Dia 8: Reconheça sua Necessidade
Raquel Anderson: Há um mito que diz: Se você quer ser uma mulher piedosa, você tem que ser recatada, tem que ser um capacho. Mary Kassian discorda.
Mary Kassian: Deus ama mulheres fortes! Ele quer que suas filhas sejam fortes, mas Ele quer que sejamos verdadeiramente fortes. Será que precisamos de mais mulheres fortes? Sim, absolutamente! Mas verdadeiramente fortes.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, co-autora de Mulher, sua verdadeira feminilidade: Design Divino, na voz de Renata Santos juntamente com Dannah Gresh, na voz de Raquel Anderson.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Bem, Dannah, estivemos aqui nas últimas sessões conversando com nossa amiga de longa data, Mary Kassian, e quero dizer a ambas: "Bem-vindas!"
Dannah Gresh: Olá novamente.
Mary: É sempre muito bom estar aqui!
Nancy: Eu sempre digo que as melhores conversas são com amigas, não é mesmo? E é assim que tem sido para mim. …
Raquel Anderson: Há um mito que diz: Se você quer ser uma mulher piedosa, você tem que ser recatada, tem que ser um capacho. Mary Kassian discorda.
Mary Kassian: Deus ama mulheres fortes! Ele quer que suas filhas sejam fortes, mas Ele quer que sejamos verdadeiramente fortes. Será que precisamos de mais mulheres fortes? Sim, absolutamente! Mas verdadeiramente fortes.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, co-autora de Mulher, sua verdadeira feminilidade: Design Divino, na voz de Renata Santos juntamente com Dannah Gresh, na voz de Raquel Anderson.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Bem, Dannah, estivemos aqui nas últimas sessões conversando com nossa amiga de longa data, Mary Kassian, e quero dizer a ambas: "Bem-vindas!"
Dannah Gresh: Olá novamente.
Mary: É sempre muito bom estar aqui!
Nancy: Eu sempre digo que as melhores conversas são com amigas, não é mesmo? E é assim que tem sido para mim. Essas conversas têm sido revigorantes, desafiadoras, encorajadoras, provocativas.
Eu sei que vocês duas têm um chamado para ministrar às mulheres mais jovens, às garotas. Ambas têm netas. Dannah, você está envolvida com o movimento True Girl (Menina Verdadeira em português), para meninas de 8 a 12 anos. Que tipos de coisas você vê no mundo em que elas estão crescendo que te preocupam em relação à visão delas sobre o que significa ser uma mulher forte?
Mary: Bem, elas estão sendo bombardeadas com a mensagem de que precisam ser fortes; essa é uma mensagem cultural muito enfática para as meninas: "Você precisa ser forte! Você é forte! Você é forte só porque é uma garota!"
Nancy: De onde vêm essas mensagens? Elas não estão lendo esses livros.
Dannah: Elas podem não estar lendo livros, mas estão ouvindo as músicas; estão assistindo aos programas de televisão; estão ouvindo as mensagens explícitas.
Uma coisa que realmente me entristece, Nancy, é quando vejo uma menina pré-adolescente com uma dessas camisetas que diz: "Garotas Mandam, Garotos Babam!" ou algum outro tipo de mensagem.
Penso: Além de ser uma mensagem prejudicial, é possível que sua mãe tenha comprado isso para você!
Mary: "Garotas Mandam" — já vi tantas camisetas diferentes e mensagens onde, se você pegar essa mesma mensagem e substituir "Garotas" por "Garotos", seria ofensivo. Se você dissesse "Garotos Mandam, Garotas Babam", seria ofensivo.
Dannah: Exatamente, isso mesmo.
Mary: Seria uma mensagem ofensiva em nossa cultura, mas empurramos a mensagem de que garotas mandam e homens/garotos não são nada.
