Dia 7: O vazio em nossos corações
Raquel Anderson Você tem buscado algo para preencher o vazio em seu coração? Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Eu tive que aprender da maneira mais difícil, e continuo aprendendo, que coisas e pessoas além de Jesus não podem preencher os lugares vazios do meu coração. Não dá. Todas irão te decepcionar. Coisas podem ser queimadas, roubadas, perdidas. Pessoas morrem, falham, se afastam. Se estou buscando pessoas ou coisas para me satisfazer, estou me preparando para a decepção.
Raquel: Este é o podcast Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus, na voz de Renata Santos.
Deus nos dá comida para satisfazer nossa fome física, mas às vezes comemos não porque estamos com fome física, mas porque temos uma necessidade emocional. Você já se sentiu assim? Por que fazemos isso? Nancy vai nos dar alguns insights sobre isso nessa série clássica "Saciando …
Raquel Anderson Você tem buscado algo para preencher o vazio em seu coração? Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Eu tive que aprender da maneira mais difícil, e continuo aprendendo, que coisas e pessoas além de Jesus não podem preencher os lugares vazios do meu coração. Não dá. Todas irão te decepcionar. Coisas podem ser queimadas, roubadas, perdidas. Pessoas morrem, falham, se afastam. Se estou buscando pessoas ou coisas para me satisfazer, estou me preparando para a decepção.
Raquel: Este é o podcast Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus, na voz de Renata Santos.
Deus nos dá comida para satisfazer nossa fome física, mas às vezes comemos não porque estamos com fome física, mas porque temos uma necessidade emocional. Você já se sentiu assim? Por que fazemos isso? Nancy vai nos dar alguns insights sobre isso nessa série clássica "Saciando Nossa Sede". Ela gravou esse podcast no início dos anos 2000, mas as verdades ainda são relevantes hoje.
Estamos estudando o texto de João capítulo 4, onde a mulher samaritana encontrou Jesus no poço. Deixe-me ler esta passagem antes de entrarmos na mensagem de hoje. Começando no verso 7:
“Nisso veio uma mulher samaritana tirar água.
Disse-lhe Jesus: "Dê-me um pouco de água".
( Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. )
“A mulher samaritana lhe perguntou: ‘Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?’ (Pois os judeus não se dão bem com os samaritanos.)
Jesus lhe respondeu: ‘Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva".’
E pulando para o verso 13:
“Jesus respondeu: ‘Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.’” (João 4:7–10, 13–14)
Aqui está Nancy para começar a mensagem de hoje.
Nancy: Foi o matemático e filósofo francês Blaise Pascal quem disse há muitos anos que há um vazio em forma de Deus dentro de cada um de nossos corações. É um buraco enorme, é do tamanho de Deus. Pascal disse que esse buraco dentro de nós não pode ser preenchido por coisa alguma criada, mas somente pelo próprio Deus Criador. O buraco em nossos corações, a sede em nossos corações, a fome em nossos corações têm o tamanho e a forma de Deus.
Todas estamos com sede, todas estamos com fome. Mas tentamos satisfazer nossa sede nos lugares errados. Nossa sede é de fato por Deus. É ele quem estamos desejando, e por isso o salmista disse: "Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti!" (Salmo 63:1). O problema é que tentamos saciar nossa sede com coisas, lugares, pessoas e circunstâncias que não sejam Deus mesmo. Dissemos que, se quisermos saciar nossa sede, precisamos primeiro admitir que estamos com sede.
Na última semana e meia, nós observamos a mulher no poço que veio até Jesus na cidade de Samaria. Jesus guiou aquela mulher por uma conversa para ajudá-la a perceber que ela tinha uma necessidade mais profunda e maior do que sua necessidade por água, que era o motivo dela ter vindo ao poço em primeiro lugar.
Mas Ele queria que ela visse que tinha anseios internos para os quais nunca encontrou satisfação porque tinha estado buscando nos lugares errados. Ela precisou chegar ao ponto de admitir que estava com sede, que tinha necessidades. O mesmo deve acontecer conosco, se quisermos saciar nossa sede, precisamos chegar ao ponto de reconhecer que estamos com sede e que há um lugar vazio em nossos corações que não pode ser preenchido por este mundo.
