O Céu Reina – Ep. 8: quando você está desanimada (Daniel 7)
Raquel: Se você se sente tentada a entrar em desespero porque os governos do mundo estão piorando cada vez mais, Nancy DeMoss Wolgemuth oferece uma perspectiva útil.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Os líderes terrenos não possuem poder que não lhes seja concedido do alto. Portanto, aconteça o que estiver acontecendo aqui na terra, você precisa continuar recalibrando e lembrando que a realidade não é que os reis governam, mas que o céu reina.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “O Céu Reina,” na voz de Renata Santos.
O que você faz quando o mundo parece estar fora de controle? Eu decidi não assistir mais ao jornal! Não que eu não me importe com o conflito e o desespero em nosso mundo. Eu me importo! Eu realmente me importo. E estou orando pelas necessidades, que são muitas. É apenas que, pessoalmente, eu …
Raquel: Se você se sente tentada a entrar em desespero porque os governos do mundo estão piorando cada vez mais, Nancy DeMoss Wolgemuth oferece uma perspectiva útil.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Os líderes terrenos não possuem poder que não lhes seja concedido do alto. Portanto, aconteça o que estiver acontecendo aqui na terra, você precisa continuar recalibrando e lembrando que a realidade não é que os reis governam, mas que o céu reina.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “O Céu Reina,” na voz de Renata Santos.
O que você faz quando o mundo parece estar fora de controle? Eu decidi não assistir mais ao jornal! Não que eu não me importe com o conflito e o desespero em nosso mundo. Eu me importo! Eu realmente me importo. E estou orando pelas necessidades, que são muitas. É apenas que, pessoalmente, eu preciso mergulhar na graça. Isso significa me alimentar da Palavra de Deus, não das manchetes diárias! É fácil acreditar que o mundo está desmoronando quando lemos as manchetes e histórias perturbadoras de tudo que acontece em nosso país e ao redor do mundo. Mas, por pior que esteja a situação, ainda podemos ter paz quando nossa esperança está no reino de Deus.
Nancy vai nos mostrar hoje como Deus sempre esteve e sempre estará no controle da história. Ela está continuando seu ensinamento no livro de Daniel. Se você perdeu algum episódio, poderá acessá-lo através do App “Revive our Hearts” e acessar a página em português ou visitar o nosso site www.avivanossoscoracoes.com. Vamos agora continuar com a série “O Céu Reina.”
Nancy: Uns dias atrás, após ter trabalhado e meditado sobre esta série, Robert e eu estávamos assistindo o noticiário na TV, então virei para ele e disse: “Querido, o livro de Daniel é muito melhor do que isso! É mais oportuno, é mais útil, é mais encorajador, é mais preciso.”
É por isso que eu acredito que quando estamos assistindo o noticiário, precisamos garantir que nossa compreensão, nossa visão, nossa perspectiva está ancorada na Bíblia.
Nela encontramos as melhores notícias, as boas notícias e as notícias que você precisa ter em mente enquanto ouve tudo que está acontecendo no mundo.
Também percebemos, ao ler o livro de Daniel, que a ascensão e queda dos impérios ao longo de toda a história não é surpresa para Deus, Ele já sabe o que vai acontecer antes mesmo de acontecer.
Tudo está sob Seu controle, e isso nos dá segurança e paz no meio das loucuras que temos visto e ouvido.
Vamos prosseguir com o livro de Daniel capítulo 7, mas antes, farei um breve resumo do que foi abordado até agora.
Tivemos uma visão geral dos seis primeiros capítulos de Daniel, sendo essencialmente narrativas históricas entrelaçadas com um toque de profecia.
No capítulo 1, Daniel e seus amigos decidiram que não comeriam à mesa com o rei.
No capítulo 3, os três hebreus foram lançados na fornalha ardente por se recusarem a adorar a estátua do rei.
No episódio de ontem, capítulo 6, Daniel enfrentou a cova dos leões. Esses são predominantemente relatos históricos, com elementos proféticos inseridos.
