Graça Inesperada - Episódio 1
Raquel: Por mais de três décadas da sua vida adulta, Nancy Leigh DeMoss serviu ao Senhor com a convicção de que Ele a chamava para O servir como uma mulher solteira. No mês passado, Nancy e Robert Wolgemuth celebraram nove anos de casados. Nancy se casou aos 57 anos de idade, após ter vivido como solteira e feliz durante décadas. Nesta série, vamos aprender mais sobre como foi essa transição para Nancy e as lutas que ela enfrentou ao fazer essa decisão. No início deste processo, ela enfrentou uma pergunta desafiadora.
Nancy Leigh DeMoss: Será que Deus está redirecionando minha vida para considerar a possibilidade de receber uma nova dádiva – a dádiva do casamento?
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth para segunda-feira, na voz de Renata Santos.
Filmes e romances estão repletos do que chamamos "histórias de amor". Na maioria, envolvem muitas emoções …
Raquel: Por mais de três décadas da sua vida adulta, Nancy Leigh DeMoss serviu ao Senhor com a convicção de que Ele a chamava para O servir como uma mulher solteira. No mês passado, Nancy e Robert Wolgemuth celebraram nove anos de casados. Nancy se casou aos 57 anos de idade, após ter vivido como solteira e feliz durante décadas. Nesta série, vamos aprender mais sobre como foi essa transição para Nancy e as lutas que ela enfrentou ao fazer essa decisão. No início deste processo, ela enfrentou uma pergunta desafiadora.
Nancy Leigh DeMoss: Será que Deus está redirecionando minha vida para considerar a possibilidade de receber uma nova dádiva – a dádiva do casamento?
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth para segunda-feira, na voz de Renata Santos.
Filmes e romances estão repletos do que chamamos "histórias de amor". Na maioria, envolvem muitas emoções intensas e romance. Hoje você vai ouvir um tipo de história de amor bem diferente. Nós sempre dissemos no Aviva Nossos Corações: "Deixe Deus escrever sua história de amor", e Nancy sempre aconselhou as mulheres a não correrem atrás de homens.
Na prática, como duas pessoas podem se unir quando Deus está claramente confirmando essa união? Esta semana, vamos ouvir como isso aconteceu com Nancy e Robert Wolgemuth, que se casaram quando Nancy estava com 57 anos.
O que você vai ouvir é: Quando Deus está unindo você a alguém, provavelmente haverá alguns sentimentos românticos pelo caminho; haverá uma atração física também, mas a principal pergunta é: "O que Deus quer? O que trará glória a Ele?"
Descobrir isso esteve no coração de Nancy desde jovem.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Conheci Jesus aos quatro anos. Essa é a primeira memória consciente que tenho, na verdade, como uma menininha no meu quarto, ajoelhada diante do Senhor durante o meu horário de cochilo, confiando Nele. Eu não conhecia termos ou grandiosos conceitos teológicos, mas sabia que precisava de um Salvador e que Ele era o Salvador. Houve uma entrega da minha vida a Ele naquele momento.
Nos anos seguintes (provavelmente quando eu tinha seis, sete, oito anos), eu tinha essa forte e inconfundível sensação de que minha vida pertencia a Cristo e que Ele podia fazer com ela o que quisesse. Ela não era minha. Eu estava separada, consagrada para os propósitos do Seu reino.
Claro, eu não tinha ideia de como isso seria ou o que significaria, mas havia esse forte sentimento de consagração, de que Ele havia feito tudo por mim e que toda a minha vida pertencia a Ele.
No lar em que fui criada tive o privilégio de ver o exemplo de como é viver uma vida rendida a Cristo. Isso não quer dizer que meus pais foram perfeitos - não foram (e eles seriam os primeiros a admitir isso). Mas havia esse sentimento de que "Cristo é digno de tudo". Portanto eu sabia, desde a minha infância, que isso tinha que afetar todas as áreas da minha vida. Meus pais mostraram que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita e que Deus é confiável!
Desde muito cedo, eu senti um ardor, uma missão no meu coração, um desejo por um avivamento entre o povo de Deus, pela Igreja. Descobri que amava ensinar a Palavra. Na verdade, descobri isso aos oito anos, quando ensinei minha primeira aula de Escola Dominical. Durante toda a minha adolescência, eu ensinei a Palavra de Deus. Depois que me formei, pude ensinar profissionalmente. Eu amava, amava, amava estudar e ensinar a Palavra de Deus. Amava o ministério.
