Dia 1: Você é uma mulher fraca?
Dana Gresh: Enviamos uma equipe do Aviva Nossos Corações às ruas para fazer as seguintes perguntas a várias mulheres:
“Você pode citar uma mulher que você acha que a maioria das outras mulheres vê como exemplo de uma mulher forte?”
e segue aqui algumas respostas:
Angelina Jolie, Hillary Clinton, Michelle Obama, Fátima Bernardes, as Kardashians, Anitta, Glória Maria, Madonna.
A outra pergunta foi: “Que qualidades você acha que a tornam um modelo para muitas mulheres hoje em dia?” Aqui estão algumas das respostas:
- Acho que elas a admiram porque ela é forte.
- Ela é fisicamente forte.
- Ela é independente.
- Ela é bem-sucedida.
- Ela tem sucesso e poder.
- Ela é estilosa.
- Ela é bem-educada.
- Ela parece muito inteligente nos negócios, mas também muito acessível.
- Ela não tem medo de expressar sua opinião.
- Ela é ativa verbalmente sobre o que acredita.
- Porque ela é uma líder.
- Ela é uma líder respeitada.
- Ela …
Dana Gresh: Enviamos uma equipe do Aviva Nossos Corações às ruas para fazer as seguintes perguntas a várias mulheres:
“Você pode citar uma mulher que você acha que a maioria das outras mulheres vê como exemplo de uma mulher forte?”
e segue aqui algumas respostas:
Angelina Jolie, Hillary Clinton, Michelle Obama, Fátima Bernardes, as Kardashians, Anitta, Glória Maria, Madonna.
A outra pergunta foi: “Que qualidades você acha que a tornam um modelo para muitas mulheres hoje em dia?” Aqui estão algumas das respostas:
- Acho que elas a admiram porque ela é forte.
- Ela é fisicamente forte.
- Ela é independente.
- Ela é bem-sucedida.
- Ela tem sucesso e poder.
- Ela é estilosa.
- Ela é bem-educada.
- Ela parece muito inteligente nos negócios, mas também muito acessível.
- Ela não tem medo de expressar sua opinião.
- Ela é ativa verbalmente sobre o que acredita.
- Porque ela é uma líder.
- Ela é uma líder respeitada.
- Ela tem muitos seguidores no Instagram.
A terceira e última pergunta foi: “Você acha que essas qualidades exibem o tipo certo de força para as mulheres?”
- Uau. Hum...
- Hum...
- Hum...
- Hum...
- Em muitos aspectos, sim.
- Não.
- Eu diria que não.
- Oh, realmente não sei.
- Preciso responder mesmo?
O que isso nos diz? Elas nem conseguem verbalizar direito, "Esse é o tipo certo de força?" Elas estão inseguras sobre isso. Acham que talvez não seja. O que isso nos diz?
Nancy: Bem, acho que não são apenas as pessoas que responderam essas perguntas. Acho que muitas de nós talvez tenham perspectivas confusas sobre o que significa ser forte, especialmente no mundo cristão. Ser forte é bom? É legal ser forte?
Dannah: Bem, é?
Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em que as mulheres acreditam, na voz de Renata Santos.
Nancy: Esta semana Dannah Gresh e eu trouxemos uma convidada para nos ajudar com essa pergunta. Mary Kassian é uma amiga de longa data nossa e do Aviva Nossos Corações e é co-autora do livro Mulher - Sua verdadeira feminilidade - Design Divino e Design Interior. Bem-vinda, Mary!
Mary Kassian: Obrigada; é bom estar aqui.
Nancy: Mary também estará na conferência da Fiel em 2025, aqui no Brasil. A conferência será em Santos de 21 a 23 de março. Clique no link aqui na transcrição para fazer a sua inscrição e use o código “Aviva” para ter 15% de desconto. Estamos muito animadas para escutar o que o Senhor quer que ela compartilhe.
Mary, trouxemos você aqui para responder algumas perguntas difíceis. Acho que queremos dizer logo de cara que não há problema em ser forte, mas que há um tipo certo de força. Na verdade, alguém deveria escrever um livro com esse título.
Mary: Alguém deveria escrever um livro com esse título!
Nancy: Acho que você escreveu.
Mary: Acho que escrevi mesmo.
Nancy: A mulher verdadeiramente forte. (infelizmente ainda não está disponível em português)
Mary: A mulher verdadeiramente forte
Nancy: Para aquelas que não estão familiarizadas com Mary Kassian, além de ser nossa amiga e apoiadora de longa data do Aviva Nossos Corações, ela é canadense.