Estamos agora ingressando na segunda metade do livro, nos capítulos 7-12, os quais são predominantemente compostos por visões proféticas apocalípticas, entremeadas com uma parcela de narrativa histórica.
Assim, a narrativa promete ser intrigante. Esta segunda parte do livro costuma ser evitada pela maioria das pessoas, pois muitas vezes é difícil compreender o seu significado.
Vamos explorar, mas sem adentrar em todos os detalhes, pois, lembre-se, estamos em busca de vislumbres de “O Céu Reina”.
Queremos ter uma visão ampla para compreender que Deus é o Altíssimo, reinando supremo sobre todos os eventos aqui na Terra.
Na primeira metade do livro, nos seis capítulos iniciais, dois reis têm sonhos interpretados por Daniel.
Na segunda metade, Daniel tem visões (quatro, para ser mais precisa) que são interpretadas por um anjo. Isso proporciona um pouco de contexto sobre a distinção entre as duas partes deste livro.
Nessas visões, Daniel recebe a revelação de que o povo de Deus, que já está no exílio na Babilônia, enfrentará provações e tribulações ainda mais intensas no futuro, e o mundo experimentará grandes agitações. Mas esses sonhos, essas visões vão assegurar a Daniel – e a nós, conforme as lemos – que Deus ainda está no Seu trono, que “Ele tem o mundo inteiro em Suas mãos”, que Deus cuida do Seu povo e que Ele pode ser confiado para defendê-los e sustentá-los, mesmo em tempos de provação.
Veremos que, no tempo de Deus, Ele pronunciará juízo sobre os ímpios, e seus desígnios no mundo se concretizarão, mesmo quando a situação atual não aparenta ser favorável.
Em resumo, vamos ver – mais uma vez – que o céu reina. Gostaria de sugerir que você marque na margem de sua Bíblia toda vez que perceber as evidências de “O céu reina” – tenho pequenas anotações com “CR” na minha Bíblia: O Céu Reina.
Chegamos hoje a Daniel 7. Este é um capítulo muito importante. Ele dá uma visão geral e uma estrutura para a profecia bíblica.
Existem muitas correlações e conexões entre Daniel 7 e o restante de Daniel com o livro do Apocalipse.
Não vamos analisar a partir desse ponto de vista; isso seria um estudo ou mergulho muito mais profundo do que o que estamos fazendo agora. Portanto, não os detalhes, mas queremos ter uma visão ampla do que está acontecendo.
Li em um comentário esta semana, um parágrafo que achei muito útil sobre Daniel 7, dizia o seguinte:
“Quando você obtém uma boa compreensão de Daniel 7, a verdade contida ali o sustentará quando tudo no mundo parecer estar desmoronando.
Você pode estar certo de que, devido à soberania de Deus sobre reis e reinos no passado, o presente não está desmoronando, como muitas vezes parece, mas, na verdade, está se unindo para a consumação das eras (ainda no futuro), com o evento principal que é a segunda vinda do Rei, Jesus Cristo.”
Isso faz você querer mergulhar em Daniel 7? Tenho certeza que você vai amar a segunda parte de Daniel!
“No primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia…”
Vamos fazer uma pequena pausa aqui. Mais uma vez, preciso dar um pouco de contexto, porque fica confuso se você não entender isso.
O capítulo 5 descreveu o fim do reinado de Belsazar e a derrubada dos babilônios por Dario, o Medo.
O capítulo 6, o qual vimos ontem (Daniel na cova dos leões), aconteceu mais tarde durante o reinado de Dario, o Medo.
Os capítulos 7–8 estão fora de ordem, ordem cronológica. É a ordem de Deus, mas não é ordem cronológica.
Os capítulos 7–8 são um flashback para eventos que aconteceram antes de Dario, no reinado de Belsazar.