Desde muito jovem, eu tinha um entendimento muito claro de que a única coisa que eu queria fazer com a minha vida era servir ao Senhor no ministério vocacional. Quero deixar claro que meus pais não me pressionaram. Meu pai era empresário, um leigo servindo ao Senhor. Ninguém disse que eu tinha que estar em um ministério cristão em tempo integral para ser espiritual ou piedosa. Eu simplesmente sabia que tinha que fazer isso com a minha vida. Comecei a perceber que, como mulher solteira, havia uma liberdade para servir ao Senhor de uma forma que seria diferente se eu fosse casada.
Eu chegava a passagens como 1 Coríntios 7 na minha leitura das Escrituras, onde Paulo fala sobre como há dons - diferentes dons dados a diferentes pessoas. Ele diz que se você tem o dom do casamento, abrace-o e use-o para a glória de Deus. Mas Paulo também diz que se você pode servir ao Senhor sem se casar, manter-se sexualmente pura e comprometer-se com esse chamado, ou abraçar esse chamado, isso é uma coisa boa porque você pode servir ao Senhor com "devoção e sem distrações".
Ele diz que a mulher casada, com razão, tem a atenção dividida. Claro, elas amam e servem a Cristo em primeiro lugar, sempre, mas também são justamente dedicadas ao seu cônjuge. A vida tem distrações, a vida de casado tem distrações. Paulo diz que isso não é uma coisa ruim. Se Deus te deu esse dom, então faça isso para a glória de Deus, e isso é maravilhoso. Mas ele também diz que se você pode fazer isso como solteira, isso também é bom. É um dom. Abrace-o.
Foi assim que, no final da minha adolescência, início dos vinte anos, comecei a sentir que "essa passagem está falando sobre mim". Lembro-me de dizer ao meu pai em certo momento: "Acho que se eu não estiver casada até os vinte e cinco anos, provavelmente o Senhor não quer que eu me case."
Lembro-me dele dizer: "Não tire essa conclusão. Você não sabe." Acho que essa foi uma palavra sábia que me ajudou a perceber: "Eu não preciso saber como será todo o curso da minha vida." Você vive um dia de cada vez, um passo de cada vez. Você confia, obedece, e então, o que quer que o Senhor revele, será bom. E não quero soar como uma santa sobre isso, porque tenho meus próprios pecados e lutas com entrega em certos momentos, mas essa não foi uma escolha difícil.
Eu amava o serviço. Eu amo o Senhor. Eu amo aquela passagem em Êxodo, na fundação da nação judaica, onde Deus fala sobre o servo voluntário. Esse é o servo que pode ser libertado, mas ele diz no momento de sua emancipação: "Eu não quero ser libertado. Quero servir meu mestre por toda a minha vida. Quero me tornar um servo voluntário." Isso seria simbolizado por um furo na orelha. Essa pessoa sempre seria reconhecida como alguém que escolheu ser um escravo voluntário de seu mestre. Eu amo esse simbolismo, porque era uma imagem, para mim, do meu relacionamento com Cristo.
Eu disse: "Ele me escolheu, mas com alegria eu também o escolhi, porque Ele me escolheu. Estou dizendo 'sim' para Ele. Quero ser Sua serva por toda a minha vida, com todo o meu coração, com tudo o que tenho." E, novamente, isso não era um voto de celibato ou de solteirice. Não era, "Vou me tornar uma freira protestante." Não era isso.
Era mais, "Eu amo Cristo, e quero servi-Lo. Quero ser uma mulher com um 'furo na orelha'," era como eu costumava dizer. E se você conhece a passagem, isso tem um grande significado. Novamente, havia apenas um sentimento de, "Isso é o que Deus tem para mim agora, e eu vou aceitar e celebrar."
Cada vez mais, isso se tornou parte do meu modo de pensar sobre namoro. Era como se eu me perguntasse: "Por que eu faria isso?" Eu não dizia, "Eu não vou namorar," mas o Senhor me fez focar no que Ele queria que eu fizesse, onde Ele estava me chamando. Ele também me fez começar cedo (mas certamente na minha vida adulta) a cultivar relacionamentos e amizades com famílias, com casais casados, com pessoas solteiras, com crianças, com pessoas mais velhas. Acho que esse é um conselho que eu daria para mulheres solteiras. Isso me ajudou a ter um senso saudável de família, pertencimento, comunidade e relacionamento.