Nancy: Então, ela vive na tundra, onde faz frio na maior parte do ano, e…
Dannah: Ela assiste bastante esportes.
Nancy: Ela assiste muitos esportes, porque seu marido é…
Mary: Ele é capelão do time profissional de futebol americano no Canadá, e também do time de futebol. Meus filhos jogaram profissionalmente.
Nancy: Três filhos.
Mary: Três filhos.
Dannah: Jogadores de hóquei.
Mary: Sim, são jogadores de hóquei.
Nancy: E esse é um dos esportes favoritos no seu país, certo?
Mary: Ahhh sim, nós gostamos muito de hóquei, que é parecido com futebol, mas no gelo!
Nancy: Você escreveu vários livros e ministra em conferências, e muitas de suas palestras têm sido baseadas em seus livros. Um tempo atrás nos unimos e coescrevemos dois livros, Mulher, sua verdadeira feminilidade, Design Divino e Mulher, dez elementos da feminilidade, Design Interior.
Mary, Dannah e eu estivemos na África do Sul no ano passado. Encontramos tantas pessoas que disseram: "Nosso grupo na igreja desse país, daquele país", mulheres de todos os tipos de origens, "estudamos Mulher, sua verdadeira feminilidade, Design Divino e Mulher, dez elementos da feminilidade, Design Interior."
Quando escrevemos esses livros, não tínhamos a menor ideia que seriam interculturais, ou que seriam bem recebidos por outras culturas.
Mary: Não tínhamos ideia do alcance deles ou até onde iria. Recebo muitos testemunhos o tempo todo, também por e-mails. Várias pessoas com quem converso ao redor do mundo dizem: "Aquele livro teve um impacto tão grande na minha vida, falando sobre a série Mulher Verdadeira."
Nancy: E você escreveu muitos outros que também tiveram um grande impacto. Conduzi um estudo bíblico com um grupo de jovens mulheres com um de seus livros em minha casa pouco depois do seu lançamento. Hoje todas essas mulheres têm filhas crescidas e estão vivendo os princípios que você as ajudou descobrir sobre como ser uma mulher sábia.
Dannah, acho que o livro mais recente de Mary, A mulher verdadeiramente forte, será outra obra de grande influência, e ele reflete muito o coração do Aviva Nossos Corações.
Dannah: É tão importante, sim. Enquanto lia o conteúdo, pensei: "Ah! Isso é como o coração de Mentiras em que as Mulheres Acreditam. Oh! Isso é como o coração de..." e citava livros e recursos.
Nancy: E o Movimento Mulher Verdadeira.
Dannah: Na verdade é o DNA do Aviva Nossos Corações e Mulher Verdadeira.
Mas quando você diz que essas jovens estão crescendo e agora têm filhos próprios, é aí que fico preocupada. Porque ao ouvir aquelas mulheres falarem sobre o que faz uma mulher forte, estamos passando isso adiante. Estamos transmitindo uma força boa ou uma força ruim.
Recentemente estava lendo um artigo do New York Times, que dizia, com orgulho, que a maravilhosa força das mulheres que vemos hoje — que provavelmente está próxima do que acabamos de ouvir daquelas mulheres entrevistadas na rua — é creditada aos anos 70.
Então, Mary, nos leve de volta aos anos 70. Conte-nos, onde você estava? Que idade tinha? O que estava acontecendo em sua vida? O que estava influenciando você a se tornar a mulher que é hoje?
Mary: Os anos 1970 foram o auge do movimento feminista. Em 1972, foi lançada a música de Helen Reddy, "Sou forte. Sou invencível. Sou mulher."
Dannah: Você quer cantar para nós?
Mary: "Eu sou forte. Eu sou invencível..."
Dannah: Talvez devêssemos deixar Helen Reddy cantar isso.
Mary: Talvez devêssemos deixar Helen Reddy cantar isso.
Música: “trecho da música “I am Woman”, na voz de Helen Reddy "Eu sou forte (forte!). Eu sou invencível (invencível!). Eu sou mulher!"
Mary: Lembro-me de cantar: "Eu sou forte. Eu sou invencível. Eu sou mulher."
Dannah: Eu também.
Mary: Isso realmente moldou minha ideia do que significava ser forte e o que era ser mulher. Acho que fez o mesmo para muitas mulheres da minha geração. Agora, essa geração tem um conjunto completamente novo de músicas que as influenciam, mas a mensagem é a mesma: que as mulheres devem ser fortes.
