algumas mulheres sobre como viver esses princípios no dia a dia.
Vamos começar com uma participante que quer melhorar a comunicação com seu noivo. Ela quer saber como responder da melhor forma quando ele não escuta da maneira que ela gostaria.
Mulher 1: Às vezes ele tem dificuldade para falar sobre certas coisas. O que ele faz é dar risada quando estamos tendo uma conversa séria, e isso me deixa muito, muito frustrada. Eu queria saber como você classificaria isso e, se não se encaixa em nenhum desses pontos, o que você diria sobre isso? Porque mesmo que ele me ouça, o fato de rir faz eu sentir que ele não está levando a sério, que ele não está me ouvindo de verdade. Gostaria de saber o que você acha sobre isso.
Mary: Eu diria que isso provavelmente é uma defesa da parte dele, tentando manter a imagem de "durão" ou talvez seja medo de vulnerabilidade. Acho que os homens, em especial, têm dificuldade em abrir seus sentimentos às vezes.
Você pode ser franca e dizer: "Amor, quando você ri de algo que eu vejo como uma questão profunda do seu coração, eu fico pensando se você não quer abrir essa parte de você para mim, ou se tem medo que eu possa rir de você. Não sei de onde isso vem. Tem algum motivo para você rir dessas questões mais sérias quando conversamos sobre elas?"
Você pode perguntar algo assim. Use uma boa comunicação para tentar se aprofundar e descobrir de onde isso está vindo.
Há diferenças na comunicação entre homens e mulheres, assim como existem diferenças individuais. Às vezes é uma questão de aprender a lidar com cada um.
Cada pessoa se comunica de um jeito, e às vezes é apenas uma questão de entender o jeito de comunicar do outro.
É importante sempre ir a fundo e buscar entender um ao outro melhor. O período de noivado é um ótimo momento para explorar e desvendar questões do coração e aprender a se comunicar de forma mais profunda.
Meu marido trabalha como capelão para um time de esportes profissional no Canadá, da Liga Canadense de Futebol. Nós discipulamos alguns dos jogadores que estavam noivos e estudamos juntos o livro O poder da fala transformada (que infelizmente não está disponível em português, mas baseamos esta série nele) para ensiná-los a se comunicar melhor. Foi super proveitoso.
Mulher 2: Quando você falou sobre criar laços de comunicação na vida das pessoas, um dos pontos que mencionou foi um coração terno. Isso me chamou a atenção, porque percebi como é necessário ser proativa e vulnerável o tempo todo. O oposto disso, como você disse, é ter um coração endurecido. E às vezes em relacionamentos, se você está tentando ter um coração terno e a outra pessoa continua sendo dura, é muito difícil continuar assim repetidamente.
Mary: É muito difícil, e dói, porque muitas vezes o endurecimento do coração é um mecanismo de autoproteção, uma espécie de escudo que criamos porque não suportamos ser machucadas de novo. E a única coisa que posso dizer sobre isso é que precisamos nos voltar para o Senhor para que Ele supra nossas necessidades e desejos.
Não podemos depender de outras pessoas para suprir esse desejo. Em primeiro lugar é preciso que Deus seja minha identidade, quem me protege, quem é minha torre forte, meu conforto, quem me afirma.
E quando eu recebo isso do Senhor tenho muito mais tolerância para lidar com o comportamento dos outros sem me endurecer, mas permanecendo com o coração terno, porque não estou esperando que aquela pessoa supra minhas necessidades. Estou confiando em Deus para suprir minhas necessidades.
Mulher 3: Minha pergunta meio que segue o tema do coração terno. Algumas mulheres vieram falar comigo sobre isso e disseram que a pessoa que mais as machuca é o próprio marido, com suas palavras ásperas. Isso é muito difícil, porque em que ponto você diz que é uma questão de abuso, em vez de só... Depois de anos e anos, elas se sentem tão desanimadas. Como você pode me ajudar a ser uma bênção para essa mulher?
Mary: Ter um coração terno não é a única coisa necessária quando estamos tentando construir relacionamentos na vida das pessoas. Também é preciso ser honesta.
