Refresh – Dia 3: padrões saudáveis de trabalho e descanso
Raquel: Você costuma relaxar no final do dia navegando pelo Facebook ou Instagram? A Dra. Shona Murray adverte que, na verdade, sua mente não está relaxando.
Shona Murray: Acho que se você observasse as imagens do cérebro ao navegar pela Internet, ficaria chocada com a velocidade do tráfego em sua mente.
Raquel: Hoje, ela vai te contar como encontrar descanso e relaxar de verdade.
Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Há alguém ouvindo hoje que precisa renovar suas energias? Sim, a qualquer momento do dia, não é mesmo? Todas nós precisamos, e algumas de nós talvez tenham uma necessidade ainda maior dependendo da fase da vida.
É por isso que estou tão animada com este livro que Shona e David Murray escreveram chamado Refresh. E o subtítulo me atraiu imediatamente: “Vivendo no ritmo da graça …
Raquel: Você costuma relaxar no final do dia navegando pelo Facebook ou Instagram? A Dra. Shona Murray adverte que, na verdade, sua mente não está relaxando.
Shona Murray: Acho que se você observasse as imagens do cérebro ao navegar pela Internet, ficaria chocada com a velocidade do tráfego em sua mente.
Raquel: Hoje, ela vai te contar como encontrar descanso e relaxar de verdade.
Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Há alguém ouvindo hoje que precisa renovar suas energias? Sim, a qualquer momento do dia, não é mesmo? Todas nós precisamos, e algumas de nós talvez tenham uma necessidade ainda maior dependendo da fase da vida.
É por isso que estou tão animada com este livro que Shona e David Murray escreveram chamado Refresh. E o subtítulo me atraiu imediatamente: “Vivendo no ritmo da graça em um mundo acelerado.”
Estou lidando com algumas dessas coisas de uma maneira nova, nesta fase da minha vida. As fases mudam, e agora que sou uma mulher casada e idosa – já fazem alguns anos que sou casada – estou tendo que fazer ajustes diferentes em termos de minhas prioridades e hábitos diários, e, ao navegar junto com Robert no compasso das nossas vidas e como viver essa vida com ritmo de graça para não nos tornarmos cansados, desanimados e sobrecarregados.
Então eu estava realmente ansiosa, David e Shona, para ler este livro. Estou tão agradecida por vocês terem escrito. Ele lida com a questão da depressão, mas acredito que qualquer mulher em qualquer fase da vida, esteja ela experimentando depressão ou não, seja casada ou solteira, adolescente, mais jovem ou mais velha, pode se beneficiar muito da sabedoria prática que vocês compartilham aqui a partir de sua própria jornada sobre como manter uma vida com ritmo de graça quando tudo está vindo em sua direção o tempo todo, fazendo você se sentir agitada, apressada, frenética e esgotada.
Eu sei que vocês que estão nos ouvindo nunca lutaram com isso, mas o fato é esse, eu acabei de abrir minha alma.
Então, obrigada por abrirem suas almas neste livro, por compartilharem conosco, e agora por estarem conosco aqui no Aviva Nossos Corações.
David Murray: Bem, obrigado. Acho que, como você disse, as fases da vida variam. Uma das habilidades na corrida é ser sensível às mudanças em seu corpo, mudanças em seu ambiente, mudanças na topografia do percurso, e ajustar de acordo.
Essa é uma habilidade que acho que Shona e eu temos aprendido gradualmente ao longo dos anos, é tentar não viver como um jovem de vinte anos quando se tem quase cinquenta anos, e ajustar quando os filhos começam a chegar e as responsabilidades no trabalho aumentam e as responsabilidades na igreja aumentam.
Todas essas coisas nos afetam. Todas essas coisas drenam nossa energia, e, portanto, ajustes precisam ser feitos em outras partes de nossas vidas porque somos criaturas tão finitas e limitadas.
Nancy: E vocês aprenderam isso de uma maneira muito difícil, como muitas vezes temos que fazer.
