Dia 5: Um coração sedento
Raquel Anderson: Nos ‘80, Nancy Stafford, modelo e atriz, era a imagem do sucesso.
Nancy Stafford: Eu participei, como atriz, de vários programas de televisão dos anos 80.
Raquel: Mas Nancy descobriu que esse sucesso não a satisfazia.
Nancy S.: Eu simplesmente não me sentia bem comigo mesma.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus na voz de Renata Santos.
A verdade sobre a qual Nancy fala nesta série nunca sai de moda. Eu oro para que você descubra isso no programa de hoje. Esta foi uma das primeiras séries que Nancy gravou para o Aviva Nossos Corações.
Aqui está Nancy continuando a série clássica "Saciando Nossa Sede".
Nancy DeMoss Wolgemuth: Todas temos um coração sedento. Não é apenas algo mencionado em muitas músicas; é uma verdade da vida. Todas nós sentimos essa sede. O problema surge quando tentamos saciá-la …
Raquel Anderson: Nos ‘80, Nancy Stafford, modelo e atriz, era a imagem do sucesso.
Nancy Stafford: Eu participei, como atriz, de vários programas de televisão dos anos 80.
Raquel: Mas Nancy descobriu que esse sucesso não a satisfazia.
Nancy S.: Eu simplesmente não me sentia bem comigo mesma.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus na voz de Renata Santos.
A verdade sobre a qual Nancy fala nesta série nunca sai de moda. Eu oro para que você descubra isso no programa de hoje. Esta foi uma das primeiras séries que Nancy gravou para o Aviva Nossos Corações.
Aqui está Nancy continuando a série clássica "Saciando Nossa Sede".
Nancy DeMoss Wolgemuth: Todas temos um coração sedento. Não é apenas algo mencionado em muitas músicas; é uma verdade da vida. Todas nós sentimos essa sede. O problema surge quando tentamos saciá-la nos lugares errados. A sede em si não é errada; ela foi criada por Deus. Ele nos fez sedentos para que nossa sede fosse dirigida a Ele. O problema é que, quando tentamos saciar nossa sede em pessoas, coisas ou lugares, longe de Deus, nos decepcionamos. É isso que vamos explorar esta semana.
No Livro de Jeremias, capítulo 2, versículo 13, Deus diz que Seu povo Israel cometeu dois males. Esses dois males, esses dois grandes pecados, resumem não apenas os pecados dos israelitas em seu tempo, mas creio que resumem os nossos pecados hoje.
Deus disse ao Seu povo: “O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva. Meu desejo sempre foi satisfazer suas necessidades. Eu sou a fonte do seu suprimento,de tudo que eles precisam, mas eles viraram as costas para Mim."
E disseram: "Deus não é suficiente. Deus não pode nos saciar. O que Ele tem a oferecer não é suficiente. Precisamos de algo mais."
O Senhor diz que isso é um grande mal, abandonar a Deus, esquecer que Ele é a fonte de águas vivas, mas não somente isso, Ele diz: "Meu povo cometeu outro grande mal. Não apenas me abandonaram, mas se contentaram com substitutos. Eles cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retém água.”
O que Deus está dizendo? "Não bastasse meu povo recusar deixar-Me suprir suas necessidades, eles se voltaram para outros lugares, coisas e pessoas para suprir suas necessidades."
Sabe o que a Bíblia chama isso? Idolatria. Idolatria! Talvez eles pensassem que não eram idólatras, pois não faziam criaturas e se curvavam diante delas."
Porém, essa é a essência da idolatria, buscar algo ou alguém que não seja Deus mesmo para suprir as necessidades mais profundas do nosso coração. E esse é não é apenas um pequeno problema ou uma fraqueza que você tem. Esse é um grande mal.
Identificar idolatria em minha própria vida tem sido algo muito importante. Quando me volto a pessoas, coisas ou experiências para satisfazer os desejos mais profundos e a sede do meu coração, eu me torno na verdade uma idólatra. E é sobre esse grande mal que Deus fala e que exige arrependimento.
Vimos no episódio anterior que a mulher junto ao poço tinha uma sede em três níveis. Ela tinha uma sede física, uma sede emocional e uma sede espiritual. E dissemos que também temos sede nos mesmos três níveis. Vamos examinar brevemente como a mulher de Samaria, a mulher junto ao poço, tentou saciar sua sede em cada uma dessas áreas.
Também vamos examinar como nós buscamos saciar a nossa sede em cada um desses níveis.