A mensagem em si é boa. Acho que a Bíblia também tem essa mensagem. Provérbios diz que uma mulher, uma mulher piedosa, "reveste-se de força". Ela fortalece seus braços; ela se veste de força.
Nancy: Na verdade, todo o texto de Provérbios 31—de onde vem esse versículo, a mulher virtuosa, como às vezes a chamamos—esse termo hebraico é na verdade "uma mulher de valor". É uma mulher de força. Ela é uma mulher forte.
Mary: Exatamente. Deus sem dúvida aprova a força nas mulheres, e Ele quer que Suas mulheres sejam fortes. Mas acho que nosso conceito de o que significa ser forte na cultura nem sempre está em consonância com o que a Bíblia diz que a força é para as mulheres.
Acho que muitas vezes mulheres que pensam que são fortes estão apenas sendo arrogantes, mandonas ou autoritárias. Às vezes, equiparamos sucesso financeiro com força. Muitas das mulheres que admiramos como modelos de força não são necessariamente mulheres com moralidade piedosa, não são necessariamente mulheres que sabem o que é ter uma força tranquila que caminha na humildade diante de Deus.
Nancy: Estou pensando em como hoje também há muita ênfase em conquistas e realizações profissionais.
Dannah: Poder.
Nancy: Você tem o conceito de "avançar", certificar-se de que não é somente você que sabe que é forte, mas que os outros percebam você como forte. Novamente, há meio que uma mensagem mista aí.
Quanto disso é como Deus quer que pensemos sobre a força e quanto disso é uma falsificação da nossa cultura para o que é a verdadeira força?
Dannah: O que me entristece como mãe de um filho é que muitas vezes a mensagem subjacente é que nossa força como mulheres significa menos força para os homens, ou que nossa força é à custa dos homens. Por que nossa força tem que ser à custa deles?
Mary: Ou competimos com eles.
Dannah: Sim, que competimos com eles. Por que não podemos apreciar suas habilidades únicas e também abraçar e apreciar nossas habilidades únicas? Veja bem, eu amo poder votar. Eu amo poder ter propriedades. Eu amo poder ganhar dinheiro. São coisas boas. Mas por que isso tem que ser à custa de menosprezar meu filho, meu neto, meu marido, ou outros homens que amo na minha vida? Isso me preocupa.
Mary: É preocupante, e acho que foi estabelecido como se a força de uma mulher estivesse em competição com a força de um homem, e precisa ser a mesma. Lembro-me de receber essa mensagem nos anos 70 e nos anos 80, na época da faculdade. Entendi que o que significava para uma mulher ser forte era assumir o controle, estar no comando, ser profissional, ganhar muito dinheiro, subir na hierarquia corporativa, quebrar os estigmas—isso era enfatizado.
Dannah: Isso te afetou, Mary? Qual foi o impacto que essa mensagem teve na sua vida? Você sempre foi essa mulher que estuda a Bíblia, uma mulher bíblica, ou alguma filosofia dos anos 70 infiltrou seu pensamento?
Mary: Certamente infiltrou meu pensamento. Amo Jesus; amo a Palavra de Deus, mas também fui impactada pelo que estava acontecendo em minha cultura.
Lembro-me de uma mulher que realmente me desafiou nisso. Seu nome era Pearl Purdie.
Mary: E seu nome é bem apropriado de como ela era. Ela era essa mulher pequenininha, com óculos grossos, e tinha aproximadamente oitenta anos. Ela nunca foi para a faculdade; não tinha um diploma profissional, mas ela me acolheu e me convidou para ir à casa dela. Costumávamos jogar um jogo de tabuleiro de discos. Eu estava jogando com uma mulher de oitenta anos!
Nancy: Quando você era estudante universitária, uma jovem mulher?
Mary: Sim, eu tinha cerca de vinte anos.
Nancy: O que te atraiu nela?
Mary: Ela era persistente. Veja bem, ela era fofa, mas era persistente. Ela era simplesmente tão doce e adorável, e me convidou.
Nancy: Ela se interessou por você.
Mary: Ela se interessou por mim, me convidou para ir à casa dela.
Nancy: Aliás—quero interromper você por um segundo—apenas uma nota para aquelas que são mulheres mais velhas, que talvez estejam sendo observadas pelos olhos das mulheres mais jovens como essa senhora estava sendo observada pela Mary. Se nos interessarmos pelas mulheres mais jovens…
Mary: É impactante.
Nancy: ... é incrível quantas conexões e relacionamentos podem ser estabelecidos e quanto impacto podemos ter.
