Dia 1: Transbordando em gratidão
Raquel Anderson: Os evangelhos nos contam sobre dez leprosos que foram curados por Jesus. Nancy DeMoss Wolgemuth destaca que apenas um voltou para dizer "Obrigado".
Nancy DeMoss Wolgemuth: Quem foi que se aproximou mais de Jesus? Quem foi o único que chegou perto de Jesus? Aquele que expressou gratidão. Quando você e eu expressamos gratidão a Jesus nos aproximamos mais Dele.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a gratidão, na voz de Renata Santos.
Pense nisso. Existem centenas de coisas ao seu redor pelas quais ser grata. Nancy DeMoss Wolgemuth vai te ajudar a reconhecê-las e te mostrar como a gratidão pode ter um impacto enorme na sua vida. Ela está começando uma série chamada "Gratidão."
Nancy: Eu me lembro de ter ligado para um querido amigo quando ele completou 89 anos. Ele disse algo que realmente mexeu comigo: …
Raquel Anderson: Os evangelhos nos contam sobre dez leprosos que foram curados por Jesus. Nancy DeMoss Wolgemuth destaca que apenas um voltou para dizer "Obrigado".
Nancy DeMoss Wolgemuth: Quem foi que se aproximou mais de Jesus? Quem foi o único que chegou perto de Jesus? Aquele que expressou gratidão. Quando você e eu expressamos gratidão a Jesus nos aproximamos mais Dele.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a gratidão, na voz de Renata Santos.
Pense nisso. Existem centenas de coisas ao seu redor pelas quais ser grata. Nancy DeMoss Wolgemuth vai te ajudar a reconhecê-las e te mostrar como a gratidão pode ter um impacto enorme na sua vida. Ela está começando uma série chamada "Gratidão."
Nancy: Eu me lembro de ter ligado para um querido amigo quando ele completou 89 anos. Ele disse algo que realmente mexeu comigo: "Quando eu me for, se lembrarem de mim por algo, quero que seja por eu ter sido um homem grato."
E esse homem é realmente grato, mas ele passou por muitas coisas na vida que poderiam fazer qualquer pessoa não se sentir grata.
Ele perdeu a mãe quando tinha três anos. Perdeu o pai ainda jovem e, anos atrás, perdeu seu filho mais velho em um trágico acidente de carro.
Porém, aqui está ele nos anos finais de sua vida, com a saúde debilitada e muito menos força física do que antes, vivendo em uma casa de repouso, determinado a ser um homem grato.
Ele é rápido em verbalizar a bondade e as bênçãos de Deus quando olha para sua vida. Você nunca o ouve reclamando.
Você o ouve expressando gratidão. Enquanto ouvia meu amigo, Dad Johnson, pensei, “É esse tipo de pessoa que eu quero ser. Quero ser conhecida como uma pessoa grata.”
Esta semana começamos uma série sobre o tema “Gratidão," e como essa atitude faz diferença em nossas vidas. Vamos ver o que significa ser uma pessoa grata, alguns motivos pelos quais devemos ser gratas, e a diferença entre um coração grato e um coração ingrato.
Vamos falar sobre como devemos dar graças, quando devemos dar graças, pelo que devemos ser gratas e o que significa oferecer um sacrifício de ação de graças. Vamos discutir como cultivar, na prática, uma atitude de gratidão em nossas vidas.
Ao iniciarmos este tema de gratidão, que eu acredito ser um dos assuntos mais importantes de toda a Palavra de Deus, precisamos pensar: O que é gratidão?
Quando voltamos ao grego original, a língua na qual o Novo Testamento foi escrito, encontramos que há uma raiz similar para várias palavras.
A mesma raiz é usada para as palavras: agradecimento, ação de graças, gratidão, dádiva, e graça. Todas essas palavras vêm de uma palavra grega muito semelhante e estão todas conectadas: dádiva, graça e gratidão.
Vamos pensar em algumas dessas palavras.