Portanto, não é que, como uma mulher solteira, eu fosse uma mulher incompleta, apenas esperando que meu status de vida mudasse. Realmente não havia nada disso. Novamente, não é porque sou um exemplo estranho ou incrível de feminilidade. Era um sentimento de, "É um privilégio pertencer a Cristo."
Não sei há quanto tempo concluí que, "Acho que é isso que o Senhor tem para mim pelo resto da minha vida." Isso não foi uma decisão, não foi uma revelação do Senhor. Era apenas o que eu pensava. E eu sentia que, pela graça de Deus, eu poderia fazer isso felizmente, servindo a Ele pelo resto da minha vida.
Raquel: Na sua adolescência e início dos seus vinte anos, Nancy serviu em várias capacidades ministeriais—servindo na igreja local, no ministério infantil, escrevendo, editando e palestrando. Essas tarefas preenchiam sua vida. O Senhor abriu portas para que Nancy tivesse um ministério mais formal como autora e palestrante por volta dos seus trinta anos. Anos depois, e bastante inesperadamente, vários líderes cristãos convidaram Nancy para iniciar um programa de rádio para mulheres.
Naquela época, Elisabeth Elliot tinha acabado de parar de produzir seu programa de rádio, Gateway to Joy (Portões da alegria, em tradução livre). O ministério de Elisabeth, Back to the Bible (De volta à Bíblia), contatou Nancy e perguntaram se ela estaria disposta a começar um programa que preenchesse o horário de Elisabeth. Essa foi uma grande decisão para Nancy!
Nancy: Lembro-me do dia em que recebi aquela carta do Diretor do De volta à Bíblia. Abri e li e, na verdade, estava conversando há meses antes desse momento com o outro ministério sobre iniciar um programa de rádio para mulheres. Estávamos nesse diálogo e nesse processo naquele momento, mas as pessoas do ministério De volta à Bíblia não sabiam disso.
Quando disseram que Elisabeth Elliot estava considerando se aposentar do rádio e eles estavam procurando uma sucessora para aquele programa e, "Você gostaria de conversar conosco?"... Lembro-me de pegar aquela carta e subir para o meu canto de tempo com Deus, colocar a carta na cadeira e, em seguida, ajoelhar-me ali. Eu estava colocando aquela carta diante do Senhor e dizendo: "Senhor, eu não faço ideia do que estás planejando, o que podes estar dizendo ou fazendo. Isso é tudo novo para mim. Mas mostre-me o que desejas e o que Tu queres, eu quero."
Raquel: Depois de meses de oração e busca ao Senhor, o ministério Aviva Nossos Corações foi lançado. O compromisso de produzir programas de rádio diários e a responsabilidade de conduzir um ministério nacional foi mais um passo de fé e rendição para Nancy. Assim como ela havia experimentado no passado, ela sabia que Deus sempre havia sido fiel e que ela poderia confiar nEle nesta nova fase da vida.
Nancy: A coisa mais doce para mim em abraçar e receber o chamado de Deus na minha vida, relacionado a servi-Lo como uma mulher solteira, não se tratava de algo nobre que eu havia feito. Era fruto de confiar em Deus.
Descobri que Ele é totalmente, absolutamente digno de confiança em todas as áreas da minha vida. Isso me levou a dizer: "Posso abraçar esse chamado, incluindo as partes difíceis. Confio que Deus é sábio, Ele é bom, Ele sabe o que está fazendo e nunca me pediria algo que não fosse para o meu bem e para a Sua glória."
Raquel: Deus abençoou Nancy e o ministério nos anos que se seguiram, enquanto ela investia sua vida na Palavra de Deus, ensinando-a para mulheres através do rádio diário, palestras e publicações. Deus fielmente trouxe pessoas para a vida dela que lhe deram sabedoria, encorajamento e conselhos enquanto ela crescia nesse novo papel. Uma dessas pessoas foi o autor e palestrante Dr. Henry Blackaby.
Nancy: Acho que foi Henry Blackaby que me recomendou, no início dos anos 2000, que ter um agente para minhas publicações seria útil. O agente que Henry Blackaby recomendou foi Robert Wolgemuth. Lembro-me de ouvir as pessoas dizendo: "Ele é muito respeitado nesta indústria."