Ok, comercial encerrado.
Mary: Ela teve uma influência incrível na minha vida. Ela costumava nos convidar, a mim ou a algumas de nós meninas, para tomar chá e jogar com ela. (Risos)
Nancy: Estou imaginando isso.
Mary: É exatamente isso!
Dannah: Por alguma razão, eu imagino que um refrigerante combinaria mais com o jogo, mas o chá?
Mary: Chá!
Mary: E tinha que ser chá britânico, e tinha que ser feito da maneira correta. Mas veja o que eu aprendi com Pearl.
Comecei a ver uma força nela, um tipo de força que não era apresentada pelo mundo como força, mas uma força que era piedosa. Era tão atraente e tão forte.
Então, minhas amigas e eu estávamos correndo atrás do significado que o mundo nos dizia ser uma mulher forte. Estávamos nos tornando mulheres profissionais, com muito dinheiro, com influência, que faziam nossas vozes serem ouvidas. No entanto, aqui estava Pearl Purdie, e eu pensava: "Uau. Ela é realmente uma mulher forte, muito forte."
A força, obviamente, se manifesta de diferentes formas e jeitos em diferentes personalidades. Você pode ser uma mulher forte, quer tenha ou não um diploma profissional. Mas havia algo, havia uma qualidade de força nela, porque era uma força espiritual. Era uma força de caráter, uma força de convicção, uma força de fé, algo que eu queria desenvolver na minha vida.
Dannah: A amizade dela com você foi meio que um ponto de virada, de certa forma, em como você pensava sobre a força?
Mary: Certamente contribuiu com uma virada. Sempre tive fé na Palavra de Deus. Desde pequena eu tinha a compreensão de que a Palavra de Deus era verdadeira e precisava ser aplicada à minha vida.
Nancy: E essa é uma grande bênção que Deus deu a cada uma de nós.
Dannah: Sim.
Nancy: Nós três temos isso em nossa formação, e sei o quanto somos gratas por isso. Estou pensando nas mulheres que talvez estejam ouvindo essa conversa e não tenham esse tipo de base, e pensam: "Eu vim de... Quem sabe o quê, de um ambiente muito secular ou mundano ou ímpio, mas nunca é tarde demais para começar a ancorar o coração na Palavra de Deus."
Que chamado é para mães, pais e avós plantarem essa semente da verdade! É por isso que falamos sobre Menina Verdadeira; é por isso que falamos sobre mentoria e mulheres mais velhas ensinando às mais jovens.
Nós três enfrentamos momentos em que fomos desafiadas ou talvez pudéssemos ter sido desviadas por maneiras erradas de pensar sobre a vida.
Deus atraiu nossos corações de volta para a Sua Palavra.
Mary: Acho que uma das coisas que eu sabia, porque eu sabia que havia versículos na Bíblia que falavam sobre força, coisas como: "Pois quando sou fraco, é que sou forte" (2 Coríntios 12:10). Coisas que mostram que a fraqueza, ou a fraqueza em termos de dependência de Deus, é de fato demonstrar força em Deus.
Dannah: Sim, ou: "A resposta calma desvia a fúria" (Provérbios 15:1). Então aí você tem a suavidade sendo forte. Há essa... o que é? É um paradoxo. É um...
Nancy: Paradoxo.
Dannah: Paradoxo! Isso, essa é a palavra certa. É um paradoxo.
Mary: É um paradoxo.
Dannah: A força divina.
Nancy: E até a humildade, que é uma grande força, mas o mundo muitas vezes pensa nisso... frequentemente pensamos nisso como sendo submissão, ou fraqueza. Você não é forte porque não está defendendo a si mesma. Ser mansa, pensamos nisso como fraqueza, mas nas Escrituras a mansidão é na verdade uma grande força.
Mary: Onde fala sobre as mulheres tendo um espírito tranquilo e gentil, isso é visto por Deus como muito precioso e como uma grande força. A definição do mundo e a definição da Bíblia não abordam a força da mesma forma.
Dannah: Nossa cultura não é a primeira a errar nisso, a ter um exemplo do que uma mulher deveria ser que está fora do padrão na Palavra de Deus. Então vamos voltar às culturas nas Escrituras.
Nancy: Na verdade, Mary, você baseou este livro em um trecho de 2 Timóteo 3, onde o apóstolo Paulo está escrevendo para seu jovem discípulo, pastor Timóteo, que pastoreava uma igreja em Éfeso.