Eu sempre digo às mulheres que seus maridos não são leitores de mente. Eles não podem saber o que está acontecendo no coração de suas esposas. É responsabilidade da esposa se abrir com o marido, se vulnerabilizar e dizer a ele o que está acontecendo em seu coração.
Se ela está se sentindo magoada e ferida pelas palavras dele, é importante que ele entenda isso. Mas também é importante que a esposa comunique isso de uma forma construtiva, que fortaleça o relacionamento e que, no final, seja para o benefício mútuo. É importante que ele entenda que está machucando você. Você precisa dizer: "Isso me machuca. É assim que me sinto quando você faz isso. É assim que me sinto quando você diz isso. Por favor, não diga mais isso." E fazer esse pedido de uma maneira gentil, respeitosa e com o objetivo de melhorar a relação, levando-a a um nível melhor.
Ter um coração terno é importante porque você não quer se tornar amarga, dura, irritada ou ressentida. Você não consegue reagir bem se não tiver um coração terno.
Portanto, a ternura é apenas parte da equação. Mas você também precisa adicionar honestidade, autenticidade e os outros princípios que já falamos — humildade e fidelidade. Que sua fala seja fiel e uma bênção.
Há muitos componentes envolvidos, e normalmente vejo que os conflitos entre maridos e esposas são frequentes, porque esse é o relacionamento mais íntimo, e onde você está mais vulnerável a se machucar. É também o lugar onde é mais fácil endurecer o coração.
É importante que as esposas mantenham o coração terno, mas também sejam honestas e, às vezes, coloquem alguns limites ou proteções, caso o marido esteja cruzando a linha. Talvez, inclusive, seja necessário envolver outras pessoas para ajudar no relacionamento nesse ponto.
Mulher 4: Eu tenho um comentário e depois uma pergunta. Tudo foi muito bom, mas algo que me marcou foi a terceira sessão sobre graça. Eu fiquei pensando no que Cristo fez na cruz por mim e na graça que Ele derramou sobre mim. Como eu poderia não derramar isso sobre os outros? Senti que o Senhor realmente usou isso na minha vida hoje.
Mas a minha pergunta é: achei muitas das suas dicas muito boas, como a questão de fazer perguntas e baixar o tom de voz. Eu me pego fazendo muitas perguntas “carregadas”, especialmente com meus filhos.
Mary: “Você não tem lição de casa?”
Mulher 4: Sim, mas eu me pego dizendo coisas do tipo… Vamos supor que estamos no parque no outono. Eu amo as folhas, e muitas vezes me pego dizendo: “Não é lindo? Você não acha maravilhoso?” Mas é uma pergunta que já vem com resposta, porque o que eles vão dizer? Eu sei que isso parece uma pergunta boba, mas como posso compartilhar meu entusiasmo e, ao mesmo tempo, deixar que eles compartilhem o deles? Sabe o que quero dizer? Eu me pego fazendo muitas perguntas onde eles não têm chance de responder, porque já respondi por eles. Como você lidaria com isso?
Mary: Sim. Eu diria que você precisa usar a ferramenta certa para cada trabalho específico. Se você quer fazer uma afirmação, faça uma afirmação. Você pode dizer: “Olha essa cor amarela nas folhas. Eu amo essa cor. Eu amo como ela faz tudo se destacar no outono.” E depois você pode fazer uma pergunta aberta: “O que você mais admira no outono?” Assim, você dá a chance da pessoa dar uma resposta pessoal.
Esta não é uma regra fixa. Claro que não é errado fazer uma pergunta retórica, tipo “Você não ama o outono?” Ninguém vai te acusar falando: “Esta foi uma pergunta carregada!”
Mas, especialmente se você quer se envolver em ideias ou entender as pessoas, é importante usar as ferramentas certas, principalmente em situações com potencial de tensão ou mal-entendidos.
É importante ter cuidado para não usar perguntas carregadas ou que passem julgamento em vez de realmente perguntar.
Ao usar a ferramenta certa, você vai começar a perceber quando estiver fazendo perguntas carregadas e poderá corrigir.