Quando pensamos na palavra graça, ela sugere algo que é um dom dado a pessoas que não o merecem. É um dom concedido a pessoas indignas. Essa é a graça de Deus. Ele nos dá o que não merecemos.
Gratidão tem a ver com a minha resposta à graça de Deus, minha resposta às Suas dádivas. É aquele sentimento de apreciação e agradecimento que tenho quando penso no que Deus me deu.
É interessante que essas duas palavras são muito semelhantes na língua grega, língua na qual o Novo Testamento foi escrito. As dádivas de Deus para nós, o dom da Sua graça para nós, e nossa gratidão à Ele estão intimamente relacionados.
Tanto a graça quanto a gratidão são dadas livremente. Não são algo que você pode fabricar ou desenvolver. Elas têm que ser dadas livremente.
Gratidão é realmente reconhecer e expressar apreciação pelos benefícios que recebi de Deus e dos outros.
Deixe-me repetir essa definição, que não é original minha. Não me lembro onde a ouvi pela primeira vez, mas me ajudou muito a pensar sobre o que significa ter uma atitude de gratidão.
É reconhecer e expressar apreciação pelos benefícios que recebi de Deus e dos outros; aprender a ter um olhar para ver a graça que entrou na minha vida; reconhecer esses benefícios — benefícios que recebi de Deus e benefícios que recebi dos outros.
Mas não só reconhecer esses benefícios, também expressar apreciação por eles, comunicar gratidão.
Ao pensar no evangelho, que permeia toda a Bíblia, três palavras vêm à mente que, na minha opinião, resumem o evangelho. Quero que nos lembremos dessas palavras por muito, muito tempo depois que esta série acabar.
A primeira palavra é culpa. Nós estamos diante de Deus; nascemos neste mundo como pecadoras culpadas, merecedoras da ira e do julgamento de Deus, pois Ele é um Deus santo e precisa julgar o pecado.
Somos culpadas. É aí que nossa história começa. Somos pecadoras nascidas de pecadores. Estamos sob a ira de Deus; estamos sob o julgamento de Deus e não temos esperança de agradar a Deus.
Não temos esperança de ter um relacionamento correto com Deus porque somos culpadas. Nossa culpa nos separou de um Deus santo. Essa é a primeira palavra do evangelho: culpa.
Depois, vem a palavra graça — a graça de Deus, quando Ele desce do céu e faz a ponte entre Ele, um Deus santo, e nós, pecadoras caídas, desesperadas e sem esperança.
As Escrituras dizem: "Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores." (Romanos 5:8)
Nós nunca buscamos Deus. Se dependesse de nós, nunca teríamos escolhido a Deus. Ele nos escolheu. Ele enviou Jesus Cristo para ser a solução para o nosso pecado, para pagar a penalidade por nossa culpa. Isso é pura graça.
"Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus." (Efésios 2:8).
Graça — um presente para as pecadoras culpadas.
O evangelho é: minha culpa e graça de Deus — o dom gracioso de Deus em Jesus Cristo para pagar a penalidade pelo meu pecado.
Mas há uma outra palavra que compõe o evangelho, e essa palavra é gratidão — culpa, graça e gratidão.
Nossa resposta natural, quando percebemos o que Deus fez por nós, o quão indignas somos e como Ele foi gracioso conosco, tudo que Ele derramou sobre nós em Jesus Cristo.
Não apenas nos dando salvação, mas nos dando santificação e a promessa de glorificação final. Todas as dádivas de Deus deveriam fazer nossos corações transbordarem de gratidão.
Culpa, graça e gratidão — esse é o evangelho. Essa é a história do evangelho.
Quando participamos da Ceia do Senhor, reconhecemos esses três elementos: culpa, graça e gratidão. De fato, em algumas de nossas tradições litúrgicas, usam a palavra Eucaristia quando falam da Ceia do Senhor ou comunhão.
Essa palavra Eucaristia é muito semelhante à palavra grega que mencionei, que significa dádiva, graça e gratidão.