Mary: Ele está escrevendo para Timóteo, e enquanto está escrevendo para Timóteo, ele menciona algo sobre um grupo de mulheres na igreja de Timóteo em Éfeso. Ele menciona que essas mulheres em particular eram mulheres fracas.
Nancy: Podemos apenas ler esse trecho para ter algum contexto sobre o que estamos falando aqui e entender por que todo esse contexto de Éfeso é importante.
Em 2 Timóteo 3, Paulo fala sobre os "últimos dias sobrevirão tempos terríveis", e algumas das qualidades ímpias que as pessoas teriam. Então ele diz no versículo 5:
"tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder.."
Ele diz: "Afasta-se desses também." É uma linguagem muito forte, e vamos falar nesta série sobre alguns dos tipos de pessoas que precisamos evitar.
Ele diz no versículo 6—e isso é tão fascinante, porque ouvi você falar sobre isso anos atrás, e agora você escreveu este livro inteiro para desvendar apenas alguns versículos aqui; tão poderoso. 2 Timóteo 3:6:
“São esses [entre essas pessoas que você deve evitar] os que se introduzem pelas casas e conquistam mulheres instáveis [vamos falar mais sobre isso] sobrecarregadas de pecados, as quais se deixam levar por toda espécie de desejos. Elas estão sempre aprendendo, e jamais conseguem chegar ao conhecimento da verdade.” (versos 6–7)
Então as mulheres a quem Timóteo pastoreava, que teriam ouvido essas palavras pela primeira vez, em que contexto de cidade e antecedentes elas estavam vivendo?
Mary: É interessante que Timóteo as chame de mulheres instáveis (fracas), porque eu não acho que elas se considerariam fracas. Aqui está o porquê. Elas viviam em Éfeso, e Éfeso era uma cidade metropolitana movimentada.
Nancy: Eu estive lá, para ver as ruínas. Acho que você também esteve.
Mary: Eu estive lá. Eu vi as ruínas de Éfeso.
Nancy: São enormes
Mary: Sim, são enormes, e é algo espetacular.
Nancy: Sim.
Mary: Na época, era uma das maiores cidades do mundo. Os historiadores pensam que havia aproximadamente 250 mil pessoas morando lá. Tinha um coliseu gigantesco em três níveis, que acomodava 24.000 pessoas!
Dannah: Uau, isso é muita gente!
Mary: O coliseu tinha colunas de mármore que se abriam para a rua principal de mercados. A rua era feita de pedras de mármore e tinha todos os tipos de lojas.
Nancy: Um centro comercial enorme.
Mary: Era um enorme centro comercial. Estava localizada nas vias navegáveis. Era um porto, então vinham pessoas de todas as partes do mundo.
Nancy: Cosmopolitana.
Mary: Muito cosmopolita.
Nancy: Sofisticada.
Mary: Super sofisticada. Era uma cidade rica. Quando você olha para as casas naquela cidade, eram tipo mansões, até mesmo para os nossos padrões! Aquelas casas tinham mais de 1.000 metros quadrados. Eram casas de vários andares. Tinham todo tipo de mosaicos e obras de arte. Tinham água corrente! E não só água corrente, mas água quente e fria, nos banheiros. Essas eram casas espetaculares.
Nancy: E as mulheres tinham muita influência. Elas não eram reprimidas da maneira que poderíamos pensar em algumas culturas.
Mary: Elas não eram reprimidas de jeito nenhum no que diz respeito à forma como pensamos em muitas culturas. Tinham liberdade econômica. As leis de propriedade eram tais que as mulheres podiam herdar propriedades da mesma forma que os homens. Na verdade, por lei, as propriedades delas eram mantidas separadas, para que se houvesse um divórcio, elas pudessem recuperar todo o dinheiro investido.
Havia mulheres que eram empresárias, mulheres independentemente ricas, mulheres que eram patronas. A Bíblia fala sobre muitos desses tipos de mulheres. Essas mulheres em Éfeso também eram educadas sob o domínio romano. A sociedade grega valoriza a educação, portanto meninos e meninas frequentavam a escola.
Nancy: Paulo as classificou como mulheres fracas, mas elas não parecem ser fracas.
Dannah: Muito pelo contrário, elas parecem ser fortes. Acho que as mulheres na rua que entrevistamos provavelmente diriam: "Ah, aquela cultura parece ser muito a favor das mulheres!"
Mary: Era uma cultura muito a favor das mulheres.