Cronologicamente, esses dois capítulos, 7 e 8, se encaixam entre os capítulos 4 e 5 de Daniel. Faz sentido? Então, continuando Daniel 7:1.
“No primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia, Daniel teve um sonho, e certas visões passaram por sua mente, estando ele deitado em sua cama. Ele escreveu o seguinte resumo do seu sonho. ‘Em minha visão à noite, eu vi os quatro ventos do céu agitando o grande mar.’” (vv. 1–2)
Este vento maciço, grande, agitando o mar é uma imagem da terra se revolvendo em grande turbulência. Isso poderia descrever o nosso mundo hoje, não poderia? Está piorando. Mas calma; O céu reina!
Naquela visão, Daniel tem uma vista panorâmica da história humana: passado, presente e futuro.
É um pouco como o esboço do livro do Apocalipse, a visão que João recebe na ilha de Patmos. Passado, presente e futuro; dando a ele essa visão panorâmica.
(v. 3)“Quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiram do mar.”
Mais tarde neste capítulo, veremos uma interpretação desta visão que é dada a Daniel, e no versículo 17, diz:
“Os quatro grandes animais são quatro reinos que se levantarão na terra.”
Esses quatro animais, 7:3 e 7:17, são quatro impérios. São quatro potências mundiais. Continue acompanhando; isso fica um pouco complicado.
Esses quatro animais correspondem às quatro partes da grande estátua do sonho de Nabucodonosor no capítulo 2.
Essas partes da estátua eram reinos que ainda viriam. Esses quatro animais são reinos que ainda estariam por vir.
Então, aqui vamos nós, versículo 4:
“O primeiro (desses grandes animais) parecia um leão, e tinha as asas de águia. Eu o observei e, em certo momento, as suas asas foram arrancadas, e ele foi erguido do chão, firmou-se sobre dois pés como um homem e recebeu coração de homem.”
A propósito, observe quantas vezes no livro de Daniel, especialmente nesta segunda parte, que Daniel diz: “Eu estava observando ou continuei olhando.”
Não pare de observar o que Deus está fazendo! Não pare de notar o que Ele está fazendo em nosso mundo.
Aquele primeiro animal, à medida que reunimos todo o texto e sua interpretação, é o império babilônico, como a grande cabeça de ouro da estátua de Nabucodonosor.
Assim foi o império da Babilônia. Vemos que o rei Nabucodonosor foi humilhado, ele perdeu a razão e depois foi restaurado quando se humilhou. Lemos isso em Daniel 4. Portanto, esse é o primeiro animal.
(v. 5) “A seguir, vi um segundo animal, que tinha a aparência de um urso. Ele foi erguido por um dos seus lados, e na boca, entre os dentes, tinha três costelas. E lhe foi dito: ‘Levante-se e coma quanta carne puder!’”
Vamos ver que esse animal, esse urso, representa o império Medo-Persa. A Pérsia é a mais forte, a que foi erguida, desses dois reinos que eram separados e depois se uniram. A Pérsia é a mais forte, a última a vir. Esse é o império Medo-Persa.
(v. 6) “Depois disso, vi um outro animal, que se parecia com um leopardo. Nas costas tinha quatro asas, como as de uma ave. Esse animal tinha quatro cabeças, e recebeu autoridade para governar.”
Aqui está a descrição de um animal que feroz e rápido. Ele representa, como veremos, a Grécia, o império grego e a conquista de Alexandre, o Grande.
As quatro cabeças deste animal são quatro generais que dividiram o império grego após a morte de Alexandre e começaram a governar suas próprias partes do reino.
(vv. 7–8) “Em minha visão à noite, vi ainda um quarto animal, aterrorizante, assustador e muito poderoso. Tinha grandes dentes de ferro, com os quais despedaçava e devorava suas vítimas, e pisoteava tudo o que sobrava.
Era diferente de todos os animais anteriores e tinha dez chifres. Enquanto eu considerava os chifres, vi outro chifre, pequeno, que surgiu entre eles; e três dos primeiros chifres foram arrancados para dar lugar a ele.
