
Dia 15: O peso da glória: A transfiguração de Cristo
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth nos lembra da esperança da ressurreição.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Meninas, não gastem muito tempo tentando mudar o formato do seu corpo exterior. Deus vai transformar nossos corpos humildes para que sejam como o corpo glorioso Dele. Uau! Isso sim me deixa super animada!
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Mentiras em que as garotas acreditam e a verdade que as liberta, na voz de Renata Santos.
Os Evangelhos contam sobre um incidente em uma montanha. As roupas de Jesus começaram a brilhar e Sua glória foi revelada. Por que esse momento foi tão significativo? Vamos explorar essa questão continuando na série Incomparável.
Nancy: Temos analisado a pessoa e a natureza de Cristo. Passamos por alguns tópicos doutrinários profundos. Espero que tudo que temos aprendido esteja tornando Cristo mais real e precioso para vocês, e que vocês estejam percebendo …
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth nos lembra da esperança da ressurreição.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Meninas, não gastem muito tempo tentando mudar o formato do seu corpo exterior. Deus vai transformar nossos corpos humildes para que sejam como o corpo glorioso Dele. Uau! Isso sim me deixa super animada!
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Mentiras em que as garotas acreditam e a verdade que as liberta, na voz de Renata Santos.
Os Evangelhos contam sobre um incidente em uma montanha. As roupas de Jesus começaram a brilhar e Sua glória foi revelada. Por que esse momento foi tão significativo? Vamos explorar essa questão continuando na série Incomparável.
Nancy: Temos analisado a pessoa e a natureza de Cristo. Passamos por alguns tópicos doutrinários profundos. Espero que tudo que temos aprendido esteja tornando Cristo mais real e precioso para vocês, e que vocês estejam percebendo a grandeza de quem Ele é e por que Ele veio a este mundo.
Hoje vamos falar sobre uma cena incrível na vida de Cristo—o que frequentemente chamamos de A Transfiguração de Jesus. Se for possível, abra a sua Bíblia, abra o Evangelho de Mateus, capítulo 16 ou acesse o transcrição desse episódio no nosso site www.avivanossoscoracoes.com e lá você poderá encontrar o link para todas as passagens bíblicas que citamos.
O relato da Transfiguração acontece, na verdade, em Mateus 17, mas quero dar um contexto para que possamos entender melhor o cenário da Transfiguração de Cristo.
Quando chegamos ao capítulo 16 de Mateus, as pessoas estão confusas sobre quem Jesus é. Então Ele pergunta aos Seus discípulos: “Quem dizem as pessoas que Eu sou?” Existem várias respostas, e então vemos aquela confissão incrível que Pedro faz: “o senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (v. 16) Pedro está certo. Ele entendeu. Claro que Jesus diz: “Isso te foi revelado por Meu Pai que está no Céu. Você não poderia saber isso por si mesmo.” (v. 17 parafraseado).
Só para lembrar, todas as coisas que temos discutido nesta série sobre a divindade de Cristo, a humanidade de Cristo, a natureza dupla de Cristo, a ausência de pecado de Cristo, não conseguimos entender a menos que o Espírito Santo nos revele como fez com Pedro.
Ainda em Mateus 16, Jesus explica aos Seus discípulos, agora que eles entenderam quem Ele é, o que está por vir. Em vista do fato de que Ele é o Cristo, o Filho do Deus Vivo, eles estão dizendo: “Jesus é Deus. Jesus é o Messias.” A descrição de Jesus sobre o que está prestes a acontecer os atinge em cheio! O problema é que lemos isso tantas vezes que não sentimos o impacto de como eles se sentiram na primeira vez que ouviram isso.
Vejamos o verso 21 de Mateus 16. Jesus diz que, antes da exaltação, deve haver humilhação. Ele fala nos versos 21 a 26 sobre Sua humilhação. Vamos ler esta passagem.
Desde o momento em que perceberam quem Ele era, o Messias... Lembre-se, os judeus da época tinham a expectativa de que o Messias viria e expulsaria todos os opressores e colocaria tudo em ordem. Eles imaginavam um homem vindo em um cavalo branco, assumindo o controle.
Jesus diz: “Você está certo. Eu sou o Messias. Mas... antes que essa cena aconteça, há algo mais que deve acontecer.”
“Desde esse tempo, Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse para Jerusalém, sofresse muitas coisas [sofrer? sim, sofrer muitas coisas] nas mãos dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, fosse morto [e isso é tudo o que ouviram; não ouviram a parte seguinte] e, no terceiro dia, ressuscitasse.”