Dannah: Muitas vezes a mensagem nas camisetas ou nas músicas dizem: "Garotas dominam o mundo. Elas estão no comando. Elas têm o poder." E, na verdade, isso não é um insulto contra os rapazes e os homens tanto quanto é um insulto contra Deus!
Nancy: Mary, você cresceu como uma garota com vários irmãos.
Mary: Cinco irmãos.
Nancy: Já ouvi você contar uma história sobre uma briga que teve com um dos seus irmãos.
Mary: Sim, tive uma briga com um dos meus irmãos porque ele me chamou de "menina fraca". Foi isso! Joguei o pano de prato no chão, fomos para a sala de estar, e eu o desafiei para um duelo. Íamos resolver isso no tapa, e resolvemos! Ele não me levou a sério.
Dannah: Quantos anos você tinha quando isso aconteceu?
Mary: Eita, eu devia ter uns onze/doze anos.
Dannah: E ele?
Mary: Acho que ele tinha quatorze, algo assim. E nós brigamos na sala de estar. Nossos pais não estavam em casa, então afastamos todos os móveis e...
Dannah: Então foi sério!
Nancy: Você queria provar que não era uma garota fraca.
Mary: Eu queria provar que não era uma garota fraca, porque não era! "Tudo o que eles podiam fazer, eu também podia fazer", e eu ia tirar isso a limpo de uma vez por todas. Entramos em uma briga física, e foi provavelmente uma das únicas brigas físicas que tive.
Eu estava socando; eu estava puxando o cabelo; eu estava beliscando. No começo ele não revidou, porque era maior e mais forte. Ele só me deixou dar umas beliscadas nele, mas depois eu acertei o nariz dele. Ele decidiu: "Chega! Vou mostrar para essa minha menina!" E ele mostrou. Ele começou a lutar de verdade, e eu comecei a perder.
Eu não ia admitir a derrota, mas estava sendo severamente espancada. Ele me derrubou no tapete e me segurou lá. Foi quando meu irmão mais velho subiu as escadas e repreendeu meu outro irmão, o tirou de cima de mim e disse: "Como você ousa bater em sua irmã!"
E eu disse: "É!," tentando me explicar, e "Ele me chamou de garota fraca!"
Meu irmão mais velho olhou para mim e disse: "É melhor você entender que você é uma garota, e se você entrar em brigas com ele, vai apanhar!" Há uma analogia espiritual aí que tem a ver com o que vamos falar neste último hábito de uma mulher espiritualmente forte.
Nancy: E, de certa forma, esse tipo de história provavelmente também ilustra (porque as garotas têm sido chamadas de fracas ou pensam que a cultura pensa que são fracas) porque pode haver esse surgimento de "poder feminino" na cultura.
Portanto, ao pensar sobre como a cultura define poder—o poder da mulher, o poder da garota—quais são as principais mensagens que recebemos da cultura sobre o que significa ser uma mulher forte?
Mary: Acho que uma mulher forte é apresentada como alguém que sempre acredita em si mesma e em sua própria força, que uma mulher forte acredita que tem tudo o que precisa para superar sua situação—seja ela qual for.
Nancy: Então ela é autossuficiente.
Dannah: Sim, e há essa corrente subjacente de que uma mulher forte entende que "as mulheres são melhores que os homens". Não sei de onde isso vem, por que não podemos honrar e abençoar as qualidades dos homens, mas há essa corrente na mensagem.
Mary: Outra coisa que vemos representada como força para as mulheres é que elas criam suas próprias regras, que não ouvem o que os outros dizem, que fazem as regras para si mesmas.
Dannah: E uma das coisas que me entristece muito é que sinto que estamos nos esgotando na busca pela força porque há essa ideia de que temos que estar no comando de tudo—nosso corpo, nossas carreiras, nossas contas bancárias, nossas famílias…
Mary: ... nossos homens...
Dannah: ... tudo. E esse poder e essa busca pela perfeição em tudo é simplesmente exaustivo!
Mary: Muito exaustivo!