Esse chifre possuía olhos como os olhos de um homem e uma boca que falava com arrogância.”
Este misterioso quarto animal é… qual império veio após o império grego? O império romano. Veremos uma explicação adicional disso mais adiante neste capítulo.
Veja bem, esses reis são poderosos, mas esse poder lhes é dado por Deus. Vemos isso no versículo 6; “recebeu autoridade.”
O poder dado por Deus pode ser retirado por Deus tão rapidamente quanto foi dado por Ele Veremos no versículo 12 que a autoridade deles foi removida.
Deus levanta e Deus derruba reis. Esses reinos terrenos estão todos condenados a cair e a desaparecer, mesmo que em seu auge parecem que governarão para sempre.
Porém, veremos que esses reinos, poderosos como são, ferozes como são, vastos como são, não são páreo para o Reino de Deus. O céu reina!
Na verdade, é para onde somos levados na visão de Daniel. Até agora, tudo que Daniel viu aconteceu aqui na terra.
Neste momento, a cena muda e temos um vislumbre de algo que acontece no céu.
O versículo 9 começa com: “‘Enquanto eu olhava …’”. Não pare de observar, não pare de procurar o que Deus está fazendo. Mantenha seus olhos na Sua Palavra, veja o que Ele está fazendo.
(vv. 9–10) “Enquanto eu olhava, “tronos foram postos no lugar, e um ancião se assentou. Sua veste era branca como a neve; o cabelo era branco como a lã.
Seu trono era envolto em fogo, e as rodas do trono estavam em chamas. De diante dele, saía um rio de fogo. Milhares de milhares o serviam; milhões e milhões estavam diante dele.
O tribunal iniciou o julgamento, e os livros foram abertos.”
Lembra das miríades de anjos em Apocalipse? Lembra do fogo e das rodas na visão de Ezequiel? Esta é uma visão que Daniel recebe, mas a vemos em outros lugares nas Escrituras.
“O tribunal iniciou o julgamento, e os livros foram abertos.”
Temos reis e reinos terrenos que são poderosos, grandiosos; eles têm o poder de esmagar as pessoas; podem praticar todo tipo de ações ultrajantes e terríveis. Mas justaposta a esses reinos terrenos está essa visão impressionante de outro reino, o trono de Deus no céu, e nesse trono está sentado o Ancião, o Deus Altíssimo, um nome que é frequentemente usado para Deus no livro de Daniel.
Ele está cercado por fogo flamejante, fogo ardente. Há um rio de fogo que flui de Sua presença. Ele é um Deus perigoso. Ele é um Deus a ser temido. Ele é um Deus poderoso.
O fogo significa pureza intensa. Nada que seja corrompido, manchado ou impuro pode chegar perto deste Deus santo.
Sua presença purifica tudo o que é profano, e Ele é eterno; Ele existe para sempre. Ele é obedecido, Ele é servido por miríades de hostes angelicais; e Ele está sentado em Seu trono como o Juiz supremo no tribunal supremo do céu.
Chegamos ao versículo 11, e a cena volta para a Terra.
É verdade, vivemos na terra, então vemos o que está acontecendo aqui na terra, mas precisamos continuar levantando nossos olhos para ver o que está acontecendo no céu.
Também precisamos estar atentos ao que está acontecendo aqui na terra para que possamos aplicar o governo do reino de Deus em nosso pensamento e em nossa visão de mundo enquanto observamos o que está acontecendo na terra.
(vv. 11–12) “Continuei a observar por causa das palavras arrogantes que o chifre falava. Fiquei olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo foi destruído e atirado no fogo. Dos outros animais foi retirada a autoridade, mas eles tiveram permissão para viver por um período de tempo.”
Aqui está o animal com o chifre. A criatura falando palavras arrogantes; ele é morto. Ele é consumido naquele fogo ardente.