David, você é pastor e professor de seminário. Shona, você era médica e teve muito treinamento, educação e experiência, mas o Senhor os levou a alguns lugares bem baixos em termos de burnout e depressão.
E se você não ouviu os dois episódios anteriores, acesse o nosso site e ouça-os porque David e Shona compartilharam bastante de sua jornada neste livro.
Então, vocês tiveram que chegar a um ponto de desespero e desânimo antes de começarem a perceber alguns desses ajustes que precisavam ser feitos em suas vidas.
Shona: Sim, tive. Como mencionei antes, só conhecia um ritmo de corrida. Quando era adolescente, eu fazia parte do time de corrida da escola. Basicamente, eu era aquela que começava rápido e terminava rápido. Não conhecia outra maneira de correr. Às vezes eu não chegava em primeiro lugar. Minha estratégia não funcionava em todas as situações.
Levei essa filosofia para minha vida adulta. Novamente, funcionou bem na adolescência, quando só tinha que me preocupar comigo mesma. Mas, à medida que as várias responsabilidades cresciam em minha vida adulta, essa combinação quase foi fatal. Não percebi que isso levaria ao burnout.
Se você levar uma vida constantemente acelerada, é muito provável que sua vida seja encurtada.
Nancy: Como com seu carro, se você costuma rodar com ele sempre na reserva, isso vai prejudicar o carro.
Shona: Exatamente! É assim.
Nancy: E algumas de nós estamos tratando nosso corpo dessa maneira.
Shona: Estamos conduzindo nossas mentes desse jeito. Estamos conduzindo nossos corpos desse jeito. E isso também tem consequências espirituais. Podemos estar servindo ao Senhor de manhã, ao meio-dia e à noite, motivadas pelo amor ao Senhor, mas num ritmo muito acelerado.
É muito importante notar que o Senhor encorajou os discípulos a descansar. Ele os retirava do serviço, por assim dizer, e os encorajava a descansar para que estivessem mais bem equipados para lidar com o próximo dia.
Ele providenciava comida quando eles mesmos haviam esquecido que precisavam se alimentar.
Então, tive que aprender isso do jeito mais difícil. Um dos maiores desafios, no entanto, foi aceitar que sou finita. Tenho limitações. Não sou uma supermulher. Não sou uma super mãe. Não sou uma super médica. Não sou uma super esposa de pastor. Sou um ser humano frágil, e Deus me estabeleceu com limites.
O pecado fez com que tivesse mais limitações, e isso também entra em jogo no que sou capaz de fazer e não fazer. Reconhecer isso e reconhecer com humildade foi um grande passo na minha recuperação.
Essa mentalidade é uma parte significativa do meu dia a dia agora. Ela influencia minhas decisões diárias, desde como começo e termino meu dia até se faço pausas, se durmo suficiente à noite, se pratico exercícios físicos ou opto por não fazê-los, e até mesmo nas escolhas relacionadas à minha alimentação.
Nancy: E para algumas coisas, em ambos os casos, vocês têm que dizer “não” – coisas que gostariam de fazer, coisas que talvez outras pessoas queiram que vocês façam, mas vocês não podem aceitar todos os pedidos.
David: “Não” é a palavra mais difícil de dizer, não é, Nancy?
Nancy: Sim.
David: É a mais curta – N-Ã-O – e ainda é uma habilidade vital a ser aprendida. Acho que há um chamado a graça de dizer “não”. É graça de Deus para nós quando não conseguimos ver, e é graça para nossas famílias e amigos que se beneficiam de nós dizermos “não” também.
Nancy: Na verdade, estamos servindo melhor aos outros se dissermos “não” às coisas que Deus não tem em Sua lista de prioridades para nós em determinado momento ou fase de nossa vida.
David: Sim. E essa é a chave, não é? Manter Deus à frente da nossa agenda, mesmo que Deus seja continuamente empurrado para fora por nossa própria ambição ou pelas expectativas de outras pessoas. E é tentar manter Deus grande e o homem pequeno. Acho que essa é a chave para a capacidade de dizer “não”. É manter Deus no controle para que digamos “sim” ao que Ele quer que digamos “sim” e “não” ao que Ele quer que digamos “não”.