Também precisamos identificar os poços aos quais temos recorrido na tentativa de satisfazer nossas necessidades. Quais são as coisas que temos buscado para saciar nossa sede? Eu entendo muito bem sobre esses poços. Diria que os três principais poços aos quais me vi recorrendo não são incomuns. Acredito que muitas outras pessoas nesta sala também compartilhem desses mesmos poços.
Um dos poços é a comida. Isso tem sido uma luta enorme para mim e acho que tudo remonta ao Gênesis capítulo 3 (Gn. 3:6) com a mulher no Jardim. Qual foi o primeiro pecado? Foi o pecado de comer algo que Deus disse para não comer, pensando que isso satisfaria uma necessidade que ela tinha em seu coração e que Deus pretendia satisfazer de outra maneira.
No fundo, todo pecado é tentar satisfazer necessidades legítimas de maneiras que Deus disse que não são legítimas. A necessidade é legítima, mas a maneira como tentamos satisfazê-la está fora dos limites de Deus. Acho que o fato de Eva ter lutado com essa questão de comer talvez explique por que tantas de nós, mulheres, olhamos para a comida para nos satisfazer de formas que não são físicas.
Estamos comendo não porque estamos com fome. Para algumas, é comer, para outras é o oposto, não comer, que se torna o poço. Estamos realmente tentando suprir necessidades emocionais e espirituais profundas. Isso tem sido um grande poço para mim.
Outro poço para mim tem sido buscar aprovação, afirmação e elogios de outras pessoas. Sou uma típica primogênita, a primeira de sete. Sou uma dessas que quer agradar. Quero fazer tudo certo. Eu era uma das alunas mais obedientes que um professor poderia ter nas salas de aula enquanto crescia. Eu pensava que era a favorita dos professores porque amava estudar; amava os professores.
Parte disso era um impulso profundamente enraizado para suprir anseios por aprovação, então os seres humanos se tornaram ídolos para mim — a aprovação das autoridades, a aprovação das pessoas que eu queria influenciar e impressionar. Isso se tornou um poço para mim. Até hoje, me vejo tendo que me proteger contra esse ídolo do meu coração. Buscar afirmação em pessoas que respeito.
E o meu terceiro poço e acho que a maioria de nós, mulheres, luta com isso. É a questão de relacionamentos — procurar amizade, companheirismo, pessoas que preencham esse vazio, por medo da solidão. O que realmente estamos dizendo é: "Há um vazio em meu coração e essa pessoa pode preencher esse vazio." Fazemos de tudo para nos aproximarmos das pessoas, para trazê-las para nossas vidas, mas descobrimos que o vazio é maior do que essa pessoa. O vazio é maior do que todos os nossos amigos e membros da família juntos. Eles não podem nos satisfazer.
Portanto, enquanto buscamos saciar nossa sede, uma das coisas que precisamos perceber é a completa futilidade de buscar satisfazer nossa sede em qualquer coisa ou pessoa que não seja Jesus. Não vai funcionar. O Senhor trabalhou muito em minha vida para tentar fazer com que eu abrisse minhas mãos cerradas que estavam segurando com tanta força alguns desses ídolos humanos em minha vida.
Para mim, o ponto mais alto nesse assunto dos "poços" e de onde sacio minha sede aconteceu anos atrás, quando, ao longo de vários meses, perdi, por diferentes circunstâncias, três das pessoas mais próximas da minha vida. Uma delas faleceu. Uma era uma viúva que se casou novamente e se mudou, e a outra, por outra série de circunstâncias, também mudou-se.
Se você me perguntasse antes desse ponto: "Você é uma "doadora" ou uma "receptora” nos relacionamentos?" Eu teria dito: "Acho que sou uma doadora." Eu poderia ter citado muitas maneiras pelas quais eu estava me doando nesses relacionamentos.
Mas quando essas pessoas foram retiradas da minha vida, fiquei arrasada. Meu mundo desabou e percebi que estava buscando essas e outras pessoas para suprir minhas necessidades. E eu não era tanto uma doadora quanto uma tomadora. Estava usando as pessoas para preencher um espaço na minha vida que era destinado a Deus mesmo. Elas se tornaram ídolos na minha vida. Eu as estava adorando. Estava buscando nelas a minha satisfação.