Nosso ministério o contratou e eu me encontrei com ele e Bobbie, sua esposa. Lembro-me de nós três tomarmos café da manhã ou almoço juntos. E, depois de um tempo, conheci também suas filhas e seu neto mais velho. Eu sabia que era uma família especial. Eu tinha visto o relacionamento que Robert Wolgemuth e Bobbie tinham um com o outro e com suas filhas – agora crescidas. Chegou um momento em que eu disse: "Vamos fazer algumas entrevistas para o Aviva Nossos Corações," e fizemos com os quatro e com Abby, que é a neta mais velha. Aprendi rapidamente que eles eram uma família que cantava hinos.
Robert Wolgemuth: A música era uma parte importante de nossas vidas.
Raquel: Este é o Robert Wolgemuth.
Robert Wolgemuth: Bobbie tinha uma voz linda e, à medida que Missy e Julie cresceram, vimos que elas também tinham vozes lindas. Era gostoso poder cantar em harmonia a quatro vozes, e cantávamos hinos.
Uma das coisas que amávamos fazer com nossas filhas era encorajá-las a entender como poderia ser estar na presença de um Deus Santo. Hoje minhas filhas diriam que aqueles primeiros dias, vislumbrando como Deus é, através da maneira como a mãe e o pai demonstravam, mudaram tudo em suas vidas. O Senhor foi muito bom para mim e me deu a alegria de ser o pai e o marido daquele lar. Eu amava isso!
Minha vida mudou no Dia dos Namorados de 2012. Fomos à clínica M. D. Anderson em Orlando. Entramos na sala de espera e vimos todas aquelas mulheres sem cabelo. E o Dr. Shep disse: "Bobbie tem câncer de ovário em estágio IV."
Quando ela foi diagnosticada, Missy, Julie e eu nos sentamos juntos e dissemos: "Ok, aqui está o que sabemos com certeza: Nós fomos surpreendidos, mas Deus não foi surpreendido. Ele sabe exatamente o que está fazendo. Vamos tratar isso como um presente. Não estamos com raiva, e não estamos com medo. O que mais queremos é que o Senhor seja glorificado nesse câncer."
Raquel: Robert Wolgemuth e Bobbie não enfrentaram essa provação sozinhos. Eles compartilharam seu fardo com a família e amigos e convocaram o Corpo de Cristo para orar pela saúde de Bobbie.
Nancy: Eu, juntamente com muitos outros que conheciam, respeitavam e amavam esse casal, comecei a orar para que o Senhor interviesse em favor dela, para dar-lhes graça para essa jornada, seja qual fosse.
Ao longo daqueles dois anos e meio, Robert Wolgemuth foi muito fiel em atualizar seus amigos sobre o que estava acontecendo – não apenas fisicamente e com a doença, mas ainda mais significativamente (acho eu), com o que estava acontecendo em suas vidas e corações. Eu os vi enfrentando a morte de frente e dizendo: "Porque Cristo passou pelas garras da morte, temos a certeza de que não se trata de um inimigo. Ele se entregou a Si mesmo e por causa desse sacrifício, nos deu de presente a vida eterna." Eu os vi enfrentando isso com paz.
Raquel: Vamos ouvir uma amiga em comum, Joni Eareckson Tada, falando na Convenção Nacional de Radiodifusores Religiosos em 2013.
Joni Eareckson Tada: Minha amiga, Bobbie Wolgemuth, que está aqui esta noite com seu marido Robert Wolgemuth, após seis rodadas de quimioterapia. Todos nós que oramos por Bobbie estávamos atentos a cada palavra de Robert Wolgemuth em cada e-mail. Aqui Bobbie escreveu o seguinte:
Joni, assim como a quimioterapia é projetada para matar as células cancerígenas ruins, Deus projeta uma prova tóxica e dolorosa para destruir, sufocar e matar qualquer coisa em minha alma que seja egoísta, impura ou ofensiva a Ele. Eu me rendo voluntariamente à Sua infusão, sabendo que Ele escolheu o que me trará uma vida mais abundante – mais do que eu jamais poderia imaginar. Portanto, escolho abrir minhas mãos e meu coração e oferecer minhas veias para serem infundidas com a escolha de provação d'Ele, para que eu possa receber Sua beleza e Sua saúde perfeita.