Mulher 4: Você falou sobre ser muito crítica, que também tem a ver com linguagem corporal, porque eu sempre escuto isso da minha família: “Por que você está me criticando?” E eu respondo: “Eu não estava criticando!” E eles dizem: “Estava sim!”
Qual é a linguagem corporal de uma fala crítica? E quais são alguns padrões? Você tem alguma dica para quebrar esses padrões tanto na fala quando linguagem corporal?
Mary: Bem, acho que com uma fala crítica, a linguagem corporal também acaba ficando agressiva. Pode ser uma careta, se inclinar para frente de forma acusatória, sem estar realmente ouvindo, sabe? Quase como se estivesse se preparando para uma briga, com uma postura de acusação.
Além disso, o tom de voz também muda. Ele fica mais curto, mais rápido, sua voz fica mais alta e intensa quando você está falando de algo que te incomoda. Você consegue perceber a diferença quando tenta dizer a mesma coisa de maneira calma, sem ser combativa.
Na Bíblia, o metal é usado de formas diferentes. Em tempos de paz, o metal era transformado em arado para colher e cultivar os campos. Já em tempos de guerra, eles reaqueciam o metal e faziam espadas para lutar.
Eu acho que nossas línguas são assim. Nossas línguas são como espadas de dois gumes que podem ser usadas tanto para cultivar e fortalecer relacionamentos, ou podem ser usadas em modo de batalha.
Há certas formas de reconhecer quando você está em postura de batalha. Você começa a notar isso na sua linguagem corporal, nas suas emoções, ou até na tensão dos seus músculos, em vez de estar relaxada.
Se você não está na defensiva, a pessoa pode te dizer o que quiser, e isso não te afeta tanto. Você pode discordar, mas não fica em modo de guerra, né?
Acho que é importante reconhecer esses sinais em você mesma. Se você cultivar a humildade e pedir ao Senhor um espírito humilde, pode até se desculpar e dizer: "Você está certa. Eu usei um tom crítico e acusatório, e estou tentando tirar isso das minhas palavras, porque realmente quero conhecer seu coração e não julgar.
Por favor me avise quando notar isso em mim, e eu vou trabalhar nisso." Seja humilde, aberta e admita que é algo difícil para você. Acho que as crianças são bem generosas e perdoadoras.
Mulher 5: Você falou sobre lidar com pessoas difíceis e também mencionou a palavra "sogra."
Mary: E essas palavras combinam na mesma frase?
Mulher 5: Às vezes, combinam. Minha sogra está começando a apresentar sinais de Alzheimer.
Mary: Ah, sinto muito.
Mulher 5: Meu marido é um dos principais cuidadores dela. Ele vai até lá duas ou três vezes por semana e passa a noite com ela. Ontem eu precisei ir lá para cuidar dela, e ela estava… a gente diz: "Hoje ela está de mau humor." Mas estou começando a me sentir incomodada até por falar isso sobre ela. Deus tem me lembrado para ter cuidado com as palavras que uso para falar dela, porque acho que a gente colhe o que semeia com nossas palavras.
Mary: Sim.
Mulher 5: Algum conselho sobre isso… Você falou sobre como a graça é imerecida. Tem algum versículo que te vem à mente? Acho que eu mesma poderia fazer um estudo bíblico sobre graça. Mas às vezes há versículos que são tão fortes que te param na hora. Tipo, “A ira do homem não…”
Mary: “… produz a justiça que Deus deseja.”
Mulher 5: Esse versículo me ajuda muito com a raiva.
Mary: Sim. Eu amo João 10:10, onde fala sobre a abundância da graça que recebemos, uma abundância sobre abundância. Focar nessa abundância e ser grata pelo que você recebe.
Elisabeth Elliot escreveu algo que eu anotei quando era jovem. Esse papel ficou pendurado no meu escritório por anos e anos. Eu ouvi isso num programa de rádio, que foi, acho, o precursor do Aviva Nossos Corações. Ela disse: “Sempre é possível ser grata pelo que se recebe em vez de ser ressentida pelo que é negado. Uma dessas atitudes se torna o seu estilo de vida.”