Primeiro, a sede física é óbvia. A mulher foi ao poço em busca de água porque havia uma necessidade física, uma sede física.
E nós também temos necessidades e desejos físicos, e tentamos satisfazer essas necessidades por meio de coisas físicas. Pode ser comida, água, conforto material, nosso ambiente. Temos nosso instinto de autoproteção e vamos satisfazer nossas necessidades.
Vimos que a mulher tinha, em segundo lugar, uma sede emocional. Como essa mulher tentou satisfazer sua sede emocional? O que ela fez? Ela buscou a quem para satisfazer sua sede emocional? Ela recorreu a homens, casamento e relacionamentos, um após o outro. Quando um não satisfazia, você consegue imaginar o quanto ela esperava e ansiava que talvez o próximo fosse o certo?
O que fazemos como mulheres? Somos propensas a tentar satisfazer nossa sede emocional por meio de relacionamentos. Quantas de vocês pensaram, antes de se casar, que quando finalmente casassem suas necessidades emocionais seriam satisfeitas? Posso ver algumas mãos levantadas? Muitas mãos aqui.
Não demorou muito tempo para descobrir que, por mais maravilhoso que ele fosse, não poderia satisfazer seus desejos emocionais, certo?
Parece que nós, mulheres, muitas vezes não conseguimos nos entender completamente. Não sei como podemos esperar que os homens nos entendam. Então, vocês se casaram e, após um dia ou talvez uma semana, perceberam que esse homem não poderia suprir todas as suas necessidades emocionais. Houve um momento em que se sentiram um pouco decepcionadas com o casamento, pois ele não trouxe a satisfação completa que esperavam. E então pensaram: "Eu sei o que faremos, vamos ter um bebê. Esse bebê vai satisfazer meus desejos e necessidades emocionais."
E você segurou aquele precioso bebê nos braços e disse: "Agora vou me sentir realizada"—até que o bebê começou a chorar e você percebeu que aquele bebê não tinha a intenção de satisfazer seus desejos, mas que ele tinha muitas necessidades. Ele veio ao mundo pensando que você estava ali para satisfazer a sede dele!
Então, aquele bebê não a satisfez. E você disse: "Eu sei o que faremos, vamos ter outro bebê. Esse será diferente." Bem, mais cedo ou mais tarde você descobriu que filhos, por mais preciosos que sejam, por mais que sejam um presente de Deus, são egoístas e não podem satisfazer os desejos mais profundos do seu coração.
Então você pensou: "Vamos ter netos." Dizem que os netos são realmente maravilhosos, e algumas de vocês amariam mostrar fotos desses pequenos preciosos. Mas chega uma hora em que você está pronta para devolvê-los aos pais. E então percebe que nem mesmo esses netos adoráveis podem satisfazer as necessidades emocionais e os anseios mais profundos do seu coração.
Mas não é típica essa tentativa contínua de buscar satisfação em relacionamentos? Esta é uma das principais áreas de idolatria em minha própria vida. Deus tem me mostrado nos últimos anos que tenho buscado pessoas, amizades, companheirismo para suprir necessidades emocionais em minha vida. Necessidades emocionais que as pessoas não podem suprir, só Deus pode suprir.
Quando começo a buscar um homem, uma mulher, um adulto, um pai, uma criança, um amigo para suprir as necessidades mais profundas do meu coração, para saciar minha sede emocional, me torno uma idólatra. Eu tenho abandonado a Deus, a Fonte de Águas Vivas, que quer ser o grande supridor das minhas necessidades. Em vez disso, eu mesma criei este pote rachado, para tentar conter água, para tentar saciar minha sede. Mas não consigo porque a água vaza, o meu pote está quebrado, e eu não tenho como satisfazer a minha sede emocional mais profunda.
Buscamos satisfação para nossas necessidades emocionais não apenas por meio de relacionamentos, mas de outras maneiras também. Uma maneira pela qual muitas vezes tentei satisfazer minhas próprias necessidades foi por meio da aceitação. Procuramos que nossas necessidades emocionais sejam supridas por meio do status social, de atividades, da agitação, do barulho.
Queremos estar sempre cercadas de barulho, tentando preencher os lugares vazios de nossos corações. Chegamos em casa,ligamos a televisão, entramos no carro, ligamos o rádio. Muitas de nós fazemos uso dos ídolos gêmeos às vezes, compras e comida. Você já se viu usando compras ou comida para satisfazer necessidades emocionais? Comendo não porque estamos com fome física, mas porque temos um anseio dentro de nós que estamos tentando preencher.