Nancy: Também pode haver um sentimento de "Não quero depender de ninguém", porque há o medo de se machucar, de ser abandonada ou rejeitada. Você tem que ser capaz de se sustentar, lidar e sobreviver. Você tem que ser persistente e uma sobrevivente para ser uma mulher forte.
Dannah: Ela tem que ser capaz de fazer tudo!
Mary: Tudo!
Dannah: Já vi algumas jovens tão desanimadas com isso, quando não são boas em tudo.
Nancy: Ou às vezes não é a fase. Você não pode fazer tudo em todas as fases da vida, não importa o quão boa você possa ser em muitas coisas.
Mary: Ou há essa necessidade de ter um diploma poderoso. Você precisa subir na hierarquia corporativa, precisa ser chefe. Essa é outra imagem da força feminina, que uma mulher forte é uma mulher que é política ou uma mulher que é CEO ou uma mulher que tem muitos subordinados a quem dá ordens.
Dannah: Se eu puder ser o advogado do diabo por um momento, estamos dizendo que não é bom ser forte? Estamos dizendo que as mulheres não podem ser fortes, não devem ser fortes?
Mary: De forma alguma. Deus ama mulheres fortes. Ele quer que Suas filhas sejam fortes, mas Ele quer que sejamos verdadeiramente fortes. Acho que o que Satanás frequentemente faz é nos dar uma verdade parcial e em seguida distorcer essa verdade, ou colocar ênfase no lugar errado. Satanás identifica uma necessidade real, e depois nos diz como consertá-la de uma maneira não piedosa.
Então, precisamos de mais mulheres fortes? Sim, absolutamente! Queremos que nossas filhas sejam fortes? Absolutamente! Quero que minhas netas sejam fortes. Quero que cresçam para serem mulheres fortes—mas verdadeiramente fortes. Estivemos desvendando o texto de 2 Timóteo 3 sobre mulheres fracas.
O que Paulo falou não foi um elogio. Paulo não disse: "Ah, as mulheres são fracas e devem ser fracas e todas as mulheres são fracas". Não é um elogio! Ele, neste texto, está dizendo: "Essas mulheres fracas foram rebaixadas. Elas foram menos do que deveriam ter sido!"
Dannah: E ao dizer isso, ele não estava dizendo: "Levante-se e seja forte!"
Mary: Absolutamente!
Nancy: Então, vamos voltar ao seu livro, Mary, —A mulher verdadeiramente forte: Os hábitos surpreendentemente simples de uma mulher espiritualmente forte. (infelizmente indisponível em português, mas super bem resumido aqui nessa série)
Espero que agora todas que fizeram parte desta série estejam dizendo, “Sim! Quero ser esse tipo de mulher forte.”
Mas o que estamos falando hoje, o sétimo hábito surpreendentemente simples, é meio que um paradoxo. Não é o que você pensaria sobre o que significa ser forte. Mas vamos recuar um momento e entender o contexto.
Paulo diz a Timóteo, que é o pastor dessa igreja em Éfeso:
[Há] “estes os que se introduzem pelas casas e conquistam mulheres instáveis [essas mulheres estão] sobrecarregadas de pecados, as quais se deixam levar por toda espécie de desejos. Elas estão sempre aprendendo e jamais conseguem chegar ao conhecimento da verdade”. (2 Timóteo 3:6–7)
Falamos bastante sobre cada ponto deste versículo. Você os mencionou em seu livro e explicou de uma maneira tão bonita e útil. Mas ao chegarmos a esse sétimo hábito surpreendente, qual é o mau hábito que precisamos abandonar e o hábito certo que precisamos adotar?
Mary: Essas mulheres se consideravam fortes. Eram mulheres que viviam em uma cultura muito pró-mulher naquela época.
Nancy: Provavelmente se sentiam um pouco como você quando seu irmão te chamou de fraca, quando Paulo as chama de fracas. “Você quer brigar por isso!?”