Essa frase foi muito poderosa para mim, e eu me lembrava disso frequentemente. Acho que no caso de alguém passando por uma condição médica tão difícil, sempre é possível ser grata pelo que é dado, pelo que ela ainda é capaz de te dar, pelas coisas boas que ela fez como mãe. É possível ser grata.
Também é possível ser grata por aqueles momentos em que ela mostra sua verdadeira essência, aqueles momentos preciosos. E também ser grata pela oportunidade de servi-la, de mostrar o coração e a compaixão de Cristo para alguém que está sofrendo tanto.
É possível fazer isso, em vez de focar na parte difícil e pesada da situação. E uma escolha ou outra acabará se tornando um padrão, um estilo de vida. Se você escolher o lado negativo, é isso que você vai se tornar.E se escolher o lado positivo, assim você será. E você quer se tornar alguém diferente. Você quer ser uma mulher linda e amável, alguém que as pessoas desejam ter perto. É esse tipo de graça que você quer dar a ela.
Não é fácil, não é nada fácil viver com uma pessoa difícil ou um marido complicado. Mas as Escrituras são tão encorajadoras. Nos dizem que Cristo nos deu o exemplo. Ele não retaliou quando foi insultado. Foi Ele quem ministrou graça. E por causa disso, podemos ir até Ele para obter a força, a capacidade e a porção de graça que precisamos a cada dia. Precisamos buscar nEle, para que possamos ser aquelas que oferecem graça aos outros.
É difícil, mas o Senhor nos dá graça, e onde falta, Ele acrescenta.
Mulher 6: Eu amo esse conceito de "oferecer graça" às pessoas em vez de "chamar a atenção delas". Deus me deu a oportunidade de caminhar ao lado de uma jovem de vinte e poucos anos antes de ela se matricular no Seminário para fazer o curso de aconselhamento. Um dos meus maiores prazeres é ouvir tudo o que ela está aprendendo.
Uma das coisas que foi destacada para ela nos livros de aconselhamento, tanto de uma perspectiva secular quanto cristã, foi a frase "consideração positiva incondicional". Até livros seculares usam essa frase, e é exatamente o que você descreveu para nós.
Muitas vezes ouvimos falar de amor incondicional, que é um termo muito bíblico, mas essa "consideração positiva incondicional" não mostra julgamento; ela é conhecida pela misericórdia. Eu aprecio como você nos chamou para um padrão que foi modelado em Jesus. E por meio dele temos a capacidade de nos colocar aos pés da cruz, onde encontramos a habilidade de ter essa consideração positiva pelas pessoas que estão machucadas e feridas, vendo sua dor em vez de julgá-las. Muito obrigada por isso.
Mulher 7: Eu me vi em várias dessas situações. Eu vejo essas técnicas de comunicação ineficazes, e estou pensando: "Ok, Senhor, eu quero que o Senhor mude essas coisas em mim." Mas acho que, por perceber isso em mim, também vejo nos meus entes queridos e amigos próximos. E me pergunto: tenho que esperar até dominar todas essas áreas ou qual é a maneira eficaz de compartilhar amorosamente: "Eu vejo isso em você porque também vejo em mim"? Como comunicar isso com amor?
Mary: Acho que à medida que você muda, você motiva a mudança nos outros. Acho que, em vez de apontar as falhas deles, você pode dizer: "Olha, o que eu estou aprendendo e o que Deus está me ensinando na minha vida… Deus está me ensinando sobre humildade, e isso é o que eu aprendi." E o Espírito Santo se torna o conselheiro deles e começa a tratar das questões no coração deles.
Ou talvez você só queira compartilhar algumas informações. Você pode dizer: "Estou lendo este ótimo livro e estou aprendendo muito. Você gostaria de ler comigo?"