Eles ficaram impressionados com o que escutaram sobre sofrimento e na morte e disseram: “O quê?!” Veja o verso 22:
“Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: ’Que Deus não permita, Senhor! Isso de modo nenhum irá lhe acontecer.’ Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: ’Saia da minha frente, Satanás! Você é para mim uma pedra de tropeço, porque não leva em consideração as coisas de Deus, e sim as dos homens.’” (versos 22–23)
Antes da exaltação, deve haver humilhação—não apenas para o Mestre, como acabamos de ler, mas também para Seus servos. Veja o verso 24:
“Então Jesus disse aos seus discípulos: ”Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a vida por minha causa, esse a achará.” (versos 24–25).
Posso imaginar os discípulos dizendo: "Uau! Estamos indo na direção errada aqui. O Senhor está falando sobre cruzes—o tipo mais horrível, doloroso e cruel de morte já desenvolvido pela humanidade. Cruz. Morte. Sofrimento. "Achávamos que eras o Messias e estamos te seguindo. Estamos procurando vitória, superação e esperança."
Jesus diz: "Isso virá, mas depois da cruz."
Primeiro a humilhação, e depois a vindicação—a volta de Cristo em glória e o julgamento final. Veja o verso 27:
“Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras. Em verdade lhes digo que, dos que aqui se encontram, existem alguns que não passarão pela morte até que vejam o Filho do Homem vir no seu Reino.” (versos 27–28)
Há o sofrimento, a morte, a cruz—para o Mestre e para Seus servos. Depois vem a vindicação, a glória, o reino. Queremos o último sem o primeiro. Os discípulos queriam que Jesus fosse esse grande Messias conquistador sem passar pela dor excruciante, sofrimento e morte na cruz. Mas não poderia ser assim. Primeiro a humilhação, depois a vindicação.
Esse é o contexto, o cenário para a Transfiguração de Jesus, o Monte da Transfiguração que lemos a partir de Mateus capítulo 17, verso 1.
“Seis dias depois [uma semana após toda essa conversa], Jesus tomou consigo Pedro e os irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte.2 E Jesus foi transfigurado diante deles. O seu rosto resplandecia como o sol, e as suas roupas se tornaram brancas como a luz.” (versos 1–2)
Vamos analisar essa passagem, e quero que vejamos várias coisas sobre a transfiguração.
Primeiro, ela aponta para a glória de Cristo.
Essa cena parece ter acontecido à noite. Lemos na narrativa de Lucas que os discípulos estavam caindo de sono (9:32). Era noite. Estava escuro. Mas aqui está tudo brilhante e claro.
Entenda o cenário. Não é como um holofote brilhando sobre Jesus. É a glória de Deus de dentro de Cristo irradiando através da forma humana, um servo que Ele havia assumido. Lembre-se, Ele é o Deus/homem. Aqui está a divindade brilhando através do véu humano—a glória de Deus de dentro.
Lucas 9:29 diz o seguinte: “...e a roupa dele ficou de um branco brilhante.” Essa palavra “brilhante” em algumas traduções mais antigas é “luminosa”. É uma palavra que significa “emitir flashes de luz.” É como flashes de relâmpago. Isso estava acontecendo. Vemos essa luz intensa e essa brancura ofuscante.
Enquanto você medita sobre esta passagem, lembra das descrições do Antigo Testamento, onde a glória e a presença de Deus eram manifestadas. Como era isso? A manifestação de Deus no Antigo Testamento frequentemente vinha acompanhada de luz, fogo e brilho.
Pense em como Deus apareceu pela primeira vez a Moisés. Como Ele apareceu? Em uma sarça ardente.
Pense nos filhos de Israel no deserto. Como Deus os guiou? Com uma coluna de fogo à noite e uma nuvem brilhante durante o dia.
Enquanto ponderava sobre isso tarde da noite passada, minha mente foi para Ezequiel capítulo 1. Não vamos ler juntas esta passagem, mas há uma visão em Ezequiel 1 da glória pré-encarnada de Cristo. Antes de Cristo vir à Terra, essa é a descrição. Ouça o que diz:
“Por cima do firmamento que estava sobre a cabeça dos seres viventes, havia algo semelhante a um trono, como uma safira; e, sobre essa espécie de trono, estava sentada uma figura semelhante a um ser humano. Vi que essa figura era como metal brilhante, como um fogo ao redor dela, desde a sua cintura e daí para cima; e desde a sua cintura e daí para baixo, vi que essa figura era como fogo e havia um resplendor ao redor dela. Como o aspecto do arco que aparece nas nuvens em dia de chuva, assim era o resplendor ao redor.” (versos 26–28).