Mary: Exatamente. Tenho certeza de que elas não gostaram disso! Se um pastor ou um blogueiro me chamasse de fraca, acho que ainda hoje eu ficaria um pouco chateada, porque não quero ser fraca.
Nancy: E elas não achavam que eram. Achavam que eram fortes.
Mary: Elas não achavam que eram fracas, mas aqui está a contradição. Acho que, para ser uma mulher forte, precisamos, em última instância, depender de Deus. Não podemos encontrar nossa força em nós mesmas. Precisamos encontrar nossa força em um Salvador. E isso realmente remete à história da minha briga com meu irmão.
Meu irmão mais velho entrou, separou meu irmão e disse, “Sabe de uma coisa? Você tem que entender, se brigar com ele, vai perder todas as vezes.” Então ele disse, “Da próxima vez que tiver um problema, me chame e eu virei te ajudar.”
Isso é só um exemplo de... uma mulher fraca acha que pode lidar com tudo. Uma mulher fraca realmente acha que é forte, mas uma mulher forte entende que é fraca e precisa de um Salvador.
Nancy: Diga isso de novo, Mary. Isso é tão poderoso e uma distinção tão boa. Então depende de como você está usando a palavra “fraca”, certo?
Mary: Sim, mas a Bíblia redefine os limites. Ela muda a definição do que ser fraco é realmente e o que ser forte é realmente.”
Nancy: Então, a mulher fraca do tipo negativo, o tipo que Paulo está falando aqui em 2 Timóteo, ela tenta agir como forte.
Mary: Ela acha que é forte, mas uma mulher verdadeiramente forte reconhece que é fraca e precisa de um Salvador. Ela busca Cristo por força.
Nancy: E quando dizemos que precisamos ser frágeis, de certa forma, isso não é algo que o mundo valoriza muito. Eles dizem que fraco significa “inseguro”, “frágil”, “débil”, “vulnerável”. E nós dizemos, “Há um tipo de fraqueza que realmente é força.”
Mary: Existe, e Paulo fala sobre isso. Ele diz, “Quando sou fraco, então sou forte” (2 Coríntios 12:10). Quando dependo completamente de Jesus, quando entendo e admito minha necessidade, e admito minha fraqueza, é aí que a força dele pode brilhar através de mim.”
Acho que queremos dar às mulheres permissão aqui para sentirem que são fortes e que Deus está dando força a elas, elas são mulheres fortes.
Nancy: Mas elas não são fortes por si mesmas.
Mary: Exatamente. Mesmo quando estou trabalhando com minha força, mesmo quando estou fazendo o que me vem muito naturalmente por causa dos meus dons, da minha personalidade, mesmo assim preciso reconhecer que tudo o que sou, tudo o que tenho, tudo o que faço é por causa de Jesus.
Nancy: Fora dele, não temos nada, não somos nada, não temos nada a oferecer. Sem ele, somos fracas.
Mary: O incrível dessa mensagem é que você pode ser uma mulher forte, mesmo que não se sinta assim. Você pode ser uma mulher forte mesmo quando se sente fraca. Na verdade, o poder de Cristo e Sua força são exibidos de forma mais dramática através das nossas fraquezas.
Nancy: É interessante, quando o Aviva Nossos Corações começou em 2001, eu já estava ensinando mulheres, já fazia conferências para mulheres, escrevia livros. E daí surgiu essa oportunidade de ser o ministério sucessor do Gateway to Joy de Elisabeth Elliot. E ficar no lugar de Elisabeth Elliot era algo inconcebível para mim, algo que eu me sentia completamente incapaz.
Eu teria a responsabilidade de criar a programação, o ensino bíblico, duzentos e sessenta dias por ano. Eu tinha um sentimento avassalador da minha própria fraqueza! Na verdade, isso foi uma resposta à oração, porque anos atrás comecei a orar (e orei muitas vezes ao longo dos anos):
“Senhor, não me deixe nunca chegar ao ponto de poder fazer o que me chamaste para fazer sem sentir minha necessidade desesperada por Ti!”