O fogo de Deus simboliza Sua santidade, mas também simboliza Sua ira e Seu julgamento. Aqueles que resistem e rejeitam Seu governo serão entregues à condenação eterna.
Os governantes terrenos não têm poder que não lhes seja concedido do alto. Quer eles reconheçam ou não (e a maioria não reconhece), eles estão sujeitos àquele que os entronizou, deu-lhes poder e que pode facilmente derrubá-los se recusarem a glorificá-Lo.
Observe que Deus determina por quanto tempo eles são permitidos a permanecer no poder antes de removê-los. Uma extensão de vida lhes foi concedida por um certo período de tempo. Quem determina esse certo período de tempo? Deus determina!
Agora as visões de Daniel o levam de volta à cena no céu, onde o Ancião de Dias está sentado em Seu trono.
Independentemente do que esteja acontecendo na terra, você precisa continuar recalibrando e lembrando que a realidade não é que os reis governam, mas que o céu reina.
“Eu continuei observando…” Talvez um dos motivos que muitos cristãos estão deprimidos e desencorajados seja porque pararam de observar.
Eles apenas mantêm os olhos no que está acontecendo aqui na Terra, mas esquecem de levantar os olhos e ver o que está acontecendo no céu.
(vv. 13–14) “Em minha visão à noite, vi alguém semelhante a um filho de homem” (Um parêntese aqui: Este é um nome que Jesus usou para Si mesmo mais de oitenta vezes nos quatro Evangelhos; o Filho do Homem).
Continuando: “Em minha visão à noite, vi alguém semelhante a um filho de homem,vindo com as nuvens dos céus. Ele se aproximou do ancião e foi conduzido à sua presença.
Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído.”
É tão diferente do que acontece aqui na terra! Os reinos da terra são temporários, o poder é dado, o poder é retirado. Mas aqui, Jesus recebe domínio supremo sobre o céu e a terra, e Ele reinará para sempre. O Filho de Deus se tornou o Filho do Homem. Ele veio a esta Terra e tomou forma humana.
Ele ascendeu de volta ao trono de Deus e um dia voltará a esta terra como o Rei dos reis, entronizado.
São essas notícias que você precisa ter em mente quando está assistindo o jornal e vendo o que está acontecendo nesta terra.
Quando Ele vier com todo o poder, receberá o domínio, o poder e a autoridade que foram retirados dos governantes terrenos; receberá o domínio que pertence a Ele desde a eternidade.
O reino e toda a glória lhe serão concedidos por Seu Pai, e todas as pessoas da Terra O servirão.
Então, no versículo 14, o tema deste livro é repetido mais uma vez. “Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído.”
Se você quiser memorizar um versículo deste livro, este seria uma excelente escolha. Mantenha essa verdade em mente ao ver reinos, presidentes e governantes e reis e primeiros-ministros surgindo e desaparecendo. Esta é a verdade, tanto hoje quanto eternamente.
Há reis sendo derrubados, há governantes sendo entronizados. Eles vêm e vão, mas apenas o Seu reino permanece para sempre.
Essa é a nossa esperança inabalável, essa é a nossa confiança em um mundo que está empenhado no reino e no governo do homem.
A agenda deles não terá sucesso, mas aqueles que buscam o Seu reino e O servem reinarão com Ele para sempre. Lembre-se disso.
Quando parece que a terra está vencendo, que as regras da Terra são tão antiDeus, antiCristo, não é um momento para nos desesperarmos, ficarmos com medo, preocupadas, ansiosas ou deprimidas.
É um momento para continuarmos observando, levantarmos os olhos para o céu e nos lembrarmos – e lembrarmos umas às outras – de que o Seu domínio é eterno. Ele reinará, Ele governará. Seu Reino nunca passará.
Diante dessas visões, Daniel, como você pode imaginar, ficou abismado. Veja os versículos 15 e 16.