A Eucaristia é uma solenidade, uma ceia de comunhão onde celebramos juntos o fato de que Deus derramou Sua graça sobre nossa culpa; que Jesus deu Seu corpo e Seu sangue para nossa redenção; que Ele comprou o perdão dos nossos pecados quando foi ao Calvário morrer por nós.
Celebramos a morte do Senhor, o dom da Sua graça, e agradecemos.
Lembram quando Jesus celebrou a Última Ceia no Cenáculo com Seus discípulos? As Escrituras dizem que Ele tomou o pão em Suas mãos e deu graças (veja Lucas 22:17-20). Ao participarmos da Ceia do Senhor, ao olharmos para o Calvário, para a cruz e para o que Ele fez por nós, damos graças — culpa, graça e gratidão.
Agora, ao pensar nessas três palavras, percebemos que nossa culpa diante de Deus era enorme e absolutamente esmagadora e, ainda assim, quanta graça Deus nos deu para essa culpa abundante.
Lemos em Romanos, capítulo 5, que “onde abundou o pecado, superabundou a graça”. (v. 20)
Portanto, para uma culpa abundante, Deus nos dá graça superabundante.
Quanta gratidão devemos ter para com Deus? Uma gratidão super, super abundante? Culpa abundante, graça superabundante, portanto nossa gratidão não deveria ser tão grande quanto a graça que Deus nos mostrou?
Deus nos deu graça maior que todos os nossos pecados, graça suficiente para cobrir toda nossa culpa. Nossa gratidão deve ser tão grande quanto a graça que recebemos.
Acho que é por isso que Paulo diz aos Colossenses no capítulo 2, “Transbordem em ação de graças” — sejam abundantes em gratidão (v. 7 parafraseado).
A palavra aqui é transbordando. É uma imagem de um rio transbordando suas margens na estação das cheias. Você não consegue conter as águas da enchente.
É assim que nossa gratidão deve ser. Gratidão transbordante, assim como a graça de Deus transborda para nós.
De fato, penso naquele trecho do Salmo 36.5-8, onde as Escrituras dizem:
“O teu amor, Senhor, chega até os céus; a tua fidelidade até as nuvens. A tua justiça é firme como as altas montanhas; as tuas decisões insondáveis como o grande mar.
Tu, Senhor, preservas tanto os homens quanto os animais. Como é precioso o teu amor, ó Deus! Os homens encontram refúgio à sombra das tuas asas.
Eles se banqueteiam na fartura da tua casa; tu lhes dás de beber do teu rio de delícias.”
Você vê a graça transbordante de Deus, a plenitude da misericórdia de Deus, Seu amor e Sua bondade para conosco?
E Paulo diz: "Meça o quão grande foi sua culpa, e depois meça quão grande é a graça de Deus, Sua misericórdia, Sua bondade, Seu perdão, Sua fidelidade."
Não importa o que você fez no passado, o quão longe você estava de Deus, o tamanho da sua inimizade com Deus, Ele perdoou.
Ele limpou seu histórico. Ele te deu uma nova vida, um novo começo, um coração limpo. É uma graça transbordante, e Paulo diz: "Olhe para a graça de Deus e veja como você deve transbordar em gratidão."
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth voltará em breve com a segunda parte do programa de hoje. Ela tem nos mostrado por que a gratidão é tão importante.
Espero que você se aprofunde nesse tema enquanto lê o livro de Nancy, "Escolhendo a Gratidão: Sua Jornada para a Alegria". O título do capítulo 2 é "Culpa, Graça e Gratidão".
Ele te ajudará a entender e aplicar os conceitos poderosos que acabamos de ouvir. Leia este livro, desenvolva um novo senso de gratidão e mostre às pessoas ao seu redor o poder do evangelho.