Depende muito de quem é a pessoa e da natureza do relacionamento, com certeza. Se estamos falando de um casamento, de um relacionamento onde há um compromisso de intimidade e de querer crescer mais profundamente, então é bom trabalhar nisso. E é bom dizer: "Olha, aqui estão alguns recursos, e eu adoraria que você me ajudasse enquanto trabalho nisso, porque vejo que é um problema na minha vida. Você estaria disposto a fazer um estudo comigo ou poderíamos ler isso juntos?"
É bom trabalhar a comunicação. É uma ótima habilidade para desenvolver, e ainda mais poderosa quando fazemos do jeito de Deus e permitimos que Ele mude nossos corações, abordando as questões internas e não apenas o que sai da boca, mas os problemas do coração.
Acredito que isso agrada ao Senhor, porque muitas das aplicações da verdade que vemos nas Escrituras, de como demonstramos que pertencemos a Jesus, são refletidas na maneira como usamos nossas palavras e nos comunicamos.
Nancy: Ouvimos a Mary Kassian em uma série muito prática sobre como usamos nossas palavras. Ela vai estar de volta daqui a pouco.
Mary tem sido nossa palestrante convidada esta semana no Aviva Nossos Corações. Aprender a viver o que ouvimos é um processo para a vida toda. Este ensino foi apenas um ponto de partida, e espero que você tenha se sentido mais motivada a se aprofundar neste tópico.
Durante a sessão de perguntas e respostas de hoje, alguém pediu à Mary mais detalhes sobre o estudo O poder da fala transformada. Aqui está o que ela respondeu:
Mary: Estávamos discutindo as diferentes necessidades das mulheres, e a comunicação foi uma das que surgiram. É bem interessante, porque quando comecei a escrever, pensei: "Bem, esse estudo vai realmente ajudar todas aquelas mulheres que têm problemas com a maneira como falam." Mas, à medida que fui escrevendo, percebi: "Eu tenho muitos problemas com a minha própria fala!" E o Senhor usou isso de uma maneira muito forte para me convencer.
Já fiz esse estudo várias vezes, e cada vez que volto a fazê-lo, aprendo algo novo e penso: "Senhor, eu preciso começar a aplicar isso. Fui eu que escrevi isso? Uau, o Senhor ainda tem muito trabalho a fazer!"
É o tipo de tema que é tão benéfico para nós, e é algo que podemos usar repetidamente ao longo da vida. Faz uma grande diferença em nossos relacionamentos. Tiveram mulheres que vieram até mim e disseram que fizeram o estudo O poder da fala transformada sete ou oito vezes, e continuam aprendendo. Já vi mulheres virem chorando e dizendo que esse estudo mudou seus casamentos, salvou seus relacionamentos com seus filhos, fez uma diferença enorme. E a Palavra de Deus faz isso.
Eu acredito que a comunicação é uma área-chave onde o inimigo nos ataca, mas também onde podemos ver a redenção e a justiça fluírem por meio de palavras redimidas. Esse é um tema muito poderoso.
Nancy: Mary diz que as palavras são como ferramentas, e você usa diferentes ferramentas para diferentes trabalhos. Ela vai dar mais alguns conselhos bíblicos sobre falar com graça.
Mary: Há três ferramentas básicas. Há suas perguntas, suas afirmações e suas previsões: "Se isso acontecer, então eu vou fazer... essas serão as consequências." Três ferramentas diferentes.
E o problema é que, muitas vezes, as pessoas usam perguntas quando estão tentando dar uma opinião. Elas usam uma pergunta, e essa é a ferramenta errada para usar. Quando você está dando uma opinião, deve usar uma afirmação, não uma pergunta.
Você pode começar a se observar. Por exemplo, se meu marido estivesse fazendo algo, e eu dissesse: "Você quer saber uma maneira melhor de fazer isso?" Essa é uma pergunta, mas é a ferramenta errada. O que estou realmente dizendo? "Isso é muito bobo" ou "Eu sei uma maneira melhor de fazer isso." Certo? Ou se você perguntasse: "Como eu estou neste vestido?" Suponho que essa poderia ser uma pergunta genuína, mas provavelmente não é isso que você está realmente querendo saber.
Algumas pessoas usam as ferramentas erradas para a coisa errada. Quando você fizer perguntas, não deve dar opiniões com suas perguntas. Suas perguntas devem ser inocentes e neutras, apenas buscando informações.