Mulheres compartilharam comigo como os romances têm se tornado para elas um poço ao qual correm para tentar saciar suas necessidades emocionais. Por quê? É porque não existe um homem na vida real que seja este ser grande, forte, coberto de veludo ... uma fortaleza. Então, onde procuramos encontrar esse tipo de homem? Tantas mulheres fogem do mundo real de pessoas reais, casamento real, filhos reais e correm para esse mundo de escape, esse mundo de sonho das novelas, dos "Doramas", tentando preencher o vazio, tentando mascarar a dor e o desejo que todas sentimos—medicando a dor, anestesiando a mágoa. Às vezes até com o uso de alguns remédios, tentando escapar do vazio e da dor.
Mulheres me escrevem notas como esta: "Estou com sede; tenho preenchido minha solidão com amigos, TV e compras."
Outra diz: "Procurei satisfação em minha carreira em vez de realização em Jesus."
Outra mulher diz: "Estou preenchendo meu coração com agitação e barulho."
Esta mulher diz: "Tenho procurado meu marido para suprir todas as minhas necessidades."
E esta mulher disse: "Tenho buscado os poços errados por amor e aprovação. Deus me mostrou," ela disse, "que muitas vezes buscava a aprovação da minha mãe quanto à minha forma de criar meus filhos. Como resultado, quando ela está por perto, sou muito mais dura com meu filho de seis anos."
Estamos sempre tentando satisfazer nossas necessidades emocionais.
E quanto à nossa sede espiritual? Talvez façamos o que a mulher junto ao poço fez. Como ela tentou encontrar realização? Através da religião, experiências religiosas, rituais religiosos, líderes espirituais. Às vezes, tentamos preencher os lugares vazios de nossos corações com conferências, livros, seminários, programas de rádio, conselheiros.
A verdade é que tudo e todos aos quais nos voltamos, exceto Deus, são inadequados para suprir as mais profundas necessidades e anseios de nossos corações, porque Deus colocou a eternidade em nossos corações.
Jesus disse: "Quem beber desta água, desta água dessas cisternas quebradas, terá sede novamente." Você tem que continuar voltando ao poço, porque essa água nunca vai te satisfazer completamente.
Todas essas coisas são temporais. São passageiras; elas desvanecem. Elas mudam. Podem ser tiradas de nós. Todas podem te decepcionar.
Queremos olhar para a provisão de Deus, a Fonte de Águas Vivas, onde podemos encontrar a água que realmente dura e satisfaz. Acho importante começarmos reconhecendo onde buscamos coisas e pessoas além de Deus para satisfazer as mais profundas necessidades e anseios de nossos corações.
Você tem um ídolo? Existe um poço ao qual você tem recorrido além de Deus para preencher as mais profundas necessidades e anseios do seu coração? O que você busca? Onde você tenta encontrar refúgio? Onde você tenta encontrar conforto? Onde você tenta encontrar plenitude? Deus diz que é um grande mal buscar qualquer coisa ou qualquer pessoa que não seja Ele. Então, como você se liberta?
O ponto de partida é o arrependimento, concordando com Deus. Eu busquei coisas e pessoas além de Deus para satisfazer a sede do meu coração e agora me arrependo.
Volto para Ele, a Fonte de Águas Vivas.
Raquel: Essa é Nancy DeMoss Wolgemuth em uma mensagem atemporal, transmitida pela primeira vez no Aviva Nossos Corações em 2002.
A pergunta: Quais são os ídolos do seu coração?—é tão relevante em 2024 quanto era quando Nancy gravou. Hoje Nancy destacou que nada satisfaz plenamente exceto Jesus, incluindo o sucesso exterior. Estamos prestes a ouvir de uma mulher que sabe disso em primeira mão.
Em 1976, Nancy Stafford foi Miss Flórida no concurso Miss América. Desde então, estrelou programas de televisão e filmes para TV. Mas interiormente, ela era como a mulher junto ao poço, buscando satisfação nos lugares errados.
Vamos nos juntar às duas Nancys—DeMoss Wolgemuth e Nancy Stafford.
Nancy Stafford: Cresci em um lar cristão maravilhoso e amoroso. Lembro-me, aos oito anos de idade, de ter um relacionamento terno com o Senhor. Lembro-me, aos oito anos de idade, sentada na igreja cantando hinos e sentindo uma espécie de cobertor quente do amor de Deus descer sobre mim. Eu chorava na presença do Senhor e adorava estar com Ele.