Nancy: Mas então não podemos ser motivadas pelo medo, medo do homem, culpa – tantas coisas que às vezes nos impulsionam a dizer “sim” a coisas que no fundo do coração sabemos que este não é o momento certo ou a fase da vida para isso, ou eu não tenho a capacidade para isso. Mas dizemos, “Vou fazer isso”.
Shona: As mulheres especialmente, porque supostamente somos melhores em fazer várias coisas ao mesmo tempo. Temos mais propensão a cair nessa cilada. Racionalizamos: “Eu posso fazer isso porque posso pensar enquanto dirijo. Posso resolver esse problema no banco de trás do carro com meus filhos e posso planejar a festa de amanhã.”
Nancy: Tudo ao mesmo tempo.
Shona: E preparar o jantar hoje à noite, tudo ao mesmo tempo, enquanto talvez trago algo para o meu marido que talvez tenha esquecido. Às vezes pensamos: “Posso consertar tudo,” ou “Vou consertar tudo.”
Deus tem outro mandamento nas Escrituras que tendemos a ignorar, e é este: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.” (Salmo 46:10)
Este é um dos meus versículos favoritos porque quando estou esgotada, quando estou estressada, quando tenho tantas coisas acontecendo e minha lista de afazeres é tão longa que o que deveria acontecer durante uma semana eu supostamente tenho que fazer tudo hoje. Se me lembro, “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus,” isso me ajuda a cortar o supérfluo. Isso me ajuda a ter uma perspectiva diferente e dizer: “Senhor, ajuda-me a fazer o que Tu queres que eu faça hoje, não o que eu gostaria de fazer”, porque senão não há fim para isso.
Nancy: Sim!
Shona: Eu gostaria que minha casa estivesse perfeitamente limpa, uma refeição perfeita, roupa lavada.
David: Um marido perfeito?
Shona: Meu marido já é perfeito. (risos)
Isso é um desafio, e acho que parece estar no ambiente de trabalho, especialmente nos negócios corporativos de hoje. Os alvos são intermináveis. Então, você nunca alcançará o ponto em que fez o suficiente. E novamente, se você lembrar, sim, você está servindo seu chefe, mas, acima de tudo, está servindo ao Senhor.
Isso ajuda a analisar as oportunidades de trabalhar todas as noites, trabalhar até tarde, e você pode dizer: “Isso vai me beneficiar fisicamente, emocionalmente? Isso terá consequências espirituais negativas? Isso beneficiará o reino de Cristo? Isso beneficiará meu empregador?”
“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” ajuda a olhar objetivamente para isso e dizer: “Ok, talvez eu fique até tarde hoje à noite, mas nas próximas duas noites preciso garantir que estou em casa na hora certa porque tenho outras prioridades mais importantes.”
E se estiver na cama na hora certa, descansada e relaxada, eu realmente darei ao meu empregador mais amanhã do que se eu trabalhasse até tarde hoje à noite.
Nancy: Vamos falar sobre esse assunto do sono. Vocês têm um capítulo inteiro sobre sono. Algumas pessoas podem dizer: “Bem, isso não é muito espiritual. O que isso tem a ver com depressão e burnout?”
Mas vocês falam sobre como isso realmente nos afeta, a falta de sono, o que – você leram todos os tipos de estudos e pesquisas hoje mostrando, e sabemos disso pelas nossas próprias vidas – essas mamães privadas de sono com os pequenos, é uma fase difícil. Temos ouvintes assim. Temos pessoas em todas as fases da vida – algumas de nós mais velhas que têm dificuldade para dormir. E como isso afeta nossa capacidade cognitiva, nossa habilidade de lidar com a pressão.
Shona: Sim.
Nancy: Então, falem-nos sobre porque é tão importante avaliar onde estamos nessa questão do sono.