Essa é uma oração que Deus tem sido muito fiel em responder! Então o ministério começou, e eu tinha essa responsabilidade gigantesca nas minhas costas, e me sentia tão necessitada de Deus, tão inadequada!
As pessoas olham para uma palestrante, uma pessoa pública, e pensam, Ah, ela é forte. Ela tem talento. Ela é boa nisso. E eu penso, ahhh, se as pessoas soubessem! Aquela música antiga da Twila Paris, “The Warrior Is a Child” (A guerreira é uma criança) — essa é minha música. E lembro-me de pensar tantas vezes naqueles primeiros anos (e é um sentimento que jamais quero perder) quando ia para uma gravação... ainda sinto isso quando vou para uma conferência importante ou começo a escrever um livro... às vezes me sinto tão inadequada.
Mary: Inadequada.
Nancy: Sinto-me inadequada pela magnitude da tarefa e pelas limitações que tenho na minha vida, que estão longe de onde sei que precisam estar ou onde quero que estejam. Estou sempre em processo. O Senhor me deu um presente muito doce nos primeiros dias, talvez nos primeiros dezoito meses do programa Aviva Nossos Corações.
Todos os dias — quase sem exceção — quando acordava de manhã, meu primeiro pensamento consciente era (E foi um ano difícil! Estávamos gravando cerca de trezentos novos programas, eu estava escrevendo vários livros naquele ano, e me sentia constantemente além da minha capacidade) aquela pequena frase da música infantil “Cristo Me Ama”. Era apenas essa linha, “Nós somos fracos, mas Ele é forte.”
A melodia vinha à minha mente enquanto eu mal tinha acordado ainda: “Nós somos fracos, mas Ele é forte.” Preciso dizer o quanto isso foi, e ainda é, um presente saber que quando faço o que Deus me chamou para fazer agora — como ser uma esposa, ou qualquer que seja a fase — sou fraca, mas Ele é forte.
Dannah: Vamos pensar agora na esfera do lar. Este último verão foi um ano em que percebi isso de uma nova maneira. Tenho três filhos adultos, todos crescidos. Uma está se casando com um rapaz de Taiwan com problemas no visto de noivo. Está fora do meu controle. Meu filho e minha nora estão esperando o primeiro filho, que acabou sendo gêmeos, uma gravidez de alto risco. Meu terceiro filho estava tentando comprar uma casa em um mercado onde as casas estão sendo vendidas em vinte e quatro horas, e ela só recebia um “Não, não, não”.
Percebi de uma nova maneira o quão fora de controle tenho estado toda a minha vida como mãe, mas Deus está me permitindo ver isso de uma nova maneira. Minha ficha finalmente caiu de quão verdadeiramente fraca sempre fui, sem nem mesmo saber, e tive que admitir que preciso da força dEle para atravessar esta fase.
Nancy: Quando percebemos que somos fracas, somos impulsionadas para a Sua força. Dizemos, “Não consigo fazer isso. Não consigo amar meu marido, não consigo amar minha criança, não consigo ser mãe desse bebê, não consigo fazer esse trabalho, não consigo liderar esse estudo bíblico.” Sabe, alguém vem e diz, “Você lideraria um pequeno grupo?” e você fica gaguejando e se enrolando. Você pensa, Quem? Eu?
Bem, essa mesma fraqueza—esse próprio sentimento de fraqueza—é o que nos torna candidatas à graça de Deus! Porque é a graça de Deus que nos capacita a fazer e ser.
Nós lemos Provérbios 31, vemos essa mulher virtuosa, e dizemos, “Eu não sou uma mulher virtuosa! Eu sou uma mulher assustada! Me sinto tão fraca, tão pequena, tão inadequada!” Mas é exatamente isso que deve me levar à graça Dele todos os dias da minha vida.