Mas, embora tivesse esse relacionamento íntimo e terno com o Senhor, eu tinha muitas inseguranças em minha vida. Acho que isso começou porque fui fisicamente rejeitada e ridicularizada. Eu era aquela criança desajeitada, desengonçada e pouco atraente, e fui muito zombada.
Tudo começou com um incidente específico quando eu tinha cinco anos, em uma aula de balé. Este era um lugar onde eu tinha sucesso e amava, e era totalmente indiferente ao que os outros pensavam sobre mim. Eu ia lá me expressar. E um dia, a professora se virou para as mães no fundo e disse: "As meninas estão se saindo lindamente, exceto aquela garotinha Stafford. Ela é a criança mais desengonçada e desajeitada que já vi."
Nancy: E você ouviu isso.
Nancy Stafford: Eu ouvi isso, e acabou comigo. Acho que foi o dia em que uma mentira se instalou no meu coraçãozinho, dizendo: "Você é feia, é desajeitada, quem você pensa que é? Você não tem nenhum valor e importância. Ninguém te quer."
Quando cheguei ao ensino médio, comecei a ter problemas na igreja. Eu sentia que até as pessoas na igreja, que deveriam me entender e aceitar como eu era, me diziam que eu não era suficiente. Isso feriu meus sentimentos, e eu não sabia como falar com ninguém sobre isso.
Quando fui para a faculdade, pensei: "É só eu e Deus. Posso seguir a minha vida sozinha. Não preciso da igreja. Não preciso das pessoas. Não preciso desse negócio de hipocrisia."
Infelizmente, como muitas jovens, não consegui fazer isso sozinha.
Fui para longe, a oitocentos quilômetros de distância, para a Universidade da Flórida. Pouco a pouco, meu relacionamento com o Senhor foi se desgastando. A parte difícil para mim foi que eu era uma boa garota. Eu sempre queria fazer o que era certo, no meu coração.
Nancy: E você continuou sendo uma "boa garota"?
Nancy Stafford: Nos primeiros anos da faculdade, sim.
Nancy: Exteriormente, você estava fazendo tudo certo, mas, na verdade, estava longe do Senhor.
Nancy Stafford: Tudo certo, mas ainda me sentindo muito insegura, ainda lutando com muitas inseguranças. No entanto, durante todo esse tempo, por fora, comecei a florescer.
Nancy: Mas as pessoas não sabiam o que estava acontecendo por dentro.
Nancy Stafford: Não, estava muito bem escondido e encoberto, como a maioria dos nossos sentimentos.
Acabei terminando a faculdade, me formei, e os rapazes começaram a me procurar e fiquei super popular. Me envolvi no concurso Miss América e depois comecei a ser chamada para fazer comerciais e modelagem, eu achava a maior ironia.
Nancy: Nessa época, essa garota desajeitada e desengonçada havia amadurecido. Você ainda se sentia feia?
Nancy Stafford: Por dentro. Minha autoimagem ainda era a daquela garota desengonçada. Eu não achava que era feia tanto assim, mas não achava que tinha muito a oferecer. Eu não achava que era muito valiosa. E isso se refletia também na forma como conduzia meus relacionamentos.
Descobri que passava de namorado para namorado em busca de alguém que me fizesse sentir valiosa e digna.
Nancy: ... buscando aceitação.
Nancy Stafford: Sim. Então, quando fui "recrutada", por assim dizer, por um agente, para fazer um pouco de modelagem e alguns comerciais, pensei: "Isso é ótimo!"
Ainda era uma pessoa gentil, boa e moral, mas comecei a buscar amor onde pudesse. Não era promíscua, mas permanecia em relacionamentos que não eram bons, não eram saudáveis, simplesmente porque "Essa pessoa me ama. Essa pessoa quer estar comigo. Isso me faz sentir bem por um tempo."
Comecei a fazer muitos comerciais e modelagem. Tive muito sucesso. Mudei para Nova York para seguir a carreira de atriz e ver se conseguia ser bem sucedida. Fiquei lá por cerca de seis meses. Recebi um telefonema de Ilene Ford, que me convidou para ser modelo na sua agência.
Minha primeira audição no mundo dos artistas foi para uma novela, e consegui o papel. Fiz cento e cinquenta comerciais nacionais em dois anos e meio, muitos e muitos trabalhos fotográficos. Estava no auge da minha carreira.