Raquel: Ao longo de toda a provação, a fé de Bobbie e Robert Wolgemuth nunca vacilou. Robert Wolgemuth reflete sobre as maneiras como ele viu a mão de Deus agir.
Robert Wolgemuth: O Senhor respondeu a essa oração. Bobbie foi curada – ela foi para o Céu, e está completamente sã. Mas durante o tempo em que ela esteve doente, o Senhor honrou essa oração. Muitas pessoas – vizinhos, conhecidos, pessoas na igreja – vieram a conhecer Jesus pela primeira vez como resultado do câncer de Bobbie. Essa oração foi respondida.
Nancy: Quando o Senhor levou Bobbie para seu lar eterno, a família foi gentil, graciosa. Eu não pude comparecer ao culto memorial, mas eles puderam transmitir ao vivo. Eu assisti ao culto on-line, foi um culto longo e hipnotizante!
Eu já estive em alguns cultos assim, onde as coisas que você ouve te fazem perceber, "Esta era uma mulher que conhecia Deus de maneira excepcional e que, pela graça de Deus, teve um impacto excepcional e extraordinário nas vidas das pessoas ao seu redor." Esse foi um culto memorial que realmente me marcou. Saí pensando, "Quero conhecer e amar o Senhor e impactar vidas daquela maneira muito pessoal que vi Bobbie ter."
Depois de assistir aquele culto, fiquei muito tocada. Enviei um e-mail para Robert Wolgemuth, como tinha feito várias vezes para Robert Wolgemuth e Bobbie ao longo dos anos em que Bobbie estava doente.
Eu disse a ele: "Sinto que Bobbie personifica a mensagem que estamos tentando compartilhar com as mulheres sobre o que significa ser uma verdadeira mulher de Deus. Você nos permitiria pegar trechos desse culto e transmiti-los no Aviva Nossos Corações? Acho que realmente abençoaria às nossas ouvintes [e, de fato, ministrou]."
E Robert Wolgemuth disse: "Claro."
Passado algum tempo. Chegou um ponto em que recebi um e-mail de Robert Wolgemuth. Era informativo; meio que atualizando o que estava acontecendo na família dele. Eu vinha recebendo essas atualizações durante o tempo em que Bobbie estava doente. Esse e-mail não era para uma lista de pessoas. Era para mim, mas não era intensamente pessoal. Lembro-me de pensar, "Que interessante!"
Robert Wolgemuth: Sou representante literário e tenho muitas reuniões pelo país com nossos clientes. Eu estava em uma reunião em Atlanta e uma das pessoas ao redor da mesa nesta reunião era um velho amigo chamado Mark DeMoss.
Raquel: Como você deve ter adivinhado, Mark DeMoss é irmão de Nancy. Mark e sua esposa, April, moram em Atlanta, Geórgia, onde Robert Wolgemuth estava em uma viagem de negócios.
Robert Wolgemuth: Depois da reunião, fomos almoçar. E me ocorreu a ideia: devo perguntar a ele sobre Nancy? E fiquei pensando, Bem... não sei... devo perguntar ou não? E no final do almoço, respirei fundo e disse: "Conte-me sobre a Nancy."
E Mark sabia exatamente o que eu queria dizer com essa pergunta. Ele ficou em silêncio por um momento – ele é um homem muito reflexivo, muito inteligente. Ele disse: "Bem, você sabe, minha esposa e eu conversamos sobre isso muitas vezes. Achamos que Nancy foi chamada para ser solteira, em ministério."
Eu disse: "Você poderia me fazer um favor?"
Ele disse: "Claro."
Eu disse: "Você poderia, hoje à noite, conversar com April sobre isso? Pergunte o que ela acharia de eu entrar em contato com Nancy."
No dia seguinte, Mark me enviou uma mensagem de texto. Ele disse: "Conversamos e oramos sobre isso, e achamos que seria uma boa ideia você entrar em contato com ela."
Eu fui para casa e orei a respeito, dizendo: "Senhor, Tu sabes, a última coisa que eu quero fazer é interromper a vida de alguém, e certamente alguém que possa ter sido chamada para algo que não inclui um relacionamento com um homem."
Em poucos dias escrevi um e-mail para ela, e em minutos ela respondeu! Pensei, que ótimo! Mas, claro, era: "Muito obrigado pelo seu e-mail. Alguém da minha equipe ficará feliz em revisar este e-mail."