Gostaria de compartilhar aqui o testemunho de uma querida irmã, demonstrando o seu coração cheio de agradecimento:
“Quero louvar a Deus pela vida de todas as pessoas envolvidas neste projeto tão edificante, tão maravilhoso ‘ANC’, e que tem falado tanto ao meu e a vários corações. Recebam minhas orações e gratidão.”
A gratidão não somente agrada ao Pai, mas todos que estão ao redor de uma pessoa com um coração grato são impactados.
Agora, vamos voltar aos ensinamentos de Nancy.
Nancy: Em 1860, um navio encalhou na costa do Lago Michigan, como muitos outros navios ao longo dos anos.
Este, em particular, afundou perto de Evanston, Illinois, e havia uma equipe de salvamento baseada na universidade Northwestern, em Evanston.
Um dos jovens daquela equipe era um estudante de teologia na Universidade. Seu nome era Edward Spencer. Ele entrou nas águas geladas do Lago Michigan várias vezes e resgatou dezessete pessoas, passageiros daquele navio.
No processo, sua saúde foi permanentemente prejudicada, e ele não pôde entrar no ministério como havia planejado.
Alguns anos depois, no seu funeral, alguém destacou que nenhum dos dezessete passageiros que ele resgatou voltou para dizer: "Obrigado". Ele arriscou sua vida, mas ninguém voltou para dizer: "Obrigado".
A gratidão parece ser uma arte perdida hoje em dia.
Estamos falando sobre a atitude de gratidão e como é importante expressarmos gratidão pelos benefícios e bênçãos que recebemos de Deus e dos outros.
Quero que olhemos hoje para um trecho das Escrituras que será familiar para a maioria de vocês. Está no evangelho de Lucas, capítulo 17. É a história dos dez leprosos que vieram a Jesus para serem curados. Vamos começar a leitura no versículo 11:
“A caminho de Jerusalém, Jesus passou pela divisa entre Samaria e Galiléia. Ao entrar num povoado, dez leprosos dirigiram-se a ele. Ficaram a certa distância.” (Lucas 17:11-12)
As Escrituras dizem que esses homens eram leprosos e ficaram à distância. Sabemos que tinham que ficar à distância porque eram cerimonialmente impuros.
De acordo com a lei do Antigo Testamento, eles tinham que viver fora do povoado e não podiam ter relações normais e comunicação com não-leprosos. Viviam separados pela sua lepra.
Nas Escrituras, a lepra é uma figura do pecado. Isso não significa que esses homens tenham pecado mais que outras pessoas por terem lepra, mas a lepra, uma doença contagiosa, destrói uma pessoa, seu sistema imunológico, seus membros e, em última análise, é fatal.
É uma figura do que o pecado faz conosco, uma figura da nossa culpa diante de um Deus santo.
A imagem aqui é que esses homens estavam separados das pessoas normais, dos outros — separados de Jesus, separados dos outros em sua cidade, separados de suas famílias por causa da lepra.
Isso é uma figura do que nossa culpa, nosso pecado, faz conosco ao nos separar de um Deus santo.
As Escrituras dizem que quando estávamos em nosso pecado, não podíamos nos aproximar de Deus; não podíamos chegar perto Dele.
Estávamos separadas Dele, e havia um abismo infinito entre nós e Deus por causa da nossa culpa (veja Romanos 3:23).
O versículo 13 diz que esses dez leprosos levantaram suas vozes e disseram: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós!”
Aparentemente, eles sabiam que Jesus tinha poder sobrenatural e que Ele tinha graça disponível para atendê-los em sua necessidade.
Isso é o que a graça de Deus é — Seus recursos, Suas riquezas aplicadas à nossa necessidade.
Eles tinham uma necessidade — sua lepra. Eles sabiam que Jesus era Deus e tinha graça para atender sua necessidade.
Eles clamaram por graça, e, claro, Jesus lhes estendeu a graça.
No versículo 14, lemos: “Quando os viu, disse-lhes: ‘Vão, mostrar-se aos sacerdotes.’” Isso é uma referência à lei do Antigo Testamento que esses leprosos conheciam bem.