“Eu, Daniel, fiquei agitado em meu espírito, e as visões que passaram pela minha mente me aterrorizaram. Então me aproximei de um dos que ali estavam e lhe perguntei o significado disso tudo.” (vv. 15–16)
Ele pede à aquela majestosa criatura, àquele anjo, provavelmente, para ajudá-lo a entender melhor esses grandes mistérios – sobre todos aqueles animais e sobre o trono.
No Novo Testamento, recebemos um entendimento muito maior do que Daniel jamais teve. Quando lemos o restante do livro de Daniel, temos um entendimento muito mais amplo do que Daniel poderia ter tido naquele momento.
E o Novo Testamento revela ainda mais profundamente o significado dessa história.
Minha pergunta é: nos importamos tão profundamente em entender o plano de Deus, a vontade de Deus e o senhorio de Deus, tanto quanto Daniel se importava?
Ele queria saber. Ele não estava satisfeito apenas em ver a visão, ele queria saber, “O que isso significa?” O que devemos fazer com isso?
(vv. 17–18) “E ele me respondeu, dando-me a interpretação: ‘Os quatro grandes animais são quatro reinos que se levantarão na terra. Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para sempre; sim, para todo o sempre.’”
Anote um “amém” na sua Bíblia bem aqui!
Os servos, os santos do Altíssimo, receberão o reino que é como uma bola de tênis que está sendo lançada de um lado pro outro entre reis e governantes desta terra.
De quem será esse reino no final? O Deus Altíssimo, o Filho do Homem, e Seus servos, Seus santos o possuirão para sempre.
Nós sabemos o final da história. Mas essa vitória ainda está no futuro, e nesse meio tempo haverá uma batalha entre os reinos dos homens e o reino de Deus.
(vv. 19–22) “Então eu quis saber o significado do quarto animal, diferente de todos os outros e o mais aterrorizante, com seus dentes de ferro e garras de bronze, o animal que despedaçava e devorava suas vítimas, e pisoteava tudo o que sobrava.
Também quis saber sobre os dez chifres da sua cabeça e sobre o outro chifre que surgiu para ocupar o lugar dos três chifres que caíram, o chifre que tinha olhos e uma boca que falava com arrogância.
Enquanto eu observava, esse chifre guerreava contra os santos e os derrotava, até que o ancião veio e pronunciou a sentença a favor dos santos do Altíssimo; chegou a hora de eles tomarem posse do reino.”
Eu fico arrepiada só de pensar nisso, de ler sobre isso! É o fim da história que esquecemos de observar, de manter nossos olhos fixos.
Por um tempo, as forças do mal serão permitidas a prevalecer sobre o povo de Deus. Isso está acontecendo em muitos lugares em nosso mundo hoje, alguns através de leis injustas ou não bíblicas, ímpias; em alguns lugares através da perseguição aberta aos cristãos. Mas é apenas por um tempo.
Quanto tempo? Até que o Ancião chegue e julgue a favor de Seus santos. Naquele momento – quando? no tempo perfeito de Deus – os santos de Deus receberão o reino e o possuirão para sempre.
Esse é o final da história: Deus vence, e nós vencemos com Ele.
Nos versos 23 a 25, ele vai reafirmar isso nesse próximo parágrafo, semelhante ao que acabamos de ler.
“Ele me deu a seguinte explicação: ‘O quarto animal é um quarto reino que aparecerá na terra.
Será diferente de todos os outros reinos e devorará a terra inteira, despedaçando-a e pisoteando-a. Os dez chifres são dez reis que sairão desse reino.
Depois deles um outro rei se levantará, e será diferente dos primeiros reis. Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis.
Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo.’” (Três anos e meio)
Há uma série de reis poderosos que são cruéis e violentos. Muitos comentaristas acreditam que esses dez reis ainda estão no futuro.
Deles surge outro rei; era o pequeno chifre do verso 8. Um comentarista diz: “O Anticristo, surgindo de algum grupo de dez nações que de alguma forma faz parte de um império romano restaurado.”