Quando elas foram tiradas de mim, percebi o quanto estava insegura. Não tinha mais ninguém em quem me apoiar. Tive que aprender da maneira mais difícil, e continuo aprendendo, que coisas e pessoas além de Jesus não podem preencher o vazio do meu coração. Elas não têm como. Todas irão decepcionar. Coisas podem ser queimadas, roubadas, perdidas. Pessoas morrem, falham, se afastam. Se estou buscando pessoas ou coisas para me satisfazer, estou me preparando para a decepção.
Naquele momento, confessei: "Oh, Senhor, vejo que fui idólatra. Busquei preencher esses espaços vazios do meu coração com pessoas." Eu me arrependi e disse: "Senhor, por favor, me ajude a nunca mais buscar nada nem ninguém, além de Ti, para ser a fonte da minha vida." Pedi ao Senhor para me alertar (e Ele alerta mesmo) quando eu chegar novamente ao ponto de buscar nas pessoas preencher um espaço que Deus quer ocupar.
Talvez você esteja aí pensando: "Mas você não tem mais amigos?" Sabe de uma coisa? Tenho mais amigos e relacionamentos saudáveis agora do que antes. Sabe por quê? Porque não estou mais nesses relacionamentos para receber, mas para dar. Deus me libertou para realmente amar outras pessoas.
Será que faço isso perfeitamente? Não. Mas Deus fez uma mudança significativa de foco e pensamento na minha vida, onde percebo que estou nesses relacionamentos para ser uma amante, uma serva, uma doadora. Se aquela pessoa morrer, se afastar ou falhar de alguma forma, ainda posso amar. Não estou buscando essa pessoa para suprir minhas necessidades. Estou bebendo profundamente da fonte de águas vivas, diretamente na fonte de Cristo. À medida que Ele enche o meu cálice, há um transbordamento, permitindo assim eu me doar aos outros.
Sabe, uma das coisas que Deus me ensinou durante esse período foi que a decepção, a solidão e a perda são, na verdade, uma bênção. Você talvez não teria terminado a frase dessa maneira se eu tivesse pedido para preencher essa lacuna. Decepção, solidão e perda... uma bênção? Mas percebi que realmente são. Sabe por quê? Porque me forçaram a olhar para cima para suprir minhas necessidades.
Deuteronômio 8:3 diz que Deus permitiu que Seu povo passasse fome para que descobrissem que é a Palavra de Deus que realmente e permanentemente satisfaz, e para que se desapegassem das coisas deste mundo e seus corações se tornassem mais apegados ao céu. O salmista expressou isso assim no Salmo 142:
“Olha para a minha direita e vê;
ninguém se preocupa comigo.
Não tenho abrigo seguro;
ninguém se importa com a minha vida.
Clamo a ti, Senhor,
e digo: "Tu és o meu refúgio; és tudo o que tenho na terra dos viventes. (vv. 4-5)
Alguém já disse que você nunca saberá que Cristo é tudo o que você precisa até que Ele seja tudo o que você tem. Quando Ele é tudo o que você tem, você descobrirá que Ele realmente é tudo o que você precisa.
Você está enfrentando alguma decepção na sua vida? Alguma perda de amizade? Talvez você tenha acabado de se mudar para a área e tenha deixado para trás filhos — não quero dizer crianças pequenas, mas filhos crescidos. Ou você deixou para trás amigos próximos que teve por muitos anos, e agora está em uma nova fase.
Talvez seja o seu marido que te decepcionou. Ele não só não atendeu às suas expectativas, mas talvez não tem se mostrado um marido adequado. Talvez seja um pastor ou líder cristão que te decepcionou. Um conselheiro, alguém em quem você se espelhava e essa pessoa não era o quem você imaginava.
Talvez tenha havido uma perda. Hoje ouvi de uma mulher que estava participando destas sessões, e ela acabou de sofrer um aborto espontâneo na semana passada. Isso é uma perda — uma grande perda. Decepção, solidão e perda podem se tornar uma bênção se eu permitir que a decepção e a perda me levem a olhar para cima para suprir minhas necessidades; para dizer: "Oh, Senhor, quem tenho eu no céu senão a Ti? E na terra não há nada e ninguém que eu deseje além de Ti."
Então, você poderia neste momento dizer, "Obrigada, Senhor. Obrigada pela solidão. Obrigada pela perda. Obrigada pela decepção. Porque ao ter essas coisas tiradas das minhas mãos, agora sou obrigada a me voltar para Ti para suprir minhas necessidades de uma maneira que ninguém e nada mais poderia ter feito de qualquer maneira." É por Sua misericórdia e Seu amor que Deus arranca de nossas mãos essas coisas e pessoas nas quais estávamos buscando satisfação para que Ele possa nos preencher com Ele mesmo.