Nancy: Você se sentia realizada?
Nancy Stafford: Não, ainda não me sentia bem comigo mesma. E a partir daí uma série de eventos começaram a desmoronar o meu mundo. Comecei a novamente sentir fome por uma vida espiritual, mas, para te falar a verdade, eu não queria o Cristianismo. Pensei, Já vivi isso. Já fiz isso. Tinha essas coisas hipócritas que aconteciam na igreja. Eu não queria isso. As pessoas na igreja deveriam ser como Deus, e os crentes não eram assim. Comecei então uma busca, uma busca espiritual.
Gosto de estudar, sou uma leitora ávida. Comecei uma busca que me levou pelo Budismo, Hinduísmo, Rosacrucianismo, Teosofia e toda a gama da Nova Era. Estudei por anos. Achei fascinante. Achei intelectualmente estimulante.
Preciso admitir, não tinha paz na minha vida. Não tinha alegria. Percebi que isso não mudava a forma como vivia minha vida. Não mudava a forma como tratava outras pessoas. Certamente não mudava como me sentia sobre mim mesma. Ainda não achava que valia muito por dentro.
Mas nesse meio tempo, Deus continuou abençoando minha carreira. Consegui um papel em um programa chamado St. Elsewhere. Fiz isso por três temporadas. Depois participei como convidada em vários outros programas nos anos 80.
Tinha minha Bíblia na mesinha de cabeceira todas as noites. Estava lendo ela, bem ao lado do Alcorão, do Baka Bakhita e do Curso em Milagres. Estava misturando tudo.
Nancy: E você achava que estava encontrando a verdade?
Nancy Stafford: Achava. Pensava que estava realmente encontrando a verdade. Estava misturando tudo. Estava nessa busca espiritual eclética. Estava escalada para fazer um programa chamado Magnum P.I., com Tom Selleck. Estava indo para Honolulu. Passei na minha caixa de correio a caminho do aeroporto, e lá estava um livro — esse livro que tinha visto na televisão e que parecia fascinante para mim — tinha chegado na minha caixa de correio. Eu tinha encomendado.
O livro se chamava “Poder para Viver”. (fora de edição)
Nancy: Aqui é onde preciso inserir algo. Eu realmente quero ouvir o final da sua história. Mas esse livro é o livro que foi produzido primeiro, lá nos anos 80, pela nossa família, a família DeMoss, depois que meu pai partiu para estar com o Senhor no final dos anos 70.
Ele deixou a maior parte de sua herança designada para ser usada para alcançar pessoas para Cristo. Ele deixou instruções bem claras de como isso deveria ser feito. Uma das coisas que nossa família fez foi desenvolver esse livro chamado “Poder para Viver”.
Nancy Stafford: Eu nem imaginava, mas Deus tinha marcado um encontro comigo através do livro precioso da sua família. Comecei a lê-lo.
Muitas histórias, às vezes histórias de uma página, encontros das pessoas com Deus, testemunhos de pessoas que encontraram a fé em Cristo. E eram pessoas com as quais eu podia me identificar — políticos, pessoas famosas, pessoas que eu achava super legais, muitos artistas. Eu conseguia me identificar com aquelas pessoas. Tínhamos algo em comum.
E o incrível, Nancy, que estava prestes a acontecer... desde o momento em que abri aquele pequeno livro, senti como se o Espírito Santo entrasse naquela sala comigo. Por três dias tive um encontro com Deus como nunca experimentei até hoje. Porque ao ler as histórias dos encontros dessas pessoas com Deus, uma dor que eu nem sabia que tinha, começou a surgir no meu mais profundo íntimo.
Era uma dor física. Sentia como se fosse morrer, porque estavam descrevendo aquilo que eu desesperadamente desejava... e precisava. Comecei a ver minha vida, pela primeira vez em anos, como ela realmente era. Embora que para os outros parecesse que eu tinha tudo, de repente, até mesmo a forma como me enganei tornou-se clara, e vi quão absolutamente destituída eu estava.
Comecei a clamar a Deus e dizer: “Senhor, eu pensava que Te conhecia. Pensava que estava caminhando em direção ao Senhor. Li as histórias dessas pessoas e percebo que não Te conheço mais, mas costumava Te conhecer. Mostre-me quem eu sou, mostre-me quem Tu és. Ajude-me a Te encontrar.”