Shona: A coisa mais importante a entender sobre o sono é que Deus nos criou para precisarmos de sono. Somos feitos, sim, para trabalhar, mas fomos feitos para dormir. Jesus dormiu. Ele até dormiu durante uma tempestade. Ele incentivou Seus discípulos a fazerem pausas.
Você poderia dizer, “Está bem, Jesus.” Eles saíram à noite, e Ele orou no topo da montanha. Mas Ele não fazia isso o tempo todo.
Nancy: Certo.
Shona: Sem sono, sabemos os efeitos no dia seguinte – estamos cansadas. Ficamos frustradas em nossos relacionamentos. Podemos ficar com raiva. Perdemos nossa concentração. Esquecemos as coisas. E acidentes acontecem – eu também percebi isso – sou muito mais propensa a acidentes se estou com falta de sono.
Então, mesmo subjetivamente, a maioria de nós percebe que uma noite mal dormida tem um impacto negativo no dia seguinte.
David: Também há versículos nas Escrituras:
“O Senhor concede o sono àqueles a quem ama.” (Salmo 127:2).
“Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança.” (Salmo 4:8).
Deus dá sono. É uma de Suas graças, e a recusamos sob nosso próprio risco. É como se seu pai ou mãe viesse até você com esse presente maravilhoso que vai te abençoar em todas as áreas da vida.
Nancy: E dizemos: “Não, obrigada.”
David: “Não, eu não preciso disso. Não, obrigado. É para outras pessoas, mas não para mim.”
Sofremos grandes consequências como resultado disso.
Me chamou a atenção que algumas das pesquisas – está no livro – sobre personalidades esportivas que agora têm treinadores de sono como membros de sua equipe iguais à nutrição e fisioterapia e coisas assim. Michelle Wie, a golfista americana, ela dorme doze horas por noite e às vezes quatorze-quinze horas antes de um torneio.
Nancy: Uau!
David: LeBron James, doze horas por dia.
A única pessoa que lembro que dormia apenas quatro a cinco horas era Tiger Woods.
Nancy: Interessante.
David: Não é interessante? Lembro-me de John Piper dizendo que, para ele, permanecer no ministério só seria possivel se ele dormisse o suficiente.
Nancy: Sim. Isso não era uma opção.
David: Isso mesmo. Don Carson também falou sobre o impacto moral e espiritual da falta de sono. E percebo que nos piores anos de Bill Clinton no cargo, quando ele estava caindo em toda sorte de imoralidade, havia momentos em que ele estava dormindo apenas três ou quatro horas por noite.
Então, Deus nos dá esse presente e diz: “Isso fará bem a você fisicamente, emocionalmente, mentalmente, relacionalmente, espiritualmente, moralmente – em todos os sentidos.” Precisamos abraçá-lo como uma graça.
Nancy: E sei que há algumas temporadas ou períodos em que é simplesmente impossível dormir tanto quanto você gostaria ou acha que seu corpo precisa. E penso nas jovens mães como estando às vezes nessa categoria.
Shona: Sim.
Nancy: Há graça para circunstâncias atenuantes.
Shona: Há. Há graça. E esses são tempos únicos. Eles não são normais.
Nancy: Mas quando os tornamos normais, então isso se torna um problema.
Shona: Sim. Nós teremos. Acho que mesmo o que parece anormal, ainda podemos tomar medidas, mesmo durante esses tempos em que você é uma jovem mãe com filhos. Acho importante usar os momentos de cochilo das crianças para compensar o sono. Ser intencional em seu descanso e não usar esse tempo para lidar com o trabalho doméstico.
Nancy: Ou o Facebook, Instagram, ou Tik Tok.
Shona: Ou o Facebook, ou simplesmente… mas é uma oportunidade muito essencial para compensar o sono. E a coisa incrível é que o sono, quando você está tão necessitada, é super revigorante. Então, nos privamos se não aproveitarmos as oportunidades.