Você percebe que as palavras falham. Havia uma visão brilhante e esplendorosa da glória pré-encarnada de Cristo. E Ezequiel diz:
"Assim era o resplendor ao redor. Esta era a aparência da glória do Senhor. Ao ver isto, caí com o rosto em terra e ouvi a voz de quem falava." (Ezequiel 1:26–28).
Ezequiel recebeu essa visão, esse vislumbre de Cristo em Sua glória no céu, mas agora Cristo veio à Terra. Ele estava caminhando na Palestina. Ele sobe a esta montanha e leva três de Seus discípulos mais próximos com Ele. Os discípulos recebem um vislumbre da plenitude da glória de Deus, um vislumbre do Cristo encarnado em Sua glória.
Este é um momento durante Sua vida terrena em que o véu é levantado, o véu de Sua humanidade, e eles recebem um vislumbre da glória que Ele tinha antes de vir à Terra e da glória que seria de Cristo por toda a eternidade.
João 1 descreve assim: “
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós ... e vimos a Sua glória” (v. 14).
O homem que escreveu isso estava lá no Monte da Transfiguração. Eles viram Sua glória com seus próprios olhos.
Outro dos homens que foi testemunha ocular escreveu em 2 Pedro 1: “... mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade ... quando estávamos com ele no monte santo.” (vv. 16–18).
Um comentarista disse algo sobre isso que achei super relevante. Ele afirmou: “Essencialmente, isso não foi um novo milagre, mas a cessação temporária de um milagre contínuo. O verdadeiro milagre foi que Jesus, na maior parte do tempo, conseguia manter essa glória escondida.”
Aqui está Jesus—Ele é Deus—mas Ele oculta sua glória; Ele cobre com a carne humana durante todos os trinta e três anos que viveu e andou nesta Terra, exceto por esse momento no monte onde o véu é removido e temos essa cessação temporária daquele milagre contínuo.
Portanto, a Transfiguração aponta para a glória de Cristo. Também aponta para Sua volta em glória.
Jesus deu aos Seus discípulos um vislumbre do que estava por vir. Esta é a glória que eles esperavam. Esta é a glória que eles esperavam do Messias. É isso que eles pensavam que Jesus viria à Terra para fazer. Jesus já tinha dito a eles que haveria sofrimento, que haveria uma cruz, que haveria traição, que haveria morte... mas depois disso, o Filho do Homem voltará em glória. Ele já tinha dito isso. Agora Ele está dando a eles um vislumbre do que podem esperar depois da cruz.
A transfiguração aponta de maneira poderosa para a cruz, para a paixão, a morte de Cristo. O verso 3 nos diz: “E eis que lhes apareceram Moisés e Elias falando com Jesus.”
Sobre o que será que eles estavam falando? Moisés, Elias e Jesus. Poderíamos fazer uma série inteira sobre essa cena, mas estou apenas dando a versão condensada, resumida hoje. Quero focar no Cristo incomparável. Sobre o que eles estavam falando?
A narrativa de Lucas 9:31 sobre este evento nos conta sobre o que eles estavam conversando. Diz que eles “falavam da morte de, que ele estava para cumprir em Jerusalém.” Jesus tinha acabado de dizer aos Seus discípulos que Ele precisava ir a Jerusalém. E o que aconteceria lá? Ele sofreria e seria morto.
As Escrituras agora dizem que, na Sua Transfiguração, Jesus estava conversando com Moisés e Elias sobre Sua partida que Ele deveria cumprir em Jerusalém. Sobre o que eles estavam falando? Sobre Sua morte.
Algumas traduções mais antigas, em vez da palavra “partida,” dizem que estavam falando sobre Seu “falecimento.” Às vezes falamos sobre pessoas que morreram como sendo falecidas. Elas partiram; elas se foram.
A palavra grega traduzida como falecimento é a palavra “êxodo”—“partir.” Pense nisso. 1400 anos antes, quando os filhos de Israel estavam em escravidão, sob cruéis mestres egípcios, Deus levantou um libertador. Qual era o nome dele? Moisés—para conduzir os filhos de Israel para fora da escravidão. Como era chamado isso? O Êxodo.
E aqui está Moisés, o libertador, aquele que presidiu o êxodo, no que diz respeito aos humanos, conversando com Jesus sobre o Seu próximo êxodo—A morte de Cristo—através da qual Deus traria libertação para pessoas que passaram suas vidas em escravidão, em cativeiro ao pecado. Veja, o êxodo do Antigo Testamento apenas apontava para o êxodo do Novo Testamento. A morte de Cristo, Sua partida, torna possível nossa libertação da escravidão ao pecado.