Então, fiquei pensando: “Claro! Ela tem pessoas em sua equipe que revisam e-mails recebidos e assim por diante.” Porém, em dois dias, recebi uma resposta dela.
Nancy: Recebia alguns desses e-mails, e eu respondia, porém não muito rapidamente. Eu estava envolvida em alguns ministérios na época. Estávamos organizando uma conferência que era diferente das que já tínhamos feito antes. Eu estava com algumas atividades ministeriais durante o Natal e Ano Novo e estava muito envolvida com tudo isso. Estávamos trocando informações sobre o que estava acontecendo em nossas vidas, nada muito pessoal. Mas em certo ponto, lembro-me de pensar: Será que ele tem outra intenção... talvez?
Robert Wolgemuth: Minha suspeita era de que Nancy sabia que meu contato com ela era algo fora do comum.
Nancy: Eu estava tentando ser cuidadosa e sábia, orando a respeito. Sou uma mulher que, durante toda a minha vida adulta, com certeza, entendeu a importância de ter o que eu chamo de "cercas" em meus relacionamentos com homens casados, com certeza. E a única maneira que eu conhecia Robert Wolgemuth até aquele ponto era como um homem casado. Portanto apliquei a ele o que aplico a qualquer homem casado que conheço, e isso significa ser realmente cuidadosa.
No entanto, ali estava um homem que havia sido casado. Ele não era mais casado. O que isso diz sobre as cercas? Quão responsiva seria apropriado? Eu não queria dar falsas esperanças, porque não fazia ideia do que Deus estava dizendo ou, na verdade, do que ele está dizendo! Estou tentando ser cuidadosa e tentando ser responsável com pessoas que cuidam da minha alma. Lembro-me de dizer a uma amiga, esposa de pastor, enquanto esses e-mails estavam acontecendo (eu sabia que ela o conhecia), "Você acha que ele pode ter algum interesse?"
Ela ficou sem palavras e disse: "Deixe-me orar sobre isso. Deixe-me pensar a respeito." Em tudo, tento colocar diante do Senhor e também responder a qualquer providência que Deus traga para minha vida.
Robert Wolgemuth: Eu estava pensando comigo mesmo, preciso fazer algo melhor do que e-mails. Será que ela manda mensagens de texto? Então pensei, OK, como posso conseguir o número de celular dela? Vou ligar para o Mark. Parei e pensei, Não! Não gosto de pedir direções; gosto de descobrir sozinho. Olhei meus contatos no telefone, e já tinha o número dela, por tê-la representado. E enviei uma mensagem de texto para ela.
Nancy: Após várias semanas trocando e-mails e mensagens de texto, Robert Wolgemuth começou a falar sobre minha agenda e se havia algum momento em que poderíamos nos encontrar. E novamente, eu amo viver sob a Providência divina, e eu o conhecia como um homem de Deus. Tinha visto seu caráter, sua integridade, sua reputação, e simplesmente senti que não seria certo dizer "não" a uma conversa.
Raquel: Nancy e Robert Wolgemuth finalmente conseguiram se encontrar em um dia de frio e muita neve em Chicago.
Robert Wolgemuth: Nancy e eu nos sentamos àquela pequena mesa redonda de conferência, e eu respirei fundo e disse: "Bem, aqui estamos."
Raquel: Amanhã, ouviremos mais sobre esse encontro. Nancy entrou sem ter certeza se poderia considerar qualquer tipo de relacionamento. Será que Deus ainda estava dando a ela o dom do celibato?
Ela vai contar algumas das maneiras como buscou nas Escrituras e orou durante esse tempo. Esta não é apenas uma história de um relacionamento. Queremos ser um exemplo real de como viver as verdades bíblicas que você ouve no Aviva Nossos Corações.
Podemos estar aqui com você todos os dias da semana porque ouvintes como você apreciam o que ouvem e querem que o programa continue.
Aqui na transcrição deste episódio temos o link de um pequeno vídeo com a história de Robert e Nancy: Graça Inesperada. Visite o nosso site e clique na aba “Podcasts”.
Amanhã, saberemos qual foi o conselho que o Pastor John Piper deu a Nancy enquanto ela buscava orientação do Senhor se estava livre para considerar o casamento.
Aguardamos você amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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