Nancy: Então, por que ele as chamou... na verdade, o termo, como você nos ajuda a entender, é "mulheres pequenas", num sentido diminutivo, mas não em um sentido positivo.
Mary: Sim. Gostei de você ter levantado o termo "diminutivo", porque é isso mesmo. É a palavra para "mulher" em grego, com um sufixo diminutivo.
Um diminutivo é quando pensamos em algo como sendo menor ou mais fraco. Tipo você tem um porco e tem um leitão; você tem um livro e tem um livrinho.
Nancy: Uma mulher e uma mulherzinha.
Mary: Mulherzinha, isso mesmo. Foi isso que Paulo as chamou. Era um termo que indicava que elas eram menos do que deveriam ser. Essas não eram mulheres que estavam vivendo seu pleno potencial em termos do que Deus as criou para ser.
Nancy: E havia maneiras pelas quais elas pensavam que eram fortes quando na verdade eram fracas.
Dannah: Mas nos diga, Mary, o que Paulo observou nessas mulheres que o levou à conclusão de que elas eram fracas? O que ele estava notando? Quais eram os sintomas?
Mary: É muito interessante, quando você olha para esses versículos em 2 Timóteo 3:6-7, ele realmente detalha algumas das coisas em que elas eram fracas.
Em primeiro lugar, elas estavam deixando as “infiltrações estranhas”, as más influências entrarem. Deixavam certos pensamentos entrarem em suas casas, em seus lares. Estavam sendo capturadas ou cativadas, estavam se entretendo com ideias e aceitando essas ideias. As más influências estavam mexendo com suas mentes. Elas não estavam controlando seus pensamentos.
Diz que estavam sobrecarregadas pelos pecados, então não tinham o hábito de confessar os pecados. Estavam deixando esses pecados pesarem sobre elas.
Estavam sendo desviadas por várias paixões, e paixões são desejos. Estavam seguindo seus sentimentos! Estavam deixando seus sentimentos as guiarem.
Elas estavam sempre aprendendo, tinham um amor pelo aprendizado, mas não estavam aplicando o que aprendiam. Diz que elas "jamais conseguem chegar ao conhecimento da verdade". Elas não tinham convicções. Estavam sempre girando em círculos e não chegando a lugar algum em termos de sua vida cristã.
Se analisarmos esses sete hábitos, elas tinham vários hábitos. Acredito que se invertermos esses hábitos e olharmos para cada um, podemos ver se os combatemos em nossas vidas, e assim nós nos tornaremos mais e mais fortes.
Nancy: E foi por isso que você escreveu este livro maravilhoso, que infelizmente não está disponível em português chamado "A mulher verdadeiramente forte", e o subtítulo é "Hábitos surpreendentemente simples de uma mulher espiritualmente forte", em tradução livre.
Dannah, nos próximos dias, com a ajuda da Mary e nessas conversas, vamos explorar quais são os hábitos que queremos abandonar e quais são os hábitos surpreendentemente simples, sete deles, que queremos adotar para nos tornarmos mulheres espiritualmente fortes.
Dannah: Sim, estou animada, porque quero saber disso. Não quero ficar pensando: "Sou forte no Senhor? Sou uma mulher espiritualmente forte?" Eu realmente quero saber.
Vamos usar algumas ferramentas nos próximos episódios para discernir se estamos mostrando a fraqueza que Paulo viu como sintoma dessas mulheres em Éfeso, ou se estamos incorporando os hábitos de força que vêm de Deus.
Nancy: Mary, tive a chance de ler este livro e é muito poderoso. Você resumiu coisas que tem pensado, aprendido e ensinado ao longo dos anos. Dannah e eu dissemos uma para a outra que fomos pessoalmente tocadas por partes desta mensagem e tenho certeza que nossas ouvintes serão impactadas pelas mensagens nesses podcasts, que resumem tão bem o seu livro. Ore conosco para que em breve mais esse recurso seja disponibilizado em português.
Dannah: Eu diria que tive que me arrepender.
Nancy: Arrependimento, exatamente.
Dannah: Essa é a palavra que usei várias vezes.
Nancy: Queremos que nossas ouvintes também venham ao arrependimento!
Dannah: Sim, sim. Queremos que você compartilhe isso conosco.
Nancy: O título desta nova série é “A mulher verdadeiramente forte”. Amanhã começaremos a explorar qual é o primeiro hábito. O que são essas infiltrações do mal? Como as evitamos? Como evitamos ser influenciadas por sua mensagem? Não deixe de nos acompanhar amanhã aqui no Aviva Nossos Corações
Dannah: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.