Vemos aqui a centralidade da cruz na história de Deus. É sobre isso que estavam conversando—sobre a morte de Cristo, que provaria ser nosso êxodo, nossa libertação do pecado. A cruz é o ponto crucial de toda a história humana.
Veja o versículo 4:
“Então Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus:
‘Senhor, bom é estarmos aqui. Se o senhor quiser, farei aqui três tendas: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias.’”
Aí a gente pensa: “Oh, Pedro.” (risos) Na verdade, o evangelho de Lucas nos conta que ele não sabia o que estava dizendo. Quantas vezes nós falamos sem saber exatamente o que estamos dizendo?
Mas eu meio que entendo o desejo de Pedro. Sabe aqueles momentos em que experimentamos uma comunhão tão doce, um louvor tão especial, uma bênção incrível? Seus problemas parecem ficar para trás—talvez um dia como hoje em uma gravação. Este é um dia precioso, e quem quer ir embora? Porque sabemos que vamos ter que enfrentar a realidade quando voltarmos para casa.
Voltamos para o nosso ambiente de trabalho, nossa família cheia de estresse, a dor, a descrença. Eu entendo Pedro querer ficar exatamente onde estavam, no monte, com Jesus, Moisés e Elias. Lembram-se do que eles enfrentariam quando descessem para o vale? Miséria. Descrença. Um homem com um filho possuído por um demônio.
Quem não preferiria estar no monte? Você não preferiria estar aqui do que em Jerusalém, onde Jesus diz que vai sofrer e morrer? Mas o plano de Deus era a cruz. E Cristo, com alegria, escolheu ir para Jerusalém para morrer. Ele disse: “Eu devo ir para Jerusalém.” Ele escolheu fazer isso em vez de ficar onde estava naquele monte ou de simplesmente subir de volta para Seu Pai no céu naquele momento.
O verso 5 diz:
“Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia:
— Este é o meu Filho amado, em quem me agrado; escutem o que ele diz!” (Mateus 17:5)
Enquanto Pedro ainda falava, Deus disse: “Cale a boca!” (Risos) E não digo isso irreverentemente. Era como se Deus estivesse dizendo: “Pare de falar! Ouça a Jesus. Ouça a Ele. Este é Meu Filho amado, em quem Me comprazo.”
Sabemos que Deus não apenas estava satisfeito com Seu Filho—o Filho de Deus sem pecado e sem mancha—mas também acredito que Ele estava dizendo que estava satisfeito com o sacrifício que Jesus estava prestes a oferecer—o sacrifício de Sua própria vida para expiar os pecados da humanidade.
Deus estava dizendo: “Estou satisfeito com esse sacrifício. É aceitável para Mim. Eu aceitarei o sacrifício da Sua vida no lugar de cada ser humano pecador que já viveu neste planeta. Jesus, o que farás ao dar Sua vida é suficiente. Isso Me satisfaz. Satisfaz Minha justa ira contra o pecado. Estou satisfeito. Aceito esse sacrifício.”
Vemos geralmente no Antigo Testamento sobre sacrifícios que eram um aroma agradável, aceitáveis para Deus. Eles apontavam para Jesus. E Deus diz: “Estou satisfeito com Meu Filho. Estou satisfeito com Seu sacrifício.”
“Ao ouvirem aquela voz, os discípulos caíram de bruços, tomados de grande medo.7 Jesus aproximou-se e tocou neles, dizendo: — Levantem-se e não tenham medo!”
(versos 6–7)
Percebem a misericórdia e a bondade de Cristo? Eles não foram consumidos pela santidade e glória de Deus. Por quê? Porque eram pecadores. Mas, antecipando o sacrifício que Jesus faria por seus pecados, Jesus os tocou e disse: “Levantem-se, e não tenham medo.”
Olha, se não fosse por Cristo, teríamos que tremer de medo de um Deus justo e santo todos os dias de nossas vidas e por toda a eternidade. Mas podemos levantar e não ter medo porque Cristo fez esse sacrifício.