Mary: Nossa amiga, Joni, viveu sua vida como tetraplégica, e ela fala muito sobre força e sobre como sua fraqueza tornou o poder de Cristo ainda mais real para ela. E sei que há muitas mulheres em nossa audiência lidando com coisas—não apenas coisas de ministério ou família—mas situações tão, tão difíceis quando se trata de dor, dor crônica, sofrimento, problemas físicos, ou assistir seus entes queridos passarem por situações muito desafiadoras.
Penso no testemunho maravilhoso dessas mulheres que enfrentaram tantos desafios, e é em sua fraqueza, quando não têm nada—nenhuma reserva própria de onde buscar força—que encontram força em Jesus.
Dannah: Você mencionou Joni Eareckson Tada. Agora, aí sim está um modelo a seguir! Começamos esta série falando sobre os modelos que nossa cultura nos oferece como mulheres, e eles não nos apontam para o paradoxo da fraqueza e da força. Mas Joni sim. Acho que há um anseio em nós por modelos assim. O que você acha?
Mary: Acho que há um anseio. Comecei com um modelo que era essa pequena Pearl Purdie. E ela exemplificou força para mim. Era uma mulher poderosa, forte, mas não do jeito que o mundo valoriza a força. Ela era uma mulher espiritualmente forte, e isso foi poderoso em minha vida. Foi lindo.
Nancy: Acho que não apenas há um anseio por modelos a seguir, mas também um chamado para nos tornarmos os modelos a seguir. Nós três estamos na faixa dos cinquenta, bom, eu estou nos sessenta agora. Sinto cada vez mais o desafio, o chamado, não apenas para buscar modelos piedosos a seguir, mas também para me tornar esse tipo de mulher.
Penso nas suas filhas e netas, e nas mulheres mais jovens que servem em nosso ministério e que estão se conectando a este ministério e lendo livros como os da Mary (que são tão úteis e é tão bom para elas lerem esse tipo de livro, receber esse tipo de ensinamento).
Mas quanto elas precisam ver isso vivido, esses hábitos surpreendentemente simples de uma mulher espiritualmente forte? Estou dizendo a mim mesma enquanto falamos sobre esses hábitos, “Quero ser esse tipo de mulher. Quero me tornar essa mulher.” Você não acorda em seus sessenta, setenta ou oitenta anos e pensa, “Ah, agora sou espiritualmente forte!” É uma jornada dia após dia.
Mas percebo que isso não é apenas sobre mim e meu relacionamento com o Senhor. É sobre legado; é sobre influência; é sobre, “Por que Deus nos deixou aqui nesta terra?” Sei que há pessoas passando por este estudo, pessoas ouvindo esta conversa, que estão pensando, “Bem, Nancy, Dannah e Mary, claro que vocês são modelos a seguir! É para isso que vocês foram designadas. É para isso que vocês são pagas.”
Dannah: Estamos sendo pagas por isso?
Nancy: Oh, certo, não te contamos? Mas este é um chamado para todas nós como mulheres mais velhas, para adotar esses hábitos surpreendentemente simples de uma mulher espiritualmente forte, para que possamos plantar sementes de graça e nos tornarmos as Pearl Purdies para as Mary Kassians e as Dannah Greshes da próxima geração.
E eu diria às mulheres mais jovens, não pensem que podem simplesmente esperar até serem mulheres mais velhas como nós. (Talvez algumas de nossas ouvintes pensem que somos realmente idosas) Não esperem até serem aquela mulher mais velha para se tornarem esse modelo a seguir. As decisões que estão tomando hoje…
Dannah: Bem, elas também são uma mulher mais velha para alguém.
Nancy: Você é uma mulher mais velha para alguém, e você é o que tem se tornado (como meu pai costumava nos lembrar) por meio dos seus hábitos e das escolhas que está fazendo hoje, que talvez não pareçam tão importantes. Porém, essas decisões estão construindo hábitos que determinarão quem você será no futuro.