David: Essa é uma área, acho, onde falhei em meu relacionamento com Shona. Quando ela entrou em crise, uma das coisas que começamos a fazer foi garantir que eu estivesse em casa nos momentos em que ela poderia tirar uma soneca, ou eu cuidaria das crianças por um tempo e a deixaria tirar essa soneca.
Acho que os maridos que estão ouvindo isso devem estar pensando: Como posso ajudar minha esposa, que está constantemente exausta, especialmente nos primeiros anos de criação dos filhos. Como posso ajudar a proporcionar a ela o descanso merecido?
Isso é um dos maiores presentes que você pode dar – cuidar das crianças por uma hora ou duas ou falar pra sua esposa ir para a cama mais cedo algumas noites por semana e dizer: “Eu vou cuidar da casa”. Isso fez uma grande diferença em nossas vidas.
Nancy: É interessante como, com tantos avanços tecnológicos e automatizações, estamos dormindo menos hoje em comparação com uma ou duas gerações atrás.
Eu acho que parte disso pode ser porque a tecnologia nos permite estar conectados e ligados 24 horas por dia, 7 dias por semana.
E pensamos, Ah, estou relaxando com o Facebook ou Instagram, ou outras mídias sociais ou entretenimento, e até pode ser relaxante em um sentido imediato.
Mas é meio como algodão-doce – tem um gosto bom, mas realmente não é nutritivo; não é realmente alimentador. Fale conosco como médica sobre isso.
Shona: Acho que se você observasse as imagens do cérebro ao navegar pela Internet, ficaria chocada com a velocidade do tráfego em sua mente.
Nancy: Então você realmente não está descansando.
Shona: Você não está descansando. Em vez de desacelerar, essas vias… Você já teve a chance de assistir a vídeos em time-lapse, nos quais alguém registra uma cidade por vinte e quatro horas e, em seguida, acelera o vídeo, mostrando luzes piscando, semelhantes às que se vê em uma auto estrada à noite?
Essa é uma metáfora do que acontece em seu cérebro quando você passa muito tempo em frente a um computador ou ao seu iPhone.
É por isso que, quando estamos imersos na tecnologia, mesmo com tempo livre, não experimentamos verdadeiro relaxamento.
É interessante, também acho que se voltarmos, digamos, um século. Eu não sei quando a eletricidade chegou aos Estados Unidos, mas sei que há 100 anos no Reino Unido, de onde viemos, não tínhamos eletricidade. Quando escurecia, você tinha que parar de fazer as tarefas do dia.
Nancy: Certo.
Shona: As pessoas estavam mais conectadas. Sentavam e conversavam. Podiam ler à luz de velas ou lâmpadas a querosene. As pessoas tricotavam e… mas a vida simplesmente parava à noite porque não havia luz do dia.
Nancy: Noite e dia, como Deus criou. Certo?
Shona: Exatamente. Essa era a ordem natural de Deus. Mas o que fizemos foi gerar luz e tecnologia 24 horas por dia, 7 dias por semana.
E o problema disso é que, a menos que façamos um esforço consciente para seguir a ordem de Deus, seremos arrastados dentro desse padrão, com consequências a longo prazo – consequências físicas, consequências emocionais.
Mas eu temo, para mim também, talvez consequências espirituais mais sérias – simplesmente por não parar. Não ver a Deus nas pequenas coisas porque estamos tão distraídas.
Nancy: Estou aqui para dizer, como você disse tão bem, que tudo isso pode acontecer enquanto estamos fazendo até mesmo o trabalho no ministério, talvez especialmente no ministério, porque há um senso de necessidade e compulsão, e as pessoas precisam da verdade.
Elas precisam da graça de Deus, então estamos dando graça a elas.
Eu sei que posso desenvolver a mentalidade “salvadora” que diz: “O que o mundo vai fazer se eu não ficar acordada esta noite trabalhando nisso?”
E você não diz isso. Você não pensa conscientemente nisso. Mas se der um passo para trás e se você refletir sobre isso, perceberá: “Eu não serei útil ou não serei de proveito para ninguém se eu não parar e descansar.”