Obrigada, Pai, pelo tesouro, pelas riquezas que temos em Ti. Perdoe-nos, perdoe-me por tantas vezes buscar experiências, coisas, circunstâncias e pessoas para satisfazer os anseios mais profundos do meu coração. Perdoe-me pela minha idolatria. Obrigada por conceder o dom do arrependimento.
Obrigada por essas experiências que me fizeram me voltar para Ti de uma maneira totalmente nova e me libertaram para desfrutar das bênçãos que trazes para minha vida... e não olhar para elas para saciar a minha sede. Obrigada pela maneira incrível como Tu me preenches. Eu te agradeço, em nome de Jesus, amém.
Raquel: Você ouviu Nancy DeMoss Wolgemuth nos direcionando para a única satisfação plena para nossas almas — o próprio Jesus.
Nós transmitimos essa mensagem pela primeira vez no Aviva Nossos Corações há mais de vinte anos, mas a verdade da Palavra de Deus nunca muda. Mulheres em todos os lugares ainda estão buscando essa fonte de água viva, e precisamos ser lembradas de nos voltar para Jesus para saciar todas as nossas necessidades.
Nancy mencionou que muitas vezes é tentada a buscar comida para se satisfazer. Sabemos que a comida é um bom presente de Deus, mas também pode se tornar um ídolo.
Erin Davis fala sobre esses dois lados da comida em seu livro Jejuando e Banqueteando.
Bethany Beal se juntou a Erin como co-apresentadora da série "Jejuando e Banqueteando" que ainda não está disponível em português, porém transmitiremos uma parte dela aqui. Vamos ouvir parte de sua conversa sobre como a comida pode ser um presente... e como pode nos tentar à idolatria. Vamos começar com a Bethany:
Bethany Beal: Ok Erin, precisamos ir mais a fundo aqui, porque sei que, enquanto estamos ouvindo, você foi bem aberta e honesta em seu livro, mas para muitas de nós isso despertou diferentes sentimentos. Então nos diga, para você, como a comida foi uma fonte de vergonha em sua vida? Você pode compartilhar isso conosco?
Erin: Sim, tive um transtorno alimentar grave na faculdade, portanto estar em um podcast falando sobre a beleza da comida é apenas mais uma evidência de que sou um troféu da graça de Deus. Para ser honesta, eu estava muito magra — irreconhecível. Mas a comida me controlava o dia todo, todos os dias. A comida não era uma bênção; era o inimigo. Eu tinha que lutar o tempo todo para evitar a comida a fim de permanecer tão magra.
As pessoas perceberam. No auge desse transtorno alimentar, várias pessoas — minha mãe e algumas pessoas da igreja — vieram até mim e disseram: "Você está bem? Você está muito magra." Mais de uma vez, eu disse a pessoas sábias e piedosas: "É impossível chegar ao nível ‘muito magra’." Eu realmente acreditava nisso.
Bethany: Uau!
Erin: Existe uma crença terrivelmente prejudicial de que ser extremamente magra é sempre desejável. Essa mentalidade impede de reconhecer a comida como uma bênção e evidência do amor de Deus, transformando-a em algo a ser combatido. Eu tive um progresso pessoal significativo em superar essa crença, embora não tenha sido há muito tempo. O que é ainda mais prejudicial nesta crença é que frequentemente ela é transmitida de geração em geração.
Bethany: Sim.
Erin: Eu vi minha mãe fazer dieta. Vi minha avó, minhas tias fazerem dieta. Acho que passamos adiante essa relação com a comida que é muito mais baseada no medo do que na bênção.
Não é algo apenas do meu passado. Com certeza ainda há momentos em que minha relação com a comida parece tensa, e também é uma área onde preciso de autocontrole. O que não estou dizendo é: "Coma a bandeja inteira de docinhos porque Deus te deu isso!" Isso não é o que vemos nas Escrituras.
Como em todas as outras áreas de nossas vidas, requer auto-controle e andar no Espírito, mas Ele realmente te liberta.
Bethany: Compartilhe qual foi o momento específico em sua relação com a comida que as correntes caíram, que você foi liberta?