Tudo isso estava previsto acontecer nas centenas de anos seguintes a Daniel, mas tem um cumprimento final que ainda está por vir, à medida que o Anticristo se levanta, vem e tenta desafiar Deus. Aquele governante fala arrogantemente contra o Altíssimo e persegue o Seu povo, os santos.
Ele os oprime. A palavra “oprimir” significa “desgastar” por meio de pressão contínua e prolongada. Ele simplesmente os desgasta.
Você pode ver em nosso mundo como isso poderia acontecer, não é? O desgaste do povo de Deus. Por um período de tempo, eles são entregues a ele. Mas esse não é o fim da história.
(vv. 26–27) “Mas o tribunal o julgará, e o seu poder lhe será tirado e totalmente destruído, para sempre. Então a soberania, o poder e a grandeza dos reinos que há debaixo de todo o céu serão entregues nas mãos dos santos, o povo do Altíssimo.
O reino dele será um reino eterno, e todos os governantes o adorarão e lhe obedecerão.”
Em alguns momentos, o povo de Deus será oprimido. Seus inimigos prevalecerão contra nós, mas um dia o Ancião realizará um julgamento, e o Juiz justo de toda a Terra proferirá o veredito: Culpado! Culpado!
Esse será o veredito contra todo governante cruel, arrogante e anticristão… e o domínio deles chegará ao fim. Todos eles serão entregues a um julgamento eterno. O povo santo de Deus, que sofreu e foi ameaçado, reinará com Cristo para sempre.
(v. 28) “Esse é o fim da visão. Eu, Daniel, fiquei aterrorizado por causa de meus pensamentos, e meu rosto empalideceu, mas guardei essas coisas comigo”.
Tudo isso deixou Daniel se sentindo fraco e abalado, e ele ficou aterrorizado ao considerar que tipo de sofrimento ainda estava por vir, no futuro, para o povo de Deus. Mas ele guardou o que tinha visto e ouvido para si.
Não é bom saber que, na sabedoria de Deus e pela inspiração de Seu Espírito, essas visões foram preservadas nas Escrituras para nós, para que também possamos ver, observar, conhecer a perspectiva de Deus, os propósitos de Deus e o plano eterno de Deus?
Deus vence, o Céu reina, e nós reinaremos e governaremos com Ele. Esse é o fim da história, e vale a pena esperar por ele. Amém.
Raquel: Que final poderoso na história nos aguarda. E a melhor parte? Esta não é uma história fictícia – essa é a verdade. Deus vence! Nancy DeMoss Wolgemuth nos traz essa esperança na série “O Céu Reina“.
Como você coloca sua mente em Cristo quando parece que os governantes terrenos estão no controle? Espero que a promessa de que o céu reina tenha lhe trazido conforto hoje.
Para uma visão mais aprofundada da soberania de Deus sobre tudo, gostaria de trazer à sua atenção duas coisas: Primeiro, encorajo você a ler o livro da Nancy, “O Céu Reina“. Ela o escreveu para dizer aos leitores: “Tenham coragem. Tenham bom ânimo. Nosso Deus está no controle.” Na verdade, essas frases estão na capa. “Tenham coragem. Tenham bom ânimo. Nosso Deus está no controle.”
Nosso ministério é completamente sustentado por doações. Seja uma contribuinte, sua doação nos ajuda a ajudar outras mulheres a estarem firmes e com seus olhos fitos na verdade da Palavra de Deus. Para mais informações de como contribuir, acesse o nosso site www.avivanossoscoracoes.com/doacoes.
As provações, a dor no coração, a confusão deste mundo quebrado são temporários. Mas não perca a esperança – essas coisas chegarão ao fim. Em meio a tudo isso, Deus ainda está em Seu trono. Amanhã, Nancy vai mostrar onde você pode encontrar uma esperança real no meio de circunstâncias difíceis.
Eu sou a Raquel, e aguardo você aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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