Estou numa fase diferente da minha vida agora – estou nos meus cinquenta e poucos anos. Vocês estão cerca de dez anos atrás de mim, e estou dizendo a vocês, daqui a dez anos, será diferente.
E daqui a dez anos, será diferente para mim. Então, aceitar essas realidades e agir de acordo com elas, é submissão. É humildade, e é assim que recebemos graça.
Shona: Sim.
Nancy: Temos apenas alguns minutos aqui, e quero falar sobre (e não foi intencional deixar só uns minutinhos para esse assunto) exercício físico.
Esse é um tópico difícil para mim. Eu tento, e tento, e então é tipo, “Quem tem tempo para isso?” Mas à medida que estou envelhecendo, estou percebendo que a atividade física não é uma opção.
Se eu quiser continuar servindo, continuar amando bem meu marido, continuar amando bem as pessoas, tenho que estar movimentando meu corpo. Falem conosco sobre a importância do exercício físico.
Shona: Bem, mais uma vez, Deus nos fez para nos movermos. Não fomos projetadas para ficar sentadas o dia todo. Precisamos nos mover.
E o exercício tem benefícios para nossas emoções. Beneficia nossos corpos. Nos torna mais aptas. Fortalece nossos órgãos.
Também ajuda a aliviar o estresse que circula em nossos corpos durante o dia, quando estamos sob pressão de várias maneiras e você tem hormônios e produtos químicos – como a adrenalina – circulando pelo seu corpo, que não tem para onde ir.
A consequência disso é que o estresse se torna emocional e mental e, às vezes, também físico, com doenças como úlceras, dores de cabeça, pressão alta, doenças cardiovasculares.
Nancy: Você está falando como uma médica.
Shona: O exercício dissipa isso, em primeiro lugar. Imediatamente, dissipa o estresse. Essa é a vantagem imediata. Mas a longo prazo, como mencionei, o exercício mantém seus órgãos saudáveis. Mantém o fluxo sanguíneo. E todos os seus sistemas funcionam melhor.
Foi comprovado que uma pessoa sedentária ao longo da vida é muito mais suscetível a doenças cardíacas, hipertensão e outros distúrbios, como algumas formas de diabetes, do que alguém que é ativo.
No entanto, o exercício precisa ser intencional. Se vai beneficiar você emocionalmente, assim como fisicamente, é algo que você tem que fazer deliberadamente. Tem que ser intencional. Tem que ser deliberado.
Estou falando aqui do exercício como uma entidade separada de andar pela cozinha o dia todo, ou ir ao supermercado, ou andar pelo escritório.
Tem que ser algo feito com o propósito puro do exercício em si. Em outras palavras, seu foco é a mente, o corpo e as emoções, e você está fazendo isso, de certa forma, como se estivesse fazendo uma refeição.
Você está fazendo isso conscientemente para o seu corpo, mente e alma, porque também tem benefícios espirituais.
Nancy: Sou muito grata porque ontem à noite meu marido percebeu que eu estava sobrecarregada com muitas coisas na minha lista de tarefas.
Tive uma reunião não programada ontem que ocupou metade do dia, e meio que sequestrou meu dia. Então, as coisas que eu tinha planejado para o dia não foram feitas.
Chegamos à noite, ele percebeu que eu estava me sentindo estressada enquanto me preparava para ler este livro sobre ser “Refresh” e viver com as demandas da vida, que você menciona. Ele simplesmente leu meu espírito e disse: “Vamos dar uma volta”.
O que foi legal nisso, entenda, não foi um exercício intenso – eu tento fazer isso também – mas saímos para limpar nossas mentes, conversar, dar as mãos, ficar juntos, estar presentes.
No decorrer dessa caminhada, ficamos chocados ao ver que uma casa logo ali na rua estava pegando fogo. As chamas estavam jorrando, tipo cascata – seja lá qual é a palavra – para fora do telhado daquela casa, e a família estava lá, eles tinham acabado de perder a casa onde moravam há apenas dois meses.