Erin: Bem, é o mesmo padrão para toda a minha vida. Casei-me durante aquela fase na faculdade, ainda muito magra, ainda realmente tendo uma visão muito errada em relação à comida. Meu marido era pastor de jovens, e havia uma menina no grupo de jovens que disse: "Eu gostaria muito de ter uma perspectiva melhor sobre mim mesma e meu corpo."
E, por causa dela — não por mim mesma — abri minha Bíblia e comecei a ver esses temas, alguns dos quais estamos falando nesta série, e foi aí que houve libertação em minha vida. É isso que a Bíblia faz. Ela quebra correntes. Jesus, através da Sua Palavra, quebra correntes. Comecei a ter uma visão realmente redimida da comida e de tudo o que vem com ela.
Veja bem, não houve esse momento dramático em que tudo mudou. Foram semanas após semanas, dias após dias, ano após ano escolhendo, em primeiro lugar, me voltar para a Palavra de Deus como autoridade sobre isso e, em segundo lugar, acreditar no que Ele diz e depois implementá-lo.
Realmente sinto que o Senhor quebrou muitas correntes — e provavelmente ainda tem mais correntes para quebrar, mas Ele faz isso através da Sua Palavra.
Bethany: Que coisa linda! É tão bom, porque não precisamos ter força em nós mesmas.
Erin: Não precisamos!
Bethany: É Deus quem nos sustenta, o que é incrível, porque é tão difícil falar sobre isso. É extremamente importante que tenhamos essas conversas, porque às vezes é difícil saber por onde começar.
Sei que, para muitas de nós, vimos a geração de nossos pais, onde havia muitas dietas e esse ciclo: "Ok, vou fazer dieta, mas depois vou exagerar e comer tudo no fim de semana."
Para a mulher que está ouvindo agora e se sente presa nesse ciclo de altos e baixos, onde é como se dissesse: "Ok, fiz algo bom e depois fiz algo ruim," e é um vai e volta, que encorajamento você tem para ela?
Erin: Primeiro, eu diria a ela para não aceitar isso. Eu acho que temos essa mentalidade de que essa situação faz parte do que significa ser mulher. "Todas as mulheres enfrentam desafios em relação à comida, peso, imagem corporal e identidade. Tá tudo incluso no pacote." Eu diria simplesmente: não aceite isso.
Não se conforme com "Vou passar toda a minha vida com esse relacionamento negativo com a comida, isso é algo com que tenho que lidar pelo resto da minha vida todos os dias, é assim mesmo."
Porém, Jesus nos chamou para a liberdade. Ele nos chamou para a abundância. Ele nos chamou para a alegria. Como cristãs, devemos ter corações felizes por tudo o que Deus nos deu. Em primeiro lugar, eu simplesmente colocaria um ponto final enquanto você está ouvindo isso, tipo: "Não! Não mais! Eu não quero mais funcionar dessa maneira."
Em seguida eu diria, olhe ao redor, porque são raras, mas aposto que existem mulheres em sua igreja, em sua comunidade, que você olha e pensa: "Por que ela parece ter liberdade nesta área?" Provavelmente não é porque ela é a mais magra ou a mais em forma. Provavelmente é apenas uma mulher que tem algum tipo de paz em relação à sua abordagem com a comida. Eu começaria passando um tempo com ela, porque precisamos ser reprogramadas.
Acho que não temos ideia do quanto ouvimos comentários relacionados à comida que é simplesmente absurdo e precisamos ser reprogramadas. Eu encontraria uma guia, uma mulher que você admira e poderia entender a abordagem dela em relação à comida e auto imagem.
Bethany: Bem, você é uma dessas mulheres. Você já soltou algumas verdades explosivas, e estamos apenas no começo!
Erin: Oh, obrigada! (som de explosão) Esse é meu barulho de bomba. (risos)
Bethany: Você disse algo que eu nunca ouvi antes. Em seu livro, você disse que a comida é uma missionária para mostrar quem Deus é. Você falou muito sobre isso em seu livro e como a comida é uma bênção. Você poderia explicar um pouco mais? "Comida é uma missionária? O que você quer dizer com isso?"
Erin: Bem, isso vem de Romanos 1, que é um dos meus trechos favoritos. Eu sei que digo isso sobre todos os trechos, mas realmente, Romanos 1 é importante para mim. O que Romanos 1 nos diz é que a natureza invisível de Deus pode ser vista no que Ele criou.