Acho que há um desafio, há um chamado, há um anseio para seguirmos a Cristo juntas e sermos essas mulheres fortes!
Eu esperaria que se Paulo fosse escrever uma carta para as mulheres cristãs dos nossos dias, ele diria: "Fico feliz em ver em vocês as qualidades da força espiritual!"—o que significa que vocês reconhecem sua fraqueza. Vocês sabem que são fortes apenas Nele e por meio Dele. Mas Deus está usando vocês para serem mulheres de valor—mulheres poderosas de Deus—para fazerem diferença na vida das mulheres ao seu redor.
Mary: Mulheres que se vestem com força e fortalecem seus braços, como diz Provérbios 31.
Que doce conversa temos tido esses dias! Foram apenas oito dias de conversa sobre este livro, mas está enraizado na vida que vivemos juntas como amigas ao longo de muitos anos.
Sou tão grata por você, Dannah, e por você, Mary, e pelo o que ambas significam em minha vida e como seus exemplos me incentivaram a amar mais a Cristo, a querer ser mais do tipo de mulher que Ele me fez para ser.
Na verdade, Mary, você me ensinou a palavra "amável". Essa era uma palavra nova para mim. Você me fez perceber que uma mulher espiritualmente forte é amável—ela é flexível, ela é responsiva. Ambas me ajudaram muito em minha caminhada com o Senhor. E sei que também ajudaram nossas ouvintes e que acompanharam esta série.
Mary também foi co-autora do livro Mulher: Sua verdadeira feminilidade - Design Divino e Mulher: 10 elementos da feminilidade - Design Interior, ambos trazem verdades profundas sobre a feminilidade bíblica e saudável. Você pode encomendá-los no nosso site avivanossoscoracoes.com.
Estamos muito animadas com a vinda da Mary ao Brasil! Ela será uma das palestrantes da conferência da Fiel em 2025, em Santos, de 21 a 23 de março. Clique no link aqui na transcrição para fazer a sua inscrição e use o código “Aviva” para ter 15% de desconto. Será uma bênção!
Gostaria de pedir se poderíamos encerrar nosso tempo, Mary, com você orando por nós para que Deus levante uma geração de mulheres espiritualmente fortes e que sejam os modelos a seguir que a próxima geração precisa.
Mary: Com certeza! Pai Celestial, obrigada por este tempo. Obrigada pela Sua Palavra, obrigada porque o Senhor nos guia à verdade. Obrigada porque o Senhor se importa com Suas filhas e quer que sejamos fortes. Obrigada porque Sua Palavra nos ensina o caminho e corrige os equívocos que obtemos da cultura.
Oro, Senhor, por aquelas mulheres que estão ouvindo isto e cujos corações estão sendo tocados. Seja que elas digam, “Eu sou uma mulher forte!” ou digam, “Eu sou tão fraca!” Para ambas essas histórias, o Senhor está presente. Para as mulheres que sentem que são fortes, o Senhor quer que sejam verdadeiramente fortes. E para as mulheres que sentem que são fracas, o Senhor quer fortalecê-las com Sua força.
Tu dás força aos cansados. Tu dás força àqueles que não têm força. Tu és a força para aqueles que clamam por Ti. Então, Pai, oro para que possamos nos voltar para Ti, aprender de Ti, depender de Ti, e nos tornar mulheres verdadeiramente fortes! Em nome de Jesus, amém.
Raquel: Este foi o último episódio da série “A mulher verdadeiramente forte”. Continuaremos amanhã com a nossa convidada especial, Mary Kassian, iniciando a série chamada: “A mulher verdadeiramente confiante”.
A Mary será uma das palestrantes da conferência da Fiel em 2025, em Santos, de 21 a 23 de março. Clique no link aqui na transcrição para fazer a sua inscrição e use o código “Aviva” para ter 15% de desconto. Será uma bênção! Esperamos que você possa participar!
Onde você está depositando a sua confiança? Ela está em algo que vai te decepcionar?
Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.