Ficamos hipnotizados ao ver a fúria da chama, mas depois tivemos a oportunidade de conversar com aquela família. Fomos até eles, demonstramos amor, os encorajamos, ministramos graça a eles, oramos com eles antes de sairmos.
A graça de Deus já estava presente, e acho que eles pareciam conhecer o Senhor, como eles tinham mudado fazia poucos meses ainda não os conhecia.
E por esses quarenta e cinco minutos mais ou menos da nossa caminhada e estando nessa situação, minha mente pode desconectar e estar fora do meu laptop e das exigências urgentes do dia.
Eu pude clarear a minha mente, me permitir respirar e andar na graça e ser um instrumento de graça.
E então eu pude voltar às tarefas da noite que ainda precisavam ser feitas, algumas delas, e abordá-las com a mente clara e uma fé renovada. Sou grata que Robert teve a sensibilidade de dizer: “Precisamos nos mexer. Você precisa mexer seu corpo”.
David: Sim.
Nancy: É preciso ser um bom marido para dizer isso.
Shona: Isso é muito importante. A questão é que não foi muito intenso. Acho importante percebermos que o exercício não é apenas ir à academia, levantar peso e suar baldes, correr, se preparar para uma maratona.
Cuidado, por que isso pode começar a se transformar novamente nas esferas do perfeccionismo.
David: Exatamente.
Shona: É incrível como podemos levar essa mentalidade perfeccionista até mesmo para o exercício que se supõe que nos beneficie.
Então, veja o exercício como um espectro que você faz, que é apropriado para a idade, que é apropriado para sua fase de vida.
Nancy: Você estava me dizendo que gosta de jogar futebol.
Shona: Exatamente. Eu adoro jogar futebol.
Nancy: Mas você não pode fazer isso como costumava fazer antes.
Shona: Não, não como costumava. Há o risco de lesões e tudo mais. Mas o que posso fazer é ir à academia, e participar de uma aula adaptada às minhas necessidades. Caminhar é um exercício muito bom. Se todo mundo caminhasse meia hora, três vezes por semana, isso seria um enorme benefício para a sua mente, emoções, corpo e alma.
Então, novamente, estamos dizendo que o exercício é uma parte vital da vida, mas cuidado para não fazer disso um ídolo, porque podemos fazer isso até com as coisas boas.
Nancy: E, em última análise, o que queremos fazer com tudo isso é poder glorificar a Deus.
Shona: Sim.
Nancy: Amar a Ele, amar bem aos outros. Não se trata de ter um corpo de modelo; a meta não é ser magra e em forma. O objetivo é ser capaz de amar a Deus e aos outros com nossa mente, coração, alma e vontade; ser fisicamente forte o suficiente para fazer isso.
Shona: Sim.
Nancy: Obrigada por nos encorajar de maneiras muito práticas que são espirituais. Não há separação nisso.
Vamos abordar mais algumas áreas específicas que vocês mencionam, além da importância do sono e exercício.
Você não pode perder Shona e David Murray no episódio de amanhã aqui no Aviva Nossos Corações sobre como viver uma vida no ritmo da graça em um mundo acelerado e como ser uma mulher de Deus renovada e, portanto, revigorada.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth conversou com David e Shona Murray. Eles escreveram um livro chamado “Refresh: Vivendo no ritmo da graça em um mundo acelerado“. Você pode adquirir este livro através do nosso site www.avivanossoscoracoes.com
Lembramos que o Aviva Nossos Corações é um ministério sustentado completamente por doações e é através de ouvintes como você que podemos alcançar mais e mais mulheres e ajudá-las a viver uma vida de liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
Caso queira fazer uma oferta única ao ministério ou fazer um compromisso mensal de doação, vá ao nosso site e clique na aba doações para obter maiores informações.
Após o programa de hoje, gostaríamos de saber: o que é mais importante – dormir ou fazer exercícios? Vamos ouvir o que David e Shona Murray têm a dizer sobre isso amanhã. Descanse um pouco e faça um pouco de exercício, e junte-se a nós amanhã.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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