Quando um leproso era curado, embora isso quase nunca acontecesse, a lei dizia que, se ele fosse curado, deveria ir ao sacerdote, que o declararia limpo. E as Escrituras dizem: “Enquanto eles iam, foram purificados.”
Eles fizeram o que Jesus disse. Obedeceram; foram ao sacerdote. Houve um nível de fé ali, acreditando que algo aconteceria enquanto caminhavam, e, ao fazerem isso, receberam graça. Foram purificados. Foram curados.
Isso foi um milagre. A lepra é uma doença incurável. Eles nunca tinham conhecido um leproso que tivesse sido curado. Nunca tinham ouvido falar de um leproso curado, exceto por alguns casos no Antigo Testamento que foram miraculosas intervenções divinas.
Então, ao seguirem seu caminho, experimentaram a graça de Deus. O versículo 15 nos diz:
“Um deles [um dos dez], quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano.”
Veja, havia dez leprosos que foram curados; dez homens que estavam desfrutando de sua saúde recém-conquistada; dez homens que experimentaram a graça milagrosa de Deus além de suas maiores esperanças e sonhos.
Posso garantir que esses homens não estavam calados sobre isso. Posso garantir que, enquanto eram curados, não só estavam indo aos sacerdotes, mas também às suas famílias e às pessoas de quem tinham estado afastados por tantos anos. Eles estavam contando a todos.
Nove deles esqueceram de dizer algo àquele que era a fonte de sua bênção. Apenas um parou para considerar a fonte da bênção, o Doador. Apenas um parou para agradecer e adorar aquele que lhe devolveu a vida.
Ver esse único voltando a Jesus, é uma bela imagem de gratidão transbordante e abundante. Você percebe que esse homem não tinha inibições. Diz: “Em alta voz louvava a Deus.” Ele se prostrou com o rosto em terra aos pés de Jesus.
É interessante que esses dez leprosos tenham levantado suas vozes quando estavam em aflição e necessidade. Todos clamaram: “Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!”
Todos clamaram quando estavam desesperados, quando estavam necessitados, mas apenas um veio, clamou e levantou sua voz quando recebeu aquela graça.
Apenas um mostrou gratidão, e quando mostrou gratidão, foi uma gratidão transbordante. Ele levantou sua voz. Reconheceu a fonte de sua cura. Reconheceu sua dívida, e isso é uma explosão espontânea e natural de louvor.
Isso não foi um simples e discreto “Obrigado, Jesus, pelo que fizeste por mim.” Essa gratidão foi pública. Foi estrondosa!
Fico tão feliz que essa palavra esteja ali porque nos dá uma imagem do tipo de gratidão que devemos ter para com o Senhor Jesus pela graça que Ele derramou sobre nós como pecadoras culpadas.
Minha pergunta para você é: sua demonstração de gratidão é tão óbvia e expressiva quanto seu compartilhamento de necessidades?
Contamos aos outros o que precisamos. Contamos ao Senhor o que precisamos. Clamamos a Ele.
Eu estava acordada às 11h30 ontem à noite — fiquei acordada muito mais tarde do que isso, mas às 22h30 eu estava clamando ao Senhor dizendo: “Senhor, não consigo organizar essa sessão. Isso não está fazendo sentido para mim. Não está se encaixando. Por favor, me ajude.”
A pergunta é: Quando terminarmos hoje, serei tão rápida em voltar a Ele e expressar gratidão com o mesmo fervor que clamei por Sua graça?
Você é tão expressiva ao comunicar sua gratidão quanto é ao comunicar suas necessidades?
“Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu.”
Essa é uma imagem de adoração e humildade. Gosto do contraste aqui porque lemos no início desta passagem que esses dez homens, quando ainda eram leprosos, “ficaram à distância”, mas agora, tendo sido curados, sendo receptores da graça de Cristo, ele se aproximou de Jesus. Ele se prostrou aos Seus pés com o rosto em terra.