Eu disse de forma diferente; eu disse que a criação é o primeiro missionário de Deus, o que significa que você pode sair e dizer: "Eu não fiz as estrelas. Eu não plantei aquela árvore de carvalho. Há alguém, algo maior do que eu," e pelo menos saber que existe um Criador. Mas acho que vai mais fundo do que isso, e você sabe o por quê? Cada amora que Deus criou!
Tenho um pé de amoras, que é meu orgulho e alegria, em minha pequena fazenda. Eu trabalhei e cuidei dele. Eu não estou brincando, no verão ele produz amoras do tamanho do meu polegar.
Bethany: Impressionante!
Erin: É essa coisa do verão, "Ah, elas estão florescendo! Estão prontas! Estão vermelhas! Estão pretas!" E fazemos a melhor torta de amora do ano. Mas quem criou isso? O Senhor.
Não é exagero dizer que, quando as amoras estão maduras, eu sei que Deus é bom, que Ele é poderoso, que Ele é um criador e que Ele me ama. Aquela plantação de amoras é só para mim (e para quem eu escolher compartilhar).
É isso que eu quero dizer com comida sendo uma missionária. Se escolhermos receber a comida como um presente, o que eu acredito ser o que vemos nas Escrituras... É o Senhor quem nos alimenta, e podemos ter uma gratidão em relação à comida que nos lembra: "Deus é bom. Ele me ama. Ele me dá coisas boas. Ele me sustenta. Ele provê para mim."
A comida é tão facilmente acessível para nós na era moderna que acho que perdemos um pouco da consciência de que precisamos de Deus para nos alimentar todos os dias, e Ele faz isso. Eu acredito que a comida pode ser missionária ou mensageira para nos mostrar quem Deus é e nos lembrar que Ele nos ama o suficiente para nos dar amoras enormes!
Bethany: Isso é tão libertador. Eu também me senti assim. Eu quero ter tanto controle sobre essa área da minha vida, e a ideia de comida ser uma missionária, comida ser algo bom, pode parecer tão estranha. Eu sei até mesmo através do seu devocional, sobre o qual estamos obviamente falando, que você vai nos ajudar com isso. Mas toda essa ideia de controle — nós ouvimos você e pensamos: "Sim, essa é uma boa ideia e tudo, mas sinto que não quero abrir mão desta área, estou com os punhos cerrados. Não quero abrir mão do controle nesta área." Como você pode nos ajudar? Nossos punhos estão fechados, Erin!
Erin: Você está me levando de volta à recuperação daquele transtorno alimentar. Eu sei que nem toda mulher tem um transtorno alimentar, mas acho que a maioria de nós tem uma relação desordenada com a comida. O que tive que aprender enquanto saía daquela fase é que a comida é boa. A comida não é má. Não é algo que estou constantemente tentando controlar ou dominar (você usou a palavra certa aí); é um presente, antes de mais nada.
Mas não é só isso. Esta é uma área em que precisamos de autocontrole? Absolutamente. É uma área em que nossa nutrição se reflete em nosso comportamento e em como nos sentimos? Com certeza. Não estou dizendo apenas para "ingerir toda comida o tempo todo e celebrá-la!" Isso seria ir longe demais na outra direção. Mas se pudermos começar com a simples verdade de que "a comida é boa e a comida vem de Deus", ou "Deus é bom e a comida vem de Deus", isso vai nos ajudar a abrir mão do controle, porque queremos ser bons administradores do que nos foi dado.
Isso é verdade para todos os tipos de coisas. O casamento é bom, é um presente, mas se eu tentar controlar demais, as coisas saem do controle. Dinheiro, recursos são bons, são presentes de Deus, mas se eu tentar controlar cada centavo de forma obsessiva, as coisas saem do controle. Começar com esse ponto de partida, "Deus é bom, Deus me deu essa coisa boa", nos faz passar de punhos cerrados para mãos abertas, porque queremos ser boas administradoras na plantação de amoras que o Senhor nos deu.
Raquel: Você ouviu Erin Davis e Bethany Beal.
Só há uma maneira de satisfazer esse anseio, essa sede dentro de nós. Vamos explorar isso no próximo episódio, quando Nancy vai encerrar a série "Saciando a Nossa Sede".
Aguardamos você amanhã aqui, no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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