“Então eles, levantando os olhos, não viram mais ninguém, a não ser Jesus. Ao descerem do monte, Jesus lhes ordenou: — Não contem a ninguém o que vocês viram, até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos.” (versos 8–9)
Vemos nesta cena a submissão e o sacrifício de Cristo, um vislumbre do que Ele deixou de lado para vir à Terra. Quando vemos Sua glória, vemos o que custou para Ele assumir a humanidade. É impressionante que, naquele momento, com o véu da humanidade afastado apenas o suficiente para vermos a glória que esteve lá o tempo todo, Jesus poderia ter optado por voltar ao céu. Mas, em vez disso (e somos tão gratas por isso), Ele escolheu descer daquele monte, enfrentar as necessidades humanas, forças demoníacas, pecado, morte, doença e a cruz.
Tudo isso aponta não só para a glória de Cristo, mas também para a cruz de Cristo... mas tem mais. A Transfiguração aponta para nossa transformação à imagem de Cristo. Como assim?
As Escrituras dizem que Ele foi “transfigurado” diante deles. Essa não é uma palavra que usamos no dia a dia. A palavra original, em grego, é que Ele passou por uma metamorfose. É uma palavra que significa “Ele mudou totalmente Sua aparência.” Eles ainda podiam reconhecê-Lo como Jesus, mas Sua aparência era completamente diferente. A glória era tão grande. A resultado é que a glória de Deus em nós é o que nos mudará e nos fará diferentes.
É uma palavra que é usada apenas nesta passagem—da Transfiguração—e em dois outros lugares no Novo Testamento. Um deles é Romanos 12 que diz: “E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme [transfigure, mude de dentro para fora] pela renovação da mente...” (v. 2). Torne-se uma pessoa nova, totalmente diferente. Não deixe o mundo encaixar você dentro de seu molde, mas se torne uma nova pessoa, transfigurada, metamorfoseada.
O segundo uso está em 2 Coríntios 3, verso 18. Diz:
“E todos nós, com o rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor [como os discípulos fizeram naquele dia], somos transformados—transfigurados, passamos por esse processo de metamorfose, mudadas—tanto interna quanto externamente—estamos sendo transformadas], de glória em glória, à sua própria imagem...”
Uau! Que processo! À medida que contemplamos o Cristo transfigurado, Sua glória, estamos sendo transformadas à Sua semelhança, transfiguradas. Essa transformação é um processo invisível que acontece na vida dos cristãos durante sua vida aqui na Terra. Ela está nos preparando para a eternidade no céu, onde a plenitude da nossa humanidade, redimida, será restaurada, sem pecado. Estaremos livres da natureza pecaminosa, conformadas à imagem de Cristo. Uau!
Mais uma coisa... espere, tem mais! Não só aponta para nossa transformação à Sua semelhança, mas também para nossa futura glória e a transformação final de nossos corpos físicos.
Moisés e Elias, que tinham morrido (ou no caso de Elias, transladado) há centenas de anos, ainda estavam vivos. Isso foi uma declaração poderosa para muitos judeus na época de Jesus que não acreditavam em vida após a morte. Eles ainda existiam. Isso fala da imortalidade da alma e da ressurreição do corpo.
E quando pensamos no corpo glorioso de Cristo que vimos por um momento no monte da Transfiguração—roupas radiantes, semblante resplandecente. É uma visão do que Deus tem reservado para nós por causa do que Ele realizou através de Seu "êxodo". Por isso lemos em Filipenses 3:
“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará [É uma palavra um pouco diferente, mas similar. Ele transformará. É uma palavra que significa ‘mudar a forma externa’] o nosso corpo de humilhação [Alguém aqui está feliz com isso?], para ser igual ao corpo da sua glória...” (versos 20–21)
Queridas, não passem muito tempo tentando mudar a forma do seu corpo externo. (risos) Porque, além de que isso é cada vez mais difícil conforme a idade vai chegando, Deus vai transformar nossos corpos humildes para serem iguais ao corpo glorioso Dele. Uau! Não vejo a hora disso acontecer!
No fim dos tempos, essa transformação física de nossos corpos acontecerá. Mas lembre-se de que a transformação, a transfiguração, a metamorfose, é algo que está acontecendo agora dentro de nós, uma mudança interna, não apenas na aparência externa, mas na essência real. Quem somos está sendo mudado para a Sua semelhança à medida que contemplamos a glória de Cristo. Eu gosto disso.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth tem mostrado por que a Transfiguração de Jesus é tão importante para nós. Ela fala sobre isso em seu devocional, Incomparável: 50 Dias com Jesus. (infelizmente, indisponível em Portugues).
Você já ouviu pessoas falarem sobre Jesus como sendo um profeta? Quando você se coloca na mentalidade das pessoas da época de Jesus, entenderá por que Seu papel como profeta foi tão significativo. Nancy falará sobre isso amanhã no Aviva Nossos Corações. Aguardamos você!
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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