E uma das coisas importantes ao fazer perguntas e buscar informações é manter sua voz neutra ao perguntar. Assim que sua voz começa a subir, como se estivesse decolando como um avião, parece que suas emoções também estão decolando, e de repente sua pergunta se transforma em algo mais. Parece que você está esperando uma resposta específica ou demonstrando irritação ou algo assim.
Por exemplo, aqui está uma pergunta: Você está chateado com isso? Quero que todas vocês façam essa pergunta. Perguntem à pessoa ao seu lado: Você está chateada com isso? Quantos de vocês fizeram a pergunta assim: Você está chateada com isso? (Mary pergunta com a voz de irritação)
O avião decolou? Você estava na pista e, de repente, o avião vai rrrrrr. Sua voz subiu. Suas emoções subiram. E, de repente, a pergunta se torna uma questão emocionalmente carregada.
Vamos tentar de novo. Tentem fazer de duas maneiras diferentes. Façam com sua voz subindo no final, e depois tentem fazer com sua voz descendo no final da pergunta. Ok? Façam em voz alta com seu vizinho. Conseguem perceber a diferença? Qual é a diferença?
Se eu perguntar ao meu marido: Você está chateado com isso? (Mary sobe a voz no final) O que ele vai pensar com isso? Que estou irritada ou que estou fazendo um julgamento sobre as emoções dele.
Mas se eu perguntar, e estou genuinamente curiosa, se eu controlar minha voz e mantê-la neutra, e fizer com que ela desça no final da frase, eu digo: Amor, você está chateado com isso? (A voz de Mary desce no final.)
Qual é a diferença? Eu pareço estar querendo saber, em vez de fazer um julgamento. Certo? Então, se você puder praticar suas perguntas de forma que elas não decolem como um avião no final, mas que elas realmente permaneçam em um tom mais baixo ou até caiam, vai soar como uma pergunta muito mais neutra, e as chances de você obter uma resposta honesta são maiores.
Vamos tentar mais uma: Você acha que estou sendo rude? (Mary faz um som de "rosnado" no final.) Pareço estar querendo uma informação? Não. Pareço estar sendo crítica. Você acha que estou sendo rude? (Mary abaixa sua voz no final.) Como isso soa? Parece que eu realmente gostaria de saber. Que é uma pergunta séria, e estou aberta a ouvir sua resposta, independentemente de qual seja.
Vocês percebem a diferença? Leva um pouco de prática, mas se você puder fazer isso, pode treinar sua voz para falar assim. E você verá que, ao controlar sua voz dessa maneira, você começará a controlar suas emoções também e estará mais aberta a ouvir a informação e genuinamente interessada em saber a resposta.
Raquel: Encerramos hoje a série “O poder da fala transformada” com Mary Kassian. Estamos super empolgadas com a chegada da Mary ao Brasil no mês que vem para participar da Conferência Fiel Mulheres em Santos, dos dias 21 a 23, no dia 26 de março ela participará da Conferência Mulheres segundo o coração de Deus em Volta Redonda no Rio de Janeiro e nos dias 27 a 29 de março ela estará em Porto Alegre para a conferência Transformação, Vida e Liberdade.
Reserve já o seu ingresso, clique no link aqui na transcrição deste episódio ou visite o nosso site avivanossoscoracoes.com.
E amanhã iniciaremos a série “Incomparável: A pessoa de Cristo”.
Durante as semanas que antecedem o Domingo de Páscoa, Nancy DeMoss Wolgemuth estará ministrando uma série extensa sobre a pessoa e a obra de Cristo. Esta série é baseada em seu livro “Incomparable” (Incomparável, em tradução livre, infelizmente ainda não disponível em português).
Esta é uma oportunidade especial para preparar nossos corações para comemorar a paixão e a ressurreição de Cristo. Que você venha a conhecer, amar, confiar, seguir e refletir Cristo de uma maneira ainda mais profunda durante esta temporada santa!
Aguardamos você amanhã aqui, no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.