Enquanto clamava a Ele, Ele começou a me responder.
Ele começou a me mostrar três coisas naqueles três dias. Primeiro, Ele me mostrou o que Ele pensava de mim, o quanto Ele me amava.
Nancy: Apesar do fato…
Nancy Stafford: Sim. Apesar do fato de que eu estava vivendo uma vida muito feia. Estava morando com um cara. Estava vivendo com meu namorado, um produtor rico. Eu era uma garota festeira. Minha linguagem não era boa. Não estava vivendo uma vida piedosa de jeito nenhum.
Mas Ele sussurrou no mais íntimo do meu coração: “Eu te amo. Você é minha. Você é linda para Mim. Eu fiz tudo isso apenas para te trazer de volta para casa.” Senti o Seu coração partido por mim. Acho que essa foi a sensação física, essa dor, essa coisa que quase me fez chamar uma ambulância.
Eu estava tendo o privilégio de sentir o coração partido do Senhor pelos perdidos. Eu era uma verdadeira pródiga, e Ele estava vindo atrás de mim. Nunca tinha pensado no coração de Deus se partindo por nós, apenas nos nossos corações se partindo, precisando Dele, mas não no Seu coração se partindo por nós.
Isso me abalou, explodiu minha mente que Ele se importava tanto assim.
Então, a segunda coisa que Ele me mostrou foi quem Ele era como meu Pai. Ele não era um Deus distante, cósmico e universal, como eu tinha passado a acreditar na Nova Era. Mas Ele é meu infinito Abba, Papai, e Ele só queria que eu subisse em Seu colo. Eu não precisava estar limpa primeiro.
Nancy: Você não precisava atuar para ganhar o amor Dele. Isso é graça, não é?
Nancy Stafford: Eu podia vir a Ele exatamente como eu estava. E simplesmente caí de rosto no chão, soluçando, por causa do pesar. Acho que chorei por dias a fio. Pesar e arrependimento, e, o que foi incrível é que no terceiro dia Ele me inundou com paz e alegria... aquelas coisas que estavam faltando na minha outra busca por Ele. Depois de todos esses anos, a paz e a alegria do Senhor vieram.
Nancy: Foi realmente uma busca por Ele que não poderia ser satisfeita com nada menos do que Ele.
Nancy Stafford: Não, até que esbarrei direto em Seu colo. Sentia-me como a filha pródiga. Sentia que tinha agarrado Sua manga e agora não ia mais soltar. Estava correndo de volta para casa.
Nancy: E, é claro, o que aquele pai pródigo estava fazendo? Ele estava te abraçando. Ele também não ia te soltar.
Nancy Stafford: Ele estava correndo em minha direção com tanta força e rapidez quanto eu estava correndo em direção a Ele, e isso é a maravilha do nosso Deus.
Nancy: E do evangelho. É para pecadores.
Raquel: Espero que você se lembre da história de Nancy Stafford se algum dia se sentir tentada a buscar os holofotes. Mesmo que não aspiremos ser modelos ou atrizes, todos podemos nos identificar com o desejo por atenção e reconhecimento. Essa conversa aconteceu antes das redes sociais realmente pegarem, mas hoje podemos pensar coisas como, Se apenas meu canal no YouTube fosse um sucesso, ou Se apenas eu pudesse me tornar uma influenciadora nas redes sociais.
Tanto Nancy Stafford quanto Nancy DeMoss Wolgemuth descobriram que apenas Jesus pode satisfazer. Eu também descobri isso, e espero que você esteja baseando toda a sua vida nisso.
Nancy: Sabe, Raquel, aqui no Aviva Nossos Corações, frequentemente falamos sobre "liberdade, plenitude e abundância em Cristo". Se pensarmos bem, nunca teremos liberdade em Cristo, nunca teremos plenitude, nunca teremos abundância em Cristo se não estivermos satisfeitas com Cristo.
É uma mensagem que queremos repetir várias vezes. Jesus é o único que pode nos dar a satisfação que todas nós ansiamos.
Só foi possível gravar esta sére graças às doações de ouvintes como você, que generosamente apoiam o ministério Aviva Nossos Corações. Visite o nosso site e saiba mais como fazer a sua doação. www.avivanossoscoracoes.com
Raquel: Na próxima semana, falaremos mais sobre as maneiras como buscamos satisfação que não seja em Cristo. Nancy estará aqui na segunda-feira para continuar a série "Saciando a Nossa Sede". Aguardamos você amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.