Quem foi que se aproximou mais de Jesus? Quem foi o único que chegou perto de Jesus? Aquele que expressou gratidão.
Acredito que os outros devem ter sentido gratidão, mas não a expressaram. Não voltaram para dizê-la. É quando você e eu expressamos gratidão a Jesus que nos aproximamos mais Dele.
É interessante que as Escrituras nos dão essa pequena frase: “Ele era samaritano.” Aparentemente, os outros eram judeus.
Não é interessante que, muitas vezes, aqueles que foram mais expostos à verdade de Deus são os menos propensos a voltar e dizer “Obrigado”?
Eu sempre conheci a graça de Deus na minha vida. Fui salva aos quatro anos de idade e cresci em um lar onde sempre ouvi falar sobre os caminhos e a Palavra de Deus. Eu sempre soube da graça de Deus.
Percebo que, às vezes, as pessoas que não cresceram nesse tipo de ambiente e conheceram a graça de Deus mais tarde na vida, são muito mais rápidas em expressar gratidão porque não tomam a graça de Deus como garantida. Elas lembram como era não ter a graça de Deus.
Às vezes vemos recém convertidos, e eles estão tão empolgados com sua fé e tão expressivos em sua gratidão ao Senhor. E nós, que já estamos na igreja há muito tempo, queremos diminuí-los, dizendo: "Eles vão se acalmar." Bem, eles realmente vão se acalmar se sentarem ao nosso lado na igreja.
Eles são tão gratos, e não se importam com quem ouve ou com o que as pessoas pensam deles quando expressam gratidão ao Senhor Jesus em alto e bom tom. Eles não sabem fazer diferente, na igreja, senão cantar alto quando é hora de louvar.
Algumas de nós sentamos ou ficamos de pé murmurando as palavras, mas às vezes aqueles que tiveram menos são os mais rápidos em expressar gratidão e agradecimento.
No versículo 17, Jesus pergunta:
“Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro? Então Ele lhe disse: 'Levante-se e vá; a sua fé o salvou.'" (Lucas 17:17-19)
Literalmente, a tradução é "a sua fé o salvou". Os outros homens receberam cura física, mas este homem recebeu cura física e espiritual — cura física e salvação espiritual — porque acredito que ele estava colocando sua fé em Cristo, reconhecendo que Cristo era Deus e o Salvador.
Jesus expressou espanto de que apenas este estrangeiro tinha retornado para dar glória a Deus. Eu me pergunto se, de Seu lugar no céu hoje, Ele ainda não se surpreende que tão poucas de nós voltam para dizer: "Obrigada".
Somos tão rápidas em aproveitar a dádiva e tão rápidas em esquecer o Doador.
Edward Spencer salvou dezessete passageiros das águas geladas do Lago Michigan e nenhum deles voltou para dizer: "Obrigado; obrigado".
A graça transbordou para nós como pecadoras culpadas. Que nossa gratidão seja tão transbordante quanto a graça de Deus.
Raquel: Estou profundamente convicta de ser mais como o homem que voltou a quem o curou e disse: "Obrigado!"
Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos mostrado por que a gratidão deve naturalmente seguir ao perdão. Este tema terá um efeito profundo na sua vida.
Esta semana é comemorado o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Este é um feriado super importante, onde as famílias se reúnem para agradecer e relembrar as bênçãos do Senhor em suas vidas. Gostaríamos que você ficasse ainda mais consciente por tantos motivos de gratidão na sua vida, por isso, durante esta semana seguiremos com esta série chamada Gratidão e esperamos que você esteja sensível ao Espírito Santo quando Ele te mostrar tantos motivos para agradecer.
E agora eu queria te fazer uma perguntinha: Você já se pegou fazendo, mentalmente, duas listas? Uma lista de pecados grandes e outra lista de pecados pequenos?
Bem, onde a ingratidão se encaixa nessa lista? Vamos falar sobre isso no próximo episódio do Aviva Nossos Corações. Esperamos você amanhã!
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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